O doutor abre a porta do quarto. Carlos Daniel vai devagar em direção à cama. Quando vê sua amada ali, seu coração palpita a mil, parecia que todo o mundo havia ficado em outro espaço, e eles estavam sozinhos no universo. Carlos Daniel nota, que a beleza de Paulina estava ali, mais linda que nunca. Ele se senta na cama, pega na sua mão, e a olha no fundo dos olhos.

O doutor sai do quarto, para eles poderem conversar mais à vontade.

Carlos Daniel: Paulina...- solta uma lágrima - O que aconteceu?

Paulina: Carlos Daniel... Eu vou contar tudo o que fizeram nesse tempo...

Carlos Daniel: Sim, prossiga meu amor.

Paulina: Bem... naquele dia que eu levei o tiro, na verdade, como vocês acham que eu tinha levado o tiro...

Carlos Daniel: Como assim meu amor? Eu não estou entendendo!

Paulina: Calma Carlos Daniel, deixe eu terminar de contar toda a história.

Carlos Daniel: Claro.

Paulina: Naquele dia, eu já não estava mais com vocês. Tudo ocorreu no dia anterior, quando eu tinha ficado sozinha na fábrica. Willy... Aquele desgraçado me sequestrou e me levou até uma casa no meio da floresta. Depois, no outro dia, eu ouvi a conversa dele com Paola e... Raquel. Paola está viva... Bem, continuando. Eu ouvi a conversa, e eles falavam de uma usurpação, a Paola ia trocar de lugar comigo ainda naquele dia, para chegar à noite na mansão.

Carlos Daniel: Sim, eu me lembro que aquele dia você tinha chegado tarde em casa! Quer dizer, você não, a Paola.

Paulina: Aquele dia, Paola foi mesmo à mansão. E também naquela mesma noite, eu fui levada à força para um apartamento bem longe daqui. De lá não saí por muitos anos. Eu ouvia algumas conversas. No dia seguinte, a Paola fingiu que levou um tiro, mas na verdade foi tudo uma armação, uma farsa. Eles queriam que todos imaginassem que "eu" tivesse morrido, para não ter investigações.

Carlos Daniel: Mas Paulina, como você conseguiu chegar até a delegacia?

Paulina: A um ano atrás, Raquel me levou para ver de longe Paulinha. Depois que ela já tinha ido, eu consegui escapar na fuga. Ela não teve como me alcançar novamente. Eu corri muito... muito...

Carlos Daniel se emocionava muito ao ouvir aquilo.

Paulina: Eu tive medo de vocês duvidarem de mim, por isso não quis voltar para a mansão. Eu fui para o interior, e lá passei esse tempo. Até que esses dias mudei minha decisão, e voltei para a capital. Hoje, eu tinha sentido umas tonturas, e saí pelas ruas, para ver se eu respirava um ar. Quando eu estava perto da delegacia, desmaiei, e acordei aqui.

Carlos Daniel a abraçou, um abraço transmitindo amor, carinho, segurança.

Na sala de cirurgia, e situação estava complicada. Depois de muito lutar, conseguem retirar a bala, que tinha atingido um órgão (estômago).

Médico: Ufa! Agora terminamos a cirurgia e depois vamos levá-la ao quarto.

Na mansão Bracho, todos estavam muito contentes.

Lizete: Ai Carlinhos, não vejo a hora de encontrar nossa mamãe!

Carlinhos: Eu também Lizete, sinto tanta saudades dela...

Vovó Piedade: Ei meus bisnetos, agora é hora de viver o presente, a mãe de vocês vai vir para casa, viver ao nosso lado, e Paulinha vai melhorar!

Carlinhos: Ai, tomara mesmo vovó! "ele não a chamava  mais de bisvovó"

Esthefanie: Será que está tudo bem com elas, faz tempo que o Carlos Daniel não liga.

Rodrigo: Eu vou ligar para ele agora.

"Um pouco antes da ligação, no quarto de Paulina"

Carlos Daniel: Meu amor, tenho que te dizer uma coisa. Nossa filha, Paulinha, foi sequestrada por Willy e Raquel, e levou um tiro. Ela está agora na sala de cirurgia, retirando a bala. Vamos rezar, ela tem que viver, para poder conhecer sua mãe. Você nem imagina, mas ela sofre muito por não ter você a seu lado. Temos agora, que orar muito, e pedir que não a levem de nós.

*ligação*

Rodrigo: Alô, Carlos Daniel?

Carlos Daniel: Oi Rodrigo.

Rodrigo: E aí, elas estão bem?

Carlos Daniel: Paulina está, já conversei com ela, que me contou toda a história. Depois vou contar a todos, ela está muito fraca.

Rodrigo: Sim, e Paulinha?

Carlos Daniel: Não sei meu irmão, ela ainda não saiu da sala de cirurgia.

Rodrigo: Tomara que tenha dado tudo certo então. Bem, quero dizer que Carlinhos e Lizete estão muito ansiosos para reverem a mãe.

Carlos Daniel: Paulina... Ainda não estou conseguindo acreditar que ela está aqui!

Rodrigo: Eu sabia meu irmão, tudo tem um final feliz!

Carlos Daniel: Eu espero Rodrigo, espero que tenha mesmo um final feliz, que Paulinha viva para conhecer a mãe.

Rodrigo: Deus não ia fazer tantas maldades conosco, agora que Paulina está viva, ele não ia deixar a filha morrer sem conhecer a mãe. Acredite, ela vai sair bem dessa história, quer ver que daqui a um tempo vamos estar todos felizes aqui na mansão.

Carlos Daniel: Ai irmão, espero anos por isso...

Rodrigo: Outra coisa Carlos Daniel, já está passando na tv que Paulinha levou um tiro e está no Hospital Central. Tome cuidado, em!

Carlos Daniel: Claro!

Rodrigo: Bom, quando tiver notícias, avise-nos.

Carlos Daniel: Sim, tchau Rodrigo.

Carlos Daniel e Paulina estavam nervosos. Carlos Daniel decide ir até a recepção do hospital, para ver se tinham notícias da menina. Chegando lá, vê o doutor, e pergunta pra ele.

Doutor: Sim senhor, a cirurgia foi um sucesso, conseguimos tirar a bala, ela está fora de perigo agora.

Aquela frase soou como música para Carlos Daniel. Agora a felicidade estaria completa. Foi correndo avisar Paulina.

Carlos Daniel: Meu amor, Paulinha está fora de perigo! A bala foi retirada, a cirurgia foi mesmo um sucesso!

Paulina: Ai, ufa, que bom meu amor!

Carlos Daniel e Paulina ficaram bem juntos, e colaram suas testas, a respiração ficava ofegante, e finalmente um beijo doce e singelo surgiu, fazendo o amor renascer novamente. Através desse beijo, uma lembrança veio na mente dos dois, e o pior que foi a mesma lembrança.

FlashBack on:

Carlos Daniel: Como é linda nossa menina!

Paulina: É mesmo... que nome vamos dar a ela?

Carlos Daniel: Você que escolhe!

Paulina: Eu estava pensando... eu queria que fosse Paula, por causa da minha mãe...

Carlos Daniel: Seja bem vinda Paulinha!

Paulina: Essa menina, ao olhá-la, me traz tanta alegria, uma esperança, não sei porque...

Carlos Daniel: Ahh meu bem, isso somente o futuro vai nos dizer.

Carlos Daniel e Paulina ficaram bem juntos, e colaram suas testas, a respiração ficava ofegante, e finalmente um beijo doce e singelo surgiu.

FlashBack off

Eles pararam o beijo, quando seus pulmões necessitaram de ar.

Paulina: Carlos Daniel, eu te amo, sempre te amei, não importa quantos anos passaram, meu amor por você sempre continuava firme, graças a esse amor, nossa vida renasceu, eu te amo minha vida...

Carlos Daniel: Ai Paulina, sofremos tanto por sua falta, sempre você vai estar no meu coração!