O Dia-a-dia Da Família Shion escrita por Hari Zang Elf


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Capítulo muito longo de presente de natal! Feliz natal a todos! Aproveitem!

Mama Loca!



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– É lindo! - Exclamaram Rin e Kaiko ao mesmo tempo, observando a mansão antiga a sua frente.

Eles finalmente chegaram ao local, ele não ficava tão longe, a pé levaria cerca de 40 minutos da pousada, mas a estrada era mais segura e os mais velhos insistiram, dando uma volta na floresta, fazendo com que a viagem levasse quase o mesmo tempo. A mansão de pedras ao estilo vitoriano era imensa, com vários quartos e uma larga porta de entrada feita de mogno. Logo na entrada eles encontraram Miku, Oliver e Big Al conversando com o diretor de filmagens, Haneda.

– Vocês já estão aqui? - Pergunta Kaito surpreso, pensando se eles eram os últimos que tinham chegado.

– Sim. Gostaram da pousada? - Miku questiona depois da reposta curta, ela estava sorridente mas era possível notar que ela estava muito irritada.

– Ela é ótima, mas não acho que vai caber toda a equipe de produção... - Responde Mokaito preocupado, coçando a cabeça e observando o próprio pai segurando a sua mãe, como prevenção de que ela não atacasse o senhor Kagamine, enquanto os netos pareciam dar bronca no avô.

– Ué? Não te avisaram? - Meiko se aproxima curiosa, segurando o braço de Kaito e Akaito com um sorriso travesso enquanto seus irmãos mais novos pareciam querer fugir dela. - Eles trouxeram vocês aqui para ajudar na gravação também.

– O QUUUÊÊÊ????? - Exclamaram os irmãos Shion em uníssono, visivelmente irritados, é claro que queriam trabalhar, mas não daquele jeito.

– Sim, e ainda vamos ter que cuidar da nossa própria comida e fazer tudo em 5 dias! - Miku se juntava as reclamações, aumentando cada vez mais o tom de voz. - É por isso que eu não queria vir! Sinceramente! Aquele diretor maluco!

– Não reclama! Acabamos de entrar de férias, preferia ficar entendiada em casa? - Zatsune se aproxima com os punhos fechados, como se esperasse por uma briga.

– Bem... Qual vai ser o clipe? - Pergunta Kikaito se divertindo com a cena e vendo Zeito aliviado, provavelmente pensando que não iria cantar.

– São 3 clipes. Um vai ser um remake de Cantarella. Outro vai ser de uma música nova do Len e do Oliver, Dummy e Pumpkin march. E o último um especial do Baby Bear. - Responde Meiko animada e empurrando eles para dentro da casa. - Não podemos perder tempo!

Enquanto isso eles observavam Chihaya, Raito e Clarence conversando com o diretor.

– Quanto tempo vai levar essa bagaça? - Chihaya agarra a gola da camiseta do diretor e o levanta. Não era uma mulher alta e nem parecia forte, o que deixou os outros dois homens em estado de choque.

– 5 dias se não houver nenhum problema... - Começou o diretor em um tom aparentemente calmo, mas suando frio. Isso lembrava de quando o Kaito havia começado a carreira de cantor e alguém tinha colocado tachinhas no banco dele... E depois caído da escada e quebrado o braço. Ela tinha ficado quase tão louca quanto agora. - Não tem nenhum... Não é?

– Parece que alguém está ameaçando os filhos dela e os meus netos... - O senhor Kagamine se introduz na conversa com precisão, sem se importar com o fato dele estar pendurado. - E aposto que algumas pessoas também andaram recebendo ameaças...

– Os seguranças estão a postos na região, mas posso pedir reforços para a firma responsável... - Haneda disse, já sabendo das suspeitas da senhora Shion e por ter recebido reclamações de outro pai que logo se juntaria a eles para "ajudar".

– Acho que isso não vai ser o suficiente... - Raito diz ao vê-lo ser balançado pela esposa sem piedade. Ele quase sentia pena do diretor. - Você não pode cancelar?

– Levamos muito tempo para conseguir esse contrato. - Começa o diretor afobado, Chihaya ameaçando balança- lo novamente, terminando a frase em um fôlego. - Mas podemos fazer a filmagem principal aqui e colocarmos o som depois! Qualquer erro usamos um programa para corrigir! Por favor, não faça isso de novo!

– Quanto. Tempo. - Chihaya dizia cada palavra com fúria, praticamente grudando a cara dele na dela, como se ela fosse comê-lo vivo.

– 2 dias... Se começarmos agora. - Chihaya o larga, fazendo-o cair no chão e se dirigindo para dentro da mansão. Ia terminar aquilo em um único dia.

*

– Eu tinha medo do seu irmão. Mas a sua mãe é um monstro. - Dizia Big Al em inglês para Kaito, tentando recuperar o fôlego durante a pausa, depois da maratona de gravações pela qual passaram. - Ela conseguiu que eu e a Rin terminássemos praticamente todas as nossas cenas hoje.

– Sério... - Kaito respondeu praticamente caindo no banco depois de tanto dançar. Depois disso duvidava que conseguisse ficar em pé. - Eu não duvido.

– Nunca mais eu reclamo de novo... Quero os 5 dias de volta. - Gemia Miku enquanto tirava os sapatos de salto médio por alguns minutos, enquanto Zatsune e Kaiko retocavam a sua maquiagem.

– Eu te disse. Reclamar do que tem só dá azar. - Responde Zatsune lhe dando um copo de água.

– Sinto muito, prima... Da próxima vez eu te ouço.

– Hunf... - Grunhiu Zatsune.

– Que gracinha... Parece que a Zatsune perdoou ela... - Disse Len colocando uma toalha na testa enquanto observa o resto da sala, onde todos pareciam zumbis.

– Não faça isso. Vai tirar toda a maquiagem. - Rin agarra a toalha dele e coloca no seu próprio rosto, enquanto ouve ele profanar palavrões, sem se importar.

– Alguém viu o Oliver? - Kikaito se aproxima dos gêmeos carregando um pedaço do cenário para rearrumar, de acordo com as instruções do diretor. Eles iam fazer mais algumas cenas com Len e Oliver de novo.

– Isso é do meu cenário? - Len perguntou com um gemido, não aguentando mais.

– Não vimos. - Rin responde sem retirar o pano do rosto, abraçando com mais força o bichinho de pelúcia.

– Que estranho...

– Vocês estão parecendo um bando de cadáveres, hein? - Akaito se aproxima deles carregando várias peças de cenário e roupas em uma enorme cesta. Len olhava para aquilo com inveja, seria bom ser tão forte assim quando crescesse.

'Mas eu já tenho 14 anos!' O pensamento só o deixou mais frustrado e cansado.

– A pausa acabou, ao trabalho! - Chihaya entra como um furacão na sala, tendo gemidos e grunhidos como reposta.

– Mãe, não achamos o Oliver. - Kikaito a chama antes que ela fosse embora, preocupado. - Sem ele não podemos continuar o trabalho.

– Droga! - ´Só por que as coisas estavam indo bem!´ Ela sai, começando a procurar o menino.

– Não volte tão cedo, Oliver! - Todos diziam em uníssono, felizes pelo descanso que haviam conseguido, enquanto Big Al pedia explicações para Kaito ao ouvi-los.

– O que houve com vocês? - Um homem alto de cabelos verdes e olhos azuis claros entra na sala, vestido de terno cinza risca de giz e sem a gravata. Seu rosto era inexpressivo e tinha traços firmes, mas não exagerados.

– Papai! - Miku tenta se levantar, mas uma câimbra atinge sua perna, fazendo-a quase cair, mas seu pai a agarra antes disso.

– Nikumo ojii-san, o que você faz aqui? - Pergunta Zatsune curiosa, era difícil ele aparecer nas gravações, uma vez que era médico.

– Ele não é o único! - Duas mulheres idênticas também entram logo após, os cabelos castanho claro e os olhos vermelhos, ambas usando um vestido branco longo e antigo.

– Mamãe?!!! -Hatsune e Zatsune exclamaram ao mesmo tempo. Aquilo sim era novidade! As duas nunca apareciam juntas, uma vez que mais brigavam quando se viam do que conseguiam conversar.

– Quem são? - Os gêmeos Kagamine perguntaram curiosos, ninguém além do diretor tinha conhecido os pais da Miku e da Zatsune.

– Ah, desculpe! Deixe-me apresentá-los. - Miku começou enquanto Zatsune ainda tentava se recuperar do choque de ver a mãe lá. - Esse é meu pai, Nikumo, e esta a direita é a minha mãe, Rina. A da esquerda é a mãe da Zatsune, Hina.

– Não é a toa que vocês duas tem o mesmo nome. Suas mães são iguais. - O sarcasmo ressoava na voz de Rin, como se ela já deveria ter imaginado aquilo.

– Já dissemos que não é isso! É homenagem a nossa avó! - As duas Mikus gritam juntas irritadas, se voltando para elas. - O que fazem aqui?

– Que gracinha! Agora são vocês que parecem gêmeas. - Rina diz tocando no nariz da filha e depois no da sobrinha.

– Nikumo. Rina. Hina. - Chihaya entra vendo os velhos colegas de escola no vestiário, sem nenhuma emoção, agora começando a revirar o local sobre o olhar surpreso de todos os garotos.

Ao se aproximar da cesta de roupas ela avista um chapéu familiar, arrancando um Oliver adormecido de lá. ´Aquilo lembrava do Kaito quando era pequeno e do Nigaito agora´ Ela suspira e o balança levemente, acordando-o e falando em inglês.

– A pausa acabou, hora de voltar ao trabalho.

– Certo... - O loiro diz com um bocejo, saindo de dentro da cesta.

– 10 minutos. Nos encontramos lá embaixo. Vocês me sigam. - Chihaya acena com as mãos, da mesma forma que fazia na adolescência, saindo da sala.

– Sim onee-sama! - As gêmeas exclamaram ao mesmo tempo, enquanto a seguiam pelo resto do caminho em silêncio. Nikumo as acompanhando depois de se despedir da filha.

Em outra sala estavam o senhor Kagamine e um outro homem muito parecido com ele, mais jovem e com os cabelos ainda loiros, além de Raito, que trazia outro homem, de cabelos verde vivo e olhos dourados, muito mau-humorado e com um corpo bem musculoso para seus quase cinquenta anos. Ao ver Chihaya ele abre um largo sorriso torto e começa a falar.

– Minha rainha negra! Não importa quanto tempo passe, você continua sendo a minha decadência!

– E você continua romântico como sempre... Gino. - ´E sarcástico também´ Ela oferece a sua mão para um delicado beijo e, antes que ele tivesse a chance de puxá-la para um abraço, se vira para o loiro. - E você, como tem passado Riku? Ouvi dizer que a empresa tem estado bem agitada.

– Um pouco... - Riku começa olhando para o pai que pigarreia discretamente, suspirando e segurando a outra mão dela. - Mas não é para isso que estamos aqui.

–Eu sei. - Chihaya puxa a mão assim que ele a beija, irritada. - Todos andaram recebendo ameaças, não é?

As pessoas na sala se silenciam, criando uma atmosfera pesada.

– Ele continua covarde como sempre! - Gino grita irritado, jogando um vaso na parede. - Se tivesse vindo atrás de mim eu teria quebrado seus ossos e jogado ele numa lixeira!

– Você provavelmente ganharia um processo... - Riku diz com uma risada cínica, pensando em quantos processos e prisões ele deve ter ganhado nos últimos anos. ´Não é a toa que a esposa dele não quer vê-lo perto da filha nem com uma situação dessas. Principalmente em uma situação como essa.´ - Embora ele já esteja chegando um pouco longe demais...

– O que houve? - Nikumo pergunta, curioso. Se alguém estava a par de tudo era aquele homem, dono de uma das maiores empresas da região, a Tora corporation.

– Colocaram uma bomba no carro da esposa dele. Se elas não tivessem se atrasado porque a menina dormiu demais elas estariam mortas.

– E você? - Raito perguntou segurando Gino antes que pulasse em cima de Riku. - O que ele fez?

– Até o momento cartas e alguns presentinhos no jardim e hoje de manhã no quarto das crianças... - Riku olha para o pai cada vez mais irritado. - Sou completamente contra esse plano.

– Que plano? - As gêmeas perguntam simultâneamente, mas com um aceno de Chihaya elas entendem que é para ignorar e responder a mesma pergunta.

– Também deixaram lembrancinhas em casa e hoje quase levei uma flechada ao sentar na cama da Miku-chan durante a limpeza! - Rina contava aquilo como se tivesse quebrado a unha e não quase morrido.

– Felizmente não fizeram nada a minha garota... - Hina começa, bem preocupada e nervosa, começando a andar de um lado para o outro. - Mas achei melhor me juntar a vocês e resolver isso logo! Afinal a Shichi-onee-sama está aqui, então ela vai conseguir resolver tudo não é?

– Talvez... Vamos agir assim que as gravações acabarem e as crianças voltarem a pousada... - Clarence se dirige a porta enquanto fala, mas ao abri-la ela se escancara e os garotos caem um atrás do outro como um dominó.

– Olá senhor Kagamine... - Kaito o cumprimenta com um sorriso amarelo, sendo o único que restara em pé, como se nada estivesse acontecendo, enquanto vê a cara de sua mãe mudando de cor, branca de susto, azul de preocupação, rosa de vergonha, vermelha de raiva... - Não deixe a mamãe nos matar...


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Notas finais do capítulo

Os últimos! É claro que eu não esqueci da Miku, né? E ainda apresentei os pais dela! Acho que quase todos já foram apresentados agora.
A cara da mãe no final foi o mais difícil de representar... Mas acho que ficou muito bom...^-^



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