Nothing Is Bigger Than Love escrita por Sophia Santos


Capítulo 16
Capítulo 16 - Santa Masculinidade


Notas iniciais do capítulo

Eeeeeh *-* Hoje é um dia de comemoração (?) Nothing Is Bigger Than Love tem 80 comentários (ou mais, programei a postagem então...) E tem uma recomendação da diva Anna Tyler (ou mais kk vai que) Então estou beem feliz *-* Obrigada lindos e lindas, amo vcs



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Zara

Depois do “incidente” na balada com a idiota lá, fomos direto para casa e dormi que nem pedra. Porém... Algo me acordou antes do meio dia. A maldita campanhinha. Já devo ter dito que odeio visitas... Ou quase todas elas. Desci as escadas e abri a porta.

—Encomenda para... –Checou em um panfleto. –Senhorita La Fil?

—Eu mesma. –Sorri de lado. Finalmente chegou!

—Humm, assine aqui, por favor. –Fiz qualquer rabisco na assinatura e pequei minha caixa. Ok, ela era pesada, mas fechei a porta na cara do entregador e foda-se. Carreguei-a para o sofá e pulei de alegria.

Vi os materiais que tinham e era tudo o que eu precisava! Preparei um sanduiche e subi para pegar a minha vitima. Lucas tinha apagado no sofá, entçao seria fácil empurrá-lo de lá.

—Ai... –Falou sonolento quando eu puxei seu pé e o tirei do sofá. Delicadamente, claro.

—Se não levantar agora vou arrastar até a escada a força mesmo. –Lucas levantou na hora e coçou os olhos.

—Que é? –Bocejou.

—Lembra quando eu te perguntei... –Ele cochilou em pé. EM PÉ. Meu deus, eu preciso aprender isso! –Acorda idiota. –Dei um tapa na cara dele.

—Mãe? –Dei outro tapa pelo insulto. –Beth? –Eca.

—Vou quebrar seu nariz também. –Ele balbuciou meu nome. Incrível como fazer as pessoas me reconhecerem. –Vem, lava esse rosto. Tenho uma surpresa.

Ele murmurou um “Uhum” e deitou novamente no sofá.

Ok. Ele não quer lavar o rosto. Eu lavo. Fui até o banheiro e enchi um balde de água. Novamente joguei super delicadamente nele...

—Que diabos você quer? Uma surra? –Lucas gritou todo molhado.

—Poupe-me de suas ameaças. Não tenho medo de uma formiga. Na verdade formigas assustam mais que você. –Virei os olhos.

—É bom que essa surpresa seja boa.

—É ótima. Come esse sanduiche. Você precisa estar alimentado.

—Por quê?

—Só come. –Virei os olhos. –Já estava mordido quando eu o fiz... –Só que não *cof cof*.

Ele desceu as escadas com a cara de sonso e de sono, combinação mais idiota impossível! Comeu o sanduiche que eu fiz (nem eu sei o que tem nele) e então eu pedi para ele sentar.

—O que são essas coisas? –Arqueou uma sobrancelha.

—Você me disse que eu me daria uma boa tatuadora, entãããão... –Arrastei o “a”. –Nada melhor como eu comprar equipamentos para isso.

—Legal! –Não se enganem, é falsidade. Ele não ta nem aí. –Como vai tatuar só cm um braço? –Apenas ignorei o comentário.

—E então, nada melhor do que eu testar na pessoa que me deu a ideia. –Sorri como uma criança que quer mais doce.

—Não mesmo! –Arregalou os olhos. –Não... Não, não, não.

—Por favor! Seria muito importante para mim! –Olhos brilhantes e tentativa de ser fofa modo on.

—Não.

—Eu tatuei seu nome porra!

—Resposta continua sendo não,

—Eu juro que paro de te irritar. –Mentira. –Paro de te acordar com tapas. –Mentira de novo. –Você pode ficar com meu quarto por três dias... –Claro que não.

—Sete dias. –Pensou no assunto.

—Cinco.

—Sete. –Vou concordar. Nada será cumprido mesmo.

—Ok!

—E vai ser uma tatuagem pequena.

—Sem problema. –Primeira vez que eu falei a verdade nessa conversa.

—E você tem experiências em desenhos, certo? –Errado!

—Claro. –Sorri torto.

—E não vai doer? –Me esforçarei para que doa.

—Claro que não vai doer. –Espero que eu esteja errada.

—Ótimo... Assim espero... –Gaguejou.

—Perfeito. Vou preparar os instrumentos de tortura. –Falei brincando.

—O QUÊ? –Arregalou os olhos.

—Só brincando.

Demorou uma hora basicamente para esterilizar tudo e arrumar meus equipamentos.

—O que vai querer? –Sorri animada.

—Sei lá. –Pensou um pouco. –Hum... Uma âncora. Bem pequena.

—Tipo uns cinco centímetros? Vai ficar legal. –Ele falou algo de “menor que isso”, mas eu não liguei. Desenhei no papel e ficou legal. Eu não era tão ruim em desenhos.

Ok, talvez fique maior que cinco centímetros...

—Onde vai querer? Já sei. Tira a blusa. Vou fazer na sua omoplata. –Sim, isso foi uma ordem.

Ele obedeceu e deitou no sofá com as costas viradas para cima. Eu coloquei o molde no local e verifiquei se estava reto. Ok, talvez ele não percebesse que estava um pouco torto... Claro que eu não deveria deixar passar essa minha chance! Na ponta da ancora, estava escrito (bem pequeno) Zara.

—Este inicio pode arder um pouco. –E então encostei a agulha na pele dele e Lucas começou a gritar. Serio, histericamente.

—Para! Para! Ta doendo muito! –E então estremeceu.

—Cala a boca. Eu só fiz um traço. –Nem isso direito. –Se mexer, vai ficar horrível.

—Zara! Para, serio.

Então essa seria a hora mais demorada de toda a minha vida.

Lucas não parava de gritar. Implorava para eu parar. Dizia que se eu parasse ele fazia não sei o que. Enfim, depois de um tempo consegui o fazer calar a boca. Só precisei amarrar suas mãos e enfiar uma maça na sua boca. O que fez a tatuagem demorar mais. E mais. Tudo bem que eu poderia ter evitado passar a agulha cinco vezes no mesmo lugar...

—Estou acabando baixinho. Ta ficando linda. –E realmente estava. Tudo com o meu nome fica perfeito, por favor.

Então ele parou de gritar.

—Lucas? –Dei um “tapinha” nas suas costas. Com a mão engessada, claro. E foi ela que me ajudou a pegar mais apoio, por incrível que pareça. –Lucas?

Ele desmaiou.

O. Lucas. Desmaiou.

Ele desmaiou.

Santa masculinidade!

Joguei água em cima dele e acordou. Depois reclama que a tatuagem demora.

Enfim eu terminei. Com ele gritando. Reclamando. Xingando-me. Acho que nessa sessão linda e maravilhosa eu descontei toda a minha raiva nele. Mentira, toda não.

—Pode se olhar o espelho princesa. –Agora que percebi como sou idiota. POR QUE EU NÃO DESENHEI UMA PRINCESA? Aff...

—Ficou legal a âncora. Maior do que eu imaginava. –Olhou para mim com raiva. Seus olhos estavam vermelhos e cheio de água. Não aguentei e comecei a rir.

—Andou chorando? –Ri mais.

—Doeu muito. –Reclamou. –E você também escreveu seu nome. Estamos quites. –Você quem pensa que estamos quietes... Acho melhor não falar isso agora.

—Tenho tatuagens no mesmo lugar, não senti nada.

—Foi horrível. –Choramingou.

Acho que o cabelo rosa o deixou mais “frágil” do que já era.

Ai, ai... Santa masculinidade!


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Notas finais do capítulo

OBS: vou demorar para postar porque estou viajando (volto dia 28) Espero que tenham gostado! quando voltar vou responder todos os comentários. Cap meio sem graça, mas deem um crédito, tive que escrever ele em menos de meia hora poxa kk tudo por vcs OBS 2: na foto a tatuagem está no pulso, mas é nas costas mesmo.