O virgem de 19 anos escrita por AmndAndrade


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

OI GALERAAAAAAAAAA

Primeiro, recebi uma recomendação DIVINA da Myca. Amei, amei e amei, sério *-*
Espero que gostem... Myca, esse é seu :3



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– Ai – Cristina murmura ao primeiro contanto de meu corpo contra o seu. Não acredito que estou fazendo isso, não desse jeito. Não agora e definitivamente não nessas circunstâncias. Ali, praticamente sentado sobre ela em cima do piano reluzente, a coisa parece extremamente fácil e deliciosa. Suspiro, aliviado.

Sinto Cristina tremer em baixo de mim enquanto eu aperto com mais força. As minhas mãos descem ágeis de seu quadril, pelas costas e até a cabeça enquanto ela emite sons de prazer. O atrito que meus joelhos produzem contra a madeira faz uns barulhos engraçados, que simplesmente não condizem com toda a situação.

Aperto com ainda mais força, concentrando-me com o que posso em minha respiração. Eu definitivamente não imaginei que aconteceria assim, nem que seria tão fácil.

– Não sabia que você fazia uma massagem tântrica tão boa – ela murmura, sorrindo.

Massagem tântrica é uma massagem em que os músculos do corpo são estimulados e a pessoa tem uma sensação de êxtase, como se fosse um orgasmo percorrendo o corpo inteiro. Tem foco em respiração, som e movimento, o que me ajuda bastante nesse caso. Como eu sei disso? Simples. Desde os doze anos de idade, minha mãe possui uma pequena clínica estética na capital. Em certa ocasião, escutei uma mulher indo à loucura em uma das salas e tive de perguntar o que estava acontecendo. Como eu já tinha dezesseis anos e provavelmente estudaria fora de qualquer forma, minha mãe me ensinou. Ela provavelmente não sabe o quanto isso está me ajudando agora.

Tudo está correndo bem, bem até demais. Sei que os sons são convincentes e a menos que os rapazes abram a porta, vai ficar tudo bem para o meu lado. Não, eu não vou morrer na praia. Estou saboreando pela primeira vez nessa história o prazer de ser virgem de fato quando a escuto dizer:

– Caio – ela chama.

– Aqui – respondo com a mão na base de suas costas.

– Pare. Por favor.

Eu obedeço, temeroso. Sua respiração está acelerada quando ela se vira para mim e percebo os lábios avermelhados.

– Eu não quero assim – ela diz. – Eu quero de verdade.

– Cristina, eu não... – começo a dizer, tentando me esquivar.

– Vamos lá. – Ela começa a desatar os botões do vestido, me encarando.

Droga, droga, droga! Coloco minhas mãos nas suas para que ela pare. Ela me encara com uma tristeza notável nos olhos.

– Eu sabia – diz, começando a chorar.

Deus, eu tenho que admirar minha habilidade nesse ramo de fazer as garotas chorarem.

– Foi o casaco, não foi? Clichê demais?

Balanço a cabeça em negativa, sem entender bem

– O que foi então? O cabelo, comprido demais? – Soluça. – Por que, Caio? Por que você não me acha atraente? Por que nenhum de vocês me acha atraente?

– Não, Cristina, não é isso! – E então me vejo abraçando uma mulher seminua, de meia idade e completamente frustrada. Ela treme um pouco contra o meu corpo.

Em seguida, começa a me beijar.

Por que diabos eu estou correspondendo? Por pena, eu imagino. Droga. Droga. Agora entendo mais do que nunca o sentido da palavra caridade. Ela dá gritinhos excitados enquanto tira o vestido, sorrindo para mim.

– Sabe há quanto tempo eu não faço isso? Dois anos inteirinhos!

Suspiro. Cristina é uma mulher legal. Os santos que se lasquem.

Assim que estamos ambos com a roupa de baixo, ela começa a me beijar mais freneticamente. Os olhos claros tremem sob a luz tênue, seu silicone pressionando meu tórax quando eu a prendo sobre a parede. Ela ri e solta sons estranhos, com certeza piores que o meu gemido de cachorrinho que caiu da mudança. Pobrezinha, deve estar mesmo enferrujada.

Sinto a mulher entrelaçar pernas em minha cintura, aparentemente enlouquecida, se deliciando com cada mordida que eu deixo em seu pescoço. Nós quase – quase – derrubamos a cristaleira quando passamos por ali, voltando ao lugar de que viemos, o piano.

Sinceramente? Eu nem sei se isso vai contar como quebra de promessa. Eu sei, eu sei, é idiota pensar nisso agora, mas eu estou seguindo uma linha de raciocínio muito boa. Enquanto Cristina ataca minha boca e segura minhas costas contra o piano escorregadio, desenvolvo vários argumentos em minha mente sobre o quanto fazer aquilo não é errado.

O primeiro de todos é que, se eu não me excitar de fato, a coisa não vai passar de um tipo inadequado de estupro. Forte esse argumento, não? O segundo, que me parece ser o mais importante, é que eu estou fazendo caridade.

Ah, qual é. Caridade é uma coisa boa. Eu não tenho milhões de reais para dar para ninguém, é verdade. Mas não dizem por aí que temos que dar tudo que temos para as pessoas enquanto há tempo? Há forma mais pura de caridade do que entregar o meu corpo a ela? Suspeito totalmente que não.

O terceiro, não menos importante, mas talvez mais fútil, é que ela é gostosa. Sim, isso, mesmo, uma senhorinha de cinqüenta e poucos anos, viúva, siliconada, frustrada, na seca e totalmente gostosa. Sinto o hálito quente deixar rastros em meu pescoço e tudo que tem direito, até que ela chama meu nome, colocando uma das mãos no seio esquerdo.

– Caio... – ela chama, me encarando com um olhar assustado.

– Não é por aí que se tira, meu anjo – sussurro, pronto para ajudá-la com fecho do sutiã. – Deixa essa parte comigo.

– Caio – ela chama mais uma vez, mais urgente. – Me ajuda.

– Espera, eu já vou...

– Caio! Ca...

Sua voz soa exasperada e eu não sei bem do que se trata, uma vez que estava concentrado nas minhas teorias sobre o quanto é certo fazer isso aqui e agora. É só quando Cristina semicerra os olhos e começa a tombar para fora do piano com a mão agarrando o seio como se quisesse tirar seu coração de lá que me dou conta.

Ela está tendo um ataque cardíaco.


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Notas finais do capítulo

AHUAHUH pegadinha do malandro o início né :P

E agora?????????? Ferrou tudo HAUAUHAHA

Gente, se puderem favoritar e recomendar... Se acharem que merece, óbvio. Vejo vocês nos reviews! Beijosss e obrigada de novo, Myca!