A Terapeuta escrita por Bellice


Capítulo 12
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

Olá! Me desculpem por quase duas semanas sem postagens, prometo que irei recompensá-los. Não estava conseguindo tempo para escrever o capítulo. Terminei de escrevê-lo quinta de madrugada, mas só fui ter internet quando cheguei em casa (também de madrugada) na sexta, e simplesmente capotei na minha cama. Desculpem!
Enfim, espero que gostem deste capítulo e, prometo que o próximo não demorará a vir!
Boa Leitura! =D
P.S: Troquei a capa da fanfic! Eu achei bonita, e vocês? *-*



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Capítulo XII

Veja o lado bom das coisas. Você já parou para pensar o que seriam das oportunidades se não fossem as mudanças?

Jufras Menhal



Como Isabella praticamente me obrigou, logo cedo fomos ao mercado mais próximo da casa dela para que eu pudesse comprar alguns ingredientes para fazer o almoço.

Ainda era um pouco estranho para mim, sair por aí nas manhãs. Quanto mais na manhã de domingo. Todos aqueles passarinhos berrando, todas aquelas pessoas andando animadas na rua... Falando sério, como alguém consegue ser feliz pela manhã?

–Olá, Isabella. –Uma velhinha que entrou no mesmo corredor em que estávamos cumprimentou Isabella, e olhou para mim com curiosidade.

–Olá, Srta. Maners. Como vai?

–Eu vou bem. –A velha me lançou um sorriso especulativo. Estranho. –Mas pelo que vejo, não tão bem como você, querida. O que aconteceu com James?

Mas será possível? Todo mundo sabia sobre esse tal de James? E por que todo mundo parecia ficar me comparando com ele?

Isabella ficou vermelha, e me olhou desconcertada. Eu não pude evitar: sorri ao vê-la daquele jeito. Eu já havia mencionado o quanto ela era adorável? Provável que sim.

–James e eu decidimos manter nosso relacionamento apenas na amizade. Estávamos confundindo as coisas.

–Ah, eu vejo bem o que confundiu as coisas. –A velha –que já estava me deixando nervoso– riu debochada, antes de ir embora pelo corredor rapidamente.

Meu Deus, será que os meus vizinhos e de Tanya também eram fofoqueiros assim? Eu nunca soube por causa da minha indisposição para socializar com qualquer pessoa e, sinceramente? Se eles fossem parecidos com a Srta. Maners, eu tinha tomado a decisão certa em não conversar com nenhum.

–Velha louca essa.

–Edward! –Isabella deu um leve tapinha em meu braço. – Não fale assim.

–Ah, qual é! É aquele tipo de gente que não tem mais uma vida própria para tomar conta, e decide especular a dos vizinhos. Maluca.

–Certo. Você tem razão. –Isabella riu. –Amanhã a vizinhança toda saberá que a pobre e indefesa Srta. Swan pôs um novo homem em sua casa. –Ela ainda estava corada, e sorria para mim. Inferno, eu não me importaria nem um pouco se ela me olhasse daquele jeito para sempre.

–Pobre e indefesa? –Arqueei minhas sobrancelhas. –Eu não conheço essa Srta. Swan, então. –Ela riu novamente. –Mas você tem razão, amanhã sua reputação irá para o ralo. Ficará mal falada e ninguém casará com você.

Quem diria, não é mesmo? Eu estava sorrindo o tempo todo. Tanto tempo que minha boca já começava a adormecer e, principalmente, eu estava brincando com Isabella. E me divertindo, me divertindo muito. Essa mulher fazia milagres.

–Pois que falem. Quem não quer casar sou eu. E ah, quem precisa de reputação? –Ela piscou para mim. Merda, ela era tão... Linda. E sensual. E adorável. Droga! –Além do mais, já passei por isso antes, com James.

–Claro que sim, porém agora é diferente. –Lhe lancei um olhar significativo enquanto a puxava pelos corredores do supermercado, procurando o que eu precisava e colocando no carrinho.

–É mesmo, Sr. Cullen? E por quê? –Isabella havia parado de andar e agora me encarava curiosa.

Eu queria muito lhe responder a verdade. Agora era diferente porque eu estava apaixonado por ela, porque eu nunca tinha sentido isso por ninguém. Agora era diferente porque se eu pudesse, eu nunca deixaria ela ir embora. Agora era diferente porque, porra, nós tínhamos química, sim, e isso deu para notar só com o nosso beijo que, aliás, ainda estava gravado em minha memória. Contudo, eu não poderia dizer nenhuma dessas coisas para Isabella. Não agora, em um supermercado. Não agora, comigo tão confuso. Não agora, comigo casado.

Então, apenas respondi o que me pareceu um bom argumento, no momento:

–Ora, você não lembra? É diferente porque eu sou bem mais bonito que o tal de James. Palavras da Mandy. ­–Pisquei para ela, mas diferente do que eu esperava, ela não sorriu. Estranho. –E pelo olhar que aquela velha me lançou, presumo que ela pense o mesmo.

Isabella sorriu, mas foi algo que me pareceu... Forçado, talvez? Eu não estava entendendo nada.

–Claro. Vamos pegar os ingredientes da lista que faltam e ir para casa.

O silêncio pairou entre nós depois disso. E estranhamente, não ousei quebrá-lo.

(...)

Ponto de Vista por Isabella Swan

O som da música calma que tocava na rádio era tudo o que se ouvia enquanto voltávamos para casa. Edward parecia pensativo. Eu sabia que ele estava desconfortável desde que meu humor tinha mudado “repentinamente” lá no supermercado, mas não pude evitar.

Eu já estava ficando louca, era a única explicação possível. Afinal, o que eu esperava que ele dissesse? Que estava apaixonado por mim, como eu estava por ele? Óbvio que ele não sentia nada disso! Então, por que eu tinha ficado tão chateada por ele ter dito apenas que era mais bonito que James? Era só uma brincadeira, e eu estraguei todo o clima alegre em que ele estava colocando meus sentimentos na frente de tudo. Argh.

Isabella Swan, é você quem está precisando de terapia!

–Então, o que você irá cozinhar para mim, Sr. Cullen? –Eu realmente esperava que ele não ficasse estranho comigo depois do meu surto no supermercado. O dia estava lindo demais para ser desperdiçado.

–Minha especialidade, Srta. Swan: massa à bolonhesa.

–O quê? Então, sinto lhe dizer, mas você esqueceu de comprar a massa. –Edward me lançou um sorriso presunçoso, enquanto largava as sacolas com as nossas compras em cima da bancada da cozinha. Meu Deus, como eu queria beijar aqueles lábios novamente, porém, infelizmente, eu não podia.

–É óbvio que eu não comprei. Eu comprei os ingredientes para fazer uma excelente massa caseira, também. Não sou a favor das massas prontas, sabe? –Revirei meus olhos e Edward riu. Ah, estávamos de volta ao normal. Ainda bem.

–Isso foi uma indireta sobre a minha deliciosa massa instantânea, Sr. Cullen?

–Deliciosa, é?

–Não ouse dizer o contrário!

–E se eu disser? –Edward acabou com a pequena distância entre nós lentamente. Em nenhum momento ele deixou de me olhar. De sorrir. Eu não percebi que também estava indo para trás, enquanto ele vinha em minha direção. Foi automático, porém, parei ao sentir algo atrás de mim. A pia. Merda. Afinal, por que eu estava me afastando? E por que ele estava se aproximando?!

–Edward? O que... –Ele chegou o mais perto que podia chegar. Seu corpo a centímetros do meu, e tudo o que eu queria era que ele colasse seu corpo ao meu mais uma vez. Como havia acontecido no quarto dele. No nosso beijo...

–O que você vai fazer, Isabella? Vai ficar brava por eu ter ofendido seus dotes culinários inexistentes e vai me mandar calar a boca? Eu adoro quando você fica mandona, sabe? –Ele sussurrou em meu ouvido tudo aquilo, enquanto eu não conseguia fazer nada além de tremer leve e involuntariamente. Deus, ele estava me provocando!

Antes que eu pudesse reunir forças para fugir dele logo, Edward começou a dar vários beijos estalados pelo meu pescoço. Inferno, por que ele estava fazendo isso?! Seria falta de sexo? Aliás, será que ele e Tanya ainda mantinham relações, apesar de tudo?

Não conseguia entender o porquê de Edward estar agindo assim. Talvez para ele fosse apenas um passatempo, mas e quando a nossa semana acabasse e ele fosse embora, nada restaria para mim além das lembranças. Caramba, desde quando eu era sentimental desse jeito?

Respirei fundo, tentando recuperar meu autocontrole.

–Edward, pare. Não podemos... –Um de seus dedos pousou diretamente sobre meus lábios, me interrompendo.

–Eu quero tanto beijar você. Abraçar você. O tempo todo, Bella... E eu sei que não devia, mas eu quero. Eu sinto.

Edward me olhava tão profundamente que eu podia afirmar que suas palavras eram verdadeiras. Ele não estava mentindo. Não estava tentando me machucar. Seja lá o que isso fosse, seja lá onde isso desse, eu precisava tentar. Por mim. Pela primeira vez, eu estava tendo a chance de encontrar a minha própria felicidade, e não a dos outros.

–Então me beije, Edward. –Não esperei que ele reagisse às minhas palavras. Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e o puxei para mais perto, fazendo com que seu corpo se colasse ao meu como eu tanto desejava. Não tive de me preocupar a executar o próximo passo, que era beijá-lo, pois os lábios de Edward já procuravam os meus ávidos, afoitos e desejosos, assim como os meus estavam.

Suas mãos, que até pouco tempo estavam em minha cintura, migraram para dentro da minha blusa lentamente. O toque delicado de Edward em minha pele estava me deixando quente. Quente demais.

Eu estava sendo guiada pela emoção. Pelo instinto. Beijava Edward cada vez com mais intensidade, e ele parecia retribuir na mesma altura. Deslizei uma de minhas mãos até sua nuca e, quando suas mãos apertaram forte minha cintura, por dentro da blusa, tudo o que eu pude fazer foi agarrá-lo ainda mais. Com as unhas.

Quando me dei conta do que tinha feito, pensei em soltá-lo, mas Edward parecia ter amado aquilo. Bem, pelo menos era ele quem estava gemendo baixinho e sussurrando o meu nome.

–Bella... –Sua voz rouca pelo desejo sibilando o meu apelido recentemente adotado por ele me fez estremecer mais uma vez. Eu só queria que ele me levasse para o quarto logo, e terminasse o que havíamos começado. Deus, eu o queria tanto!

–Edward, vamos... –Eu queria que fôssemos para a cama. Para a minha cama. Que Edward continuasse me enlouquecendo por lá. Contudo, todos os meus planos foram por água abaixo quando a campainha do meu apartamento tocou.

–Você atende? –Edward ainda estava colado a mim, e eu podia sentir muito bem sua ereção tocando uma de minhas coxas. Inferno, eu só queria continuar com ele assim. Sem espaços para que pudéssemos pensar no que estávamos fazendo. Sem razão, apenas emoção. Instinto. Desejo.

Isso lá era hora de tocarem a campainha?!

–Bella? Tocou novamente. Eu realmente não posso atender por você. –Como se se desculpasse, Edward desgrudou seu corpo do meu, lançou-me um sorriso envergonhado e correu para seu quarto, mais precisamente para o banheiro, creio eu.

Ajeitei como pude minha roupa e meu cabelo; suspirei fundo e, finalmente, consegui me mover até a porta.

–Boa tarde, Bella! Por que tanta demora para atender essa porta, hein?

Eu estava sem ação ao ver James todo sorridente, parado do lado de fora do meu apartamento. Merda! Por que simplesmente não deixei essa campainha tocar até ele desistir?

–James? O que faz aqui? –Juro que eu não queria ser grosseira, mas por favor! Eu estava quase transando com o meu lindo e problemático paciente!

–É domingo. Então, como sei que não trabalha hoje, pensei que poderíamos nos divertir juntos. Já faz tempo desde a última vez que nos vimos.

Ele não esperou que eu o convidasse a entrar. Simplesmente passou por mim, largou o vinho que havia trazido em cima da bancada da cozinha, bem ao lado das minhas recentes compras com Edward, e encostou-se a minha adorada pia, bem ali aonde eu estava até antes de ele chegar e estragar o meu momento.

–Bella, quem era na porta? –Edward apareceu como um passe de mágica em minha cozinha novamente. Assim que ele viu James, olhou confuso para mim, provavelmente se perguntando quem era o homem tão à vontade que se encontrava em minha casa.

–Bella, quem é esse homem? –Essa foi a vez de James, que agora também me encarava questionador.

Maravilha! Era tudo o que eu precisava nesse domingo!

Tudo o que pude fazer foi suspirar e pedir licença por um momento para ir ao banheiro. Precisava de alguns segundos para me recuperar; tanto do amasso com Edward, como da visita surpresa de James.

É. Parece que a nossa massa caseira à bolonhesa viraria janta, e não almoço.


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Notas finais do capítulo

E aí o que vocês acharam do capítulo? Me digam o que acharam, sim?
Quero agradecer a sipansera que deixou a terceira recomendação na fanfic! Muito obrigada, guria! Achei tão linda! *-*
Obrigada também a todas as novas leitoras que comentaram, sejam muito bem-vindas!
Vejo vocês nos reviews, hein? Beijo!
E ah, pra quem quiser seguir meu blog: http://bellicefanfics.blogspot.com.br/ tô tentando atualizar com frequência.
Enfim, bom final de semana! Volto logo :)



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