Inocência escrita por Nameless


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora. Estive muito ocupada ultimamente. Tanto que não me cuidei e adoeci. '-'
Pois é. '-'

Bem, deixando isso de lado, espero que aproveitem a leitura. ^^



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"Desculpa vossa majestade, é algo pessoal. -Respondeu e rapidamente foi até a janela jogando metade do corpo para fora. - Agora vou terminar o serviço que comecei em Sif. O sangue dela deve ser melhor que o desse fraco. E quietos aí, senão faço o mesmo que fiz com Tyr e corto-lhes o corpo. -Gargalhou satisfeito vendo o olhar de espanto de todos, principalmente de Laufey."

(...)

Sif estava sentada em frente ao espelho, triste tapava a cabeça com um lenço. Seus cabelos curtíssimos de nada eram atraentes e não se sentia bem com sua atual imagem, mesmo sabendo que Thor de fato não se importava se a mulher tinha ou não cabelos, pois amava-a imensamente. Estranhou acordar e não encontrar o companheiro na cama, mas provavelmente tinha saído para se acalmar, o clima de tensão o afetava muito. 

Escutou alguém bater na porta e foi até lá ver quem era. Ao abrir viu ser uma senhora segurando a bengala. Era uma Gigante, isso estava visível principalmente pelos seus cabelos negros mesmo na velhice.

-Minha jovem senhora, posso entrar? Não me sinto bem. -Pronunciou. Estava bastante pálida.

A moça não negou ajuda e colocou-a para dentro levando a mesma até a cozinha. Nesse instante os homens que também estavam na casa, foram trabalhar, com exceção de Frandal que havia acordado atrasado e fora tomar o café-da-manhã. 

-Qual seu nome? -Perguntou a senhora para a mulher a frente que lhe entregava um copo d'água. 

-Sif. -Sentou-se. - E esse é Frandal. -Apontou para o outro que sorriu amigavelmente.

-Ora, você é a mulher daquele homem... -Pensou por um instante- Thor. Você o ama muito não é? Vi naquele dia.

-Sim. -Respondeu o loiro- Ela com muito esforço laçou o coração do nosso príncipe. Que aliás, era um mulherengo de primeira.

-Então fez bem a ele. -Comentou sábia- Um homem não é nada sem uma mulher sensata. 

Riram. A senhora tomou a água retornando a uma cor mais saudável.

(...)

Thor tentava estancar o ferimento do pai, seu olho direito estava ferido e certamente não enxergaria novamente. Tyr apareceu com gazes e com ajuda de Laufey fez um curativo no ferido. Todos estavam surpresos demais com a revelação por isso nada era dito. A decepção nos olhos dos parentes de Loki era de dar pena. Por outro lado, o sangue dos asgardianos fervia.

-Tenho culpa. -Odin pronunciou- A ganância tem um preço grande, perder os olhos para ter algo foi o meu. Mas não será em vão, vou ter o Poder custe o que custar. -Levantou-se cambaleante.

-O que pensa que irá fazer com meu filho? -O Gigante levantou.

-Não será só ele. -Thor levantou-se também- Ter Seidhr é uma coisa, usá-lo para o mal é outra. Irá pagar por me fazer de idiota. E eu que achei que ele era inocente! -Esbravejou passando a mão nervosamente pelos cabelos- Vamos pai.

Passou o braço por debaixo dos ombros do mais velho e foram em direção a porta. Apesar de Laufey ter mandado o filho detê-los, nada fez. O ódio era demais, queria vingança e iria ajudá-los. Trancou o pai no quarto e seguiu junto com os asgardianos atrás do irmão.

(...)

Após uma breve e divertida conversa, Frandal foi-se para mais uma jornada de trabalho deixando-as a sós. 

-Por que usa o lenço na cabeça? -Perguntou.

-Fui atacada e me tiraram os cabelos. Não sei o motivo. -Suspirou- Não fiz mal a ninguém. 

-As vezes sua simples existência incomoda alguém. A inveja é algo terrível.

A moça concordou e pediu licença para a senhora indo para o quarto com a desculpa de ia pegar algo para mostrá-la. Ao chegar no cômodo abriu o baú que estava no pé da cama e pegou uma grande mecha de cabelo, mas antes que pudesse se levantar escutou uma voz.

-Não pense nisso. -Era Frandal.

Lentamente virou-se e viu a senhora com um olhar mortal e com uma lança apontada para seu pescoço. Parou de respirar por um instante.

-Tem sempre um para estragar a festa. -Dito isso, a senhora transformou-se revelando ser Loki. - Se fosse você ficaria parado ou senão a moça irá para um ótimo lugar.

-Acho que na verdade você que irá para um ótimo lugar. -O loiro pronunciou.

Sif num golpe rápido derrubou o Gigante e o homem em seguida imobilizou-o, pondo-o virado para baixo com as mãos presas atrás das costas. Após isso o lugar foi invadido por Odin que estava sendo ajudado por Tyr.

-Estava certo Majestade, a senhora é Loki. -Falou Frandal.

-Achou que sairia impune garoto? -Abaixou-se o rei, segurando-o pelos cabelos. -Agora só falta descobrir como tirar Seidhr de você. 

Em resposta obteve uma gargalhada alta vinda do moreno, que sumiu revelando que na verdade quem estava rendido era Hogun. Apareceu atrás de Tyr apunhalando-o nas costelas com uma adaga.

-Sabe o interessante disso tudo. Antigamente para ter acesso a essa perigosa magia era necessário muitos sacrifícios. - Gungnir apareceu nas mãos de Loki que chegou perto de Hogun fincando-a nas costas deste que gritou em resposta.- E você não sabe a vontade imensa que me toma de fazer o mesmo. Essa é uma das consequências e agradeço a ti por isso. 

Após andar mais um pouco pelo quarto usou seus poderes para paralisar Frandal e fazer com que o lenço de Sif a enforcasse, fazendo-a arregalar os olhos e tomar um tom azulado. 

-Vou mandá-lo para o inferno. Diga "olá" para meus pais. 

Mas antes que pudesse atacar Odin, Loki sentiu seu peito ser atingido por algo e foi ao chão, libertando a mulher do aperto do tecido. 

-Não, você dirá isso pessoalmente. 

Era Thor, que havia atingido-o com Mjolnir. Logo atrás entraram Balder e Volstagg que prontamente se puseram a ajudar os feridos. Seus olhos brilhavam em uma chama mortal e estavam direcionados para o moreno. 

-E pensar que confiei em ti, que me comovi com sua história, me encantei com sua inocência! -Gritou aproximando-se lentamente- Fui enganado por você e meu pai, que mesmo tendo matado os seus, não merecia o que fez a ele. -Socou o rosto de Loki fazendo-o cair no chão.

Os amigos do príncipe levaram Hogun e Tyr para fora dali, para terem os primeiros-socorros, deixando apenas a mulher, o imóvel Frandal e Odin para fazer companhia aos até então amantes. 

-É, realmente ele já paga demais por não ter o que almeja. -Sentou-se limpando o canto da boca de sangrava com as mãos- Estava pensando em algo mais interessante. -Usou de seus poderes novamente para trazer Sif para perto de si, derrubando-a no chão.- Nunca fui fã de vingança, então não pense que faço o que faço por isso. Apenas realizo minhas vontades e sacrificar quem não gosto é uma delas. 

Uma adaga surgiu em sua mão e este posicionou-a no pescoço da mulher.

-Não faça isso! -Gritou Thor- Não sei o que farei contigo se a ferir! 

-Então me mate ou a matarei. -Sorriu maleficamente.

-Essa não é a saída Loki! -Bradou Odin- Derramar mais sangue não solucionará os problemas. 

-Errado novamente Majestade, a morte é a saída para tudo e seu filho terá que usá-la. Pegue seu martelo asgardiano. -Não obtendo resposta do outro, pressionou a ponta da adaga no pescoço de Sif que gemeu de medo em resposta- Agora! 

O loiro obedeceu, pois temia a vida da mulher. Após pegar a haste do objeto o céu escureceu e um grande trovão acertou a Mjolnir, fazendo o príncipe largá-lo.

-Pegue-o. -Ordenou o Gigante- Farás o seguinte, vou contar até dez e quando terminar você escolherá quem matar eu ou ela. E não adianta usar de sua bondade, pois se não fizer o que mando matarei seu pai e Frandal. -Ao falar isso os dois pareceram perder o ar lentamente.- Apontará o martelo para quem escolher e este morrerá. 

Thor arregalou os olhos, não havia outra saída. Quatro vidas estavam em suas mãos.

-Um... -A contagem começou- Dois...

-Não Loki! Não faça isso! -Tentou argumentar em vão. 

Apesar da imensa raiva que sentia do causador de tudo, não tinha como negar que não desejava a morte deste, nem de ninguém ali. Se sentia impotente, pois a mulher parecia uma resposta óbvia, porém simplesmente gostava demais do homem ali para feri-lo. A contagem continuava calmamente. Em direção ao príncipe, três olhares de pânico vindo dos reféns que aguardavam a decisão. E um olhar de súplica, vindo de Loki, como o de quem esperava e ansiava a morte de uma maneira insana. Fechou os olhos, a hora chegou, os números aumentavam. Oito... Nove... Dez. 

"Agora!"

Apontou a Mjolnir para o escolhido que caiu em um baque grande.

(...)

"Pai, mãe. Morrer não dói, não sinto nada, apenas o vazio. O vazio de saber que o estava tudo predestinado e de que o amor que fez isso. O vazio de ver que agora ele está correndo para socorre-la e não a mim. De que serei lembrado com ódio por aquele que queria que me correspondesse. O destino é cruel, viver é terrível, amar... te destrói. E ser inocente é a razão para errarmos. Será que agora terei paz?"


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Notas finais do capítulo

Desculpa se algo ficou meio incoerente é que a inspiração vem em horas erradas e estou muito cansada e com sono. '-'

Reta final. Até a próxima! ^^



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