Em Forma de Lenda escrita por Nana


Capítulo 5
Capítulo 2 --> As novas descobertas


Notas iniciais do capítulo

O copo foi descendo com nossas mãos mais mesmo assim não desviei o olhar da água.
Da água
A água estava no mesmo lugar. Como se o copo ainda estivesse ali.
O que era aquilo?
Não deu muito tempo a água caiu. Um pouco dentro do copo, sobre mim e sobre Yama.
Eu vi. A água parada no ar. Eu fiz isso?


...



Ele me puxou para si e me deu um novo beijo, molhado. Subimos para o oxigênio ainda nos beijando...
O beijo me dava calor, estava soando frio...
Agora eu descobri o porquê das meninas depois de beijarem a primeira vez logo já ficam novamente... É delicioso um beijo.



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Aquela briga de irmãos não me saia da cabeça. Taiyoo parecia ter mais autoridade que o irmão. Se fosse um filme de ação, poderia até dizer que era mais poderoso!Sentia que ele mudaria minha vida... Não sei se para melhor ou para pior, mais mudaria...Uma semana já tinha se passado dês daquele dia e nunca mais fui la... Eu acho até que o próprio Taiyoo estava evitando minhas visitas, coisa que eu tento fazer pouco mais Yuka não relaxa com a gente.

Estava deitada na cama com preguiça de levantar e ir para a escola... Mas tinha que ir, tinha prova.

Levantei-me lentamente. Olhei para o relógio do criado mudo e faltavam somente alguns minutos. Que chatice, tenho que ser rápida!

Sentei na cama sem forças para continuar de pé... Será que falo que estou passando mal? Assim não preciso ir para escola...

Deitei novamente, esperando com que minha mãe subisse e tentasse me acordar. Eu diria que estava com muita dor de cabeça e ela iria acreditar... Não sou de mentir, e uma vez ou outra não vai matar ninguém... Posso fazer essa prova amanhã ou outro dia.

- Oi...? – Disse uma voz masculina vindo da janela.

Kase Kuuki...? O que ele esta fazendo pendurado do lado de fora da minha janela que fica no segundo andar?

- Abri aqui, por favor. – Continuou ele

Eu o encarei perplexa e depois abri a janela o mais rápido possível. Fui para trás e me sentei novamente na cama.

Ele pulou para dentro e logo depois Yama Tsuchi.

O que a família do Taiyoo estava fazendo aqui?

- Ola! – Disse a mulher.

- O que... O que voc...? – Tentei falar mais minha voz falhou e não consegui terminar a frase.

- Viemos te mostrar uma coisa querida. – Disse Kuuki – Vejo que não quer ir para a aula.

- Si... sim...? – Gaguejei.

A Yama se aproximou e sentou se ao meu lado.

O que estava acontecendo?

Olhei para o relógio. Será que minha mãe demorara em subir?

- Calma... – Disse Yama – Não vamos lhe fazer mal...

Kuuki se aproximou lentamente e se ajoelhou diante de mim.

Seu rosto estava muito próximo ao meu. Tão próximo que consegui até sentir seu doce perfume. Ele era bonito. Pele clara deu vontade de tocá-lo para ver se era macia como aparentava.

Seus olhos verdes penetrantes, difícil de desviar. Lindos. Seus cabelos cor de mel estavam caídos sobre os olhos e os ombros, nem compridos nem curtos... Perfeito para sua linhagem de rosto.

- Você vai gostar! – Disse abrindo um sorriso. – Tenho certeza que vai!

Sorrindo era ainda mais maravilho. Seus dentes perfeitos e brancos. Seu sorriso era encantador. Nunca vi algo parecido.

- Espero que sim... – Respondi.

- Você pode pegar um copo de água e um punhado de areia? – Pediu Yama atraindo minha atenção.

- Claro! – Disse sorrindo.

Logo que fechei a porta pensei em contar para minha mãe que tínhamos visitas. Mas para que eles entrassem pela janela, acho que não queriam que ela soubesse...

Mas o que eles queriam comigo? E porque a família do Taiyoo? Onde ele esta?

Caminhei até a cozinha e encontrei minha mãe tomando café.

- Querida! Estava começando a ficar preocupada. Onde você estava? Ainda esta de pijama? Vai se atrasar!

- Estou com muita dor de cabeça mãe... Não quero ir para aula... – Respondi cambaleando para a geladeira. – Só quero água.

Só água? Não... E terra. Mas terra? Para que?

Enchi um copo de água e caminhei para a porta.

- Aonde você vai? – perguntou minha mãe.

- O que...?  Não. Errei a porta.

Minha mãe não iria entender se eu dissesse que iria pegar terra. Então subi as escadas e hesitei um pouco na porta do quarto para pensar.

- Entrei! – Disse Kuuki depois de um curto período.

Como ele sabia que eu estava ali? Nossa!

Abri a porta lentamente. Os dois estavam de pé perto da janela.

Coloquei o copo de água no criado mudo e sentei na cadeira da escrivaninha perto da porta.

- O que querem me mostrar? – Interroguei.

- Taiyoo já te contou a lenda da água e do fogo? – Disse Yama

- Sim... Pobre fogo... - Lamentei

Kuuki tentou esconder um sorriso, mais consegui ver nitidamente.

Yama pegou o copo com água e me entregou.

- Fique de pé querida...

Levantei-me e segurei o copo em minha frente.

- Se eu dizer que você é a água da lenda, você acredita? – Perguntou ela

Pensei por um estante e concerteza...

- Não.

- Como imaginei. Foram todos iguais.

Essa mulher é maluca ou o que? Ela acha que vou acreditar que eu sou o elemento água de uma lenda?

- Então tenho que provar o que digo se não você vai pensar que sou uma desmiolada, certo?

Sorri em resposta e desviei o olhar para o Kuuki. Um olhar de socorro.

Ele me encarou com um olhar sedutor. Como ele era lindo.

- Olhe para essa água – Continuou Yama.

Eu a obedeci. Olhei para a água em minhas mãos.

- Imagine somente ela, sem o copo.

Comecei a imaginar como se realmente não tivesse o copo e só a água. A nitidez me fez desconcentrar e desviar o olhar.

Yama olhos sobre o ombro para Kuuki e depois me olhou diretamente nos olhos.

- De novo? – Pediu ela.

Eu sorri de volta e encarei a água esquecendo-se do copo. E aconteceu novamente do copo não estar mais ali.

Depois de alguns segundos o copo foi aparecendo. Yama pegou a minha mão e começou a desse-la junto do copo.

O copo foi descendo com nossas mãos mais mesmo assim não desviei o olhar da água.

Da água

A água estava no mesmo lugar. Como se o copo ainda estivesse ali.

O que era aquilo?

Não deu muito tempo a água caiu. Um pouco dentro do copo, sobre mim e sobre Yama.

Eu vi. A água parada no ar. Eu fiz isso?

Encarei perplexa o copo em minha mão com um pouco de água.

- O que achou? – Perguntou Kuuki se aproximando. – Hein?

Yama sentou se sobre minha cama e Kuuki tocou meu rosto com as pontas de seus dedos levantando o. Seus olhos verdes me fitaram até a alma.

Ele sorriu me deixando tonta e caindo sobre cadeira atrás de mim.

Ele sorriu ainda mais e se ajoelhou novamente diante de mim.

- Gostou? – Repetiu ele

- Um pouco...

Será que era verdade? Não era um sonho?

Eu era a água? Isso tem a ver com meu cabelo e meus pais?

Eu não conseguia acreditar. Mesmo vendo nitidamente o que acabara de fazer. Mesmo com uma prova não tinha caído a fixa.

Eu achando que Yama era maluca. E eu era a paranormal?

Cadê Taiyoo? Ele sabia disso tudo?

Toc. Toc.

As batidas na janela me chamaram a atenção.

Taiyoo!

Yama vez uma cara de desgosto. E Kuuki levantou-se e me olho friamente. Um olhar misturado de ódio, dó e... Felicidade...? Depois encarou a janela.

Taiyooo também não estava muito feliz. Do outro lado da janela ele me fitava. Observando-me, parecia tentar ler minha expressão.

Yama se aproximou da janela e destranco-a lentamente.

Taiyoo não esperou mais nada. Logo destrancada ele abriu a janela rapidamente e pulou para dentro.

- Eu disse que ainda era muito cedo! – Disse ele quase como um grito

Caminhou até Kuuki e o encarou.

Sua expressão mudou para calma...

- É melhor você para com isso! – Disse ele

- Se eu parar você vai me matar – Respondeu Kuuki

- Como você sabe?

- Mal consigo te controlar... Seu ódio ta crescendo.

- E logo você não vai conseguir controlar.

Taiyoo levantou a mão e começou a sair faísca de seus dedos. Poucos segundos depois sua mão estava totalmente pegando fogo.

Kuuki começou a ficar mais serio.

- Sui – Disse ele – Se afaste, não quero que se machuque.

Taiyoo olhou para mim com olhar de preocupação.

- Sui – Continuou Kuuki. – Por favor.

Levantei-me e caminhei até Yama.

Kuuki fechou os olhos e Taiyoo jogou como uma bola de vôlei o fogo de sua mão em Kuuki o laçando contra a parede.

- Kuuki! – Gritei correndo até ele.

Sua roupa estava pegando fogo eu peguei a água que estava no copo e joguei na roupa, mas não apagou.

Então levei um susto quando um pouco de terra apareceu ao meu lado e apagou o fogo.

Encarei Yama que estava com os braços esticados, controlando a terra.

Afastei-me e olhei friamente para Taiyoo enquanto Kuuki levantava se lentamente apoiado em mim.

- Taiyoo, o que foi isso?!

- Sui você não entende?!

- Claro que não! Ele estava me mostrando o que realmente sou e você vem e o ataca?!

- Sui... Olhe bem no fundo de sua mente... Você não esta com raiva de mim... Você esta confusa...

- O que você esta me falando?

- Sui... Ele controla o ar e os sentimentos dos outros! Já te disse isso!

É mesmo... Na lenda o ar fazia isso mesmo.

A terra controlava a força. É verdade, acordei sem forças para ir até a escola. Será que ela fez isso comigo?

Olhei para Kuuki que agora esta de pé atrás de mim. Seus olhos verdes demonstravam tristeza com ódio. Onde foi parar a felicidade.

Ele me encarou e fiquei com muita raiva. Não dele. Do Taiyoo por ter atacado Kuuki sem sentido.

Era verdade. Ele controla os sentimentos. Mas então como eu sabia que aquele ódio era mentira?

Isso eu não queria para pensar. Mas não consegui deixar de encarar Taiyoo friamente.

Taiyoo ao me ver naquele estado. Com o rosto confuso de ódio. Rosnou alto.

- Maldito! – Falou entre os dentes.

Ele abriu as duas mãos e em uma fração de segundo estavam pegando fogo novamente.

Afastei-me deles e Taiyoo pulos em Kuuki. Os dois caíram ferozmente sobre o chão. Causando um estrondo.

Logo minha mãe estaria aqui para ver se estava tudo bem.

Taiyoo estava enchendo de quentes socos em Kuuki. Mais ele era mais forte, fisicamente. Kuuki respirou fundo soprou em Taiyoo fazendo com que ele voasse até o outro lado do quarto.

Toc. Toc

Minha mãe estava batendo na porta.

Todos me encaram. Mas eu não sabia o que fazer.

Kuuki soprou a si próprio e apagou o fogo que o queimava. Logo suas feridas estavam curadas.

Rápido!

Yama abriu a janela e pulou para fora sem exitar.

- Logo te vejo? – Perguntou Kuuki com aquele sorriso gracioso que somente ele tinha.

Sorri em resposta.

Toc. Toc

- Sui...? –Gritou minha mãe. – Abra a porta querida! O que esta acontecendo?

Kuuki me mandou um breve olhar e pulou para fora do quarto.

Taiyoo suspirou, olhou pela janela e depois pegou rapidamente a cadeira atrás de mim e colocou no chão.

Posicionou-se de baixo da cama deixando somente a cabeça de fora

Eu o encarei e ele me deu um sorriso em resposta.

Quando ele estava totalmente invisível abri a porta.

- Oi mãe...

- Querida, o que houve?

- Mãe... Eu só queria pegar um livro na estante para mim ler.

- Qual...?

Eu olhei para cima e vi ‘Lua Nova’.

- Aquele...  Ali em cima... – Apontei para o livro – Só que acabei caindo da cadeira.

- Se machucou querida?!

- Não...

- Deixe que eu pegue... – Ela esticou o braço e pegou. – Quando quiser um livro do alto me chama. Não suba mais em cima dessa cadeira.

Ela levantou a cadeira e saiu me mandando um beijo da porta.

 


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