Sweet Nothing escrita por BloodyBunny


Capítulo 6
Cap. 6- Stolen Kiss


Notas iniciais do capítulo

Duplo capítulo, também porque não resisti.

Sam, Sam, Sammy, Carl, Car, Carl...

Eu vos enganei, se já leram o episódio anterior, shuashuashua!

Boa leitura!



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Cap. 6- Stolen Kiss

Estava numa sala, olhei em volta, feia e sem cor, precisavam de gente com estilo como eu! Sentada com a mesa de madeira cinzenta na minha frente e abanava os meus pés de frente para trás que nem uma criancinha, deveria os enganar.

-Oi pequena.- Disse o homem, tinha olhos verdes e cabelos vermelhos, pele branquinha e cheio de sardas, completamente gordo, pior que uma vaca leiteira.

-Oi.- Afirmei de volta esbugalhando mais os olhos e sorrindo de boca fechada enquanto mostrava as minhas covinhas. Isso haveria de o enganar- Que é que um homem assim tão bonito e novo está fazendo aqui?- Eu te irei matar seu desgraçado!

-Tem grupo?

-Hmmm... Não.- Acenei com a cabeça negativamente e ao mesmo tempo, retirava um parafuso da minha cadeira

-Entendo, então quem são aqueles dois, eles disseram que vocês os três estavam juntos.- Afirmou e engoli seco, mas depois sorri, olhei para as minhas unhas, criando tempo para alguma desculpa

-Nós nos cruzámos há pouco tempo, com o mesmo objectivo, encontrar comida, e eles me convidaram para me juntar a eles, mas eu não tinha dado a resposta, vocês me interromperam.- Respondi me dando os ombros, lembrando da primeira vez que me encontrei com o grupo de Rick

-Viu uma mulher de cor escura?- Continuou dando volta à minha cadeira e eu o seguia, olhando-o de lado

-NÃO!-Ouvi gritos da sala ao lado, devia ser Glenn, aquilo se chama tortura, que deus abençoe o coreano (Acho que acertei). Ele se aproximou, colocando as duas mãos sob a mesa com olhar ameaçador enquanto sorria. Tentava tirar um dos parafusos que cerrava a minha cadeira.

-Esse é um dos seus amigos que decidiu não dizer a verdade, quer mesmo ficar na situação dele?- O mirei também do mesmo modo não respondendo, ele saiu- Sua escolha.- Já tinha tirado aquele parafuso da cadeira, coloquei dentro da minha mãozinha de princesa

Entrou aquele homem da pala, se sentando na cadeira em frente.

-Olá.- Cumprimentou- Você é muito bonitinha.

-Obrigado.

-Se alevante.- Hmm? Senti um aperto no coração, mas assim o fiz- Sente-se na mesa.- Fiz e ele se aproximou, esfregando os dedos na mesa, enquanto meu coração palpitava, parecia que iria saltar-me pela boca. Fechei os olhos, pensando em Jesus Cristo, aquele maldito e suspirei fundo, voltando à minha cara de arrogante.

-Eu sei que lá no fundo você é uma pessoa decente.- Ele me mirou, com as mãos na cintura, sorrindo e levantando o seu rosto para mim

-Eu sei, por isso é que te deixarei no cuidado de alguém.- Saiu, deixando o outro a entrar, gordo, careca, lambeu os lábios. Engoli o seco, cerrando o punho com o parafuso, senti um bocadinho de líquido saindo, provavelmente sangue.

-Eu fazia isso imenso antes desse Apocalipse começar. Eu achei que não haveria mais gente da sua idade e assim tão bonitinhas.- Passou a sua mão gorda e asquerosa pela minha bochecha, olhei para ela, estreitando os olhos até a sua cara de bolacha- Não se preocupe, eu tenho experiencia com isso.

-Eu também.- Sorri maldosamente, coloquei aquele para fuso no seu olho direito, peguei na sua nuca batendo com a sua cabeça na mesa, ele apenas gritava  de dor com as mãos na cara. Procurei nas suas calças alguma coisa para sair dali, meus grampos caíram no caminho até aqui. Olhei em volta vendo se podia sair dali.

-Gabriel, tudo bem?-Questionou uma voz de fora, não era daquele parvo sem um olho, também não deveria ter um tomate, aquele bastardo! Coloquei a minha cadeira segurando a maçaneta- Gabriel!- A maçaneta abanava imenso, olhei para trás, o homem tinha parado de gritar que nem menina e virado zumbi e tentava me morder, o empurrei, dando volta na mesa.

Olhei para o desgraçado que parecia uma tartaruga de carapaça para baixo, peguei na cadeira daquele homem da pala.

Me aproximei dele o empurrando, pegando na cadeira, batendo naquela cabeça várias vezes, sentia a adrenalina a subir, a raiva era enorme e a vontade de esmaga-lo era enorme, esse nojento bastardo, o toque da sua mão era como se a minha raiva me subisse pelas veias.

Assim que terminei, tinha gotinhas de gosma na minha cara e uma poça de sangue envolta da sua cara feia desfeita, atirei aquela cadeira contra um dos cantos irritada, olhando para aquilo.

Olhei para todos os lados, a cadeira que segurava a porta começava a cair.

Em cima vi uma conduta, mesmo em cima da mesa não chegava. Peguei naquela cadeira meia partida, a colocando em cima e assim consegui ainda com um pulo. A porta tinha sido aberta, mas eu já estava lá em cima, gatinhei e vi a sala tinha sinais de luta.

O coreano, ou chinês, ou japonês estava com um osso de zumbi.

-Psst! Oi, asiático.- Afirmei olhando em volta

-Sam?- Questionou, olhei para ele, parecia que tinha uma bola na cara, ou então que tinha levado com uma- Pare de olhar assim para mim!- Tinha um sorriso enorme que estava quase desmoronando

-Ande.- Ele subiu sob a mesa também entrando- Sabe da Maggie?

-Não.- Ouvimos um grito da sala- Acho que já descobri.- Fomos na direcção deles, e ai estava, ela estava de tronco nu e parecia assutada. Abri aquelas grades

-Maggie!- Chamei, ela me mirou, a maquilhagem estava esborratada, provavelmente de tanto chorar- Pegue na cadeira e meta por debaixo da maçaneta. Ela limpou a cara, fazendo isso ainda tapando os seios, quem me dera- Suba a mesa e venha, tome aqui o meu casaco.- Lhe dei, era o triplo de mim, lhe deveria servir, ela também era magrinha.

Ela subiu e abraçou Glenn, estava completamente aterrorizada.

-Eu não quero interromper esse momento, sério. Muito bonito. Mas nós temos de ir.- Afirmei vendo que a porta iria ser arrombada, fechei a grade começando a gatinhar de novo e eles fizeram o mesmo- Agora não sei, o que fazemos?

Ouvimos o som de tiro.

-Vamos por ali.- Afirmou Glenn

-Mas podem ser esses malditos.

-O Carl deve ter voltado para trás com aquela mulher, e eles vieram agora.

-Qual mulher?- Questionou Glenn

-Longa história e se forem eles, eu cuido disso.- Continuamos, era um quarto, estava vazio, desci. Havia um cão que começou a ladrar. Droga. Glenn aproximou daquele cachorro. Ainda haviam cães? Se fosse eu, os entregava para esses bastardos e fugia.

-Calma amigo.- Lhe acariciou e ficaram logo amigos, já eu, quando era nova, fiquei com medo dessas criaturas, estúpidas, me perseguiram durante 1 Hora, sem parar, talvez a razão das minhas pernas finas e tonificadas.

-Andem só.- Os sons vinham da janela, olhei para baixo, a distância era razoável- Podemos saltar.- Olhei em volta, estavam sendo invadidos- Eles estão aqui, apenas temos de encontra-los

Andámos por ali, pegamos num arma de um corpo morto ali, continuando, ninguém se importava ou comentava que estávamos indo na direcção do fogo, também estavam preocupados a fugir.

Vi o homem da pala fazendo pontaria para Rick, peguei numa pedra atirando e ele acertou num poste. Nossos olhos se cruzaram, eu o conhecia de algum lado, mesmo, mas simplesmente não me lembrava, porra!

-Ande Sam.- Corri com Maggie e Glenn. Olhei dentro de uma das casas e vi um homem subindo as escadas fiquei em transe vendo as costas dele, correndo pelas escadas, esbugalhando ainda pensando quem seria- Ande!

Glenn gritou, olhei para dentro de casa, já tinha ido, tive de continuar a correr, sem tempo para pensar em desvios, conseguimos apanhar Daryl que nos levou de volta para o carro.

Me sentei ao lado de Carl que me abraçou, senti minhas bochechas queimando.

-Pensava que você...

-Acha mesmo, eu sou feita de aço.- Afirmei convencida

-Você mesmo, deve ter várias vidas, como conseguiu sair?

-Tudo começou por um parafuso e terminou falando com você. Não foi difícil.

-Aquela mulher me ajudou a regressar para a prisão, esta cidadezinha se chama Woodbury e é administrado por um homem chamado Governador.

-Entendo.- Olhei para aquelas barricadas todas, ainda pensando naqueles dois homens, tinha visto aquele “Governador” de algum lado.

            Agora estava pensando naqueles homens que tinha visto, impossível, mas... E se fosse mesmo? Contaria a quem? Carl não, Lucas? Esse está caidinho pela Beth, ele não me ouvirá. Tinha mesmo de ver com os meus próprios olhos, mas quando?

            Me senti lá em cima, no chão, lendo minha banda desenhada, mas não parava de olhar para Carl e Beth na escadaria, tantos risinhos. A loirinha me mirou, dei um sorriso amarelo voltando a ler, mas meus olhos rolavam para os dois de novo.

            -Que inveja.- Se aproximou meu irmão- Posso sentar?- Já o tinha feito

            -Lucas, não sei como contar isso a você.- Suspirei fundo olhando e passando os dedos pelas letras do título daquela Banda Desenhada

            -O quê? Me vai insultar?

            -Fica para depois, aquilo que te vou dizer é muito sério.- Ele me olhou preocupado. Porquê dizer? Aquele homem estava com a arma apontada para um do nosso grupo, provavelmente ele pertencia ao grupo dos homens do Governador, talvez Rick nos usasse como isca para os atrair ou então, poderia nos matar só por isso- Se você não apanhar Beth, ela será do Grimes.

            -É.- Falou olhando para baixo- Mas desde quando é que você se importa?

            -Desde quando?- Que resposta daria?

            -Não me diga que está apaixonada por ele.- Apaixonada. Apaixonada? Apaixonada! Apaixonada?!

-Eu já disse para fechar sua cela, sabe-se lá o que poderá acontecer.- Fechei o livro me indo embora

            -Onde vai?

            -Fazer vigia.- Afirmei me indo embora, por acaso, Carl também ali estava do lado de fora, na passarela, pensava que estava falando com a Beth.

            -Aqui de noite? Devia estar descansando.

            -Não me apetecia.- Ficámos em silêncio e andando, os nossos passos e os grunhidos deles eram a única coisa que se ouvia- Carl.

            -Sim.

            -Eu estou te contando isso, mas é só uma situação.- Ele afirmou com a cabeça- E se você tivesse encontrado uma pessoa que tentava procurar durante esse tempo todo no apocalipse e agora que você a encontrou, ela está na equipe errada?- Ele parou para pensar

            -Não sei.- Olhou para mim- O que você faria?

            -Não faço a mínima ideia. Ela não tem a certeza se é ele, mas...

            -Mas...- Considerei. Contar ao Lucas e ao grupo seria realmente mais sábio, talvez se conseguíssemos que o meu pai tivesse contra esse tal de Governador, seria um forte aliado e finalmente teríamos mais alguém no nosso grupo

            -Obrigado Carl, me deu muito para pensar.- Lhe beijei na bochecha- Boa noite.- Ele apenas acenou com a cabeça, estava ligeiramente vermelho, devia estar doente.

            -Espere!- Me segurou pelo pulso e eu parei

            -Sim.

            -É que, você... Você poderia morrer não é?- Parecia envergonhado. Pensei um bocadinho, seria verdade, mas nem fiz tudo o que queria fazer- Eu, eu simplesmente iria ficar... Um pouco abalado, quer dizer, você é praticamente minha melhor amiga.

            -Eu também gosto de você Grimes.- Afirmei sorrindo

            -Não sei se você está entendendo.

            -O quê?- Senti seus lábios finos esbarrando contra os meus, se encaixando perfeitamente, meu coração estava sendo bombardeado de novos sentimentos e sensações, as borboletinhas no meu estômago eram demais, simplesmente incrível.

            Acabei por responder àquele selinho inofensivo, apesar de não saber onde aquilo iria dar? Minha mãe me disse que se só se beija quando se está apaixonado, nos filmes, os atores não estão, mas se beijam, por isso estou um bocadinho confusa.

            Mas outra coisa que ela me disse era que eles não tinham os sintomas de uma apaixonada: o coração deles não palpitava de emoção, nem as orelhas ficavam da cor do tomate, nem sentiam o corpo a aquecer de adrenalina.

E eu acho que tenho esses sintomas todos...


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Notas finais do capítulo

Comentários, criticas construtivas, ou apenas criticas, gosto?

Recomendação? Estou aberta a tudo.
E que gostem como eu gostei.

Bye People!



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