O virgem de 19 anos escrita por AmndAndrade


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

TAN TAN TAN TAAAAAANNNN
A hora da verdade :3 será que vai rolar?

HAUAHUAHUH obrigada pela recomendação, Haane, eu AMEEEEEI! Esse capítulo é pra você:



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Observo a garota andar pela sala, olhando as máquinas apagadas com certa desconfiança.

nn

– Essa sala está inativa. – Ela revira os olhos e anda em direção a porta.

nn

– Não está não – eu digo um pouco desesperado. Aperto o botão da televisão e cruzo os dedos mentalmente – hã?! – para que o aparelho funcione. Aperto o botão do vídeo game já conectado. É como se a cançãozinha tradicional dessa marca de vídeo game fosse um som divino, e eu suspiro aliviado.

nn

Ela ergue as sobrancelhas, pela primeira vez dando uma boa olhada em mim. Espero que ela não mude de ideia quanto à só querer jogar.

nn

– Ainda não sei seu nome – é tudo que ela diz.

nn

– Caio. – Estendo a mão para ela, mas ela somente ri. Encolho a mão. – E você?

nn

– Beatriz, mas prefiro só Bia.

nn

– Só Bia, – chamo e ela ri – vamos jogar um jogo? – Minha voz sai rouca sem querer e eu me amaldiçoo por isso.

nn

Observo a mesa de totó no centro da sala e uma ideia me ocorre. Começo a empurrá-la para um canto, obtendo um som bem alto das pernas de madeira contra o azulejo. Ela me olha de um jeito desconfiado e pergunta:

nn

– O que você está fazendo?

nn

Passo a mão pelos cabelos para retirar a camada fina de suor e com o corpo rente à porta, respondo:

nn

– Acho que vamos precisar de espaço hoje.

nn

Ela me encara um pouco assustada, mas relaxa assim que coloco alguns pufes no lugar da antiga mesa de totó, de frente para a televisão. Torcendo para que os garotos não estejam prestando tanta atenção assim, remexo numa caixa de jogos até puxar uma versão menos atualizada de futebol. Para minha surpresa, seus olhos brilham diante do objeto.

nn

– Gosta assim? – pergunto num tom sensual para que ouçam da porta, um pouco mais alto que o necessário.

nn

– Quero assistir um pouco primeiro – ela diz na mesma altura.

nn

Eu quase tasco um beijo em sua boca por agradecimento. Ainda que sem intenção, ela estava representando muito bem. Coloco o CD para rodar e espero o jogo, abaixando o volume quase a zero. Ela me encara, confusa.

nn

– Não gosta de barulho?

nn

– Pode fazer barulho o quanto quiser. – Lanço-lhe um sorriso torto, deixando que ela entenda o que quiser da frase.

nn

Ela está me observando jogar a mais ou menos quarenta minutos. Uma coisa sobre Beatriz? Ela realmente gosta de futebol. Posso sentir sua mão dando tapas nas minhas costas e ela praticamente urra quando perco um gol. Imagino o quão selvagem a coisa deve estar parecendo pelo lado de fora.

nn

Último minuto da partida. Um gol decide esse campeonato.

nn

– Vai! – ela berra e eu lhe tascaria um beijo mais uma vez se não estivesse quase tão concentrado em fazer esse gol. – Vai! Vai! Vai! – Ela aperta as unhas nas minhas costas e berra mais uma vez: – isso! Isso!

nn

– Estou quase lá! – Tento fazer com que minha voz soe a mais exasperada possível, até entrecortando a fala com a respiração. Tudo para que a coisa pareça real.

nn

– Quase... – Ela pausa. – Quase... No... Gol...

nn

Ela se levanta, derrubando o pufe atrás de si quando vejo o replay do gol.

nn

– Isso! – ela grita, dando um tapa bem forte em minhas costas.

nn

Sexo selvagem? Pode apostar que sim.

nn

Jogo o controle para o lado e me levanto depressa, observando uma Bia que arqueja levemente. Olho os lábios levemente corados e entreabertos, correndo os olhos agora para seus seios. Não muito grandes, mas bem bonitos e firmes. Ela baixa os olhos quando eu me aproximo, posicionando a mão para puxá-la num beijo.

nn

– Caio... – ela sussurra, virando o rosto mais uma vez.

nn

– Silêncio.

nn

Enquanto eu driblava os jogadores e definia alguma tática, tive algum tempo para pensar. Pensei nos meses de cursinho que encarei até chegar ali. Nas noites que passei estudando. Nos convites que recusei, para que hoje estivesse estudando numa das universidades mais renomadas do país.

nn

Então, é hoje que vou me libertar dessas correntes mentais que me prendem. Porque um homem não consegue ser livre se sua mente estiver presa. Nossa! De onde isso saiu? Não sei. O que sei é o seguinte: eu vou atrás da minha felicidade. E o primeiro passo, segundo Vanessa, é tirar a camisa...

nn

– Só um jogo. – A fala de Bia ecoa meus pensamentos de uma hora atrás.

nn

De uma hora atrás. Dane-se, dane-se, dane-se. Agora, é hora de liberdade. De libertar a mente, sei lá. De ir atrás da felicidade, e uma coisa mais importante: perder a virgindade.

nn

– Caio – diz em tom de censura.

nn

Liberdade. Camisa no chão. Liberdade. Sexo. Foco.

nn

– Vamos logo com isso. – Passo as mãos pela bainha de sua camisa, pronto para puxá-la. Ou rasgá-la. Preciso tirar essa paranoia da minha cabeça, essa coisa idiota que tem me consumido nessa semana. Preciso de sexo. Estou ficando louco.

nn

– Não! – ela grita e afasta minhas mãos. – Não posso fazer isso!

nn

– Por que não? – Começo a desabotoar minha bermuda, num último ato de desespero.

nn

Ela pousa as mãos nas minhas, me impedindo de continuar.

nn

– Caio – diz suavemente. – Eu sou virgem.

nn

NÃO! Isso simplesmente não está acontecendo! Sério, santos, tentando curtir uma com a minha cara? Mandando uma garota virgem para atormentar meu psicológico já não muito estável? Não consigo pensar em alternativa mais plausível. Estou ainda mais motivado a quebrar a promessa agora, irritado e motivado.

nn

– Não vou te machucar – prometo, voltando a me concentrar no botão.

nn

Desespero define, apenas. Estou frustrado. Estou começando a ficar excitado por frustração e Vanessa nem sequer mencionou que isso existia. Fico ainda mais frustrado quando Bia joga a cabeça para trás e ri. Nunca lhe disseram que é errado rir de um homem sem camisa?

nn

– Caio. – Ela recolhe minha camisa do chão e me entrega. Deixo o botão para lá e apenas seguro, perplexo. – Não vai rolar. Eu tenho só quatorze anos.

nn

Eu tenho só quatorze anos. Eu. Só. Quatorze. Eu tenho só quatorze anos. Os segundos se arrastam e por fim, eu só consigo dizer uma coisa:

nn

– Santos malditos!

nn

Bia me encara, ainda perplexa, sem saber se eu estou brincando ou estou de fato louco. Se ela descobrir, pode me contar, porque eu também não sei.

nn

Visto a camisa e acerto a bermuda. Minha sorte não ter manchado nem um pouco. Indico a porta pela qual entramos e suspiro, ainda chocado.

nn

– Saia. Agora.

nn

Ela me encara um tanto assustada e percebo a camada de suor que brilha em sua testa. Sem mais palavras, ela dá um aceno de um jeito bem sem graça e escancara a porta, revelando três rapazes de olhares curiosos.

nn

Maricas fofoqueiras.

nn

– Tiveram que arrastar a mesinha de totó, hum? – Marcelo ri quando Bia desaparece totalmente.

nn

– As coisas devem ter sido bem quentes – complementa Eduardo. – Conseguimos ouvir os tapas e gritos daqui.

nn

Dou de ombros.

nn

– Que foi, cara?

nn

– Ela tem menos de quinze anos – digo numa voz áspera.

nn

Eles me encaram com algo que só consigo identificar como tristeza.

nn

– Por isso a guria gritava tanto – diz Marcos. Idiota. – Foi uma coisa tipo, lições primárias?

nn

Não tenho a mínima ideia do que o loiro esteja falando, já que tudo que sei está rabiscado num papel em algum lugar do meu quarto. Mas meneio a cabeça negativamente.

nn

– Até que ela era bem entendida. – Dou de ombros.

nn

– Bendita internet – diz Eduardo, se levantando e me dando tapinhas nos ombros.

nn

– Então, certo. Vamos para casa, Berlusconi?

nn

Berlusconi. Repreendo um comentário irônico e vou para casa fazer a única coisa na qual sou bom entre quatro paredes: dormir.

nn


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Notas finais do capítulo

AHUAHUHUH bem que ele queria dar uma de Berlusconi, mas não deu muito certo :c esses amigos lindos dele s2 sqn KKK

Então? Vocês riram? Gostaram, odiaram? HAUAHUAH não esqueçam de dizer :3

Gente, não sei se vocês viram que o Nyah mudou e agora aparecem as recomendações e os favoritos... Então, se puderem favoritar ou recomendar, eu ia chorar taaaanto HAUAH até maaaais, beijos!