Empty Minds escrita por Ackysa


Capítulo 8
Amy


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos em um dia, devem estar pensando que enlouqueci, mas não. A questão é que eu ia postar só amanhã esse capitulo, mas está tããão cheio de novidade que eu tinha que postar agorinha.
Comentem sempre, sempre, sempre, por favor, please.
Xx



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Charles sentou-se no meio da rua, as lagrimas vieram naturalmente. Ninguém havia aberto a boca uma vez se quer, não tinha nada para se falar. Era tudo culpa dele, se talvez ele não tivesse sem querer a empurrado ela ainda estaria ali. Mas era sempre assim, Amy era um ano mais velha mais agia como se fosse adulta, já ele era apenas um problema onde nem era ele quem resolvia, e sim ela.

- Gente- Norman cortou o silencio- Sei que não é uma boa hora, mas precisamos sair daqui.

Charles se colocou de pé, caminhando em silencio ao lado dos outros. Sophie estava mais quieta do que antes, como se algo a perturbasse, mas fora isso, todos pareciam estar agindo normalmente. Uma ou duas horas se passaram e eles já havia contornado todo o caminho para longe da ponte. Seu coração acelerou a cada passo, ele queria poder chegar rapidamente na base, poder ver sua irmã novamente, mas Norman o parou fazendo sinal de silencio. Não era nenhum inarquio, ou Wolgarts, ou até mesmo Zero, era apenas três adolescentes. A que mais destacava era a garota, que diferente dos outros, não usava nada nos pés, e a medida que caminhava parecia estar dançando sobre o piso gelado. Charles encarou sua face e percebeu que nenhum sentimento ali havia, ele duvidava que ela estivesse se importante, e ou não se importando, ele sabia que ela não sentia nada, absolutamente nada.

Norman os guiou para trás de um latão de lixo vazio, onde eles se esconderam. Charles escutava vozes, mas não sabia de onde:

- A garota é Melinda- Uma voz masculina falou.

- A louca?- Outra respondeu.

- Exatamente.

Os quatro estavam apertados no latão, como se todos fossem largos demais e desajeitados. Charles pensou na garota descalço e tentou a imaginar louca, mas nada conseguia fazer com que ele pensasse nela assim. Melinda era familiar, ele sabia que a reconhecia de algum lugar, mas as lembranças pareciam ter fugido de sua mente.

[...]

A sala era cinza, a única coisa que havia era uma cadeira velha. Wolgarts empurrou minhas costas até a cadeira e então amarrou meus pés para que eu não pudesse me alevantar. As luzes eram fortes demais, cegavam meus olhos e faziam minha cabeça latejar, como se eu tivesse levado um soco no meio da cara. Uma mulher apareceu na porta, ela usava um jaleco branco e contia uma prancheta na mão. Seus cabelos eram morenos e caiam suavemente sobre seus ombros, seus olhos eram castanhos e demostravam seriedade, parecia estar nos quarenta anos ainda. Ela sorriu ao me ver e se aproximou.

- Olá, eu sou a doutora Jersey, mas pode me chamar apenas de Margareth.

- Margareth Jersey- Murmurei para mim, o nome não me era estranho.

- Então, eu irei ler sua ficha e depois apenas vou lhe fazer algumas perguntas, ok?- Ela sorriu e continuou- Amy Henley, 15 anos, mãe falecida a um ano por câncer, pai desperecido, ambos de dinastia francesa. Pesa em torno de 45kg, nunca ingeriu nenhuma droga ou teve alguma doença grave na infância. Irmão Charles Henley, 16 anos, atualmente desaparecido.

Eu não prestei atenção em nada o que ela disse, sabia cada frase de cor. Assim que ela terminou murmurou algo como interessante e então começou as perguntas.

- Já ingeriu alguma bebida alcoólica?

- Não.

- Já se relacionou amorosamente com alguma pessoa?

- Sim.

- Qual foi a sensação de ter perdido sua mãe?

- Horrível.

- Onde está seu pai?

- Não sei, nunca mais o vi.

- E seu irmão?

- Nunca mais o vi.

Eram perguntas idiotas, na maioria queriam apenas saber sobre meus sentimentos em relação a qualquer pessoa que eu já tenha me conectado. Na maioria menti, não valia a pena confiar em nenhuma pessoa que estivesse ligada a Zero e seus capangas. Por fim ela ficou um tempo de olhando, e anotando algo naquele papel branco amassado no meio de sua prancheta, mas logo sorriu falsamente para mim.

- Acho que ela está pronta, tragam o Soro B.

Zero entrou na sala, em sua mão estava uma seringa, o liquido dentro era negro como carvão, e só em ver isso meu estomago embrulhou. Os olhos de Zero me encaravam confusos, como se hesitasse por dentro em fazer o que ia fazer. Logo ele caminhou em minha direção, ajoelhou-se ao meu lado em silencio. Seus dedos eram gelados ao tocar meu rosto, acariciando minha pele de uma forma estranha, exatamente como em meu sonho.

– Eu vou ficar tão arrependido- Ele suspirou- Não queria poder fazer isso.

– Então não faça

- Mas é preciso- Ele sorriu e posicionou minha cabeça levemente para trás.

Senti a seringa perfurando minha pele, logo tudo escureceu. Meus pensamentos se embaralharam, como se eu estivesse hospedando alguém dentro de minha cabeça. Lembranças correram por minha visão, mas elas não me pertencia, pelo menos eu não lembrava de vivenciar nada daquelas imagens. Minha cabeça latejou, e os gritos saíram de minha garganta como tornados, minhas mãos queriam abraçar minha cabeça, mas elas estavam amarradas. Cai da cadeira, gritando pela a dor que se infiltrava em minha mente como uma bala perdida, a cada segundo eu sentia me perdendo sobre minha própria cabeça, como se tudo o que construiu minha historia estivesse desaparecendo a cada segundo, como se nunca tivesse existido.

Então a dor parou, todo o meu corpo relaxou e meus olhos abriram lentamente. Ao meu lado estava Zero, seu corpo estava coberto de suor e havia lagrimas desesperadoras em rosto. Uma sensação de remorso surgiu em meu peito, mas ela estava longe der ser minha, ela pertencia a outra pessoa.

- Posso sentir seus sentimentos Amy, como é ser uma pessoa que não sente nada?- Zero me perguntou.

- Para falar a verdade, eu também posso sentir os seus.


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Notas finais do capítulo

Enton, o que acharam?



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