O virgem de 19 anos escrita por AmndAndrade


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEEEEEEE AHUAHAUH
Saudades de vocês!

Então, o final do último foi ~~de matar~~ né skaposkaoksapo parei com as piadinhas. Querem saber o que vai acontecer? Então aqui vai:



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Levo-a para fora, sem perceber que as casas dos botões de seu vestido estão todas desordenadas. Ela está pálida e não consigo afastar a sua mão de seu peito. Meu coração está tão acelerado que eu tenho sérias dúvidas sobre precisar de atendimento médico mais tarde.

Agarrando-me ao movimento leve do tórax e da boca de Cristina, irrompo pela porta, sendo logo socorrido por alguns homens de meia-idade que a tiram de mim e iniciam os primeiros socorros. Observo os rostos dos meus amigos, que estão chocados demais para fazer qualquer coisa. Quando uma das mulheres que estava com Cristina balança as chaves do carro, eu já estou atrás dela.

Passo pela mesa dos garotos, ignorando a garota com quem Eduardo conversava. Quando estou na porta do salão, grito, ainda de costas:

– Fechem a conta aí. Vejo vocês mais tarde.

As duas acompanhantes de Cristina me olham com raiva, mas em seguida cedem a minha entrada no carro. Quando faço menção de ficar no banco de trás com ela, porém, uma delas diz:

– Vem na frente comigo, precisamos conversar. Marília cuida dela ali atrás.

Dirigindo apressada, a mulher que se identifica como Suzana me faz diversas perguntas, do tipo “qual a primeira reação dela” ou “quanto tempo ela demorou até cair”.

– Eu não... Eu não sei! Eu não fiz nada, juro por Deus!

– Acalme-se filho, ou quem terá um ataque é você.

Alguma coisa no “filho” que ela disse me deixou ligeiramente mais tranqüilo, mas ainda não consigo soltar minha mão da porta do carro. Um minuto de silêncio se segue até que chegamos à faixada luminosa que tem nome de qualquer santo. Suspiro. Esses santos não param de me perseguir nem por uma hora! Algo me faz crer que já avisaram o pessoal daqui, uma vez que assim que o carro estaciona há uma maca e uma equipe de enfermeiros. O hospital, aliás, é o melhor da cidade; Cristina não deve ter mentido quanto a possuir algumas fazendas.

Desço do carro ainda cambaleando. Marília, do lado de fora do hospital, me lança um olhar gentil e me puxa pelo braço para que eu entre. Assim que as luzes brancas me cegam, Suzana desaparece por um dos corredores frios.

Marília para ao lado de um bebedouro, enchendo um copo de água e me entregando, em seguida enchendo um para si. Enquanto bebe, sorri discretamente para mim. O olhar que ela me lança é de pura compaixão, o que me faz imaginar o quanto minha cara deve estar desolada. Jogo o copo na lixeira e continuo observando-a, até que ela me conduz para algumas das cadeiras plásticas. Sento e suspiro, olhando para ela mais uma vez.

– Ela vai ficar bem? – pergunto.

Ela movimenta a mão no ar num gesto tranqüilizante.

– Ah, vai sim. Essas coisas sempre acontecem com Cris.

– Como assim sempre acontecem?

– Isso. Ela fica emocionada muito depressa e depois que seu marido morreu tem estado muito sensível. O médico já disse que ela está propícia a essas situações.

Ah, maldita! Nem para me dizer!

Balanço a cabeça em concordância. Ela sorri mais uma vez.

– Vou dar uma palavrinha com o doutor Morelli. Se você quiser, pode ir, mas eu provavelmente trarei notícias dela em no máximo dez minutos.

– Vou esperar.

Marília pisca os olhos castanhos para mim, ajeitando o cabelo tingido de preto. Sai de vista e eu enterro a cabeça nas mãos, pensando em tudo que aconteceu nessa última semana e finalmente concluindo uma coisa.

Sim, eu vou morrer virgem.

Tem outra explicação para isso? Certo, vamos lá. Quando eu ainda era um adolescente fiz a promessa de manter minha virgindade. Agora, os acontecimentos da última semana: terei de pegar três garotas de jeito. Na primeira situação, comecei decidido a manter a promessa, mas ali mesmo decidi que não havia necessidade.

Quando, porém, tento com a garota, adivinha só? Ela é virgem. Não fosse esse o maior dos problemas, a menina nem saiu do fundamental ainda. E não porque é burra, mas sim porque tem apenas quatorze anos. Quatorze anos!

Aperto os polegares nos olhos com mais força, começando a enxergar galáxias. Na segunda ocasião, tudo parece ir bem de novo. Tudo bem que a mulher é mais velha que a minha mãe, mas tinha tudo para dar certo. Tudo mesmo. Daí, sem mais nem menos, quando estávamos quase – quase – lá, a mulher tem um enfarte. Droga, eu vou morrer virgem. É, eu vou sim.

– Caio? – uma voz me chama e me preparo para receber notícias de Cristina.

Qual não é a minha surpresa quando olho para cima e vejo Vanessa, arquejando com as mãos nos joelhos enquanto tenta recuperar o fôlego.

– O que você está fazendo aqui? – solto e ela me encara com uma expressão indefesa. – Não, quer dizer, estou feliz por você estar aqui. Mas como...?

– Eu estava no salão – diz, sentando ao meu lado e recostando a cabeça na parede. – Você passou tão desesperado que nem me viu conversando com Eduardo.

Tento lembrar, mas não consigo. Minha cabeça está rodopiando com a ideia de ter uma conversa civilizada com Vanessa.

– Ah. – Não consigo dizer mais nada.

– Desculpa só ter chegado agora. Demorei a entender a situação e estava a pé, de qualquer forma.

– Não estou sendo grosso... Mas por que você foi ao salão? E como você sabia que eu estaria lá?

– Certo. Luli me disse que você havia ligado, mas eu não estava com coragem para me retornar. Foi aí que ela me contou do desafio. – Ela me olha de canto. – Assim que ela disse o nome do lugar, reconheci que só dava velhinha.

Sorrio, concordando. Ela ri um pouco antes de continuar:

– Não estava me cheirando bem, então resolvi ir me encontrar com você pra ver o que aqueles idiotas estavam aprontando com o meu Pernilongo. Além disso, nossa última conversa não foi nada amigável.

– Fiquei bem triste em saber que você não se lembrava de mim aqui em Minas. – Suspiro.

Ela curva a cabeça, me olhando com um misto de culpa e dúvida.

– Eu disse isso?

– Disse. Disse que se lembrava dos meus olhos só em lugares que tem mar, porque eles são azuis – imito seu choro. – E tem água! – concluo, ainda imitando.

Ela cobre o rosto com as mãos.

– Eu não disse isso – choraminga.

– Disse muito mais.

– Tipo o que? – pergunta com um tom preocupado, me olhando nos olhos.

– Disse que me amava.

Vanessa parece ter quinze anos quando enrubesce, olhando para baixo e virando a cabeça para frente. Em seguida, me lança o sorriso mais delicado que eu já vi e pousa a mão em meu cabelo, acariciando de leve.

– E você ainda tinha dúvidas disso?

Continuo deixando que ela faça carinho em mim por um bom tempo. Eu não tinha percebido, mas estou com bastante dor de cabeça. Ela recostou a cabeça mais uma vez na parede e fechou os olhos, deixando apenas que sua mão afagasse minhas costas arqueadas. Checo o relógio de pulso mais uma vez: meia noite e meia.

– Você me desculpa também? Por ter te chamado de vadia? – sussurro.

Ela abre os olhos devagar, me olhando com um sorriso. Bate a mão livre no colo para que eu me deite ali. Apóio minha cabeça e ela me olha, ainda sorrindo.

– Só não faça de novo.

– Prometo – digo rapidamente.

– Promete sua virgindade? – Ela ergue uma sobrancelha.

Fecho os olhos e balanço a cabeça, rindo.

– Ah, não, isso não! Dá tanto trabalho!

Ela faz uma careta de ofendida e logo depois ri.

– Você é um idiota, sabia?

– Sim – respondo e fecho os olhos mais uma vez.

Em poucos minutos, Suzana e Marília voltam, se desculpando pela demora e claramente surpresas por eu ainda estar ali. Dizem que Cristina está sedada, mas deve voltar para casa em breve. Sento, espreguiçando, e em seguida me despeço das duas, que me passam o endereço e o telefone de Cristina. Um dos bairros mais ricos de Viçosa, por sinal. Enfio o papel na carteira e saio do hospital com Vanessa ao meu lado, feliz por termos feito as pazes. Na esquina, tateio o bolso da bermuda e solto um palavrão.

– O que foi? – ela pergunta.

– As chaves estão com Marcelo e eu sei lá onde aqueles retardados estão a esta hora.

– E você não ia me levar em casa? – Faz aquela careta de ofendida mais uma vez.

– Claro que sim, mas...

Ela ri, me interrompendo, então pisca.

– O sofá está sempre a sua disposição.


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Notas finais do capítulo

HAUAHUAHU Nessaaaaa ♥
Gennnte, vocês shippam eles? SAKSOPAKSO tão felizes por eles estarem amiguinhos de novo? ♥

Reviews, por favor HAUHAUH
Beijos!