Empty Minds escrita por Ackysa


Capítulo 9
Charles


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui está mais um capitulo. Esse é para explicar algumas coisinhas. Sim, eu sei que ainda tem muita coisa que enrola na cabeça, mas a historia não está no final, tem muita coisa para acontecer ainda.
Comente sempre, sempre, por que isso me motiva a continuar, por favor.
Xx



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Eu estava sentada em cima de uma maca. Os lençóis eram brancos, exatamente como todo o resto da sala. Doutora Jersey havia tirado meu sangue em alguns minutos, desaparecendo pelo corredor afora, me deixando sozinha com um inarquio, que parecia estar me estudando lentamente. Minha cabeça ainda doía, embora a dor fosse fraca e discreta. De acordo com os médicos de Zero, o soro deveria atingir apenas minha mãe, deixando ela com o total controle de Zero, porem, o que aconteceu foi que meus sentimentos continuam ali, se embaralhando com as memorias de meu hospedeiro. Eles disseram que eu era a hospedeira de Zero, e ele o meu, como se estivéssemos grudados, se um morrer o outro morre também.

Doutora Jersey voltou a sala, junto dele veio o garoto ruivo, seu olhar se desviava de mim como se estivesse evitando algo que não entendia. Meus olhos se encontraram com Margareth, ela estava pálida como a neve, me olhando de um modo estranho, como se eu não passasse de um boneco de estudo que dificultava as notas.

- Vejamos- Ela caminhou até a mim- Em seu sangue possuí o soro A, algo que é apenas inserido em hospedeiros. Sabe como isso é fatal? Não podemos terminar a ligação por que não há ligação. Estão conectados para sempre, forçados a cuida um do outro. Tem ideia do que é isso? Esta colocando em risco a vida de um ser humano, e mal sabe cuidar da sua.

- O que?- Me assustei- Está me culpando por tudo isso? Como vou saber se não foi vocês que inseriram o soro errado?

- Não, não- Morgareth se remexeu nervosa- O soro B foi inserido logo depois que o soro A já estava vagando por suas veias. A conexão e a ligação foram feitas ao mesmo tempo, poderia ter morrido assim que os dois soros se encontrassem, assim como Zero. Alguém entre nós colocou o soro antes da autorização.

Norman. Só podia ser ele. O único que era ciente dos planos do governo, e em todo o momento ele sabia o que eles pretendiam fazer comigo. A questão era se eu deveria confiar em um cara que colocou uma substancia em meu corpo sem eu nem mesmo perceber. Zero me encarou, seus olhos se fixaram nos meus e eu sabia que ele estava lendo meus pensamentos, muito pior, ele estava lendo minhas lembranças.

- Vou achar o culpado por isso- Zero usou um tom sarcástico- E assim que o ver, vamos ter uma conversa simpática onde seu coração será minha sobremesa. Espero que não esteja nos escondendo nada Amy.

- Por que esconderia? Isso é problema seu, e não meu.

- A partir de agora os problemas dele são seus também- Margareth me cortou.

[...]

Charles se colocou de pé ao lado do latão, suas costelas ainda doíam por estarem espremidas por um longo tempo. A sua mão, a arma parecia um peso morto. Nenhum inarquio a vista, nenhum adolescente zumbi, era a hora perfeita.

- Só espero que ela já não esteja morta- Norman comentou.

- Como assim?- Becky perguntou.

- Zero queria ela para a ligação- Norman falava como se todos fossem estúpidos e aquilo fosse obvio- Antes disso coloquei o soro A no sangue de Amy, é impossível ela ser controlada ou controlar alguém que também possuí o soro.

- Mas não há como reverter isso?- Charles arqueou a sobrancelha.

- Uma vez que o soro estiver inserido no sangue, é impossível tira-lo.

Eles continuaram a caminhar até o monumento. Norman ia na frente, parecia saber de cor todos os passos até o local. Entraram por uma porta entre-aberta bem ao lado do monumento, a porta levava-os para uma escada escorregadinha e sem fim. Norman pediu para que todos fingissem estar sendo controlados, andando da forma mais ereta possível, e apenas seguindo ele.

Charles tentou se ajeitar, mas seu corpo não era discreto, e sim desajeitado. A cada passo seu coração parecia querer pular para fora da gargante. Seus pensamentos voavam para sua irmã tão rapidamente que quase seguiu em frente assim que Norman virou a direito. Sophie e Becky estava quietas atrás, talvez ele estivesse apenas com uma impressão, mas pareceu que elas estava de mãos dadas.

Dois inarquios surgiram no corredor, suas caras brancas encararam por um momento os adolescentes, mas Charles forçou-se a olhar sempre para sempre e demostrar um vazio no olhar o máximo impossível. Assim, logo estavam em uma grande sala cheia de cadeiras enfileiradas dos dois lados. Milhares de adolescentes, chorando e implorando para poder ver seus pais novamente, um gesto inoportuno.

Ali sentado, estava a figura mais inesquecível possível. Charles fingiu não a notar, não podia sair do disfarce agora, embora quisesse correr como uma criança e abraça-la como se o mundo não importasse, e de fato não importava. Seu pai estava sentado, com os olhos fixados ao chão, e assim que eles cruzaram com os de Charles, sua expressão era vazia, apenas algo em vão. Não, não era seu pai, não podia ser. Era, ele sabia que era, mas não era literalmente ele, não psicologicamente.

Norman parou em frente a uma sala escrito 'laboratório" e suspirou, virando-se para trás com a mesma expressão vazia que havia nos levado seguros até ali.

- Tudo bem pessoal, vamos fazer isso- Ele disse em quanto abria a porta lentamente.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?



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