My Problem Is You escrita por Bárbara Farias


Capítulo 23
I have a plan


Notas iniciais do capítulo

I know, I know. I was a bitch.

Depois de uma demora consideravelmente grande, eu voltei (8)
E espero que não tenham me abandonado. Mas eu tenho respostas (se quiserem ler) Então, eu tinha o inicio e a primeira parte do final prontas no meu computador, e eu adoraria postar este capitulo no ano passado, mas me apareceu uma enorme frente fria de falta de criatividade, e então eu me dediquei mais a minha (nova) outra fic. Então teve o final do ano e eu passei três dias na casa de praia da minha família, e quando voltei me dediquei a leitura da Casa de Hades e O Sangue do Olimpo (Que eu terminei hoje e adorei). E enquanto estava lendo BoO, eu tirava dias para escrever (Por que queria que demorasse para acabar o livro) e escrevendo e escrevendo, eu consegui 11MIL PALAVRAS.

Porém, seguindo alguns conselhos, estou dividindo o capitulo em dois.

Mas Bárbara, o que é isso? Tu já demorasse para escrever e quando vai postar vão ser apenas 4.822 palavras? E as outras?

Vou programar o próximo capitulo para a sexta feira (Já que vou para Maragogi novamente) e queria muito que vocês lessem a segunda parte o mais rápido possível.

Então é isso. Enjoy.



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POV Katniss

Sábados, para mim, são os melhores dias do mês! Mas esse em questão me deixou muito irritada. E olha que não são nem 7h20 horas da manhã.

Quando eu era menor, sábados significavam: Pais querendo adotar crianças e eu me escondendo deles. Hoje, eles significam: Acordar tarde e praticar o sedentarismo. Mas não tem como praticar o sedentarismo quando sua melhor amiga te liga às 4h da manhã por que não consegue dormi porque terá um “encontro” com a pessoa que ela “odeia”.

Depois de ficar quase duas horas no telefone com Clove, e só consegui desligar por que ela me convenceu há passar o dia com ela.

Desci as escadas, indo então para o corredor onde fica a porta de entrada para a cozinha. Já no local, encontrei Effie – que, não sei por que, acorda cedo nos sábados – e Finnick – Já vestido para ir ao treino de basquete.

– Caiu da cama? – Perguntou Effie depois que assustei Finnick abraçando-o por trás.

– Não. Clove me ligou as quatro da madrugada, e eu não consegui dormi depois disso.

Sentei no meu lugar de sempre – ao lado do lugar do Finn – e coloquei waffles no meu prato.

– Foi a Effie que fez – murmurou meu irmão divertido a me ver devolvendo os waffles.

– Você quer dizer que ela colocou para fora do congelador, esperou descongelar e colocou na torradeira? – Perguntei no mesmo tom de voz dele.

Rimos um pouquinho alto de mais, fazendo Effie se virar para nós.

– Espero que não estejam rindo da minha comida – Falou Effie.

– Bom dia família! – Falou Haymitch entrando na cozinha. – Katniss? Acordada há essa hora?

Beijou o topo da minha cabeça, a do Finnick e foi em direção a Effie e a beijou nos lábios, logo em seguida sentou-se na cabeceira da mesa e quando foi colocar um waffle no prato, eu o alertei:

– Foi a Effie que fez os waffles – Finn e rimos quando vimos à mão dele passar do prato para o pão de forma.

Hahaha, muito engraçado, Katniss! – Falou Effie que parou de lavar os pratos para nos olhar com indignação.

– Ei, não foi eu que comecei tá! – Falei.

Effie terminou de lavar os pratos e sentou a mesa conosco.

Finn começou a falar do basquete e depois de um tempo o assunto esfriou um pouco. Então eu interferi mudando de assunto.

– Clove perguntou se eu podia passar o dia na casa dela hoje, posso? – Perguntei a Effie e a Haymitch.

– Ela vai passar mais um dia sozinha? – Perguntou Effie preocupada. Balancei a cabeça positivamente. – Não gosto do que a Liesel está fazendo com essa menina.

– Pode ir, Katniss. – falou Haymitch – Quer que eu te leve?

– Não, eu vou andando.

Finnick apoiou do cotovelo esquerdo na mesa, para apoia-se e virar seu corpo para o lado direito, onde eu estava, e me olhou profundamente por alguns segundos.

– Serio? – Sua voz saiu divertida, mas ele fazia força para não rir.

– Serio! – Respondi também divertida – Nem eu acredito que falei isso.

Meu irmão soltou uma gargalhada que me fez soltar a minha, isso fez com que Effie e Haymitch nos olhassem como se tivesse um bicho em nossas cabeças.

– Piada interna – Concluiu Effie e Haymitch acenou positivamente.

~*~

Era mais ou menos 7h50min da manhã quando eu resolvi sair de casa, Finnick e Haymitch haviam saído há uns 10min, então coloquei uma muda de roupa na minha mochila e partir em direção a casa da minha amiga. Meu fone estava pendurado apenas pelo ouvido direito e tocava músicas aleatórias quando uma chamada em conjunto me despertou.

Chamada em grupo

Finn, Gale e Peeta.

Aceitar – Recusar

Aceitei e rapidamente me arrependi, pois os três estavam discutindo alguma coisa.

– Podem para de gritar, por favor? – Pedi abaixando o volume – eu estou no meio da rua e de fone.

Oi Kat – Me cumprimentou Gale – Como vai?

– Com sono, o que querem?

Um favorzinho. – Falou Peeta.

Pequeno do tamanho da Prim. - Falou Gale.

– O que tem a Prim? – Perguntei, eu adoro essa pequena.

Então, mana. Peeta e Cato estão com um probleminha envolvendo a Prim. – Finn disse.

– Podem ser mais diretos? – Perguntei, assim que atravessei a avenida para o outro lado do conjunto.

É o seguinte – Peeta tomou controle da situação –, meus pais dormiram na casa de uns amigos e só voltam hoje de tarde, Glimmer tá na casa da Madge e eu e o Cato temos basquete. Será que você poderia ficar com minha irmãzinha que você gosta tanto?

– Pra começa, por que vocês não pediram a Effie? – Perguntei.

Um passarinho acobreado falou que você tava indo na direção da casa do Peeta. – falou Gale.

– Estava indo na outra direção, para casa da Clove. – Corrigi Gale. – Segundo estou indo para a casa da Clove, não sei se Prim pode ir também.

Pera. – pediu meu irmão, olhei para a tela do celular e vi que ele estava chamando a Clove para a conversa.

Cheguei à Rua dos Mellark e da onde eu estava podia ver a casa da Clove claramente, e olhando para minha esquerda, também podia ver a casa dos Mellark.

O que é? – Falou uma Clove ríspida.

Os meninos começaram a falar tudo de uma vez enlouquecendo a Clove e a mim. Ela deu um grito mandando todos calarem a boca e ficamos em silencio por meio minuto ate que eu falei.

– Ai! Poderia ter o mínimo respeito para as pessoas que estão de fone?!

Desculpa.

– Relaxa.

Então, Clove. – Começou Gale. – Você gosta da Prim, não?

Sim eu gosto da Prim. Ela é legal.

– Que tal passar um delicioso dia ao lado daquela criancinha linda enquanto os irmão mais velhos dela estão jogando basquete?

– Quem vai trazer e levar ela? – perguntou Clove.

– Eu. – Respondi.

Claro, por que não? – Respondeu minha amiga.

– Beleza. Já to indo pra sua casa Peeta. – avisei.

Ok, vou avisar a Prim!

– Pergunta Clove, – pediu meu irmão. – Se você que teria que ir buscar a Prim, você iria?

Que pergunta Finn,– falou como se fosse obvio – Logico que não.

Gale deu uma gargalhada que foi acompanhada por Peeta e por mim.

Eu sabia! – Falou Finnick também rindo. – Ate depois.

Finnick desligou- se

– Vou indo também – Falei – 20min e eu to ai Clove. Tchau meninos.

Chamada encerrada

Pouco tempo depois cheguei à casa dos Mellark, e toquei a campainha, e quem me atendeu foi Peeta, que me cumprimentou como sempre: um beijo na testa.

– Falei para Prim que você ia ficar aqui cuidando dela, por que se não ela ia pirar. – falou Peeta serio.

Eu ri um pouco da cara que ele fez. Então ele me acompanhou até a cozinha.

– KAT! – Uma cabeça loirinha pulou de uma cadeira e veio em minha direção me abraçando.

– Hey loirinha. Como vai?

– Eu vou bem, Kat. – Respondeu ainda agarrada a minhas pernas, então agachei para ficar na altura dela, para dar-lhe um abraço descente.

– Hey Kat! – cumprimentou-me Cato da mesma forma que o irmão.

– Falai Cato, ta preparado? – perguntei e ele engoliu seco. Escutei Peeta rir. – Então, eu estava indo para a casa da Clove, e ela vai ficar muito triste se eu não for pra lá... Você quer ir comigo Prim?

– Serio? – Os olhinhos dela brilharam, Prim adorava a Clove. Ela se soltou de mim e foi para os irmãos. – Eu posso ir com a Kat? Posso? Posso? – Ela dava pulinhos e pulinhos.

– Pode Prim! – falou Peeta e ela saiu correndo escada a cima gritando um “eba”.

– Clove sabe disso? – perguntou Cato.

– Sabe, - respondeu – só não contei antes por que se não Prim ia ficar desse jeito ate a Katniss chegar.

– Foi uma boa decisão – concordou Cato e eu ri.

Pouco tempo depois Prim desceu arrastando uma mochila rosa aberta e deu Cato fechar, já que ele estava mais perto dela.

– O que tem aqui dentro Prim? – pergunto Cato passando o zíper em volta da mochila.

– ‘Binquedos’. – falou inocente.

– Vamos, Prim? – Cato me deu a bolsa e eu coloquei nas costas, segurei sua mão e saímos com ela balançando a mão para os irmãos mais velhos.

Prim foi pulando todo o caminho até a casa da Clove.

– Você não cansa? – Perguntei vendo toda sua energia.

– Não. – respondeu – Eu posso tocar a ‘capainha’, Kat?

– Vá lá. – estávamos entrando no jardim da frente, e Prim soltou minha mão e foi correndo em direção à porta e tocando a campainha três vezes.

Clove abriu a porta pouco tempo depois, e Prim pulou em cima dela.

– CLOVE – gritou a pequena loira para a pequena morena.

– Hey Prim, como vai? – Perguntou minha amiga colocando a Prim no chão.

– Eu vou bem – Falou.

Abracei Clove e cumprimentei-a com um beijo na bochecha.

– Você ta com uma cara de sono terrível.

– Pensei que você já sabia disso.

– Clove, Katniss, você brincam comigo de boneca? – Perguntou.

– Brincar de boneca Prim? – Perguntou Clove docemente. Prim mudava até o tom de voz da Clove. – Não acha que somos muito velhas pra isso Prim?

– Não. – Falou pegando algumas bonecas em sua mochila. – Na verdade, papai disse que nós meninas sempre brincamos de boneca... Quando somos crianças são bonecas e quando crescem são os bebes.

Ela falou de um jeito tão fofo e inocente, que me deu vontade de rir.

– Ele tem razão, Prim. – Falei – Mas existe um período de tempo que meninas não brincam de boneca, por que não sentem vontade.

– Mas eu sinto. – Falou com uma vozinha chorosa.

– Se brincarmos só um pouquinho. – falou Clove – Você promete que não conta a ninguém que isso aconteceu?

– SIM! – Gritou animada.

Ela foi para a sala e despejou todo o conteúdo da bolsa no chão. Dela caíram umas 5 bonecas e varias roupinhas diferentes.

– O que estão esperando? – Perguntou.

~*~

Fazia uns bom 20 minutos que estávamos arrumando as coisas para brincar. Prim inventara uma historia pra nossos personagens, que teriam nossos nomes e tal. Dos 5 bonecos que ela trouxe, três eram mulheres e dois eram homens; que ela apelidou de Cato e Peeta. A boneca de Clove tinha o cabelo escuro e era consideravelmente mais bonita que a boneca que Prim pegara para ela, que era loira e tinha os olhos incrivelmente azuis. A minha era, também, bonita, tinha os cabelos loiros mais escuros e seus olhos eram verdes.

– Desculpa Kat – pediu Prim – eu não tenho uma boneca que parece com você.

– Oh meu amorzinho, não precisava ter uma boneca parecida comigo.

– Tudo bem.

Terminei de vestir a minha boneca com um short e uma blusinha que se fosse de verdade, eu usaria sempre. Então olhei para Clove, ela terminava de colocar uma bota preta na sua, estava bem parecida com a Clove real.

A brincadeira havia começado, eu era eu mesma, Clove também e Prim era ela e os irmãos.

Estranhamente, Prim fez o boneco Cato se aproximar da boneca de Clove. Bem naturalmente, usando a personalidade dos dois. E em algum momento Prim falou:

– Agora a Clove e o Cato vão ter um encontro. – Falou e Clove travou, mas eu só percebi depois que ela não continuou movimentando sua boneca.

– O que? – Perguntou.

– Eles vão sair pra jantar. – explicou – Perto da praia.

– Como você sabe disso Prim? – Perguntei cautelosa – Você inventou isso na sua cabeça?

– Não, - Falou sem saber – Eu escutei o Cato falando pro Peeta que a Clove e ele iam sair pra jantar num restaurante na praia.

– Foi? – Perguntou Clove – E o que mais ele falou?

– Que Peeta ‘ela’ o homem da vida dele. – Falou com uma inocência tamanha que não consegui não rir, pelo conteúdo da frase e pelo tom de voz dela.

– Serio que ele falou isso? – Perguntou Clove depois que, também, parou de rir.

– Sim! – Falou – É ‘vedade’ que vocês vão sair?

– É, mas Prim, você não pode contar isso a ninguém. – Explicou.

– Não conto, - começou – se você ‘deixa’ eu ver a roupa que você vai usar.

– Eu ainda não sei que roupa eu vou usar Prim.

– Posso ajudar? – Perguntou com os olhinhos brilhando.

– Pode, mas vai ter que arrumar essa bagunça.

Em menos de dois minutos, Prim havia colocado todas as bonecas e roupinhas espalhados dentro da bolsa cor de rosa.

Subimos para o quarto de Clove, e notei estar menos bagunçado do que a ultima vez que vim aqui.

– Está mais limpo – comentei com Clove.

– A empregada trabalha melhor quando não tem nenhuma mãe e nenhum padrasto filho... – Parou o que ia falar por que se lembrou de Prim conosco – observando-a.

Eu acho o quarto da Clove, o mais incrível de todos do nosso grupo de amigos. As paredes são cinza escuro e o piso de madeira clara. Sua cama ficava encostada pela cabeceira á parede direita à porta, e na parede esquerda tinham duas portas, a do banheiro e do closet, e tinha uma escrivaninha toda em madeira preta e uma estante, com diversos cds, dvds e livros, que ficavam na parede a frente da porta ao lado da porta da varanda, e essa porta e as janelas eram cobertas por uma cortina preta e na parede da porta, em um lado tinha uma televisão – Na frente da cama – e do outro um guitarra - que Clove havia se dado em seu aniversario de 15 anos, mas que era desconhecida ate ela falar isso no ultimo verão – e alguns pufes nas cores azul, verde e laranja. Eles eram o destaque do quarto. E eu o amava por isso, era pequeno, simples (comparado ao meu, ao de Glimmer, Madge e dos meninos), e era bonito. Eu pelo menos acho.

Prim foi na frente ate o closet e o abriu, entrando e sendo enterrada por um monte de roupas.

– Socorro! – Gritou Prim.

– Você não me deixou falar que não pode entrar de rompante – falou Clove – Por que se não as roupas caem em cima de você. – falou tirando as roupas de cima dela e eu a levantei.

– A empregada não passou por aqui, né Clove? – Perguntei rindo.

– Ela passou sim – falou – pegou as roupas jogadas no quarto e jogou aqui.

Eu gargalhei com essa afirmação.

– Pra começa, – Falou Prim brava, cruzando os bracinhos – “Voche” devia “arrumá” isso. Como vou “escole” uma “ropa” com essa “baguça” toda? Cato não vai “gostá” de vê “voche” com a “ropa” “amachada”.

Prim falou com tamanhos erros em uma única frase, e só então percebi que quando ela ficava nervosa falava como que tem 3 á 4 anos, e quando está calma fala como se tem 7 ou 8.

Deve ser típico de crianças de 5 anos. Pensei.

– Como é? – Perguntou Clove espantada com a ousadia de Prim.

– Tem razão Prim. – falei – Vamos ajudar a Clove a arrumar as roupas.

– Novamente: Como é? – interrompeu-me Clove.

– Vamos arrumar suas roupas Clove. – falei calmamente para que ela entendesse. – Prim, pegue as roupas e coloque em cima da cama.

Assim que todas as roupas estavam devidamente separadas em limpas, limpas amassadas e sujas. Mandei Clove ir tomar vergonha na cara e colocar isso pra lavar, e relutante, foi ate a lavandaria da sua casa com duas viagens de ida e duas de volta, enquanto eu e Prim dermos um jeito de arrumar o que sobrou no closet de Clove.

Talvez uma hora e meia depois, eu e Prim havíamos separados três conjuntos de roupas, enquanto Clove ficava jogada em um dos pufes dedilhando sua guitarra.

– Então? Qual desses acha que combina mais com ela Prim? – Perguntei a loira que estava deitada de bruços na cama encarando as roupas, assim como Glimmer fazia.

O primeiro conjunto era uma blusa de alças branco e azul listrada – que eu nunca havia visto Clove usando, mas não aparentava ser nova – e uma jeans com lavagem clara nos pontos certos. A segunda era uma blusa de manga comprida cinza, que parecia ficar enorme na Clove, e um short também jeans claro. E por fim, uma blusa de botões vermelha com uma calça preta – Essa sim era Clove puro.

Prim olhou e olhou com uma cara de descontentamento – Foi ela que escolheu as roupas –, então levantou e começou a trocar as roupas de lugar.

Sem ter mais nada pra fazer, me joguei de frente para a Clove em um dos pufes.

– Ela parece ser uma mini Glimmer – Comentou minha amiga morena olhando para a Loirinha – Chega dá medo.

– Sim. - falei – Sabe o que vai fazer lá?

– Uhum. – Suspirou – Vou tentar ser o mínimo inconveniente. E quero, tentar, falar abertamente sobre meus antigos sentimentos. E vou, também, tentar voltar a ter uma convivência amigável com ele. Não quero mais brigas.

– Assim que se fala.

– Mas nada impede eu bater nele se tentar me beijar. – Murmurou.

– Você não vai bater nele.

– Quem vai impedir? – Perguntou – Você? Sinto muito Katniss, mas você estará em casa, provavelmente, tentando assistir Friends com a Effie fazendo as ulhas em um sofá e Haymitch no outro rindo alto das piadas do Joey. E Finnick, provavelmente vai está no quarto dele, ocupado, jogando Watch Dogs.

– Como sabe que o Finn tá jogando WD? – Perguntei.

– Hãn, a gente andou jogando videogame ultimamente. – comentou – Finn, Peeta, Gale, aquele irmão da Annie... Marvel, eu acho, e eu.

– Quem diria... Clove Fuhrman, Gamer. – Provoquei para receber um olhar mortal de Clove, cai na gargalhada.

– Quer “dize” que seu “imão” não te dá atenção? – Perguntou Prim tentando subir em um pufe do lado do meu – “dexa” eu te dá uma dica: Haja como um bebê.

Eu e Clove começamos a rir, e muito.

– Como assim Prim? – Perguntou Clove.

– Vê, toda vez que eu to com o Peeta e o Cato, eu imito um bebê e eles fazem tudo o que quero. – Explicou com sua vozinha de criança inocente sem culpa.

– E isso dá certo Prim? – Perguntei e ela balançou a cabeça positivamente.

– Melhora quando “voche” fala algumas palavras errado, - Falou calmamente.

As gargalhadas pioraram.

– Certo, vou tentar fazer isso. – Falei.

– Achei a “ropa” que a Clove vai usar – Falou com segurança.

Ela desceu do pufe e foi correndo até a cama e pegou a blusa cinza e a calça preta.

– E usa com aquele Tennis preto que tá no seu armário. – Falou Prim entregando as peças para Clove.

– Obrigada Prim – Clove abraçou Prim com força e começou a beijar o pescoço dela provavelmente fazendo cocegas, pois Prim se contorcia e ria alto.

~*~

Era um pouco menos de uma hora da tarde, e nenhuma das três estávamos com fome. Havíamos lanchado era quase 11h e tinha tirado nosso apetite. E estávamos brincando com as bonecas de Prim quando Peeta ligou perguntando se podia ir buscar a Prim, então eu me ofereci para leva-la de volta.

Demorou mais tempo que o previsto para Prim arrumar suas coisas, antes de sair falei pra Clove que voltaria para sua casa.

Assim que começamos a andar até sua casa, Prim me deu uma ideia.

– Por que “voche” não vai com a Clove e o Cato?

– Porque o encontro é deles, Prim. – Falei explicando.

– “Voche” confia no meu “imão” a esse ponto? De apanhar da Clove?

– O que você sugere Prim? – Perguntei após andar mais uns 10 metros.

– Que “voche” e o Peeta sigam eles – Falou como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

– Mas eles podem nos ver Prim.

– Podem ir “disfarchados”.

Eu ri de sua ingenuidade, tornava ela tão mais fofa.

Antes de chegar à sua casa, a parei e me agachei para ficar na sua altura.

– Prim, olha, você não pode contar que a Clove vai sair com o Cato pra ninguém, tá?

– Ta certo, Kat. – Falou – E depois, quem acreditaria?

Novamente eu ri, mas dessa vez eu ri com ela.

Quando chegamos na sua casa e eu toquei a campainha, ela sorria sapeca.

– Mamãe! – Prim gritou pulando no colo da sua mãe.

– Ei filha – Tia Lina abraçou Prim bem forte. – Boa tarde Katniss! Como Vai? – Perguntou me abraçando com Prim ainda no braço.

– Vou bem tia – Respondi.

Fui para perto dos gêmeos que estavam perto da escada, e cada um deixou um beijo em minha testa, junto com um abraço.

– Espero que a Prim não tenha dado trabalho – Tia Lina falou colocando Prim no chão, que foi correndo pra cozinha, de onde vinha um delicioso cheiro de molho de queijo.

– Prim? Dando trabalho? Que nada – Falei – Prim é um anjo, Lina. Adoro passar um tempo com ela. Até a Clove se sentiu melhor na companhia de Prim. – Confessei.

– Fico feliz por saber disso! – afirmou Angelina sorrindo. – Mas então, Katniss, vai almoçar conosco?

– Sinto muito, Lina. Fiquei de almoçar com a Clove. – Falei e rapidamente completei, pois uma ideia surgiu na minha mente - Mas passarei aqui mais tarde, por que tenho que levar um papo serio com alguém que mora aqui, porem eu não vou dizer o nome, vai que ele fica constrangido! – Fiz a cara mais ameaçadora que podia olhando para o gêmeo mais velho – E não se preocupe com o horário Cato, eu passo aqui antes de você sair com a... Antes das 6 horas da tarde.

Logo em seguida beijei sua bochecha e de Peeta em seguida murmurando “Preciso falar com você”.

Bro... Você ta ferrado – Falou Peeta para Cato enquanto eu estava abraçando Angelina na Porta.

– To ligado. – Falou.

Assim que voltei para a casa de Clove, vi que ela estava fazendo sua especialidade: Lasanha pronta.

– Você só não é pior na cozinha que eu. – comentei.

Quando deu mais ou menos 2h PM, voltei para casa. E no caminho, fui organizando meu plano. Prim realmente tinha dado uma ótima ideia.

~*~

– Com quem, quando, e de que horas chega? – Perguntou Effie.

Havia contado a ela que Cato e Clove iam sair, e que eu tinha um plano para faze-los ficarem sem brigar, e quando perguntei se podia, ela fez a pergunta.

– Talvez sozinha, se o Peeta não quiser ir comigo. Hoje de tarde pra noite e devo voltar lá pras 11h da noite.

Ela ponderou.

– Não queria que você saísse tão tarde pra não sei aonde. – Falou preocupada – E você ainda nem sabe dirigir. Se acontecer alguma coisa, Katniss...

– Não vai acontecer nada comigo, Effie. – Falei confiante – E depois Peeta sabe dirigir.

– Você não sabe se ele vai querer ir.

Me joguei ao seu lado na cama dela.

Vaiiii... – Prolonguei os “i’s” da palavra.

– Ta. – Falou depois de alguns minutos de silencio – Você faz assim, conversa com o Peeta, e se ele for você pode ir. Mas se não, quero você em casa antes das 7h.

– Obrigada Effie. – Abracei quase tirando-a da cama. Antes de sair do seu quarto, tive uma outra ideia. – Hãn... Ainda tem aquelas lentes de contato descartáveis?

~*~

Acenei para Haymitch enquanto ele ia embora com sua BMW. Ele realmente pensava que eu ia passar a tarde e a noite na casa dos Mellark como baba da Prim? Como Effie pode fazer essa mentira?

Toquei a campainha duas vezes, e esperei uns 7 minutos para alguém abrir a porta.

– Katniss? – Peeta apareceu na porta vestindo uma calça de moletom preta e uma regata branca – Pensei que apareceria mais tarde, para... Você sabe... Matar o Cato de medo.

– Também, mas em preciso falar com você antes. – Perguntei entrando indo para sua sala. – Cadê o pessoal?

– Meus pais e minha irmã estão dormindo e Cato tomando banho.

– Ótimo. – Joguei minha mochila aos pés do sofá e me joguei nele. E assim que Peeta se sentou em uma poltrona ao lado do sofá falei – Vamos seguir o Cato e a Clove.

– O que? – Obviamente confuso. – Por que faríamos isso?

– Porque hoje de manhã, a Clove ameaçou bater no Cato, caso ele fizesse algo que ela não gostasse. – Falei – Então vamos seguir eles e interferir indiretamente caso aconteça alguma coisa.

– Não pensou que, talvez, eles nos veriam se fossemos interferir. – Falou meio irônico.

– Por isso vamos disfarçados.

– Como pode ter tanta certeza que eu vou com você.

– Por que: 1- Effie falou que eu não posso ir sozinha, 2- Você sabe dirigir e sabe aonde ele vai, e 3- No ultimo verão você falou que ia me ajudar.

Ele bufou.

– Então, basicamente, teríamos que fazer o que? – Perguntou.

– Encarnar um personagem, ir e os observa de longe, evitar falar alto para que não reconheçam nossas vozes, se por acaso o Cato for beijar a Clove, um de nos tropeça neles e pede milhões de desculpas. – Falei rápido e baixo – Nosso objetivo é que eles sejam amigos e que parem de brigar.

– Por que quer tanto evitar que eles briguem?

– Porque a Clove já ta passando por tanta coisa com a mãe e o cara-que-ela-namora-e-me-dá-repulsa. – Falei – Quero que pelo menos ela sossegue na escola, se ela parar de brigar com o Cato, 45% da paz no colégio vai ser estabelecida, depois quando ela e a Madge ficarem sozinhas em um ambiente sem brigar essa porcentagem sobe mais 35% indo para 80%. Então se ela não estiver estressada com o Cato e a Madge, vai brigar menos com os outros, subindo para 90%. Os outros 10% são brigas de outros alunos.

Ele riu, abaixando a cabeça e balançando em negativa.

– Você não tem jeito.

– Vai me ajudar ou não? – Falei – Se não, vou ter que inventar uma outra desculpa para aparecer lá em casa, já que para Hay e Finn acham eu estou de baba da Prim. Integral, pelo jeito.

Ele riu novamente.

– Tem certeza que é necessário isso, Katniss? – Perguntou.

– A não ser que queira ver seu irmão todo machucado e uma Clove irritada com o ar que respira...

Parei de falar quando escutei passos na escada. Cato estava descendo olhando desconfiado para nós dois.

– Cato! – Falei amistosa e um pouquinho irônica. – A pessoa com que eu queria falar.

– Katniss! Amiga querida, que eu gosto tanto e não vai me machucar! – Falou abrindo os braços. – O que devo a honra?

Eu me encostei mais pra perto do braço do sofá, dando mais espaço e bati a mão três vezes no estofado, chamando Cato para se sentar ali.

Ele deve ter passado uns dois minutos em pé olhando para mim e para o sofá, por fim seguiu relutante.

– Pode falar... – Disse.

Inclinei um pouco minha coluna em sua direção, e aderi um tom de voz meio grave e uma face sombria.

– Você vai sair com a Clove, - Falei um tanto calma - Mas se eu ouvir alguma reclamação dela, por algo que você fez, falou ou deixou de fazer, eu vou fazer com você, a mesma coisa que eu fiz com Julia. Só que pior. – não evitei um sorriso mínimo com sua reação. Senti Peeta não gargalhar. Eu tentava fazer o mesmo, porem minha gargalhada sairia bem assustadora, talvez parecendo àqueles vilões de filmes. Mudei minha voz para o normal – Mas ninguém vai te ajudar, por que eu vou estar certa.

– Não se preocupe Katniss! – Ele tossiu para limpar a garganta – Não quero magoar a Clove de novo. Só quero colocar as cartas na mesa e resolver os problemas não resolvidos.

– Muito bem – Peguei meu celular para ver o horário – Você disse que não quer magoar ela, certo? – afirmou – São cinco para 6h da tarde.

Ele pulou do sofá quase correndo em direção à porta, mas voltou para beijar minha testa.

– Obrigado por me lembrar do horário.

Lembre-se Cato, eu tenho olhos em todos os lugares. – Falei ameaçando-o mais uma vez.

Assim que ele bateu a porta, uma gargalhada saiu dos lábios de Peeta, que logo foi acompanhado por mim. E como eu previ, minha gargalhada saiu de dar medo, mais logo se estabilizou.

– Ainda desconfia do Cato depois dessa demonstração de carinho, por sua parte? – Perguntou Peeta quando finalmente conseguimos parar de rir.

– O que você acha? – Levante uma sobrancelha.

– Que barulho é esse? – Perguntou Angelina – Vocês não sabem rir baixo?

– Desculpa – Eu e Peeta pedimos na mesma hora.

– Eh, mãe... – Peeta olhou para Angelina, ponderando se era a coisa certa a fazer – Pode me emprestar seu carro?

Ela nos olhou desconfiada.

– Não emprestei a seu irmão, por que emprestaria a você?

– Por que, assim, tipo... Vamos seguir ele? – Parecia uma pergunta.


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Notas finais do capítulo

Então é isso... Já devem saber alguns detalhes do Plano da Katniss, mas ainda não sabem como ela vai executa-lo certo? Vamos partir para essa área no próximo capitulo.

Me contem tudo o que acharam sobre a amizade da Prim e da Clove, o que acham que vai acontecer com o Peeta e a Katniss... ME CONTEM. Vou adorar tirar duvidas de vocês.

Como eu falei nas notas iniciais, iniciei uma nova fic, com Beatriz (Popularmente chamada de Pão De Queijo Do Peeta). Se puderem e quiserem dar uma passadinha lá: Chama-se E.T., é uma songfic baseada na musica da K. Perry, e espero que gostem.

Antes que eu me esqueça, feliz Natl e ano novo atrasado. Bjks



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