Quase Uma Vingança escrita por Lola Carvalho


Capítulo 8
Porque eu te amo


Notas iniciais do capítulo

*--* Boa tardee *--*
Quero agradecer os reviews fofs de todos e tbm pelos favs :) Muito obrigada :D
Esse capítulo ficou bem maior que os outros porque eu acrescentei a parte de investigação na história...
Espero que gostem, e não deixem comentar o que acharam no final, ok?! Amo ler as reações de vcs *---*

Beijooos
Boa leitura! :)



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Grace Van Pelt

Estamos lidando com um caso um tanto quanto complicado, principalmente porque Jane e Lisbon pegaram 3 dias de folga e estamos basicamente por nossa conta.

Logo após Cho e Rigsby voltarem para o escritório, depois de terem interrogado uma possível testemunha do assassinato que estamos solucionando, o diretor Gale Bertram entrou no escritório e, chamando todos, começou:

– Como vocês já devem saber, Lisbon e Jane estão de folga por 3 dias, ou até Teresa recuperar a memória. Jane irá ajudá-la nisso, e até lá Van Pelt e Rigsby – apontou para nós – irão se reportar ao Agente Cho, e o Agente Cho irá se reportar a mim.

– Sim senhor! – respondemos

– O que temos até agora? – Bertram perguntou

– A vítima é Melanie Parker, 23 anos, morreu com dois tiros no peito, foi encontrada pela amiga à meia-noite; a hora da morte foi estimada por volta das nove horas da noite; ela trabalhava em casa de shows em frente à cena do crime, e segundo o chefe dela ela saiu para fumar e não voltou mais. A amiga dela de trabalho, também saiu para fumar, a encontrou e chamou a polícia. – disse Cho

– Eu conversei com os pais adotivos de Melanie, e, segundo eles, ela tem três irmãos, nenhum deles tinha problema com ela. Eles também disseram que Melanie perdeu a bolsa da faculdade depois de ter conhecido um cara chamado James Scott e que ela fora morar com ele desde então. – eu continuei

– James Scott foi preso por agressão no ano passado, mas saiu antes por bom comportamento. Conheceu Melanie, e ela o teria incentivado a fazer uma reabilitação. Ele está em um instituto já faz dois meses, mas ele a visitava às vezes sob vigilância de seu tutor responsável dentro do centro de reabilitação. Na noite do crime ele a visitou, pouco antes do assassinato, segundo a amiga. – disse Rigsby

– A amiga que a encontrou morava no mesmo orfanato de Melanie, não tem ficha criminal, mas ainda não a descartamos como suspeita. – disse Cho

– Fomos agora interrogar uma senhora que disse ter visto o assassinato, mas a história que ela nos contou não bate com os avanços que fizemos nas investigações até agora – informou Rigsby

– Jane nos contou que a sobrinha da vítima não acrescentou em nada na investigação e que ela está descartada como suspeita. – eu disse – contudo o pai da sobrinha, irmão de Melanie, viajou a trabalho na manhã após o assassinato e ainda não conseguimos contatá-lo.

– Ótimo! Se precisarem de alguma coisa, me avisem... Estão fazendo um excelente trabalho. – disse Bertram saindo do escritório em direção à sua sala.

– Ok, quem são nossas suspeitas até agora? – perguntou Cho, se preparando para escrever os nomes no quadro branco.

– A amiga que a encontrou, Amanda White; o tutor do centro de reabilitação, Peter Willians; os pais adotivos, Adam Lewis e Clarice Lewis; o irmão mais velho, Andrew Lewis; e o chefe, Charles Johnson.

– Van Pelt, cheque os álibis de todos e Rigsby estabeleça uma linha do tempo da noite do assassinato – ordenou Cho – Eu vou até a residência de Andrew falar com a filha dele de novo. Tem alguma coisa nessa viagem que não está encaixando...

Patrick Jane

Consegui convencer o diretor Bertram a deixar eu e Teresa de folga por uns dias até que ela recuperasse a memória. Sinceramente, eu espero que isso não ocorra tão cedo, principalmente porque a Teresa Lisbon de antes do acidente está uma fera comigo, e com razão. Preciso encontrar uma forma de amenizar a raiva dela quando ela recuperar a memória. Então, naquela bela manhã após sairmos da CBI, eu a levei para almoçar em um restaurante novo que tinha aberto a poucas quadras dali.

O restaurante não era muito chique, mas acho que Teresa se incomodou de estar ali vestida com roupas de trabalho.

– Não se preocupe você está linda!

– Obrigada, mas...

– Mas...? – eu a encorajo a continuar

– É que você disse que não leria meus pensamentos. – brincou

– Oh, me desculpe, senhorita – ela ri – Seu humilde servo não lerá mais sua mente.

Mesmo em poucos minutos a sós com ela, não posso deixar de notar o quanto que Teresa é diferente do que eu pensava. Ela sabe guardar muito bem seus sentimentos. E não com álcool.

– Eu ainda não acredito em você... – ela diz enquanto nós observávamos o cardápio

– Como?

– Eu ainda não acredito que você possa, de verdade, ler mentes.

– Ah... Dúvida que eu consigo descobrir o que você vai pedir? – pergunto em tom de desafio

– Duvido!

– Ok... Eu quero que você pense na bebida... E não vale sabotar!

– Tudo bem, estou pensando – ela fecha os olhos e inclina a cabeça levemente para cima.

– Refrigerante Diet?

– Aha! Não é refrigerante diet – ela diz vitoriosa – E a comida?

– Lasanha ao molho vermelho, sua comida favorita.

– Errou de novo!

– Ok, ok... Você venceu, mas só desta vez, hein! – ela sorri como uma criança entusiasmada – o que vai pedir então?

– Refrigerante normal e lasanha ao molho branco.

– Então tem águem aqui tentando me trapacear, não é senhorita Teresa?

– Bom, a Grace me disse que ninguém nunca conseguiu te enganar... Eu só quis testar...

O garçom chegou e recolheu nossos pedidos. Ficamos em silêncio por alguns instantes e eu sabia que ela estava incomodada com alguma coisa.

– O que foi? – eu pergunto afinal

– Não é nada, só que...

– Fala! Você pode falar o que quiser comigo, Teresa.

– Me desculpe por ter perguntado hoje cedo aquela coisa... Eu não quero que o clima fique estranho entre nós...

– “Aquela coisa” é sobre sermos ou não namorados?

– Sim...

– Teresa, não precisa se desculpar... Você não fez nada de errado, e aliás, se você quer saber, teve uma vez em que... – fiquei receoso ao contar a história de quando eu perdi a memória.

– “Em que” o quê?

– Eu acho melhor eu não falar... É sobre você, e você deve se lembrar sozinha... – menti, eu estava com medo da reação dela.

– Ah, por favor, me conta vai! – é incrível como Teresa se comporta como uma adolescente sem sua armadura.

– Tudo bem... Teve uma vez que estávamos trabalhando em um caso e eu também perdi a memória depois de quase morrer afogado. Aí você foi me visitar e ainda não sabia que eu tinha perdido a memória, e então eu perguntei se... Estávamos dormindo juntos, pois eu não via razão de uma policial estar no meu quarto do hospital perguntando se eu estava bem, a não ser que... Você sabe... Estivéssemos... Dormindo juntos.

– Bom, então estamos quites... – ufa... Até que não foi ruim.

Durante o almoço Teresa e eu conversamos e rimos muito. Era incrível como ela estava diferente, por não saber o que tinha acontecido com os pais dela. Sem a menor sombra de dúvida que a Teresa que eu conhecia, cheia de armaduras e barreiras, era uma pessoa maravilhosa! Mas agora que estou conhecendo-a melhor, posso ver claramente que ela é muito mais maravilhosa do que eu pude imaginar algum dia.

Saímos do restaurante e fomos andar em um parque. Compramos sorvete e Teresa tentava de todas as formas extrair mais informações de mim, mas eu não podia deixar isso acontecer porque não seria bom para ela. E eu ainda tentava achar um jeito de deixá-la menos irritada quando ela recuperasse a memória, por causa do que eu tinha dito pra ela.

– Mas então... Me conte mais sobre mim!

– Teresa eu não posso...

– Ahh... – ela fez um ‘beicinho’ – Por favor!

– Tenho uma ideia melhor: Por que você não me conta sobre o que se lembra?

– Só se você me prometer que vai me contar o que eu não sei depois... – chantageou

– Eu prometo... Que vou te ajudar a recuperar sua memória.

– Isso quer dizer que não vai me contar, não é?

– Isso quer dizer que eu vou ajudar a sua mente dando estímulos para que, seja lá o que for, não bloqueie mais a sua memória – argumentei

– Tudo bem... – Nos sentamos em baixo de uma árvore ainda com o sorvete em mãos – Eu... Nasci em Chicago, tenho 3 irmãos, morei lá até a faculdade... É isso que eu me lembro, basicamente – ela ficou olhando para mim durante alguns instantes – E você?

– Quer saber sobre mim?

– É, ué... Somo amigos, certo?

– Ok... Bom, eu... Fingia ser um vidente, mas um dia eu fui a um programa de televisão e falei de mais sobre um serial killer, aparentemente ele não gostou muito e matou minha esposa e filha...

– Patrick... Eu sinto muito – ela colocou uma das mãos delicadamente em meus ombros.

– Obrigado... Então, nos conhecemos, você era policial e trabalhava no caso desse serial killer. Eu o persegui durante mais de dez anos, e quando eu finalmente descobri quem era... Ele se suicidou... – talvez se eu desabafar com ela me ajude a superar, e, quem sabe, quando ela recobrar a memória não fique tão zangada comigo – Eu entrei em depressão, e você estava lá pra me ajudar, só que...

– O que?

– Teresa eu... Quero te pedir desculpas – não estava aguentando mais, precisava dizer aquilo em voz alta pra ela ouvir!

– Pelo quê?

– Antes de sofrermos o acidente nós estávamos brigando... Bom, na verdade, você estava brigando comigo, porque eu fui um idiota e não aceitei a sua ajuda...

– O que aconteceu? – eu virei meu corpo para ficar frente a frente com ela, segurei suas mãos e olhei nos olhos verdes e grandes que ela tinha.

– Quando você se lembrar de tudo, muito provavelmente fique irritada comigo. Me desculpe por ter sido um idiota. A verdade é que... Eu não queria parecer fraco na sua frente, porque eu... – não consegui terminar a frase, pois o celular dela tocou.

“Porque eu te amo Teresa Lisbon”.


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Notas finais do capítulo

Prévia do próximo capítulo:
"[...] Ele estava simplesmente maravilhoso!
— Uau... Quero dizer, você está ótimo Patrick! - Qual é o meu problema? Ele provavelmente já suspeita dos meus pensamentos, eu ainda para confirmar eu falo Uau? Aiai Teresa!"