Segredos De Uma Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 10
Batimentos desenfreados


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo, gente!
Último capítulo chegando.
Beijos!



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–Ele está dormindo?

Sorrateira Sakura adentrou o quarto, livrando-se dos tênis, e um brinco argola.

–Está dormindo como um anjo. – Aihara se ajeitou na cama e gemeu de dor quando se levantou dela, devido o tempo que passara na mesma posição.

–Desculpe por isso.

–Você sabe que eu adoro ficar com meu neto, mas concordo com a senhora Mikoto, um berço seria muito útil nesse quarto.

–Já estou acostumada a dividir a cama com ele.

Enquanto Sakura procurava a camisola para vestir, sua mãe a olhava de cima abaixo. Aquele fora o primeiro jantar que Sakura teve com Sasuke depois de se reencontrarem, no entanto, ela fizera dele um momento muito simples.

–Eu deveria ter ido lhe comprar um belo vestido para a ocasião.

–Jantamos no restaurante do hotel, mãe. O ambiente, as pessoas, e a comida são simples. – explicou novamente, deixando a camisola de algodão deslizar pela cintura. –Sasuke pode se vestir com os melhores ternos, mas ele é tão simples quanto eu. – aproximou-se da mãe com um sorriso bobo na face. –Foi um jantar maravilhoso.

–Então, finalmente se acertaram? – indagou compartilhando a mesma alegria.

–Sim. Parece que o destino começou a conspirar a nosso favor. – sentando-se na lateral da cama, ligeiramente ela vasculhou a superfície da cômoda, à procura do creme hidratante. –Eu disse sim a ele.

–Já sabíamos que você aceitaria. Estou muito feliz por você.

Desviando os olhos da leve massagem nas pernas, Sakura observou a mãe, ainda mantendo um sorriso incapaz de se desfazer.

–Estou com um friozinho na barriga sempre que penso que irei morar na mesma casa que Sasuke amanhã. Sei lá, parece algo muito bobo para alguém da minha idade, mas... Eu sonhei com isso algumas vezes, agora isso está se tornando real.

–Entendo, querida. – devagar e com muito carinho, ela escorregou a mão no cabelo da filha. –Nós gostaríamos de poder ficar com você mais tempo aqui em Tókio, mas temos muitas obrigações em Osaka.

Temerosa, Sakura voltou a observá-la. –Estão pensando em ir embora?

–Não podemos deixar a loja com os funcionários por tanto tempo. – explicou se sentando ao lado dela. –Fizemos um cruzeiro de duas semanas e poucos dias depois de voltarmos para casa, saímos em viagem de novo. Seu pai tem medo da loja virar um caos.

Sakura sorriu juntamente com a mãe, guardando para si a apreensão que começava a sentir. Seus pais foram seu alicerce naquele momento tão complexo da sua vida. Agiram como verdadeiros advogados, não temeram, um minuto sequer, a possível repreensão de pessoas desconhecidas. Ela já estava habituada a se virar sozinha, mas o contato com os pais levaram-na de volta aquele conforto familiar.

–Quando irão embora?

–Depois de amanhã, mas voltaremos para o seu casamento. Suponho que logo aconteça, certo?

–Talvez em duas semanas. – respondeu otimista.

–Prometa que você vai nos ligar se algo acontecer.

Sakura abraçou a mãe, levando a pobre mulher às lágrimas. –Eu prometo.

XXXXXXXX

Desceu do táxi olhando o arranha-céu que morara por mais de um ano e a cena de ela chegando a ele voltava a se repetir. Exatamente naquele lugar, descendo de um táxi, ela chegara aquele edifício, ansiosa já que moraria sozinha, e teria a própria independência. Não demorou muito para ela conhecer Ino, Hinata, Tenten, e Temari, no mesmo edifício, porém dividindo o mesmo quarto. O convite de todas morarem juntas partira de Sakura e, desde então, àquelas garotas tão incomuns passaram a ser parte de sua família.

–Oi! Como vai?

Por onde ela passava seus antigos vizinhos a abordavam para cumprimenta-la. A curiosidade e simpatia estavam estampadas em todos àqueles rostos, afinal ela era bem-vinda por todos, e o fato de ser mãe solteira tornava-a vulnerável, aos olhos de alguns.

–Estamos chegando, Daisuke. – disse entrando no elevador.

No décimo quarto andar o elevador abriu as portas e ansiosa Sakura saltou dele. Imaginava suas amigas reunidas no pequeno cerco da única sala, também ansiosas para revê-la, e disputar Daisuke.

–É aqui. – de frente à porta de número inesquecível, ela tocou a campainha, ouvindo passos, e risos do outro lado da porta.

–Bem-vinda!

Ino, Tenten, Temari, e Hinata gritaram todas juntas, jogando pequenas quantidades de confetes em Sakura.

–Deixa eu segurar meu sobrinho, Sakura. – disse Ino beijando à amiga rapidamente, pois seu verdadeiro alvo era a pequena pessoa nos braços dela.

–A fralda dele está cheia.

–Eu troco! – gritou Hinata abraçando Sakura.

–Cadê suas malas? – perguntou Tenten olhando atrás de Sakura.

–Só vim fazer uma visita a vocês. – respondeu abraçando Temari.

–Achamos que você estava de volta. – intrigada, Temari fechou a porta.

–Minha vida virou ao avesso, mas de uma maneira boa.

–Conta tudo. – exigiu Ino sem esconder seu proeminente interesse.

Sakura narrou todos os fatos recentes ao lado dos pais e a família Uchiha. A cada nova frase, uma expressão diferente simbolizava a emoção no rosto das garotas, e, quando finalmente Sakura contou sobre seu casamento com Sasuke, suspiros derretidos ecoaram por toda parte.

–Estou perplexa. – confessou Hinata levando a mão ao peito. –É a história de amor mais linda que já presenciei.

Até mesmo Temari e Tenten, que eram julgadas as mais duronas, pareciam vencidas diante de tanta superação.

–Tudo bem que o tal do Fugaku se retratou, Sakura, mas ele ainda é um filho da mãe! – disse Ino um tanto revoltada. –Duvidar da sua integridade?

–É plausível para qualquer pessoa como ele, Ino. – falou Sakura tentando mostrar outra versão no comportamento do grosso. –Pense bem, eu poderia ser uma golpista.

–De golpista você não tem nem a unha do dedo mindinho. – disse Temari. –Fico imaginando qual seria a relação de Fugaku e Saya. Ela sim está se formando para ser golpista.

–Sasuke se livrou de uma fria. – observou Tenten. –E onde estão seus pais, Sakura? Eu quero dar um tremendo abraço neles.

–É. – todas concordaram, pois, se uma vez imaginaram que eles seriam como vilões, na visão delas eles passaram a ser verdadeiros heróis.

–Infelizmente eles estão fazendo as malas. Voltarão à Osaka amanhã, mas virão à Tókio assistir meu casamento. – suspirou. –Eu gostaria que eles passassem um tempo comigo na casa da família Uchiha.

–Fugaku ainda te assusta? – perguntou Hinata.

–Não, é até estranho o fato de eu já me sentir familiarizada com ele. – confessou aliviada. –Tenho medo de encarar essa nova vida.

–Mas tudo é perfeito agora. – Ino aproximou-se de Sakura, entregando Daisuke a Hinata. –Você está com Sasuke e ele te ama.

Sakura se levantou de repente, parecendo está agoniada.

–Ontem, quando Sasuke e eu jantávamos, ele disse que estou fugindo da intimidade com ele. – olhou-a confusa. –Eu não queria dizer a ele que... Eu preciso voltar a confiar nele. – viu as amigas se entreolharem. –Eu seria ingrata se dissesse isso.

–É naturalmente normal sentir essa insegurança.

–Concordo com a Temari. – refletiu Hinata. –Sasuke já provou que gostou de você desde o primeiro momento.

–É verdade. – comungou Tenten com as outras. –Se você não tivesse fugido dele, estariam casados até hoje.

–Mas a vida voltou a uni-los e você tem que dá um voto de confiança a ele. – insistiu Ino. –Agora, fale-nos mais sobre o casamento.

XXXXXXXX

Por volta das cinco da tarde Sakura chegou a seu novo endereço. Em frente à porta principal da casa, onde a moldura reluzia devido à luz do sol, Mikoto aguardava os novos integrantes de sua família. Ao lado dela estavam Kaoru e o jardineiro, preparando-se para levar às bagagens aos quartos.

–Bem-vindos! – disse Mikoto aproximando-se do carro assim que as portas se abriram.

–Boa tarde. – o casal cumprimentou a simpática mulher.

–Obrigada por nos receber. – um pouco atordoada com seu novo mundo, Sakura sibilou tais palavras.

–É uma honra para mim. – disse Mikoto, em seguida, pediu permissão para roubar o neto.

Sasuke assistia tudo prestativo. Sua mãe era uma grande admiradora de Daisuke, ela o idolatrava como um filho primogênito.

–Podemos subir com as bagagens, senhora?

–Sim, Kaoru, mas... – intrigada ela olhou as malas. Havia apenas duas. –Cadê o restante das malas?

–Nós vamos voltar à Osaka amanhã. – revelou Aihara surpreendendo Mikoto. –Mas agradecemos de coração seu convite e a calorosa recepção à nossa filha.

–Sim. Perdoe-nos por não podermos ficar, mas voltaremos para o casamento. – pronunciou-se Kentaro.

–Com certeza eu vou aguardá-los, mas é uma pena que tenham que voltar logo. – a contra gosto, ela respeitou a decisão. –Vamos entrar, por favor.

Sakura ficou parada olhando a sogra carregar o neto e seus pais a seguindo, fazendo um ou outro comentário sobre o tempo.

–Quer que eu a leve no colo?

–Claro que não. – Sakura bateu de leve no braço dele, como costumava fazer quando ele fazia-a se sentir ingênua. –Pensei nessa mudança o dia inteiro. – confessou segurando o braço dele e juntos cruzaram os poucos degraus da escada. –Na verdade, pensei um monte de coisas ao mesmo tempo.

–O mundo dos Uchiha te assusta?

–Não, eu sei que você vai cuidar muito bem de mim.

–Eu sabia que você ia dizer isso. – a confiança dela o agradou esplendorosamente. Não queria pressioná-la, por isso não pediria a ela que confiasse mais nele, apenas deixaria as coisas fluírem com naturalidade. –Tenho um convite para te fazer.

–E o que é?

Pararam de frente a porta, apreciando a privacidade a sóis.

–Você quer ir comigo vê algumas casas?

Sakura sentiu o coração disparar, mas não demonstrou seus sentimentos. Por diversas vezes ela chegara a pensar que alugaria um apartamento de um quarto e se desdobraria até conseguir ter seu próprio lar.

–Casa? – indagou atônita.

–É. Eu gosto desse bairro. É silencioso, familiar, e seguro. – respondeu enxergando as emoções no olhar dela. –Devo admitir que minha mãe me influenciou muito para ser vizinho dela. – disse levemente constrangido. –Ela se apegou muito a Daisuke e eu tenho certeza que ela ficaria magoada se nós o criássemos longe daqui. – Sakura balançou a cabeça, em concordância. –A não ser que você prefira um apartamento.

–Por mim, tudo bem. – sorriu maravilhada. –Você e seu pai conversaram?

–Não foi bem uma conversa. – Sakura olhava-o com ansiedade. –Eu disse a ele que estava orgulhoso pela forma de ele ter agido com você e ele se desculpou comigo.

O ronco de um motor potente chamou a atenção de ambos. Quando o carro preto estacionou, Itachi saiu dele, olhando atentamente o casal acima. Deduziu que aquela garota, de cabelos compridos róseos, corpo esguio, e pele branca como porcelana, só poderia ser uma pessoa: a futura esposa do irmão.

–Deixe-me adivinhar quem é você. – disse ficando de frente a moça. –Pela beleza encantadora e o olhar apaixonado do meu irmão sobre você, acredito que você seja Sakura.

–Sim. Muito prazer, Itachi. – teve certeza que se tratava dele por que já o tinha visto na universidade uma vez, à espera de Sasuke.

–Seja bem-vinda à nossa família.

–Obrigada. – ela ouvira o choro de Daisuke não muito distante de onde estava. –Eu vou vê se está tudo bem. Com licença.

Sasuke observou-a passar pela porta, e perdendo-a de vista, virou-se para o irmão.

–Você daria um belo fantoche. – brincou Itachi. –Ela é mais que um rostinho bonito. Agora entendo o porquê de você ter mantido essa paixão. – comentou indo à porta e fechou. –Não quero que sua futura mulher me escute. Saya me ligou e disse que vai processar a empresa.

–Pelo quê? Não devemos nada a ela.

–Ela acha que você deve. Talvez um pouco de respeito ou compaixão. – respondeu humorado. –Ela só quer te pressionar e tirar proveito disso.

–Eu sei. – afirmou tirando o celular do bolso. –Essa será a última vez que falo com Saya.

XXXXXXXX

–Sei que você deve está muito desapontada.

–Eu gostei. – Sakura aproximou-se mais do berço. –Na verdade, eu prefiro que Daisuke durma no mesmo quarto que eu. Estou acostumada assim e também tenho medo de não ouvir o choro dele à noite.

–Ah! – Mikoto suspirou sentindo-se derrotada. –A culpa é toda de Sasuke. Ele disse que não é preciso Daisuke ter um quarto aqui, pois logo vocês irão se mudar, por isso acabei cancelando os outros pedidos. E veja só! Só temos um berço para ele.

Ouvindo tantas lamentações, desde o momento que pisara naquele quarto, Sakura se comoveu com o desabafo de Mikoto. Ela realmente estava se desempenhando naquele projeto, não era justo aniquilar suas boas intenções.

–A senhora pode decorar o quarto. – Mikoto olhou-a renovando as esperanças. –Tudo bem que iremos morar em outra casa, mas Daisuke passará muito tempo aqui, então não vejo problema ele ter um quarto extra.

–Você está certa! – sorriu deixando a imaginação fluir. –Amanhã mesmo vou entrar em contato com a loja e refazer os pedidos. Ah! Eu não posso esquecer a decoradora.

–Com licença. – pronunciou-se Kaoru, da porta. –Vim perguntar se já posso servir o jantar.

–Meu marido já chegou?

–Sim, senhora. Estão todos na sala.

–Desça e prepare tudo, Kaoru. Iremos em seguida. – virou-se para Sakura e a flagrou tocando os lençóis devagar, como se estivesse admirada. –Gostou?

–É muito macio e tem um cheiro maravilhoso.

–Kaoru tem muito cuidado com as roupas de cama. Ela é extremamente comprometida com o que faz.

–Isso explica o brilho dessa casa.

–Sua casa também será como essa, querida. – ambas deixaram o quarto. –Eu vou me encarregar de achar uma mulher dedicada, como Kaoru, para cuidar do seu lar.

–Obrigada, mas eu acho que não será necessário ter uma secretária do lar.

–Eu também pensava assim, mas quando se tem uma casa grande para cuidar, e, vários lugares para ir, é impossível não pedir ajuda.

XXXXXXXX

Eram duas da manhã quando o pequeno Uchiha acordou.

Com os olhos pesados de sono, Sakura se levantou da cama, e espreguiçando-se chegou ao berço do filho. Ele resmungava alto e levava as mãozinhas à boca, como se fosse comê-las caso uma mamadeira cheia de leite morno não aparecesse ali.

–Calma. – falou tirando-o do berço.

Desorientada, ela olhou para todos os lados, sem saber a quem pediria ajuda. Normalmente ela o deitava no carrinho e o levava à cozinha, deixando-o ao alcance de seus olhos. Mas a cozinha estava longe dela naquele momento, além do que tinha uma escada com muitos degraus servindo-lhe como um obstáculo.

–A mamãe está se sentindo perdida nessa casa enorme, Daisuke. – parece que alguém ouvira seu desabafo e batera na porta do seu quarto. –Deve ser sua avó, Mikoto.

Foi à porta, mas a pessoa que encontrara do outro lado não era a sogra, como pensara.

–Sasuke?

–Ouvi o choro dele. Você quer ajuda?

–Não. Quer dizer, sim. – ela perdera completamente o sono, mas a sanidade parecia se esvair. –Graças a Deus você apareceu! Eu estava imaginando como deixar o carrinho lá embaixo sem que Daisuke acordasse a casa inteira.

–O que você quer que eu faça?

–Você pode ficar com ele enquanto eu vou à cozinha preparar a mamadeira.

–Tá legal. Passe o garotão pra cá.

Sakura entregou Daisuke a ele. –Se ele chorar balance o chocalho, e...

Sasuke deixou-se hipnotizar pela imagem casual dela. Os cabelos longos caiam pelos ombros, os seios medianos salientavam-se no tecido fino de algodão, sendo possível enxerga-los detalhadamente.

–Estou aqui tagarelando e... – suas bochechas coraram ao notar a cobiça de tentadores olhos negros sobre seu corpo mau coberto. –Eu não demoro. – antes de sair, ela vestiu um robe de estampa floral.

XXXXXXX

–Finalmente ele dormiu. – falou Sakura em voz baixa enquanto acomodava Daisuke no berço. –O que achou dessa experiência?

–Fiquei com pena de você. – olhava-a fixamente. –São três meses nessa dura rotina.

–Não é tão difícil quando estamos acostumados. – disse virando-se para ele. –No começo foi bem estressante.

–Não tenho dúvidas disso.

–Uh. – murmurou mordendo o lábio inferior com um pouco de força. Temia que o silêncio pairasse sobre eles, por que já tinha acontecido outras vezes, e o resultado fora sempre o mesmo. –Então... Obrigada pela ajuda.

–Sempre que precisar é só bater na porta do meu quarto, aliás, não será preciso por que estarei atento.

Sakura sorriu e o acompanhou até a porta. Quando o pequeno trajeto chegou ao fim, nenhum dos dois girou a maçaneta, tão pouco se lembraram da vistosa porta de madeira.

–Err... – desconcertada, Sakura coçou a nuca. –Amanhã você pode me levar ao aeroporto? Eu quero me despedir dos meus pais.

–Claro.

Ele conhecia aquele olhar perdido e a atitude contraditória as suas vontades. Por que, Sakura podia transparecer autocontrole, mas ele sabia que, assim como ele, seu corpo clamava sob as expectativas do desejo.

–Então....

Ele a calou com um beijo verdadeiramente capaz de lhe roubar o fôlego. Sakura não protestou, sequer tentou afastá-lo, apenas deixou-se ser levada até a maciez de seus lençóis.
A boca dele trilhou um pequeno percurso até o pescoço alvo, onde ele prazerosamente cravou os dentes de leve. Sentia-a arquear as costas, soltando gemidos que ela tentava conter. A voz dela, embriagada de excitação, levava-o a um mundo particular, onde somente eles conheciam suas cores.

Sakura...

Ele a chamava com amor e ela, compenetrada no toque aveludada de mãos ágeis, entregava-se a ele como se fosse a primeira vez.
Não mais ela pensou no passado, na dor que tivera que suportar, e na confiança que precisava depositar nele. Seu amor era capaz de pulverizar todas àquelas evidências dolorosas.

–Sasuke!

No mesmo instante ele a penetrou, correspondendo àquela urgência que se arrastara durante meses. Era como se não houvesse tempo para pensar no que estava fazendo, seu coração pedia àquela adrenalina; pedia para bater desenfreado pela segunda vez.


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