- Yuka... Entenda... - Ela estava entendendo tudo errado

- Eu sei Sui, eu sei... Ele também é o garoto dos meus sonhos!

Ela realmente não estava me entendendo...

- Eu sou, é?! - Taiyoo estava ali...

Será que ele ouviu? Yuka me achar maluca tudo bem, mas ele? Não.

- Olá Sui!

- Oi... - falei num tom que os dois olharam para mim... - E então, como foi o seu primeiro dia na escola, ontem?! - Tentando ser mais simpática.

Ele abriu o sorrisinho de sempre e:

- Até que foi legal! Conheci uma professa super simpática! Depois uma garota extremamente linda. E muitos outros amigos que mandão super bem no futebol!

- Quem bom! - Eu disse

- Quem é essa garota sortuda? - Yuka só pensa nisso mesmo!

- Preciso mesmo falar?

Eu acho que ele é meio tímido.

Ele olhou com uma cara desesperadora para mim, que medo...

Tinha que salvar ele dessa. Eu também não gostava de falar dessas coisas com a Yuka, ela era muito escandalosa... Ninguém gostaria de alguém querendo fazer o seu ladinho com alguém... É a maiooor humilhação. Eu acho...

-Claro! - Ela era insistente

Ele estava ficando vermelho! ...Coitado...

- Não, não precisa falar... - Eu tinha que fazer alguma coisa.

- Por quê? - Yuka era realmente, muitooo insistente.

Já estava começando a me encher. É melhor ele não continuar!

- Não! – Falei curta e grossa.

- Esta bem... Não esta mais aqui quem falou...

As vezes eu realmente era de dar medo! Até eu ficava com medo!

Entramos na sala juntos, caminhando lentamente com aquele clima, sem pressa. Mas em compensação chegamos quase atrasados... O professor entrou junto com agente.

Sentamos em silencio somente com Yuka tagarelando na nossa frente.

E então o professor de ciências Naoki começou a falar:

- Hoje eu vou passar um trabalhinho para vocês!

Todos começaram a falar juntos se lamentando, mas Taiyoo olhou atentamente para mim e:

- O que tem essa sala?

-Ela é assim, com o tempo você se acostuma!

- Nossa! Eu gosto de fazer trabalhos... Principalmente de ciências... Você gosta?

- Bem... Não é que eu não goste, só que ocupa muito o meu tempo...

- Tempo precioso?

-Claro! Tempo é vida... E vida não pode ser desperdiçada!

- Sempre! - Ele abriu um sorrisinho sem mostrar os dentes e olhou para frente novamente.

- Silencio! - O professor gritou - Eu vou sortear as duplas... - E suspirou de cansado .

Eu estava torcendo para não ir com a Yuka. Mesmo ela sendo minha amiga, ela não muito boa na escola... Eu gostava de fazer trabalho era com a Junko. Ela é altos boa em ciências. Acho que ela vai ser uma cientista.

Se bem que ela parece mais para uma modelo fotográfica, ela é linda. Cabelos curtos, lisos cor de mel. Olhos claros e pele perfeita. Um show de beleza, humilha qualquer um.

-Então, a décima dupla é: Umi Su i- Quando ele falou o meu nome me deu até um arrepio. Com quem eu iria?

Para mim só tinha sobrado sete da sala: Yuka, Nana, Sakuma, Junko, Takumi, Mayumi, Hiatari e... Taiyoo Hi.

Eu olhei para ele quase como reflexo da posição que estava...

Ele estava apontando para o professor: igual como o sonho!

Ele parecia estar tentando disfarçar, para que ninguém vice colocando o seu casaco sobre seus barcos esticados em cima da mesa. Acho que só eu vi, e também ninguém iria ficar prestando tanta atenção se não tivesse este sonho doido.

- Umi Sui vai com... - Ele abriu o papel que tinha acabado de pegar da caixinha. -...Taiyoo Hi.

Ele olhou para mim entusiasmado... O que ele queria?

O que será que El fez com o braço naquela posição? Colocou o nome dele para ir comigo? Não, não...

- Você já estudou essa matéria? - Ele perguntou sorridente.

- Sim... Estudei ano passado...

- Você é repetente?! - Ele perguntou confuso.

-Não! - Ele me pegou de surpresa - Eu estudo em casa. Por isso eu falei que meu tempo é precioso...

- Eu não te entendo...

Não era de se entender mesmo. Ninguém nunca entendeu o porquê de eu gostar tanto de estudar... Nem eu nunca entendi.

- Eu só... Gosto de estudar...

- Ah! Legal... - Ele sorriu -... Eu também.

- Uma coisa em comum?

-Sim!

Ele é tão suspeito, cada coisa que ele faz ou deixa de fazer atrai meus olhos.

E Yuka estava errada. Ela disse que eu e Taiyoo somos parecidos na personalidade. Eu não sou suspeita...

A sala estava um alvoroço só. Estavam todos marcando o dia para fazer o trabalho, outros reclamando a dupla e outro reclamando do trabalho... Como sempre.

- Quando e onde podemos fazer o trabalho? - Eu perguntei.

Tinha que aproveitar a situação.

- Não sei... Para mim pode ser qualquer dia! - Ele parou um pouco. - Pode ser na minha casa?

- Na sua casa?

- Sim... Quero te apresentar para a... - Ele deu mais uma pausa -... Para a minha mãe!

-Claro...

Eu não gostava muito daquilo... Eu mal conhecia o garoto, já estava indo na casa dele sozinha. Seria melhor que fosse na minha casa ou na escola, na biblioteca que tem no centro... Mas na casa dele?

- Vou fazer um mapa da escola até a minha casa, ok?

- Claro... - Falei sem emoção, e ele não percebeu.

Ele começou a rabiscar um papel branco solto que ele tinha dentro do caderno. Explicou-me tudo direitinho. Era fácil ir a casa dele... Não era tão longe da minha.

- Eu vou à sua casa às duas horas... Esta bom para você?

- Claro! - Ele sorriu mais largo ainda.

O resto da aula foi normal. Mas mesmo assim, eu ainda não me sinto tranqüila perto desse garoto. Conversamos normal. Eu era boa em disfarçar quando eu queria.

Já pensou se ele vem me perguntar o porquê das minhas expressões? O que eu diria?

‘ Olha é que você me aparece quase todas as noites nos meus sonhos... Até mesmo antes dete conhecer. Ai então eu estou assim: Não me sinto confortável do seu lado. ’

O que ele iria pensar de mim?

- Sui nos vemos às duas?

- Claro! Até mas! - Disse ele feliz.

A ultima aula foi com a professora Hina, e ela nos deixou sair cinco minutos mais cedo...

Na hora do almoço em casa... Eu me servi com pouca comida, mas o bastante para me sustentar até o café. Só de pensar em tomar café na casa do Taiyoo. Já me bate aquele friozinho na barriga. Mas o que poderia fazer com que eu ficasse assim? Não tinha motivo.

- Mãe... Vou fazer trabalho hoje, ta?

Ela estava com um bolinho de carne inteiro na boca, então ela só balançou a cabeça...

Ainda bem que ela não perguntou onde era, porque se ela soubesse que era na de um garoto que eu não conheço, ela me matava. E apesar de eu estar não querendo ir, eu não queria dar um que ele ficasse me esperando por nada.

Depois do almoço, minha mãe tirou a mesa enquanto eu escovava os dentes, e depois eu lavei a louça. Tomei uma ducha bem quentinha sem lavar os cabelos. Me arrumei, peguei os materiais de cima da cama e caminhei à porta.

- Estou indo mãe! - Gritei da porta.

- Tah! - Ela gritou do segundo andar.

E rumei de à pé para a casa do Taiyoo.

Apesar de já serem duas horas eu caminhei lentamente... Eu não tinha pressa de chegar a casa dele.

 Andei de cabeça baixa na rua dele, eu não queria que ele me visse antes da hora e viesse me esperar no portão.

Quando cheguei, olhei par cima. Para ver a cãs, obvio!

- Aqui é a casa dele?! - Gaguejei.

A casa era enorme... Linda, verde claro, de dois ou três andares. O jardim muito bem cuidado com flores que davam um toque no tom da casa surpreendente! Nunca vi nada parecido. Era linda, linda de morrer! Ser que é mesmo a casa dele?

- Ual!

Eu apertei o interfone ainda admirando a beleza da casa.

- Será que é aqui mesmo? Eu devo ter me confundido...

Eu dei uma espiadela no mapa já todo amassado...

- É aqui mesmo senhorita!

Um homem alto, loiro estava no gigantesco portão.

- Você é a senhorita Umi Sui?

-Sim...

Como ele sabia o meu nome...? E... Senhorita?

- Entre, por favor. - Ele disse enquanto abria o portão.

-Claro...

Sim, era ali a ‘casa’ dele. Se é que essa mansão poderia ser chamada de casa.

Eu segui o homem alto até a porta, ele parecia estar sendo simpático, mas não por ser, mais como uma... Ordem.

Então ele parou e a abriu.

A entrada não era uma cozinha ou uma sala de televisão como na de uma casa normal. Era uma enorme sala de entrada. Com varias portas e uma escada curva de cada lado, quase ocupando a sala inteira. Era deslumbrante o lado de dentro! Um tom caramelo com uma cor pelo qual eu nunca tinha avistado antes. Vasos de flores, rosas brancas enfeitando a cas... Mansão. A casa era perfumada pelas flores que estavam em todas as partes. Um cheiro doce, delicioso!

- Sui!

Tayioo gritou o meu nome de uma das escadas.

- Olá! - Eu acenei.

O homem alto já não estava mais aqui.

- Venha! Suba até aqui!

Ele estava muito feliz por eu ir a casa dele... Isso era estranho. Mas tudo bem...

- Venha! - Ele apontou sua mão para mim como um convite - Venha!

Ele estava na mesma posição que do sonho e então meio que automático me abaixei.

-Ops... Desculpa... - Seu sorriso se desmanchou todo.

- Acho que sou quem devo me desculpar... - Disse

O que eu tinha acabado de fazer? E por que ele que estava se desculpando?

- Não, tudo bem...

Ele parecia ter caído de um precipício...

- Isso nunca aconteceu. - Eu tinha que acalmá-lo.

Meu Deus! Ele tava horrível. O que eu fiz?

De um jeito ou de outro, eu queria o tranqüilizar. Ele estava sempre com seu sorriso, e quando ele ficava assim me dava uma angustia. Não entendo...

- Obrigada Sui, não é à toa que voc... - Ele parou e deu um rangido de raiva entre os dentes.

- Falei de mais? - Ele perguntou para alguém.

- Tudo bem... Ela vai entender. - Uma voz feminina saiu por trás de mim.

A mulher era magnífica. Cabelos pretos, andulados até a cintura presa até a metade por uma pequena trança. Ela era alta. Com a pele lisinha. Bonita, muito bonita!

Ela vestia um vestido de seda azul claro que caia até seus pés. Salto fino e muitas jóias.

E tinha um Moço do lado dela, uns quinze anos eu acho. Também era de tirar o fôlego. Não era muito alto, pela alva e macia. Cabelos negros rebeldes. Vestia um tênis de marca, branco. Um moletom preto aberto sobre uma camiseta branca escrita ‘                       ‘ de preto. Calças jeans.

- Olá! - Eu disse tentando ser o mais simpática possível. - Eu sou Umi Sui!

Os dois sorriram.

- Oi! - O garoto falou se aproximando - Eu sou Kase Kuuki!

- Prazer!

- O prazer é todo meu!

Agora a mulher se aproximou lentamente.

- Meu nome é Yama Tsuchi

- Prazer!

Os dois eram sorridentes como Taiyoo. Parecidos...

- Vamos? - Taiyoo me chamou.

- Claro!

- Estou saindo - Tsuchi Falou enquanto íamos para longe.

Andamos pelo corredor até a penúltima porta.

- Ela é sua mãe? - Eu perguntei ainda tonta com a beleza dos dois.

- E ele meu irmão!

- Nossa!

- Entre! - Ele flou abrindo um sorriso novamente!

Ele estava de novo com aquele sorriso dele!  Isso, por um lado me deixou feliz!