Quase Uma Vingança escrita por Lola Carvalho


Capítulo 9
Depois do cinema


Notas iniciais do capítulo

Boa noite seus lindoos :)

Espero que curtam esse capítulo *--* e que comentem tbm :D

Até quarta para mais um novo capítulo :P

Beijoos



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Teresa Lisbon

– [...] A verdade é que... Eu não queria parecer fraco na sua frente, porque eu... – meu celular tocou. Droga! Nós estávamos tão próximos um do outro.

Eu atendi o celular e fiquei ainda mais irritada ao saber que me ligavam para vender produtos de uma determinada loja. Quando voltei, Patrick estava completamente perdido em seus pensamentos.

– Era um vendedor... – falei meio sem graça enquanto me aproximava dele.

– Hm... Eu estava pensando... Podíamos ir ao cinema... O que acha?

– É... Boa ideia! – ele se levantou, pegamos o carro e fomos para o cinema do shopping.

Quando acabou o filme e saímos, eu ainda queria ficar mais algum tempo com ele. Não sei o porquê, mas gosto de estar perto dele.

– Você está cansado? – eu pergunto

– Não. Você está?

– Não... Me leva para dançar?

– Dançar?

– É, dançar! Eu gosto de quase todo tipo de música... – ele estava me olhando com uma expressão tão esquisita, como se dançar fosse a coisa mais incomum do mundo – por favorzinho...?

– Ok, eu levo... – ele ainda parecia em choque

– O que foi? Você não gosta de dançar?

– Eu gosto... Achei que você não gostasse...

– Pois eu AMO dançar!

– Bom, então eu acho que conheço o lugar perfeito!

– Só preciso passar em casa antes para trocar de roupa... E você deveria também!

– O que há de errado com a minha roupa?

– O que não há de errado com a sua roupa?

– Vai se decepcionar porque eu só tenho esse tipo de roupa...

– Fala sério! Você não tem nem um jeans?

– Não...

– Ai, para! – eu o puxei pela mão para dentro de uma loja de roupas no shopping – Vem. Vamos escolher alguma roupa normal para você...

Olhamos dezenas de roupas dentro da loja, mas Patrick não gostava de nenhuma... Aliás, ele não ia, sequer, provar. Saímos daquela loja e fomos para outra. E, de novo, ele não gostou de nada. Fomos ainda para uma terceira loja, e eu já não aguentava mais ouvi-lo arranjar defeito para todas as roupas que os vendedores sugeriam, então eu não deixei que ninguém mais sugerisse. Olhei algumas roupas e escolhi uma calça jeans e camiseta básica, mandei-o vestir, e fiquei esperando do lado de fora do provador.

– Lisbooon... – acho que ele me chama pelo sobrenome quando está se sentindo inseguro. Como se eu fosse sua super-heroína. Sorri ao pensar nisso.

– O que é Patrick?

– Hm... Eu não gostei dessa camiseta, você pode pegar outra?

– Outra cor? Outro modelo?

– Outra cor... Eu não fico bem com esse verde que você escolheu – Busquei uma camiseta de outra cor e joguei por cima do vestiário para não correr o risco dele abrir a cortina do provador e estar sem camisa – Obrigado! – Ele gritou.

Me sentei na poltrona que estava na minha frente para esperar ele sair. Quando ouvi o barulho da cortina do provador, virei meu rosto para encontrá-lo e... Ele estava simplesmente maravilhoso!

– Uau... Quero dizer, você está ótimo Patrick! – Qual é o meu problema? Ele provavelmente já suspeita dos meus pensamentos, eu ainda para confirmar eu falo “Uau”? Ai ai Teresa!

– Obrigado – ele sorri gentilmente e nós nos dirigimos até o caixa e depois para o carro, fora do shopping.

Ele dirigiu até a minha casa. Entramos e Patrick foi fazer chá enquanto eu me trocava.

Abri o guarda-roupa e fucei até encontrar uma roupa que não fosse de trabalho, um vestido, quem sabe? Me troquei, me maquiei e desci. Patrick estava sentado no sofá com uma xícara de chá em mãos, e ao notar que eu descia, ele virou o rosto e ficou com a mesma expressão que eu imagino ter ficado quando o vi sair do provador. Corei bastante.

– Então... como estou? – eu pergunto

– Teresa... Você está... Linda! – Corei ainda mais, se é que era possível. Ele estendeu o braço para que eu me apoiasse, me levou até o carro e saímos.

Wayne Rigsby

Demorou algum tempo, mas estabelecemos uma linha do tempo da noite do assassinato.

– Então – começou Van Pelt anotando os progressos no quadro branco – Melanie foi vista com o namorado às oito e meia da noite; aproximadamente às nove da noite ela é assassinada; o pai adotivo saiu do trabalho às nove e meia e a mãe estava em casa, segundo a empregada da família; O namorado volta para o centro de reabilitação às dez e meia da noite, o que dá tempo suficiente para ele ter matado Melanie e ter voltado...

– Mas ele disse que parou em uma padaria próxima ao centro de reabilitação às nove e meia... – eu disse - Eu chequei e o dono da padaria confirmou o álibi...

– Isso muda as coisas... – disse Van Pelt, mas foi interrompida por Cho, que acabara de chegar da casa do irmão de Melanie, Andrew.

– Vocês, na sala de investigação agora... – Cho disse e logo se retirou, sendo seguidos por mim e Van Pelt

Entramos na sala anexa à sala do interrogatório, e, através do vidro espelhado, vimos um homem de estatura média, cabelos e olhos castanhos.

– Este é o irmão, Andrew – disse Cho – Ele estava se escondendo no sótão da casa dele.

– Por quê? – eu perguntei

– Eu não sei... Van Pelt, que tal você ir interrogá-lo? – disse Cho – Eu e Rigsby ficaremos aqui, caso precise de apoio – ela assentiu com a cabeça e saiu da sala anexa.

Assim como eu, Cho também via uma oportunidade nessa folga da chefe e do Jane para Grace mostrar seu potencial como uma Agente da lei, e ele como um bom sucessor de Lisbon.

Claro que pra mim era isso significava muito mais, afinal eu e Grace havíamos combinado que esperaríamos até ela virar uma Agente sênior, contaríamos sobre o nosso relacionamento, eu pediria transferência e nós poderíamos nos casar e formar uma família.

– Senhor Andrew Lewis – começou Van Pelt – Quando foi que falou com Melanie pela última vez?

– Já faz dois dias... Espera... Vocês acham que eu matei minha própria irmã?

– Bom... Ela foi assassinada e você se escondeu da polícia em seu sótão, me dê um bom motivo para eu pensar que você é inocente...

– Eu nunca faria nenhuma mal à Melanie... Eu a amo... amava!

– Então porque se escondeu de nós?

– Eu... – ele suspirou – Eu sou médico, ganhava bem desde que saí da faculdade... Mas aí eu me casei, tive meus filhos... As despesas só aumentavam e os ganhos que eu tinha em meu consultório particular só diminuíam... Então pra conseguir sustentar a mim e a minha família eu... Eu... Eu comecei a vender drogas... Duas semanas atrás, Melanie descobriu e me ameaçou a contar para meus pais, e aí nós brigamos e ficamos sem se falar, até que há dois dias atrás ela me ligou... -

– E pra que ela te ligou?

– Eu não sei... Ela disse que precisava me contar uma coisa e nós marcamos pra nos encontrar na noite que ela foi assassinada...

– E o que aconteceu?

– Eu procurei-a no trabalho dela, mas ela não estava lá...

– A que horas foi isso?

– Umas dez, dez e meia da noite... Eu achei que ela só tinha saído e voltaria rápido, então fiquei esperando-a até as onze e como ela não aparecia, fui embora. Quando eu soube que ela tinha morrido e que a polícia estava atrás de mim... Eu achei que ela poderia ter contado para alguém... Então eu me escondi...

Grace saiu da sala de interrogatório e eu e Cho fomos encontrá-la no corredor, do lado de fora da sala.

– Rigsby, cheque os telefonemas do celular de Melanie e Van Pelt veja se o namorado de Melanie sabe sobre o que ela queria conversar com o irmão – ordenou Cho – parece que esse segredo, seja lá o que for, custou a vida dela...


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Notas finais do capítulo

Prévia do próximo capítulo:
"(Teresa) - Isso é um encontro?
(Patrick) - Bom, me conte você... Você me convidou e até me ajudou escolher uma roupa... - eu brinquei para disfarçar o clima um tanto quanto constrangedor no ar. Ela riu, mas não disse nada, apenas olhou para mim esperando que eu continuasse [...]"

Hasta miércoles chicos e chicas *---*



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