O virgem de 19 anos escrita por AmndAndrade


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

GEEEEEEEEEEENTE, MEU PC QUEIMOUUUUUU DDDDDD:

Sério, não imaginem meu desespero por ter perdido as histórias. Ainda bem que alguns amigos têm parte dos meus contos e fics, assim não acabo com tudo de uma vez. Sei que demorei pra postar, mas o técnico ainda não me devolveu o computador, nem sei se vai recuperar algo :( anyway, tô postando do serviço KKKKKK Caio para vocêsssss, espero que gostem:



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Luiza Alcântara. Difícil acreditar que minha salvação está numa garota baixinha, de cabelo escuro e olhos âmbar. Numa garota que é uns dois ou três anos mais nova e que eu costumava irritar quando criança. Mas essa é nada menos que a saída perfeita.

– Caio? Você ainda está me ouvindo?

– É perfeito – digo.

– Claro que é, eu que dei a ideia! – Ela ri. Reviro os olhos, mesmo sabendo que ela não pode ver.

– Obrigado, se é isso que você quer ouvir.

– Não há de que. Mas é melhor parar de revirar os olhos agora e ligar pra ela, porque se ela for sair de casa é melhor que ela não se arrume.

Como ela sabia que eu estava revirando os olhos? Sorrio.

– Beijos. Boa reunião.

– Obrigada, vou dar lembranças suas ao Bernardão. – E desliga.

Levanto da cama, excitado com a nova possibilidade. Quero dizer, não excitado. Apenas excitado.

Certo, cale a boca, Caio.

Erro o nome da agenda por duas vezes, de tão animado. Quando começa a chamar, eu já poderia ter aberto um buraco no chão pelas vezes em que andei de um lado para o outro no quarto.

Ela finalmente atende.

– Onde você está? – pergunto.

– Boa noite pra você também – diz. – Em casa, onde mais?

– Mas você já se arrumou para sair? Escuto uma risada irônica do outro lado da linha.

– O que você quer, Caio? Estou em casa com a mesma roupa de hoje de manhã. Meu cabelo está despenteado bem no estilo ninho de pardal e eu tô sem maquiagem. Quer saber a cor da calcinha?

– Luli, linda e maravilhosa do meu coração...

– Não, não quer a cor da calcinha – diz, mais para si mesma que pra mim. – Quer um favor.

Eu rio e ela suspira.

– Preciso falar com você. Onde posso te pegar?

– Por que você não fala por aqui? Sinceramente, eu...

– É uma coisa importante, importante de verdade. Por favor, Lulizinha. Eu juro que te recompenso depois.

Ela faz silêncio por alguns segundos.

– Em vinte minutos, na padaria que fica atrás da pracinha. Eu estou com fome, então não demora. Beijos.

Ela desliga o telefone e eu procuro os chinelos debaixo da cama – afinal, sempre os chutava para lá. Puxo-os e disparo pela porta, sem nem me importar em fechar.

Na sala, assistindo algum filme idiota, estão os três.

– Aonde tu vais? – pergunta Marcos.

Paro por um segundo e me viro, já na soleira da porta. Sorrio de um jeito triunfante e digo:

– Buscar a garota.

Sinto o cheiro familiar de queijo e presunto sendo fritos na chapa. A iluminação do lugar é muito inferior agora que está escurecendo e isso confere aos quadros históricos um tom um tanto sinistro. De frente para o balcão, sobre um dos assentos de vinil pretos e de costas para mim, a garota tamborila os dedos no balcão.

Desmancho o coque feito no cabelo claro e ela sorri para mim.

– Vamos sentar nas mesas de verdade? Preciso te contar uma coisa. Ela dá de ombros e pula do banquinho, acertando os shorts jeans e a camiseta da engenharia.

Peço um milk-shake de chocolate e ela um de ovomaltine, enquanto ela me olha com certa desconfiança. Volta a prender o cabelo quando eu digo:

– Luli, o desafio ainda não acabou.

– Certo.

– E eu estou apaixonado por sua prima.

A garota parece um pouco surpresa, em seguida um sorriso de satisfação se espalha por seu rosto. Ela balança negativamente a cabeça com um sorriso um tanto psicopata. Ergo uma sobrancelha.

– Você não vai dizer nada?

Ela dá de ombros mais uma vez.

– Você nunca gostava quando as pessoas te diziam “eu já sabia”.

Reviro os olhos e a garçonete chega com os dois copos. Ela dá um longo gole e pisca os olhos castanho-claros para mim.

– E em que você quer que eu ajude? Quer que eu conte à ela?

Baixo os olhos para a mesa, remexendo o canudo do milk-shake.

– Na realidade, nós já ficamos. Sem ser de mentirinha, sabe? Com ela querendo o beijo e eu também. Hoje de manhã.

Ela fecha a cara e analisa as unhas.

– Adoro ser a última a saber das coisas – diz com sarcasmo.

– Não foi de propósito, Luli. A gente ia te contar de qualquer jeito.

– É, eu sei que sim. Ai. Meu. Deus. – Seus olhos se arregalam de repente. – Você me chamou aqui pra te dar uma ideia porque não quer transar com outra menina senão a Vanessa!

Suspiro e concordo com a cabeça. Ela volta a sorrir.

– Ai, que gay!

Agora é a minha vez de fechar a cara, mas ela está rindo de verdade e não ironicamente. Seus começam a lacrimejar e só então ela percebe o quão sério eu estou. Tem um pouco de dificuldade em parar, mas consegue depois de alguns segundos.

Isso de rir em momentos inapropriados... Seria de família?

– Brincadeira, Caio – ela diz com um sorriso. – Isso é bem fofo, na realidade. Eu só não esperava isso de você.

– Por que não?!

Ela revira os olhos, como se fosse tudo óbvio demais.

– Você já deve ter dormido com metade das calouras bonitinhas.

Encaro-a, surpreso.

– Quem disse isso?

– Quer mesmo que eu liste? – Ela ri. – Conheço umas dez que juram pela vida da mãe que já foram para o quarto com você, fora as histórias que rolam por aí.

– Sério que elas dizer isso?

Ela concorda com a cabeça, sem sorrir agora. Uno as sobrancelhas e volto a sugar mais um pouco do conteúdo no copo.

Eu sabia que devia haver um milhão de histórias sobre mim, mas jamais imaginei que chegariam ao ponto da própria garota jurar que dormiu comigo. Isso é no mínimo ridículo da parte delas. Luiza bebe mais um pouco e continua me encarando, confusa por meu silêncio repentino.

– Luiza, eu sou virgem.

Ela então cospe um pouco do conteúdo, o choque evidente em seus olhos. Permanece em silêncio enquanto eu limpo o conteúdo respingado na mesa, provavelmente me esperando dizer um “foi brincadeira”.

Bom, esse tipo de reação eu deveria prever, não é mesmo? Coloco os guardanapos sujos num canto e apoio os cotovelos na mesa, levando as mãos ao queixo e suspirando.

– Caio Rivera, eu estou falando sério com você.

– Luiza Alcântara, eu também estou falando sério com você – digo no mesmo tom de repreensão que ela usou.

Ela volta a mexer o canudinho, sem me encarar. Volta os olhos para mim e pergunta:

– E a Marina Bágio? Ela jura que dormiu com você.

– Sei nem quem é.

– Cabelo preto, olho verdinho. Segundo período de engenharia química. Disse que te pegou no laguinho da biologia.

Reviro os olhos, lembrando da garota. Ela estava tão excitada que poderia ter arrancado as roupas ali mesmo.

– Só uns amassos atrás do prédio, depois fui pra casa.

Ela pondera por alguns instantes.

– Elisa Marques, segundo período de floresta. Uma ruiva que tem os peitos maiores que a minha cabeça.

Dou uma risada, lembrando também.

– No Leão, madrugada de fim de semana. Prensei contra a mesa, mas ela estava tão bêbada que não saberia distinguir o engradado de cerveja do meu quadril.

– Hmmm – ela diz e dá uma risadinha. – Certo, ela é bem dessas. – Pensa mais um pouco. – Bianca Vieira? Um metro e meio de altura, baianinha invocada? Cabelo escuro e cacheado...

– Pff, essa daí não segurou nem dois minutos na calourada e Eduardo pegou de mim. Ela deve ter dormido com ele e achado que foi comigo.

– Natália Martins, gaúcha dos olhos azuis? Primeiro período de veterinária?

– Quatro copinhos na festinha do Formigueiro e ela literalmente dormiu. Eu até cobri essa daí com o lençol.

– Juliana Leme, loira do segundo de farmácia? – Uns beijos pertos dos trilhos e só.

– Gabriela Moraes, bumbum de tanajura do segundo de mecânica?

Reviro os olhos.

– Eu não conseguiria nem se quisesse com essa daí.

Luiza dá uma risadinha, enumerando nos dedos algumas garotas. Vou contando os meus beijos mais engraçados que eu dei ali. Lembro até de Lorena, que foi picada por um marimbondo enquanto ficávamos. Eu queria muito dormir com ela, mas acabou não rolando por essas e outras coisas. E Fernanda, que começou a vomitar quando eu tirei sua blusa e depois caiu? E Lívia, que...

– Caio – Luiza chama entre umas risadas. – Tudo bem, tudo bem. Eu acredito em você. Mas... Então você não chegou a fazer nada com aquela mulher que infartou? Nem com a menina do fliperama?

– Não – admito com um riso fraco. – Nadinha de nada.

– Você conseguiu enganar os três só fingindo os sons?

Balanço a cabeça positivamente e ela volta a beber mais uma vez.

– E como eu vou poder te ajudar?

Dou uma risadinha, erguendo as sobrancelhas e me levantando para pagar.

– Você topa ser minha parceira sexo-auditiva por uma noite?

Ela dá uma risadinha e me espera voltar. Quando paro ao lado da mesa, volto os olhos azuis para ela, aguardando a resposta. Então ela dá um sorriso torto e me estende a mão.

– Vamos nessa, parceiro?


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Notas finais do capítulo

VIXXXXXXXXXXE, será que vai dar certo? HAUAHUAH vindo do Caio, sempre pode dar merda... E ter que pegar a prima não vai ser nada legal, caso algo dê errado. Palpites?! Vejo vocês nos reviews!