Carlos Daniel, ali, quieto se expressando no choro, nem vê uma maca passar para um dos quartos.

Delegado:Senhor, os guardas já vieram te chamar?

Carlos Daniel: Que guardas? Estou aqui por causa da minha filha, que foi baleada agora a pouco e está na sala de cirurgia! Mas por que eles iriam me chamar?

Delegado: Bem, o caso é o seguinte. Encontramos uma mulher desmaiada perto da delegacia, chamamos uma ambulância e já levamos-a para esse hospital.

Carlos Daniel: Mas o que eu tenho haver com isso? Estou aqui somente pela minha filha, ela levou um tiro agora, está sendo operada na sala de cirurgia, está entre a vida e a morte, e você vem falar essas bobagens a mim???

Delegado: Acalme-se senhor, eu ainda não terminei. Essa mulher não é uma qualquer, essa mulher é Paulina Martins Bracho, ela foi encontrada muito fraca hoje, por isso a levamos para cá.

Carlos Daniel não conseguia acreditar no que ouvia. Sua esposa, sua amada Paulina, viva? Tudo bem, Paulinha tinha dito isso antes de levar o tiro, mas isso seria verdade? Se fosse, agora estaria tudo em cima do muro. Em um lado, cairia para meia felicidade, no outro, também para meia felicidade. O medo de que Paulinha morresse e Paulina também, e pior ainda, a menina não chegar a ver sua mãe.

Carlos Daniel: Não, não pode ser, isso é sério Delegado Merino???

Delegado: Sério senhor, sua esposa está no quarto, estão fazendo-a acordar do desmaio.

Carlos Daniel não se contia de alegria, e imediatamente ligou para a mansão, todos ficaram surpresos com a notícia, mas assustados com o caso de Paulinha.

Na estrada, já estava chovendo muito forte, e Willy para o carro.

Raquel: O que está fazendo Willy?

Willy: Não sei, tenho que pensar...

Raquel: Ai cara, desiste dessa ideia de arrependimento! Agora vamos embora antes que a polícia nos ache!

Willy: Adeus Raquel, cuide bem do nosso filho.

Raquel: Ei, não faz isso Willy, não faz isso!!!! Willy!

Willy abandona Raquel e o carro, fugindo pela mata a fora.

Raquel foge com o carro, teve medo de não conseguir escapar e se descoberta pela polícia.

Raquel: Essa família vai me pagar muito caro por isso!!!

No hospital, Carlos Daniel não aguentava mais de ansiedade para ver sua Paulina, depois de tanto tempo.

O doutor vem em direção à Carlos Daniel.

Carlos Daniel: Doutor, você tem notícia de minha filha? Ou da mulher que entrou desmaiada?

Doutor: Sim, tenho notícia da mulher. Ela já acordou, está um pouco fraca, o senhor quer vê-la?

Carlos Daniel: Sim, quero muito!

Doutor: Venha comigo.

O coração de Carlos Daniel batia inexplicavelmente, a emoção de reencontrá-la era forte, e quanto mais perto ficava do quarto, parecia que anos voltavam novamente.