Inocência escrita por Nameless
Notas iniciais do capítulo
Hoho! Voltei!
Depois de me recuperar da gripe voltei com tudo para minha rotina. Estava muito feliz. O mundo girava rápido, tão rápido que caí e agora estou com a perna engessada. :D
Não quebrei, só... ferrei o tornozelo. :D
Mas vamos ao que interessa. Dobradinha para vocês!
Boa Leitura e qualquer erro é só falar! ^^
"A contagem continuava calmamente. Em direção ao príncipe, três olhares de pânico vindo dos reféns que aguardavam a decisão. E de Loki, vinha um olhar de súplica, como quem esperava e anciava a morte de uma maneira insana. Fechou os olhos, a hora chegou os números aumentavam. Oito... Nove... Dez.
"Agora!"
Apontou a Mjolnir para o escolhido que caiu em um baque grande."
(...)
Thor correu até Sif ajudando-a a levantar, ela estava estática e visivelmente chocada. O loiro sentia uma paz enorme ao ter terminado com a vida de Loki e salvado a de todos. Olhou o corpo do outro que estava caído e de olhos abertos. A cena não pareceu horrível para o príncipe, mas mesmo assim achou melhor retirar todos dali.
(...)
Naquela mesma noite, Odin convocou uma reunião com Asgardianos e Gigantes. Comunicou a todos que a terra de Jotunheim não oferecia nada de importante a não ser moradia. Especificou que todos continuassem lá e terminassem a construção para que futuramente fosse habitada. Ao ser questionado sobre a morte de Loki, este apenas concordou e apontou para o filho, dizendo que este foi o feitor do ato heroico. E assim deu por terminada a assembléia.
-Hey! Thor!
-Hogun, amigo! -Abraçou-o amigavelmente- O que quer?
-Nada. Achei que poderia estar um pouco abalado devido o ocorrido e que precisava conversar. -Explicou.
-Abalado? -Gargalhou- Nunca! Satisfeito seria a palavra certa! Além do mais, quem estaria triste pela morte de alguém como ele?
-Bem... -Coçou a cabeça- O pai dele... Idun, Freya. Vão enterrar seu corpo daqui a pouco.
Conversaram por mais um tempo até que o loiro se despedir e dizer que já o encontrará na festa que darão para comemorar o feito do príncipe. "Sempre precisam de uma desculpa para encher a cara", pensou Thor. Este pôs se a caminhar floresta a dentro, sem um rumo certo. Passava por árvores e riachos, admirando a beleza deles. Notou também que o tempo estava chuvoso, as estrelas não apareciam e logo as nuvem tratavam de cobrir a lua. Sem que se desse conta, chegou até uma parte onde nunca esteve, algo como um cemitério, com lápides rusticas e, ao contrário de muitos outros, possuía o mais belo jardim que havia visto. Escondeu-se atrás de uma árvore ao notar a presença de Laufey, duas moças e um rapaz que não conseguia identificar, que cavava na terra.
-Não consigo entender o que o levou a tudo isso. -Lamentava o pai de Loki.
-As vezes, as coisas não precisam de explicação. Simplesmente acontecem, porque já estão predestinadas a acontecer. -Disse Idun, abraçando o homem.
Freya chorava em demasia, tanto que soluçava. Ao mudar um pouco de posição, Thor pôde ver o corpo do moreno deitado em uma espécie de mesa de madeira. Estava com os olhos fechados, aqueles que não teve coragem de fechar. Vestia uma roupa branca como a neve e tinha em volta, vagalumes rondando-o. Escutou o homem anunciar que tinha acabado de cavar e percebeu que conhecia a voz.
-Balder. -Falou baixinho.
-Não entendo ainda porque nos ajuda. -Falou Freya, limpando as lágrimas.
-Bem... Uma noite, ele veio até mim.
...
-Balder, soube que tem um irmão cego. É verdade?
-Sim e o que tem com isso? -Perguntou seco.
-Gostaria que ele visse o mundo? -Disse encostando-se numa tora.
-Que pergunta obvia. Achei que fosse mais inteligente. -Olhou-o com ar de zombeteiro.
-Não vou discutir contigo asgardiano. -Aproximou-se- Um dia, vou partir. Descansar. E quando isso acontecer, quero que tire um pouco do meu sangue e jogue nos olhos dele.
-E você acha que eu vou fazer isso? -Gargalhou nervosamente.
-Claro. Dada as circunstâncias, você fará.
E tão repentinamente quanto chegou, foi embora, deixando o outro confuso.
...
-E você deixou ele fazer isso Laufey!? -Berrou Freya.
-Sim. Se meu filho disse, tem um propósito.
Thor observou tudo, até quando o enterraram e acenderam um incenso em sua homenagem. Após isso resolveu voltar, seguindo o curso do rio até que se lembrou que o cenário era familiar. Foi aonde viu Loki brincando uma vez. Balançou a cabeça até retirar esses pensamentos e caminhou até chegar na cabana onde estava havendo a festa. Bebeu a noite toda e mais tarde distraiu sua mente e saciou seu corpo com Sif.
(...)
Passou-se dois meses e as obras acabaram. Logo, vários moradores de Asgard começaram a chegar em Jotumheim, alguns para morar, outros por pura curiosidade. Em meio a tantos rostos conhecidos, Thor cumprimentou todos e foi chegando até perto das embarcações que os traziam. Esbarrou em alguém, desculpando-se. A pessoa parecia perdida... e cega.
-Hoder! -Bradou o loiro animado, abraçando o homem. -Veja se não é o irmão de Balder!
-T-Thor? É você? -Ria gostosamente- Não te reconheci. Que indelicado sou, te vi e não o cumprimentei.
-Quer alguma ajuda? -Disse prontamente.
-Sim. Será que poderia me levar até meu irmão? A natureza é tão bela que poderia me perder, pois ficaria admirando-a em vez de andar. - Brincou.
O príncipe pegou sua mão e colocou em volta de seu braço e o guiou até o local aonde estava Balder. Caminhavam conversando animadamente. Possuía cabelos até os ombros e aparência frágil que enganava a todos, pois possuía uma força única. Tardaram um pouco mas chegaram até o asgardiano que veio correndo até o irmão, que por sua vez possuía um carinho possessivo e super protetor para com o outro.
-Me larga Balder, está me machucando!
-Claro que não Hoder! - Disse apertando ainda mais o abraço- É muita saudade. Ah, tenho uma coisa para fazer contigo. Agora! - Falou muito animado.
Guiou o outro correndo até a sua cabana, estavam acostumados a correr juntos. Thor pôs se a correr atrás deles, curioso e rindo bastante. Ao chegarem Balder foi direto ao quarto e retornou com um frasquinho em mãos. No mesmo momento o príncipe se lembrou do que ouviu no dia do enterro de Loki. E após uma breve explicação, o asgardiano despejou o sangue nos olhos de Hoder.
No início este gritou desesperadamente com as mãos no rosto e se jogou no chão. Seu irmão logo foi até ele amparando-o aflito. Thor apenas assistia a cena em choque, sem nada que pudesse fazer. Após um tempo, os gritos cessaram e Hoder retirou as mãos que antes tapavam os olhos e levantou-os para o Balder.
-Você é lindo. - Disse choroso - A espera valeu.
Recebeu um abraço muito caloroso e lágrimas sinceras em resposta.
-Bendito seja Loki! - Sorria largamente- Vou te levar ao túmulo dele para agradecermos.
Thor aproveitou o momento fraternal para sair. Chorava também, mas fazia isso por duvida e medo. Correu até chegar ao local de repouso eterno do moreno.
-Por que me confunde tanto!? - Gritava aos prantos - Por que maldito!?
-Porque é assim que deve ser.
O loiro virou a cabeça e viu uma mulher flutuando atrás de si. O espanto foi imediato, seus olhos se arregalaram e seu corpo se paralisou. Sua boca se mexia, mas nenhum som saia.
-É o destino asgardiano. Graças a você o sacrifício de Loki valeu. Nele, a maldade que havia era causada pelo poder de Seidhr, pois dentro de seu peito só tinha espaço para amor e para você. Você é uma traição prevista e esperada.
-Quer dizer que ele já sabia que ia matá-lo? - Questionou surpreso.
-Sim. E ele morreu feliz. A morte causada pelo amor é a única que não dói e que dá paz. Vim aqui para agradecê-lo em nome de Loki.
-Disse começando a desaparecer.
-Espere! O que eu faço agora? -Falou desesperado.
-O mesmo que ele fez nos últimos dias de vida. Sucumbir. Ao medo, a angustia e a saudade.
Ela se foi, deixando-o só e crente em suas palavras.
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Penso o quanto seria fofo uma fic de Balder e Hoder. Eles são tão amáveis! ^^