My Problem Is You escrita por Bárbara Farias


Capítulo 24
It was not a good plan


Notas iniciais do capítulo

~Postagem programada~

Falando um pouquinho sobre essa segunda parte. Então, só tenho a dizer que muitos de vocês estavam esperando esse capitulo e que eu enrolei muito até chegar aqui. Haha.

Aqui esta a parte dois mais uma curiosidade.
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Curiosidades:
Estava em duvida de chamar esse capitulo de "It not a good plan" (Não foi um bom plano) e "The truth about Katherine and Peter" (A verdade sobre Katherine e Peter). Coloquei o primeiro pois ainda acho o segundo auto explicativo.



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POV Katniss

Assim que Angelina deixou nos usarmos seu carro, não antes de nos fazer prometer que realmente íamos seguir seu filho, não bater com o caro, não íriamos ingerir nenhuma bebida alcoólica – Peeta ainda estava de castigo por causa daquele verão –, que não íamos fazer nada que nos fizesse ser presos e nem fazer nenhuma “perversidade” um com o outro, em suas palavras. E usando o outro sentido da coisa ela nós proibiu de transar dentro de seu carro ou em qualquer outro lugar.

Mas eu simplesmente gargalhei disso, por que era um absurdo alguém pensar que eu e o Peeta poderíamos estar juntos. Somos melhores amigos. Nunca vai ter nada entre a gente.

Peeta olhou pra mãe com um olhar de “Cê é doida? Como assim? Qual é seu problema?”.

Depois que prometemos que íamos seguir as regras impostas. Passamos uns 5 minutos pensando em o que íamos vestir, e eu mencionei vários tipos de personagens que poderíamos criar. Como um nerds, dançarinos de hip-hop, punks, engomadinhos.

– São ideias ótimas Katniss, - falou Peeta sarcástico – Quer uma ideia? Poderíamos colocar sacos de papel na cabeça, eles não iam notar a gente.

– Você podia ser um daqueles caras mal humorados, que vivem de preto e não respeitam as regras impostas. – Falei irônica.

– E você podia ser uma daquelas filhinhas de papai que tem tudo que quer, vivem de rosa, são populares e são uma mistura de Glimmer e Madge mais lideres de torcida. – Falou ainda sarcástico, e provavelmente me zoando, por que ele sabe que eu odeio esse tipo de gente.

– Olha ai, - falou Tia Lina parando no meio das escadas com um balde de pipoca na mão. – Por que não são um badboy e uma patricinha? Clichê, estranho e ao mesmo tempo comum. Vão passar despercebidos como um casal de namorados passeando.

Não tínhamos muito tempo, mas essa ideia fora a pior do dia. Ganhando para o “trabalho de espiões” e a mente louca de Angelina quando ela falou “Perversidade”.

Era uma ideia tão ruim que pode funcionar. E Peeta concordou.

Eu tinha trazido uma porção de coisas na minha mochila: algumas peças de roupa, um par de saltos que eu havia pegado emprestado com Effie, lentes de contato coloridas descartáveis que eu também tinha pegado com Effie, entre outros. Só não peguei coisas para cabelo e maquiagem, que eu sabia que a Glimmer tinha.

Me tranquei no banheiro social com a mochila, uma chapinha e uma blusa que havia pegado nas coisas da Glimmer.

Alisei meu cabelo, que bateu um pouco depois da metade da minha cintura, coloquei uma calça branca que tinha trazido e uma blusa rosa da Glimmer.

Como uma blusa de uma criatura tão magra pode caber em mim.

Iria colocar a lente e o salto por ultimo.

Arrumei minha bagunça e sai para o quarto do Peeta. Entrei e coloquei a maquiagem de Glimmer onde eu havia tirado.

– Katniss? – Perguntou Peeta de dentro do closet. Estava sem camisa e segurava duas blusas, uma parecida com a que o Cato saiu, de gola “v” e preta, e outra era uma de suas inúmeras camisas quadriculadas que o deixavam charmoso – Qual?

– A preta. Acho que eles vão te reconhecer se for de Peeta, mas não, seu personagem é de bad boy. - Ele riu enquanto vestia a blusa. Peguei as caixinhas com as lentes. – Marrom ou verde?

– Verde. – respondeu sem nem olhar o que era. – O que é isso? – Perguntou quando dei uma caixinha de lente verde para ele.

– Lente de contato, - falei – essas são descartáveis.

– E se eu ficar com alergia a isso? – Perguntou.

– O máximo que vai ficar é vermelho, por que às vezes irrita. – Falei colocando as minhas no espelho do seu banheiro.

– Você que gosta de probabilidade, quanto seria às vezes? – Perguntou encostado na porta do banheiro.

– Hãn... 50% - falei colocando a do olho esquerdo e piscando para elas se ajustarem. – Ainda esta meio inseguro com as lentes né?

– É, meio, que nem aqueles 50% que você falou. – Falou, e eu novamente olhei paro o espelho, agora com meus orbes, antes cinzas, agora um castanho claro.

– Veja pelo lado bom, - falei tentando ser otimista – se ficar vermelho vai parecer ainda mais com seu personagem: um badboy viciado. Vamos passar despercebidos.

– Não ajudou. – Ele falou, mas no fim se rendeu e colocou a lente verde.

Depois disso – e de bagunçar seus cabelos molhados – Ele realmente parecia um badboy viciado. Isso por que ele tinha colocado as lentes de uma forma errada e ela demorou a se ajustar nos seus olhos, então ficou avermelhado em volta das íris, agora, verdes.

Além desse detalhe, ele estava com uma calça preta que se molda em seu corpo, uma blusa preta, um par de coturnos – que eu achei incríveis – e um casaco de couro do seu pai. E sem contar dos seus inseparáveis óculos escuros.

– Mas Katniss, está de noite... – ele tentou falar.

– Faz parte da fantasia Peeta – Falei ríspida – coloca logo isso no rosto.

– Eu não vou dirigir com isso. – falou.

– Obvio que não. – Ele pegou a carteira e o celular e eu antes de sair do seu quarto, peguei minha mochila e um CD em sua prateleira do Panic! At The Disco.

– O que é isso? – Perguntou já no carro.

– Trilha sonora.

Fomos o caminho todo escutando Too Weird to Live, Too Ride to Die!, Por que eu simplesmente adoro esse CD deles.

Peeta sabia para onde ia, então resolvi não perguntar aonde íamos, mas algo me dizia que era a uma praia ou perto dela.

– Então, - Peeta interrompeu eu cantarolando Miss Jackson – Como vamos nos tratar?

– Pra começar, esta é minha musica favorita, e você interrompeu – Falei zangada – E depois, sua mãe falou que nós éramos um casal clichê, estranho e que iria passar despercebido. E eu sou a patricinha mimada, você o badboy durão. Encarne o personagem.

– E se precisarmos falar o nome do outro? – perguntou.

– Eu tenho que pensar em tudo Peeta? Que saco. – Me irritei – Da uma ideia também.

– ... – Ele ficou em silencio tempo suficiente para dobrar uma rua e chegar à rua da praia. – Que tal, se precisar falar nosso nome, o primeiro que falar, por acaso: Espinafre, como um nome próprio para o outro, esse vai ser o nome.

– Ele pensa. – Falei impressionada e ele grunhiu. – Esse é o espirito Peeta.

Ele estacionou na rua da praia, onde tem uns estacionamentos para carros, motos e bicicletas em alguns pontos distintos.

Antes de sair do carro peguei uma bolsa que eu havia colocado dentro da mochila e sair depois de Peeta.

Ele estava com o óculos escuros, e com a mão direita dentro do bolso da frente. Parecia relaxado, e não tentando ser quem não é.

Ele se aproximou de mim, e quando um grupo de 5 rapazes passou e pararam exatamente onde nos estávamos, Peeta passou seu braço em minha cintura, protetoramente. E me guiou até o semáforo mais próximo.

– Por que não parou mais perto do restaurante? – Perguntei.

– Porque passamos por lá e não tinha lugar.

– Serio? – Perguntei quase tropeçando em cima dos saltos e sendo segurava por Peeta.

– Teria visto se não estivesse dando um chilique.

– Desculpe.

– Tudo bem. – Ele continuou me empurrando levemente – É ali. – Apontou para um restaurante aberto, com telhado de, acho que é, palha. Parecia ser bem confortável.

Quando chegamos mais perto, pude ver os detalhes da decoração que lembrava o mar, como corais e peixes pendurados na parede. A decoração marinha bem diversificada, acho que se bobear, ate o tridente de Poseidon tem ai.

Antes de entra no lugar, pude ver Cato e Clove sentados em uma mesa ao lado da murada do limite do restaurante. Eles pareciam ter uma conversa seria, regada a batatas fritas.

Nosso plano de ser sorrateiro não funcionou muito bem, por que assim que terminamos de subir os pequenos degraus do restaurante, eu tropecei no ultimo, e novamente Peeta me segurou antes que eu atingisse o chão, novamente, e quando levantei a cabeça, notei varias pessoas olhando para nós.

– Sorria – Falei para Peeta.

Eu estava fazendo isso, eu malditamente estava sorrindo, apenas com os lábios. O sorriso de rosto todo não interessava, nunca interessava. Eu apenas tinha amigos populares e amigas que sabiam o que faziam. O tempo que passei com Glimmer e Madge, aprendi a sorrir sem querer, e o tempo em que passei com Cato, Peeta, Finnick e Gale, quando eles estavam em pleno auge de pessoas ao seu redor, aprendi que se você mostrar que está tentando ser o mais amigável possível quando você quer que o resto do mundo exploda, você apenas sorri, olha para a cara de todos e imagina eles no clipe Firework da Kate Perry sem efeitos especiais. Ou seja, sendo literalmente uns fogos de artificio e explodindo.

Não foi o que fiz. Eu só sorri falsamente, procurando uma mesa vaga. Não olhei para os olhos de ninguém por medo que me descobrissem. Que gritassem que eu estava mentindo em ser uma patricinha. Este não fora um bom plano afinal.

Pensei que Peeta havia dito que poucas pessoas vinham neste restaurante. A única mesa vaga era ao lado de Cato e Clove. O medo corroía minhas entranhas. E enquanto caminhávamos em direção à mesa, senti Peeta me segurando pela cintura, ele provavelmente não ia me deixar cair novamente.

Assim que sentamos, o garçom nos deixou o cardápio, Peeta aproveitou para fazer o pedido logo, tínhamos decidido no caminho, ele escolheria o prato: Frango a passarinha e acompanhamentos.

Assim que ele saiu trocamos olhares, o plano havia mudado, e ambos sabíamos disso.

– Fiquei parecendo com quantos anos? – Perguntei a Peeta puxando assunto, minha voz estava mais afinada que de costume, não daria bobeira em usar minha voz normal ao lado de duas pessoas que vejo todo dia. Ele pareceu notar.

– Sinceramente? – Falou com a voz mais grave – Uns 18... 19 no máximo, o salto ajuda. E eu?

– Uns 19, 20. – Ele ergueu as sobrancelhas atrás do óculos – Não parece que tem quase 17.

– Você não parece que tem quase 16.

Nós usávamos um tom de voz alto, mas tenho certeza que as outras pessoas não prestavam atenção em nossa conversa, mais sim em como éramos estranhos e deslocados no ambiente.

Notei Cato e Clove calados se encarando por um tempo.

– Então... Como a gente vai ficar? – Cato perguntou.

– Não acredito que você não gosta daquela musica, - Falou Peeta na mesma hora que o irmão, mandei um olhar pra ele falar mais baixo. – E a melhor banda que existiu.

– Cato, somos amigos! – afirmou Clove – Não importa quantas vezes eu acabe com você em uma briga. – Ela tinha certeza do que falava.

– É, até pode ser, mas ela vai continuar sendo esquecida por mim. – Falei respondendo a pergunta do Peeta, mas escutando a conversa dos dois.

– Nos tínhamos o que? 9, 10, 11 anos quando nos conhecemos? – Continuou minha amiga - Temos quantos agora? 15 e 16. Não quero uma das amizades mais duradouras que eu tive por causa de uma besteira de criança.

– Não acho que é besteira! Por que, nós meio que tipo, temos que passar por essa fase, de paixonites, seja eles possível ou não. Por exemplo, até o ano passado, eu era apaixonado pela Brigitte Bardot. – Falou Cato dando os ombros. Ela riu. – Mas me sinto mal quando brigo com você.

– Podemos ser amigos, e brigar de vez em quando? – perguntou Clove – Pra... Fortalecer meu ego.

Cato riu alto. Eu e Peeta estávamos em silencio, como que só estivesse aproveitando a companhia um do outro, mas ele evitava rir dos dois, e eu tinha um sorriso pequeno brincando em meus lábios.

– Claro Clove. – Silencio.

O garçom deles apareceu e logo em seguida o nosso, com nossa comida já servida em pratos e nosso refrigerante.

– Você deve ter sorte em ter alguém que não se importa com o que come. – Comentou o garçom para Peeta.

Ele olhou para mim sorrindo divertido e falou.

– É, algumas vezes tenho mesmo.

O rapaz saiu para a cozinha e eu olhei para Peeta.

– Algumas vezes? – Perguntei a Peeta indignada.

– Sim.

– Sem magoas? – Perguntou Cato a Clove do meu lado direito, eu estava sentada ao lado e Clove e Peeta ao lado de Cato.

– Sem magoas. – Respondeu e eu vi ali a oportunidade de implicar com meus amigos.

Ele é tão fofinho! – Falei para Peeta o deixando confuso – Por que você não é com ele?

– Não sou como quem? – Perguntou Peeta com a voz mais grave, assim como eu tinha afinado ainda mais a minha.

– Como ele! – levantei meus braços e apontei para Cato com as mãos, e ele parou uma batata frita no ar, já que estava segurando uma – Você é tão fofinho! – Falei para Cato.

– Obrigado? – Perguntou.

– De nada – respondi – Você devia ser mais como ele! Menos machão e mais romântico! – Falei olhando para Peeta, que através da lente escura parecia dizer, “que porra você está fazendo” - Você é muito romântico! – Falei para Cato - Garota, você tem sorte! – E para Clove.

– Para de se meter na vida deles, Katherine! – Peeta grunhiu prolongando o “Kat” e terminando com o “Therine”. Agora eu era Katherine.

– Você é um chato, Peter! – rosnei. Fiz a mesma coisa prolongando o “Pet” por que eu quase ia dizer seu nome real.

Fomos batizados como Katherine e Peter. Me sentia realmente como uma “não-Katniss”.

Acho que Peeta finalmente notou que eu estava tentando provocar os três, por que abriu um sorriso malicioso e falou.

– Você não me achou chato sábado passado, Kathe.

– Por que você não foi, Pet. – Para o azar dele, eu seu achar respostas rápidas para todo tipo de situação. Dessa vez eu agradeço a Effie e Haymitch com suas brigas.

Encarei Peeta sorrindo maliciosa, daria um doce para saber as palavras chulas que ele usou para me xingar em sua mente.

Então nós quatros ficamos em silencio por Algum tempo. Eu e Peeta então resolvemos finalmente tocar em nossa comida. Estávamos comendo um frango a passarinha com arroz branco e uma salada bem colorida deliciosa.

Cato e Clove se encaravam em silencio, obviamente com medo de mim. De interromper sua conversa. Ah sim, eu faria isso de novo.

O tempo foi se passando e nos quatro continuávamos em silencio. Até que ele me irritou.

– Ele parece com o Carlos. – Falei de rompante.

Peeta, ou Peter, olhou para Cato como se procurasse indícios do Carlos no Cato. Cato estava obviamente nervoso. Afinal, ser encarado por um cara de 5cm mais baixo e razoavelmente com menos músculos que você deve deixar a pessoa bem nervosa mesmo.

– Não, não parece! – Falou virando-se para mim – Carlos é destro. – Cato havia levado a boca um copo com Coke na mão esquerda - E têm olhos azuis, esse tem olhos escuros. – Olhei para ele com um olhar que dizia “tire os óculos”.

– Na verdade eu sou destro e tenho olhos azuis – Cato falou com a voz tremendo um pouco.

Peeta virou-se e olhou novamente para Cato, ele tirou os óculos e o encarou por alguns segundos. Ele tinha uma marca roxa no olho direito, que foi quando eu passei maquiagem nele para que parecesse que ele tinha saído de uma briga, ou que tinha feito há um tempo. Peeta então semicerrou os olhos para Cato.

Cato parecia ter reconhecido alguns traços de Peeta. E ele rapidamente desviou e falou:

– Sim, seus olhos são azuis. Me desculpe.

– Não foi nada. – Falou Peeta.

– E você. – Aponte para a Clove. Ela estava muito calada. – Parece minha melhor. Mas a Clothilde é mais agressiva.

Ela ficou em silencio. Merda.

Assim que eles terminaram de comer discutiram sobre a conta. Clove ganhou mais uma vez. Às vezes tenho a impressão que ele a deixa ganhar, mas bem, quem não deixaria a Clove ganhar uma briga com os argumentos que ela usa.

Ela podia fazer direito.

Assim que Cato e Clove saíram do restaurante, eu e Peeta corremos para terminar de jantar e pagar o que consumimos.

Assim que ele recebeu o cartão do pai de volta, fomos para o banheiro. Peeta desapareceu atrás da porta do banheiro masculino e eu segui para a outra porta, a do feminino.

Tirei um nécessaire da bolsa e coloquei no balcão, de lá tirei um pedaço de algodão e um demaquilante. Tirei boa parte daquela maquiagem forte que havia feito, tentar parecer outra pessoa em pouco tempo não é nada legal. Aproveitei também para tirar as lentes que eu estava.

Suspirei aliviada quando vi minhas íris cinza no espelho.

Quando sai, dei de cara com Peeta que estava encostado ao lado da porta do banheiro feminino. Ele ainda estava de óculos escuros e me entregou a capinha das lentes de contato.

– Por que ainda está de óculos? - perguntei.

– Esse negocio me deixou com o olho completamente vermelho. - Falou tirando os óculos e me mostrando o estado.

– Ta bem irritado mesmo. - Falei analisando a situação.

– Irritado? - perguntou irônico - Entrou um cara no banheiro me perguntando se ainda tinha o "bagulho".

Comecei a rir descaradamente ali mesmo onde estava.

– Cato me mandou uma mensagem falando que estava em uma soverteria aqui perto. - Comentou - E que depois ia para a praia. Quer ir também?

– Acho melhor não, eu já estou sem maquiagem e você está sem lente. Eles podem nos reconhecer.

– Depende do ponto de vista, Katherine. - Falou recolocando os óculos estilosamente, logo em seguida encostou na parede e colocou as mãos no bolso, no maior estilo do personagem dele.

– Você tem razão, Peter. - Falei voltando a postura que eu estava quando era a Katherine. - Então, o que você acha de esperarmos nossos amigos Carlos e Clotilde naquele banco que vimos quando estávamos vindo para este estabelecimento?

– Boa ideia. - Falou colocando a mão na minha cintura e empurrando levemente para me fazer andar. - Sabia que você não fica bem no estilo Glimmer de ser, Katherine?

– Sabia Peter. - suspirei para dar ênfase à frase. - E você, Peter? Sabia que cai bem no estilo Clove de ser?

Ele gargalhou tão fofamente que também me deu vontade de rir.

– Serio Kathe? - Eu podia imaginar seus olhos sorrindo para mim por trás das lentes escuras, e seus lábios formavam um pequeno sorriso malicioso.

– É, por ai, Pet.

Andamos lado a lado em silencio. Nós estávamos mesmo parecendo um estranho casal. Um badboy e uma patricinha. Isso só funciona em livros.

Assim que chegamos no banco, ainda em pé, Peeta apontou para onde era a soverteria. Eram a uns 250 metros de distancia de onde estávamos. Se eles iam para a praia depois, com certeza iriam passar por aquela rua.

Eles passariam e talvez uns dois minutos depois nós iremos os seguir e ficar de olho.

Esse era o plano, e eu realmente espero que ele não mude como o primeiro.

O banco davam três pessoas sentadas, Peeta sentou no meio e eu sentei a sua direita. Seu braço estava jogado no encosto do banco e eu aproveitei para encostar meu pescoço em seu braço.

– Não acredito que falamos com eles sendo outras pessoas. – Falou.

– Devia esta preparado para isso, - Comentei – o plano inicial mudou assim que entramos no restaurante e todos olharam para gente.

– Tenho certeza que Cato quase me reconheceu. – Falou um pouco aborrecido – Que tipo de gêmeo não reconhece o outro?

– Ficou chateado por causa disso? – Perguntei e ele balançou a cabeça – Olha Peeta, eu tenho certeza que quando chegar a hora, Cato vai ter reconhecer você. Por pior que pareça a situação. Ele vai olhar e falar “olha lá, meu irmão gêmeo”.

Ele riu um pouco.

– Talvez você esteja certa.

Ficamos um tempo conversando sobre como fora o treino de basquete e eu ri em alguns momentos, quando o Peeta falava o que o Cato havia feito com o garoto do primeiro ano. Que parece que era da minha sala, e quando Peeta falou seu nome eu logo reconheci, ele era o melhor amigo do Nicholas.

Eu havia ficado meio tensa por ter lembrado dele, e Peeta percebeu isso. Mas eu tratei logo de voltar ao assunto Cato e Clove.

Mas algo nos atrapalhou: uma barata grande, feia e cascuda saindo debaixo do banco. Eu levantei as pernas jogando por cima das do Peeta.

– Ei, calma - Falou divertido - É só uma barata. Ela já foi embora.

– Não é UMA barata. É A barata. Viu o tamanho daquele monstro? - Perguntei apontando pro bicho que atravessava a rua. Nesse mesmo momento passou um carro atropelando aquele ser do inferno. – Toma essa. Carro 1, barata 0.

Ele riu.

– Uma barata a menos no mundo. Agora pode tirar as pernas de cima de mim? - perguntou apontando para as minhas pernas, que estavam cobertas por uma calça branca de uma marca famosa que Effie fez questão de comprar para mim.

– Não. - Falei indignada com sua pergunta - E se aparecer outra? Ela pode subir na minha perna.

– Dramática.

– Nem sou... Conhece uma pessoa chamada Madge Undersee? Ela sim é.

Ajeitei-me no banco, de modo que eu ficasse com as costas no muro.

Peeta então começou a zoar com minha cara por eu te medo de baratas e ficaram rindo as minhas custas quando eu falei que tinha pavor dessas criaturas de Hades.

– Podemos mudar de assunto, por favor? - Implorei.

– Ok, ok - levantou as mãos em sinal de rendição. - Vamos falar sobre o colégio. O que você acha dos professores do primeiro ano?

– Muito chatos. - falei - parece que alguns deles querem nos matar de tantos trabalhos para fazer e outros querem no matar de tedio.

– Entendo. Senti a mesma coisa ano passado. A boa noticia, pra você, é que ainda falta um ano para você ser segundo ano.

Ele fez uma carinha triste com direito a um bico fofinho e ri dela.

– Cara, você é o segundo mais fofo dos baby’s Mellark, serio. - falei e ele me olhou confuso.

– O segundo? Então... Quem é o primeiro?

– Claro que é Pri... - Uma gargalhada alta tirou minha linha de raciocínio.

Olhei para traz, de onde vinha à gargalhada, e encontrei Cato e Clove vindo em nossa direção e ele haviam parado de rir, e agora olhavam pra gente com curiosidade.

– Eles nos descobriram - falei para Peeta soando levemente desesperada – Fudeu. Eles vão ver que estamos seguindo eles, Peeta.

– Katniss se acalma - murmurou olhando por trás de meu ombro. - Eles vão passar por essa calçada, não esperava isso.

– Meu Deus, e agora? - Eu estava agitada - O que vamos fazer agora Peeta? Eles vão nos ver... O que vamos Fazer?

Eu podia escutar os passos deles a pouco mais de 20 metros de onde estávamos.

Peeta segurou meu rosto com as duas mãos.

– Katniss, se acalme. - Senti sua respiração no meu rosto - Se acalme, se você ficar agitada agora, ai é que eles vão perceber mesmo alguma coisa errada. - Os passos e vozes estavam cada vez mais perto. Ele olhou por trás de meu ombro mais uma vez e em seguida olhou para mim. - Você confia em mim, Katniss? - Ele sussurrou.

Eu tinha sabia do que ele iria fazer. Ele me beijaria. Mas o que aconteceria se eu falasse não? Eu teria que agir rápido para pensar em outra coisa.

Minha mente estava a mil por hora, e meu coração não ficava para trás. Podia imaginar a Clove falando sobre adrenalina, bem mais explicado que o professor, no meu pé do ouvido. Minha cabeça, porém, apesar de está pensando em varias coisa ao mesmo tempo, só pensava em uma coisa.

Pude sentir Cato abri a boca e perguntar alguma coisa. Mas antes que saísse qualquer som de sua boca, eu sussurrei para Peeta:

– Confio.

Ele, sem perder mais tempo, colou nossos lábios, puxando meu lábio inferior logo em seguida. Senti meus amigos ficando sem fala alguma.

Abri meus lábios e Peeta invadiu sua boca e dançamos lentamente com nossas línguas. Por um momento eu esqueci o que estava fazendo antes do beijo, esqueci o porquê meu coração estava acelerado antes mesmo de Peeta colar seus lábios no meu.

Era uma sensação boa, o movimento calmo dos nossos lábios me fazia relaxar, mas ao mesmo tempo eu ficava alerta, já que esse é meu primeiro beijo e não sei se estou fazendo certo.

Esse pensamento me fez ficar alerta, mas logo em seguida relaxei novamente.

O que está acontecendo? E por que eu acho que se estivesse em pé, eu não aguentaria minhas próprias pernas.

Estou assustada.

Seus braços então foram para minha cintura me abraçando o melhor possível. Minhas mãos estavam em seus ombros, puxando sua blusa preta levemente para mais perto de mim, e ele tinha virado sua cabeça de modo que alguém de fora não visse nossos rostos.

Acho que a intensidade do nosso beijo mais nossos personagens não combinam muito bem, como uma festa de aniversario não servindo nada doce. Apenas salgados. A festa ficaria esquisita, assim como a Katherine e o Peter se beijando lentamente.

Clove me trouxe de volta a realidade quando deu voz a meu pensamento quando falou:

– Eu achei que eles iriam se comer publicamente. - Sorri durante o beijo, e Peeta fez o mesmo, mas continuamos com as nossas bocas coladas.

Senti que eles já estavam longe o suficiente, pois os passos estavam longe e não escutava mais as suas vozes, e não aguentei mais segurar a risada. Empurrei levemente Peeta, me separando dele.

Abri os olhos ao mesmo tempo em que o Mellark, e não precisou nem um segundo a mais para nós explodimos de gargalhadas.

Aquilo era hilário, estamos vestidos como outras pessoas, seguir nossos amigos e nos beijamos - não foi planejado essa ultima parte, e as primeiras duas foram em menos de 5h.

Eu ria tanto, eu realmente não conseguia parar. Coloquei meu rosto em seu ombro e continuei rindo.

Quando nos acalmamos mais, Peeta falou:

– Acho que já passou mais de 2 minutos que eles passaram por nós. – Me ajeitei melhor no banco, tirando minhas pernas do seu colo. – Ainda quer seguir eles?

– Vamos nessa. – Falei e entendi os braços para cima, esperando que ele levantasse e em seguida me levantasse.

– Não vou te levantar – Falou levantando e indo em direção à praia.

– Não vai me deixar aqui sozinha, né? – Perguntei – Né? Peter? – Peeta estava se distanciando cada vez mais longe. – Mellark! – Gritei.

Levantei e tentei correr o mais rápido possível para perto dele, que havia parado de andar para me esperar, mas os saltos não ajudaram. E mas uma vez eu tropecei, mas dessa vez eu cai mesmo, por que (1-) eu estava longe dele para me servir de apoio, e (2-) ele estava longe de mim para me segurar.

Longe, tipo, uns 5 metros de distancia.

Ele veio correndo ver como eu estava.

– Esta bem? – Perguntou prendendo o riso. – Não sente alguma parte de seu corpo?

– Eu to bem Peeta – Falei – Agora, desta vez, me ajuda a levantar. – Ele o fez.

– Desculpe.

– Tudo bem. – Falei limpando a sujeira da minha roupa.

– Você não parece confortável nesses saltos. – Comentou enquanto andávamos para a praia. Ele me segurava pela cintura, talvez com medo que eu caia novamente.

– Por que não estou. – Falei.

Peeta parou na esquina do quarteirão, bem no ponto onde atravessamos a rua para chegar à calçada em que ficam os carros. O semáforo estava fechado para nós, e então ele me puxou para um outro banco que ficava na frente de um estabelecimento que eu não fazia ideia do que era, mas estava aberto.

– Senta ai. – mandou, e eu sentei.

Ele sentou do meu lado e tirou meus saltos, e colocou em pé no chão.

– O que você vai fazer Peeta? – Perguntei o observando desamarrar seus coturnos.

– Não vou deixar você andar com esses sapatos por ai, - falou me entregando os seus – muito menos andar descalça.

– Só vamos atravessar a rua e andar 10m até o carro.

– Então você calça os sapatos, atravessa a rua, guardamos os sapatos no carro e andamos pela orla, descalços. – Sugeriu. E algo me dizia que esse plano nós iriamos cumprir.

– Não precisa disso Peeta, - Falei – Rapidinho chegamos.

– Primeiro, já estou descalço. Segundo, imagine quantas baratas foram atropeladas nessa rua.

Ele não precisou falar duas vezes. Sim, eu havia amado aqueles coturnos, mais eles ficavam enormes em mim, e meus pés ficavam dançando dentro do sapato. Apenas calcei, não amarei.

– Satisfeito? – grunhi.

– Agora sim. – Ele segurou meus sapatos, pelo calcanhar, com a mão esquerda, e com a direita segurou minha mão e levantou-me com um puxão, me trazendo para perto dele. Então ele deu um beijo em minha bochecha. – Isso é para seu bem Katherine. – Falou, e eu notei pessoas saindo do estabelecimento. Era um bar. – Não vê a Gabrielly e a Madeline? Tão novas e já reclamam de dores na coluna.

– Você falou como um Britânico.

– Passei dois verões na Inglaterra. Meus avôs moram lá.

– Não sabia disso. – Comentei enquanto nos íamos para o inicio do local para atravessar a rua.

– Foi antes de te conhecer.

– Faz tempo. – Notei.

– Uns 7 ou 8 anos. – Falou. – Até Prim nascer, meus pais, Glimmer, Cato e eu sempre passávamos o verão em um lugar diferente.

Andamos até o carro e ele abriu a porta traseira e colocou meus sapatos lá, e eu coloquei os seus também.

– Não culpam a Prim de não irem mais viajar, né? – Perguntei enquanto nós andávamos pelo inicio da faixa de areia procurando Cato e Clove.

A praia estava quase deserta. E as únicas pessoas que existiam lá eram casais sentados nos bancos de concreto, na areia e andando na calçada.

– Claro que não. – Falou olhando para um ponto na areia – Olha eles ali. – apontou com a cabeça, estavam Cato e Clove a uns 40 metros da gente, na vertical. Sentamos nos bancos de concreto que dividiam a calçada da areia. – Paramos de viajar por que meus tios começaram a brigar, minha mãe está brigada com os primos, meu pai com os irmãos, e eles entre si. Não vamos à casa dos meus avós por medo dos meus pais encontrarem os familiares lá. Desde então passamos os verões em Long Beach.

– Historia emocionante. – Ele me abraçou de lado e eu apoiei minha cabeça em seu ombro. – Quais países você já visitou?

– Hum... Além de alguns estados do Estados Unidos? Inglaterra, Itália, Brasil, Porto Rico e Austrália. – Falou pensativo – Mas eu era muito pequeno, então não deu para eu aproveitar quase nada. Um dos meus sonhos é voltar a esses países depois que eu terminar a faculdade. Quer dizer, tirando as fotos que temos, não sinto como se realmente tivesse visitado eles.

– Entendo... – Falei, mas logo me corrigir. – Quer dizer não entendo não... Quer dizer... Nunca sai de Los Angeles... Então não, não entendo. Falei entendo por que não sabia o que falar... – Fiquei trocando palavras e falando coisas sem sentido.

– Você parece a Felicity falando... – Deu um sorriso de lado.

– Você parece o Oliver Queen, pare de sorri assim. – Só Deus sabe o quanto eu adoro o sorriso que o Stephen Amell dá em cada cena que aparece. – Apenas pare de sorrir.

Ele deu uma gargalhada.

Olhei novamente para Cato e Clove, eles estavam conversando, e ela parecia triste. Falava alguma coisa para ele.

– Sabe, - Começou a falar depois que parou de rir. – Acho que o Finnick vai me espancar... – Comentou vago.

– Por que diz is...? – Não terminei a pergunta, eu tinha entendido o que ele quis dizer. – Se ele não souber, ele não terá motivos para bater em você.

– Não vai contar a seu irmão? – Perguntou me soltando e inclinando um pouco para frente.

– Não. Talvez, se ele perguntar... Sei lá, não pensei nisso ainda. – falei – Não quero que Finnick bata em você, e eu não contaria, por que eu teria que contar como e onde e não gosto de mentir para Finnick, então eu teria que falar que estava aqui seguindo a Clove e o Cato. E Se eu falar que estava seguindo eles, eu teria que falar o porquê de estar seguindo eles, e se eu contar que eles estavam tendo um encontro, Clove vai me esgoelar, torturar e me enterrar, ainda, viva.

Ele esbouçou um sorriso.

– Não mentiria pra ele não contando?

– Não contar é omitir. – falei – Omitir não é mentira.

– Bom saber que ainda tenho uns anos de vida.

– Por que uns anos? – Perguntei.

– Não vai consegui esconder isso para sempre, - falou – e quando isso acontecer, ele vai me bater, não só por ter te beijado, mas por esconder isso por tanto tempo.

Então a ficha caiu.

Eu tinha sido beijada por Peeta Mellark.

Não, eu naquele momento não era a Katniss, e ele não era o Peeta. Eu Era Katherine e ele Peter.

Eu olhava para Cato e Clove em choque por minha descoberta e Peeta, também, parecia pensativo ao meu lado.

Clove parecia contar alguma coisa para Cato, totalmente desesperada. Ela apertava os pulsos com as unhas e Cato percebeu isso. Então ele segurou o pulso dela e percebeu alguma coisa. Eu não tinha reação nenhuma por ainda estar em choque pela constatação.

Mas voltei a mim quando Clove gritou alguma coisa que foi trazida pelo vento.

Quando dei por mim estava indo em direção a eles.

– Aonde você vai? – Perguntou Peeta me puxando pelo pulso.

– Vou ver o que está acontecendo. – Tentei me soltar e ele não deixava. – Peeta, me solta. – Rosnei.

– Por que vai atrapalhar eles? - Perguntou.

– Não vou atrapalhar, não escutou ela gritando? Eles vão brigar novamente.

– Se olhar novamente, Cato está abraçando ela e deixando ela chorar em seu ombro. – Falou e eu olhe novamente para eles, conferindo o que Peeta falou. – E por acaso passou por sua cabeça que se você for falar com eles, vão descobri que nós beijamos e, mesmo que peçamos para eles guardarem segredo, vão ficar falando coisas, pensando coisas e se nós vacilarmos com eles com certeza vão espalhar. E depois, eles vão querer saber o que estamos fazendo aqui, e vamos responder oque? “Estávamos seguindo vocês porquê não confiamos em vocês dois juntos”?

– Você tem razão. – Olhei mais uma vez para eles. Clove chorava copiosamente enquanto Cato acarinhava suas costas.

– E depois dessa, não acho que ele vá fazer alguma coisa com ela. – Ele olhou no relógio. – São nove e meia Katniss. Vamos para casa antes que Effie tenha um treco.

Voltamos para o carro e no caminho de volta eu permaneci em silencio metade do caminho.

– Desculpa. – Pedi baixo.

– Oi? – Ele me olhou quando paramos em um sinal.

– Desculpa. – Repeti mais alto.

– Por quê?

– Por ter te metido nessa. O que eu tava pensando? – Falei olhando para a janela. – “Vamos seguir o Cato e a Clove?”. Que diabos eu tenho na cabeça? Fui dar atenção a uma garota de 5 anos de idade? Como a Clove disse hoje de manha, há essa hora eu poderia muito bem está assistindo alguma serie idiota com Effie e Haymitch comigo e Finnick em algum lugar jogando Watch Dogs. Mas não, eu estou aqui voltando da praia as 9h47 da noite, com um dos meus melhores amigos porque não confiei no irmão gêmeo dele o bastante para sair com uma amiga nossa.

– Você deixou Prim te convencer a fazer isso? Ela só tem 5 anos. – Falou impressionado.

– Exatamente o que eu falei. – Falei – Estou sendo manipulada por uma criança. Por que aquela escola não tem mesmo um psicólogo?

Ele gargalhou antes de falar.

– Você não precisa de um psicólogo, Kat. – Ele falou entrando na avenida que dá acesso as ruas do bairro planejado. – Por que a ultima que estava lá no colégio conheceu algumas pessoas do segundo ano e resolveu se demitir.

– Deixa eu pensar, você, Cato, Finnick e Gale?

– Também.

Minha vez de gargalhar.

Ele parou o carro da mãe na frente da minha casa.

– Adorei seguir Cato e Clove com você.

– Segunda-feira devolvo a blusa de Glimmer junto com metade do valor pago no jantar.

– Oque? Não. – falou indignado – Eu me recuso deixar que você faça isso.

– Que pena. – Sorri. – Você sabe que vou dar um jeito de deixar o dinheiro com você.

– Sim, eu sei. Pelo menos eu tentei. – Sorriu.

Ele deixou um beijo na minha testa e eu sair pela porta da frente, abrindo a de trás para pegar minha mochila, minha bolsa e meus sapatos.

Quando passei pela porta do motorista, lembrei a ele para lavar os olhos com soro fisiológico quando chegasse em casa.

Assim que entrei, achei esquisito o silencio da casa e as luzes apagadas. Mas mesmo assim subi para meu quarto e tomei um banho para tirar o cheiro de praia do meu corpo e cabelos. Coloquei um pijama quentinho, pois eu iria dormir com o climatizador ligado hoje.

Andei ate o quarto do Finnick, e como imaginei, ele está jogando WD.

– Quando vai parar de jogar isso? – Perguntei pulando na cama do meu irmão o assustando.

– Hey Kat, como está? – Perguntou irônico. – Então, respondendo sua vigésima vez a mesma pergunta, quando eu zerar eu paro.

Bufei e me enrolei em seu edredom que estava jogado na cama. Já que o quarto dele estava mais frio que o meu.

– Onde estão Haymitch e Effie? – Perguntei.

– Effie falou que eles iriam sair para dançar.

– Dançar? – Perguntei rindo. - Nossa. Finnick, não era para você explodir isso. – O alertei para o jogo.

– Merda. – Aconteceram mais algumas paradas e ele morreu. – NÃO, DE NOVO NÃO.

Fiquei assistindo ele jogar, comentando sobre o jogo. Em algum momento eu comecei a pegar no sono, ignorando o barulho do jogo e os gritos de Finn. Meus pensamentos voavam. Eu estava enrolada com o edredom, mas ainda estava com frio em algumas partes do meu corpo.

E quando eu fechei os olhos antes de dormir, meus lábios começaram a formigar e eu lembrei da sensação que tive quando Peeta me beijou.

Ainda consciente escutei Finnick falar:

– Katniss, o que você acha desse caminho? E mais curto... Katniss? – Senti um beijo na minha testa – Boa noite maninha.


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Notas finais do capítulo

Eles finalmente se beijaram, o que acharam disso? Eu adorei, haha.
Contem-me o que acharam, serio, Eu Preciso Saber O Que Acharam.

Bjks