Nothing Is Bigger Than Love escrita por Sophia Santos


Capítulo 15
Capítulo 15 - Confusões na balada


Notas iniciais do capítulo

Eeei galera *-* Fanfic com 72 comentários uhuuul! Será que conseguimos chegar a 80 com esse cap? Eu espero *-* Enfim, chega de enrolção! Boa leitura. OBS: leiam as notas finais!



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Lucas

Então, minha vida está ótima. Estou prestes a ir a uma balada gay, e... Sou um idiota. “Seja o meu nada” serio? Falar isso para a Zara é quase pedir uma facada na barriga. Ou pior. Ela olhou ara mim com uma sobrancelha arqueada... Aqui jaz Lucas Lopes.

Ela levantou do sofá e me puxou para eu ficar em sua frente. Surpreendeu-me quando me puxou para um abraço. O que dificultou por causa de seu gesso. Ok, quem é você e o que fez com... O joelho dela fez um movimento muito rápido e forte para cima em um lugar não muito agradável. Nem um pouco agradável.

—Eu não consigo acreditar... –Sussurrou no meu ouvido. –Que isto era o espermatozoide mais esperto.

—Você é super romântica sabia? –Gaguejei e cai no sofá.

—É, muitos anos de pratica. Tenho que me arrumar. Você não vai assim, troque de roupa. –Isso foi uma ordem pelo o que entendi. Tudo bem...

A maneira que ela falou... Estranhamente rápido, foi suspeita. Zara estaria nervosa? Ou estaria planejando me matar? A segunda opção é mais válida.

Zara sendo enrolada do jeito que é... Foi tomar banho, secar o cabelo, fazer não sei o que.

—Zara minha filha... Se arrumar não vai te fazer bonita. –Gritei ao pé da escada.

—Não me lembro de pedir a sua opinião idiota. –Gritou de volta.

Após alguns minutos ela desceu com o um vestido preto (novidade) rendado na manga e nas costas. Dava para ver a “marca” das tatuagens do braço e todas da perna. Seu cabelo azul e verde estava com um lado preso puxado para trás. Ela estava com uma maquiagem e... Até que estava aceitável...

—Let’s go! –Falou e abriu a porta. Pegou a chave no canto e foi em direção ao carro.

—Vai dirigir com o braço engessado?

—Não. Vou arrancar ele. –Virou os olhos com raiva. Meu deus, o que eu fiz para ela?

O caminho foi silencioso e ela batia os dedos no volante, fazendo um barulho irritante. Chegamos ao estacionamento da garagem e quando saímos do carro, Arthur e seu amigo estavam nos esperando.

—Não me disse que ele estaria aqui. –Eu puxei ela pela cintura para poder sussurrar no ouvido dela. Pelo seu olhar percebi que não gostou do que fiz. Talvez porque estávamos próximos demais...

—Relaxa. –Ela sorriu como quem diz “ele só vai te agarrar a força”.

—Ele já tentou coisas um dia... E você falou que eu sou gay para ele! Imagine o que ele vai fazer em uma festa!

—Tire as mãos de mim. Vamos os divertir. –Eu ainda estava segurando ela? Soltei devagar, como se soltá-la fosse algo ruim.

—Zara! –Arthur veio em sua direção e lhe deu um abraço apertado.

—Lucas! –Gabriel veio em minha direção e me deu um abraço apertado... –Essa festa vai ser demais! –Soltou um gritinho de emoção. Ah vai... Claro.

—Vocês já vão entrar? –Zara sorriu para eles. Parece que só não é simpática comigo.

—Ainda não. Podem ir. –Arthur acenou despachando a gente. Quando eu virei, senti um tapa bem... Apelativo. Na minha bunda.

Gabriel... Controlei-me para não virar e bater nele. Mas foi difícil depois que a Zara começou a rir.

—Por que ele não é igual o Arthur? –Bufou. –Tão na dele...

—Só tenta não bater nele. –Ela sorriu.

Entramos na balada e ela me bateu “levemente” nas costas para eu andar rápido. Acreditem: empurrões com braço engessado dói. Não sei como iria dançar com aquela dor.

Nunca fui numa balada assim, mas aparentemente era igual às outras. Zara foi atrás de mim me empurrando até o meio. Ela começou a dançar, afinal, bêbada ou não ela é “meio” extrovertida.

—Qual vai ser o mendigo da vez? –Gritei para ela ouvir.

—Com certeza não será você. –Gritou de volta. –Ao menos que implore por isto. –Sorriu de lado.

—Não vai beber?

—Prometi que não iria. –Virou os olhos. –Às vezes minha palavra vale alguma coisa.

—Só às vezes mesmo. –Nem devo dizer que levei outra gessada nas costas né? –Você é malvada.

—Que dó. –Arthur disse quando surgiu novamente. Ele tem esse incrível “dom” de aparecer do nada...

—E ai gato. –Gabriel sussurra ao pé do meu ouvido.

—Estou acompanhado. –Falei e depois percebi que isso não soava bem para mim.

—Todos nós estamos de alguma forma. –Piscou para mim.

Zara estava dançando com Arthur, e eu estava me manter perto dela, o que se tornava meio difícil. A maioria das musicas que tocavam eram em inglês. Algumas em Frances, nossa língua. E outras eu nem sabia identificar.

Gabriel saiu e Arthur foi atrás dele. O que me deixou “sozinho” com a Zara.

—Não sabe dançar não? –Virou os olhos e me puxou para dançar. Não para dançarmos juntos, claro, mas para eu dançar também. Enfim, confuso.

Feeling my way through the darkness

Guided by a beating heart

I can't tell where the journey will end

But I know where to start

—Eu amo essa música! –Falamos ao mesmo tempo. Assim que ela me ouviu me olhou como quem diz “não gosto mais”.

Assim que Zara se afastou um pouco de mim, veio um cara alto e magro, com olhos azuis e cabelo... Rosa.

—Adorei seu cabelo. –Chegou em mim de uma maneira... Suspeita.

—Humm... Obrigado?

—Vem aqui me agradecer. –Graças ao que é mais sagrado nesse mundo, a Zara apareceu bem na hora. Não sabia o que fazer então eu não consegui raciocinar direito. Puxei-a pela cintura e lhe dei um beijo apaixonante nela. Pera, eu realmente pensei isso?

Quando nos separamos ela apenas arqueou uma sobrancelha e deu de ombros.

—Me fez perder a minha musica favorita.

—Ele ia me agarrar. –Eu apontei para qualquer direção.

—Desde quando isso é problema meu?

—Tem razão. Sou muito idiota. –Admiti mesmo isso?

—Não precisa me contar algo que já sei. –Suspirou. –Oi Arthur.

—Oi. –Ele apareceu novamente. Meio alterado... –Eu acho que nunca bebi tanto na minha vida.

—Ah, já bebeu sim. –Zara sorriu.

—Eu provavelmente não vou me lembrar disso amanha, então... –Ele cambaleou para mais perto de mim. –Eu sempre quis fazer isso com você.

E então ele simplesmente rasgou a minha blusa.

Ele. Rasgou. A. Minha. Blusa.

—Corre. –Falei para me controlar. E ele realmente fez isso: correu.

Zara foi atrás dele, ou não sei. Enfim, a cabeleira azul (meu ponto de referencia) sumiu na multidão. Alguém apertou minha bunda e saiu andando. Não vi quem foi, mas não foi a primeira vez na noite.

—Teve o azar de conhecer a maluca? –Uma garota me puxou para eu poder ouvi-la.

—Conhece a Zara? –Arqueei uma sobrancelha, mas a garota me arrastou pela multidão. Ela era ruiva e tinha olhos verdes. Algumas sardas no rosto... Usava um vestido verde estranho. Mas ela era bonita.

—Aqui esta melhor. –Ela disse. –Mais silencioso.

—Você é...?

—Pode me chamar de Beth. –Disse flertando.

—Onde conheceu a Zara?

—Ah, ela quebrou meu nariz na quarta serie. E ainda estudamos juntas. –Deu de ombros. Depois eu notei que o nariz dela era um pouco torto. E para baixo. –E você? Onde teve o azar de conhecê-la.

—Eu moro com ela. Minha mãe se casou com o Alex.

—E seu nome é...? –Imitou o jeito que eu falei.

—Lucas.

Nessa hora alguém me puxou para trás. Quando vi era um cara, mas assim que viu meu rosto, soltou uma gargalhada e disse “Deixa pra lá”.

—Cabelo legal. –Sorriu irônica.

—Culpa da Zara. –Dei de ombros. Beth não me perguntou o porquê. Ela me puxou para dançar. Finalmente alguém que não era um homem, ou a Zara (que pra mim é a mesma coisa), estava me chamando para dançar.

—Deve ser horrível morar com ela. –Disse pulando. Nesse momento eu gelei. Sem brincadeira, eu gelei.

—Deve ser horrível ter o nariz quebrado de novo. –Zara sussurrou atrás dela. A garota deu um pulo e se escondeu atrás de mim.

—Lucas querido, como aguenta essa... –Os olhos de Zara brilharam quando ela disse “querido”.

—Ah, vem cá sua... –E então a violenta azul pulou em cima de mim, para arrancar a Beth. Quando ela fez isso, deu um tapa na cara da menina e atingiu uma “gessada” na barriga.

—Zara! –Eu a arranquei de cima da garota, esperneando e segurando o cabelo da Beth. –Sai de cima dela!

Alguém que estava dançando me ajudou, logo depois vi que era o Arthur. Ele tirou a menina dos braços da Zara, o que não foi uma tarefa fácil.

—Eu vou quebrar seu nariz de novo! –Gritou esperneando nos meus braços. Ela mexia a perna igual uma maluca (novidade).

—Ah, como eu queria que você estivesse bêbada... –Sussurrei.

—Você é maluca... –Beth gritou e saiu correndo.

—Me solta! Eu quero quebrar essa vagabunda! Me solta!

—Acalme-se estressadinha. –Sussurrei tentando fazê-la parar. –Você é melhor que isso. Respire. Vamos para casa.

Soltei-a e segurei sua mão. Nós caminhamos até a saída e Beth estava procurando seu carro, ou esperando alguém. Sorte que eu estava segurando a minha maluca. Azar que ela era mais forte que eu, o suficiente para se soltar.

Só que ela não correu. Caminhou calmamente até ela.

—Desculpe pelo o que aconteceu. Não sei onde estava com a cabeça. –Pelo seu tom de voz, Zara estava se esforçando muito.

—Está desculpada. Estou acostumada com surtos de pessoas anormais. –Falou com descaso. Eu corri para tentar alcança-la, mas foi tarde demais.

—Então se acostume com isso. –Disse ao mesmo tempo em que deu um soco no nariz da garota. Tirei-a dali o mais rápido possível.

—Você é maluca. Eu dirijo. –Falei quando entramos no carro.

—Você gosta das minhas maluquices. –Deu de ombros, sem pensar no que falou.

O pior é que: Não era só das maluquices que eu gostava.


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Notas finais do capítulo

Fiz uma fanfic interativa, deem uma olhada! http://fanfiction.com.br/historia/460020/The_black_hole_-_Way_to_Jupiter/