Mudança De Planos escrita por SaChasePotter


Capítulo 11
Uma dança sem final (Último capítulo)


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, demorei um pouco mas cheguei, esse é nosso último capítulo, tô sem palavras, obrigada por terem acompanhado essa história junto comigo, eu realmente amo vocês!



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Percy acordou com pancadas no rosto, não doíam muito, mas foi algo que serviu para acordá-lo. Abriu os olhos lentamente, se sentando com dificuldade na cama.

– Até que enfim, Percy! - Jhennifer estava dando pancadas de travesseiro na cabeça dele. Percy xingou-a mentalmente.

– Isso é jeito de acordar um irmão? - Ele passou a mão nos olhos, tentando ficar mais desperto.

– Não, porém eu estava te chamando há séculos, com o que estava sonhando? - Ela sorriu com maldade.

– Não enche! - Pegou o travesseiro em que estivera deitado e jogou no rosto dela.

Percy fez as suas higienes matinais, deu uma arrumada de qualquer jeito na cama e caminhou até o pavilhão, Jhenni andava ao lado dele.

– Então, como é ser um herói? - Ela dizia aos pulinhos.

– Até que enfim descobriu quem sou! - Ele sorriu de lado.

– Bom, você foi ao Olimpo várias vezes, cara! - Ela dizia boquiaberta. - Viu papai, né? - Perguntou deixando um pouco da animação se esvair.

– É, Jhenni! Eu vi o papai. - Percy ainda bocejava.

– Pode me falar como ele é? - Ela perguntou, um tanto sonhadora.

– É um homem alto, forte, olhos verdes, pele bronzeada, na forma de deus é assustador, mas no tamanho normal é bem legal. Adora bonés de pesca, é poderoso, huuummm... o que mais quer saber? - Ele estava começando a acordar.

– Ele é gentil? Ele é ultra, mega, super, hiper, poderoso? Foi ao reino dele? - Ela começara a falar alto.

– Shiu, um pouco menos. - Ele disse levando o indicador aos lábios, pedindo para ela abaixar o volume da voz. - Poseidon é legal, é claro que é poderoso e sim, fui ao reino dele. - Percy bufou infeliz, quando fora ao reino de Poseidon, tudo estava em guerra, ele nem pudera ajudar no momento.

– Ah, isso é legal! - Ela olhou para o lado. - Ei, Nico! - Acenou sorrindo. O garoto correspondeu o aceno e o sorriso.

– Então, gostou dele? - Percy arqueou uma sobrancelha.

Ela se admirou.

– Não vai ter ataques?

– Bem, se eu matasse ele, meio que não iria adiantar, sabe, o pai dele é Hades, então...

Jhennifer começou a gargalhar.

– Por que acha que escolhi ele?

Percy deu um tapinha na cabeça dela.

– Você tem problemas, sério!

                                                   Ψ

Enfim chegaram ao pavilhão, estava movimentado, Annabeth estava na mesa de Atena, conversando energicamente com um de seus irmãos, parece que a beleza daquela garota aumentava a cada dia. Ela encontrou o olhar de Percy, sorriu, desenhando um "Bom dia" em seus lábios. Percy assentiu e sentou-se na mesa de Poseidon. O café foi tranquilo, os campistas começaram a se retirar, Jhennifer foi falar com alguma garota de Apolo e Percy caminhou em direção à Annabeth, que havia se levantado da mesa.

– Bom dia, sabidinha! - Disse sorrindo.

– Bom dia, herói! - Ela sorriu, o que o deixou bobo.

– Vamos andando, madame! - Ele fez um sinal de cortesia com os braços, indicando que era para ela ir na frente. Assim que ela foi, ele a alcançou, Percy percebeu que enquanto andavam sem rumo, uns garotos assobiavam, ele revirou os olhos.

– Então, tá afim de perder uma corrida? - Ela disse com os olhos brilhando.

– Mas é claro... - Ele fez uma pausa - Que não!

Ela riu indignada.

– Achei mesmo que estava cavalheiro demais, para ser verdade!

Ele sorriu sem mostrar os dentes. Começaram a correr, igual idiotas, em direção à qualquer lugar. Quando estavam cansados demais, pararam. Estavam perto da árvore de Thalia ( N/A: Então, no filme "O mar de monstros" se pronuncia Thália, porém nos meus livros de PJO está escrito Thalia, enfim...) sentaram-se no chão, respirando cansados. Uma folha havia se desprendido do pinheiro e havia pousado no cabelo de Annabeth, Percy repentinamente tirou a folha de lá. Ela riu.

– Com medo de eu virar pinheiro?

– Nem brinque! - Ele disse, fingindo estar ofendido.

Levantaram-se e voltaram a caminhar, em direção ao lago, na verdade, andavam sem perceber onde estavam, eles não se importavam, desde que estivessem juntos. Sentaram-se na beira do lago, Annabeth descansou os pés na água, molhando-os um pouco. Percy se divertia fazendo pequenas pilhas de água subirem e descerem. Olhou de esguelha para Annabeth, os cabelos soltos caíam tampando um pouco do rosto, o sol fazia com os fios brilhassem, os olhos cinzas estavam observando o lago, ela parecia bem. Percy então sentiu-se bem também.

– Ei? - Annabeth perguntou arqueando uma sobrancelha, Percy parecia distante.

– Ah, oi Annie! - Ele sacudiu a cabeça, voltando à realidade.

– Tá tudo bem? - Ela deixou que a sobrancelha arqueada voltasse ao normal.

– Claro. - Ele sorriu, ela colocou uma mão por cima da mão dele, ele acariciou a mão dela com o polegar. Se encararam, novamente, tudo parecia não ter importância, os olhos dos dois faziam tudo por si só, todas as palavras ocultas pelas bocas eram totalmente gritadas quando se olhavam. Percy se aproximou do rosto dela e depositou um beijo em sua testa, um sinal de proteção. Ela pareceu relaxar.

– Vamos cabeça de alga, temos um dia enorme pela frente! - Ela disse se levantando, e puxando a mão dele que se levantou e começou a caminhar perto dela, o vento bagunçava aqueles cabelos loiros e fazia com que o cheiro de limão proveniente deles, se espalhassem pelo ar. Percy olhou para o lado, e viu um garoto de cabelos escuros beijando uma garota, encostada em uma árvore, era Jhennifer. Ele apertou os punhos.

– Percy, não! - Annabeth beliscou o braço dele. - Calma aí!

Ele suspirou.

– É, eu sei, mal conheço ela, mas parece que a conheço há anos! - Ele se explicou.

– Ela tem a vida dela, não acha que ela já ficou tempo demais presa em um lugar só? - Ela disse apreensiva, mordendo os lábios.

– Tem razão. - Ele relaxou.

– Sempre tenho, seu idiota! - Ela sorriu, e encostou a cabeça no ombro dele. Ou melhor, quase no ombro. - Você cresceu!

Ele a olhou de cima a baixo.

– Você também! - Disse sem pensar.

Ela deu um tapa nas costas dele.

– Mais respeito, por favor!

– Que foi que eu disse? - Ele se fez de desentendido.

– Não queira nem saber!

Voltaram a caminhar, na verdade o dia foi bem tranquilo, quer dizer, quando não estavam tão próximos. Depois do jantar, ocorreu a hora da fogueira e o de sempre, Jhennifer estava andando de mãos dadas com Nico, Percy estranhou, não podiam estar namorando tão cedo, mas por via das dúvidas deixou de lado, afinal todos os problemas desapareceram quando alguém apareceu em sua frente, ele olhou para os olhos cinza-tempestade que ela tinha, como ele podia amar tanto alguém?

– Sabe, uma vez ou outra eu acho que você tem que dormir mais, sempre fica aí dormindo em pé! - Annabeth o despertou.

Ele balançou a cabeça.

– Eu durmo, não fico com a cabeça enterrada em livros.

Ela fez uma careta.

– Pelo menos é algo útil!

– Claro madame. - Ele jogou as mãos ao alto.

Resolveram ir sentar em algum lugar mais longe do barulho, porém naquela noite tudo estava agitado demais. Encontraram uma pequena clareira na floresta, a lua brilhava tão intensamente que não era preciso de fogueira pra iluminar, Ártemis devia estar realmente animada. Sentaram-se um ao lado do outro, em um tronco que havia lá. Percy ficou admirando o céu, enquanto Annabeth parecia pensar em algo.

– Tudo bem? - Ele chamou.

– Claro cabeça de alga, por que não? - Ela sorriu.

– Sei lá, bom, quer dizer... quem costuma saber as respostas é você. - Ele disse em tom de desculpas.

– Quando você vai tomar jeito? - Ela arqueou a sobrancelha.

– Sou um cara legal, qual é? Bonitão, divertido e corajoso. - Ele piscou.

– Muito corajoso! - Ela debochou e ele entendeu o que aquilo queria dizer, na verdade ele era um covarde perto dela. Ele se virou de lado, de forma a olhá-la bem nos olhos. Ela estremeceu.

– Eu sei que eu sou. - Ela sustentou o olhar.

– Tá legal, não precisa usar o truque dos olhos hipnóticos!

Eles começaram a rir igual loucos, Annabeth limpava pequenas lágrimas de tanto rir. De repente, Annie parou de rir, baixou os olhos tristes para o chão, Percy sem jeito, perguntou:

– O que foi?

Ela respirou fundo.

– É só que... - Parecia prestes a desabar - Me lembrei de Luke e Thalia junto comigo, nos tempos antigos. A gente fazia de tudo pra sobreviver aos ataques e numa noite quando escapamos de um monstro foi bem engraçado, ele era um lestrigão e bem burrinho, conseguiu enfiar a cabeça na lata de lixo, aí Luke acabou com ele, mas foi engraçado, ficou entalado com a bunda pro alto - Ela riu um pouco - saímos correndo de lá em busca de um lugar mais seguro para passar a noite, no dia seguinte falamos daquela cena e ficamos rindo - Ela fez uma pausa - Igual nós acabamos de rir, e eu... - Ela fraquejou - Sinto falta de Luke.

Percy sentiu tristeza por ela, ao mesmo tempo em que aquela pontada de ciúmes aparecia, ele bufou.

– Percy, não pense errado. Ele cuidou de mim, e eu o perdi. Eu já perdi gente demais! - Ela o olhou nos olhos, e uma compreensão passou por eles. - Tenho medo de perder mais alguém.

Dessa vez eles estavam de pé, lágrimas escorriam pelo rosto de Annabeth, Percy parou na frente dela, estava decidido. Contornou as lágrimas que caíram com o polegar, acariciou a bochecha dela.

– Eu te prometo, que você nunca vai me perder!

(N/A: É agora bando de curiosos, vou por uma música no meio da fic tá? Espero que fique fofo porque sou péssima com coisas românticas, a música é "Segredo" da Manu Gavassi feat Chay Suede, não curto muito ela, mas a música é perfeita pro momento)

Eles se encaravam, como se aquilo fosse a última coisa que pudesse ser feita, se olhavam como se o mundo fosse acabar e a única coisa que queriam era a presença um do outro.

Seus olhos parecem perfeitos pros meus

Annabeth contemplou aqueles olhos verdes, como se quisesse se perder.

Sua boca parece que já percebeu

Percy levou a língua aos lábios, umedecendo-os, a simples presença de Annabeth o fazia ter essas reações.

Vem me conta um segredo

Promete? - Ela sussurrou.

– Prometo. - Ele sussurrou no mesmo tom

Eu preciso escutar

Ela sorriu, aquele foi o sorriso mais sincero que ele já havia visto no rosto dela.

Seu sorriso me faz esquecer onde estou

Annabeth viu que Percy também sorria, lembrou-se do quanto gostaria de ficar com ele pra sempre, do quanto era ruim acordar e ver um vazio em sua cama.

Se acordo sozinha já não sei quem sou​

Percy abriu os braços, que ela aceitou de bom grado, se abraçaram, sentindo apenas o calor um do outro, ouvindo os corações baterem e as respirações baixas, apenas querendo que o silêncio selasse o momento.

Vem me abraça um segundo, e prometa ficar

E dessa vez, todas as dúvidas se foram, eles se afastaram e se olharam por um breve momento, Percy nunca pensara em morrer, mas sabia que se morresse, não morreria sem fazer isso. Ele segurou as mãos dela, aproximou o rosto devagar, o vento bagunçou os cabelos dela e ele sentiu aquele aroma gostoso se desprender, os nariz se roçaram, os lábios enfim se tocaram, apenas apreciando a presença um do outro, quando por fim se beijaram. Um beijo suave, terno e cheio de proteção, que apenas pode ser definido por um toque, que logo se transformou em algo que explodia paixão, Annabeth permitiu a entrada da língua dele, que encontrou a dela e travaram uma batalha deliciosa, uma batalha que jamais cansaria alguém. Naquele exato momento, Percy descobriu o que faltava toda vez que ela estava longe, ela percebeu que nada no mundo poderia importar quando eles estivessem juntos, a vida realmente é irônica, sempre mudando os planos e naquela noite, as estrelas pareciam aprovar tal sentimento, a falta de ar fez com que eles se afastassem.

Você virou meu mundo de ponta cabeça

Vou dizer antes que eu esqueça

Você foi o melhor que me aconteceu

E agora nada é igual

Nada importa no mundo quando você me beija

Essa é minha única certeza

Quando tudo em volta parece mudar, pra mim devemos ficar pra sempre assim

Se olharam, sorrindo, como duas crianças inocentes, os olhos se cruzaram mais uma vez antes de voltarem a se beijar, não era preciso um "eu te amo", não era preciso nada, nada além dos dois juntos.

– Nada além de você. - Sussurrou ele quando os lábios se afastaram.

– Nada. - Ela sorriu.

– Aceitaria dançar comigo? Prometo não pisar no seu pé dessa vez.

– Acho bom, ainda sei usar uma faca. - Ela brincou.

Percy passou um dos braços na cintura dela e segurou uma das mãos dela, ela passou um braço no ombro dele e começaram uma dança sem sons, sem ritmo, uma dança apenas, na clareira de uma floresta, que cintilava à luz da lua, agora nada importava, porque agora tudo parecia fazer sentido.


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Notas finais do capítulo

Meus deuses! Eu tô quase chorando aqui, esse é o fim? Não sou boa em romance, por favor, espero ter agradado vocês. Bom, estou pensando em fazer um epílogo ( uma continuação, dizendo o que aconteceu depois disso) mas vai depender dos comentários, se vocês quiserem que eu faça o epílogo comentem dizendo que querem, ok? Caso contrário, ficamos por aqui, espero que tenham gostado e acompanhem as próximas fics, repetirei: se quiserem um epílogo, avisem, beijos!



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