Nothing Is Bigger Than Love escrita por Sophia Santos


Capítulo 13
Capítulo 13 - Problemas paternos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... por favor, nao me matem kk eu sei que fiquei um tempo afastada e estou devendo 6 capítulos para vocês. Mas a inspiração faltou e a preguiça veio kk Sei também que tenho que postar o especial Natal, mas ele vai vir atrasado kk vou tentar postar no dia 27, Enfim... O foco da fic é mais uma comédia, mas este capítulo será um pouco diferente...



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—Esta pronta, princesinha. –Tirei a venda dos olhos dele e ele quase gritou. Mas acho que o choque era tanto que nem isso conseguiu fazer.

—Meu cabelo ta... Rosa?!

Lucas

—Muitos reconhecem por esse nome. Mas o certo seria rosa pastel... –Zara começou a sorrir.

—Meu cabelo ta rosa. –Falei incrédulo, ainda querendo acreditar.

—Qual é! Tatuei seu nome nojento na minha testa. Não reclama. –Ela disse sorrindo.
—Mas nem aparece... –Resmunguei.
—Sabe, tinta rosa é difícil de tirar... –Sorriu e saiu andando.
—Ei Zara, –Ela parou de andar e virou para olhar nos meus olhos. –Eu te odeio.
Aproximou-se com a cara "normal" dela. Chegou bem perto de mim e disse:
—Posso me acostumar com o seu ódio.
A vi sair do banheiro e pular na cama. Estava com muita preguiça, pois nem se importou em tirar as roupas jogadas nem a colcha. Então eu fiz a mesma coisa, porque irritá-la é minha profissão. Deitei-me ao seu lado e levei um chute, em um lugar não muito agradável.
—Sai daqui. –Falou sonolenta.
—Uhum. –Respondi mais sonolento ainda, com uma pontada de dor na voz.
Acabamos dormindo. Sem nos encostar, ao menos nas horas que eu levava chutes ou socos da Zara. Acredite ou não, até dormindo ela é violenta.
Eu acordei escutando o telefone tocar, provavelmente era a minha mãe. Então ignorei. Retornaria mais tarde. Quando abri os olhos, vi uma cena engraçada. Zara estava com as pernas viradas para um lado e a cabeça para o outro. Tipo contorcionista.
Seria muito triste acordá-la do seu sono profundo... que pena. Empurrei-a da cama e ela caiu no chão. Preparei para correr, mas a doida continuou dormindo! Me aproximei e fui vê-la mais de perto.
Perto demais.
Perto o suficiente para levar um chute na cara. Um chute bem proposital.
—Bom dia bela adormecida. –Falei segurando meu maxilar, onde o chute acertou.
—Bom dia princesa. Cabelo bonito. –Ironizou e pulou novamente na cama.
—Sai dai! –Tentei puxá-lá, mas Zara não se moveu.
—Não! Minha cama linda, vou continuar com você! –Falou de uma maneira engraçada.
—Ok então, vou deitar ai com você. –E assim eu fiz.
—Sai daqui! Vai embora. –Tentou me empurrar.
—Não, cama linda, não irei te abandonar! –Ri da cara que ela fez quando imitei seu tom de voz.
—Lucas! Sai!
—Me obrigue. –Arrependi de ter falado aquilo. A Zara realmente conseguiria me obrigar, mas não fez nada. Apenas deitou de lado e olhou para mim, o que me assustou. Vai que ela estava pensando em como me matar...
O jeito de ela deitou, fez a franja cair. Mostrando as letras escritas o meu nome. Não sei porque, mas me vi esticando o braço e toquei sua pele, onde estava a tatuagem. Ela recuou depois disso e tampou-a.
—Ficou bonita. A tatuagem. –Eu disse sincero.
—O que você acha de eu fazer um curso de tatuagem? –Perguntou, como se meu comentário tivesse a feito lembrar disso.
—Acho que combina com você.
—É, eu também acho. –Então ela virou a cabeça e ficou olhando para o teto, pensativa.
—Você esta bem? –Não sei porque perguntei isso, acho que preciso aprender mais a puxar assunto.
—Sim. –Por um momento pensei que perguntaria se estou bem também, mas é a Zara. Ela não se importa em como as pessoas estão. –Cansei do meu cabelo nessa cor.
—Mas você estava tão animada para fazer esse degradê.
—Sinto falta do azul. Só do azul.
—Também sinto. –Como assim eu sinto?
—Vou esperar desbotar para pintar de azul de novo. –Pelo tom de sua voz, estava desanimada. Não a culpo, eu acordei-a sete horas da manha... Ainda bem que não sabe disso.
—Sinto falta do meu cabelo loiro. –Pois é, ficar uma noite com o cabelo rosa já era demais.
—Com certeza. Você parece uma mulher naturalmente, imagina com o cabelo dessa cor. –Falou cansada, mas pelo seu sorriso irônico, estava na cara que estava brincando. Assim espero...
—Você não vai levantar da cama tão cedo né?
—Não mesmo Lucas.
—Ainda bem, são sete e meia da manha. –Comecei a rir baixo.
—Quando eu realmente acordar. Você será espancado. –Zara puxou o cobertor e voltou a dormir. Eu roubei o cobertor dela e voltei a dormir.
Acordei um tempo depois, mas ela não estava no quarto.

—Zara? –Falei baixo. –Zara? –Gritei.

Levanto da cama e dou dois passos, quando alguém pula em mim. Sei lá de onde veio, ou quem era... Até uma mecha verde caiu em mim. Obvio que era a..

—Cala a boca. –Ela tampou minha boca com as mãos.

—Mas eu não disse nada... –Me reprendeu de novo.

—Tem alguém aqui. –Disse com um quê de suspense. Mas com um pouco de medo também.

—Como assim? –Não me respondeu. Apenas foi andando meticulosamente para o armário. Segui-a e subi as escadas até o andar de cima onde da entrada ao aquário. Ela fechou a porta e sentou em um sofá.

Eu nunca prestei atenção em como o andar era completo. Parecia que ela passava muito tempo ali, antes de eu chegar a casa. Tinha um sofá, uma geladeira e um congelador (onde ficavam os peixes para o tubarão) e tinha um computador velho.

—Pode me explicar o que esta... –Ela tampou novamente minha boca e foi até o computador. Nele, escreveu as seguintes palavras: “Cala a boca.”

Eu digitei logo em seguida;

“Você esta me assustando.”

“Alguém esta aqui. E acredite... Isso não é bom.”

“Quem esta aqui?” –Zara tremeu e hesitou antes de digitar a resposta.

“Não tenho certeza... Mas já estiveram aqui antes.“

“Por que estão aqui?”

“As vantagens de ter um padrasto maligno. Assista ao filme.” –Ironizou, mas pela sua expressão, estava bem assustada.

“Maligno?”

“É algo relacionado aos ‘negócios’ dele. Nunca me explicou o que era. A primeira vez que vieram, Alex me disse para vir para este lugar, e então ele sumiu por uns dias. Fiquei aqui este tempo todo. E quando voltou, estava machucado. Eu ainda nem tinha o Rex... Esse andar foi criado por um propósito, e é algo relacionado às pessoas que estão aqui. Eles não são bons... E estão à procura do meu pai.”

“E se eles souberem desse andar?”

“Pulamos no aquário.” –Olhei abismado para ela. Mas ela não percebeu e sentou toda encolhida no sofá.

—Estou com medo Lucas... –Sussurrou bem baixinho. Algumas lágrimas rolaram de seu rosto, e a Zara durona e inflexível sumiu. Às vezes todos tem alguma razão para serem do jeito que são.

Ela é só uma garota de dezesseis anos, sem mãe e com um pai que não lutou por ela. É uma menina que está pela guarda do padrasto que pelo visto não é muito confiável. O padrasto que ama ela, mas viaja de Lua de Mel esquecendo as merdas que fez e que sua “filha” pode sofrer as consequências. Enfim... Ela é apenas uma garota com um passado bem perturbador.

Sentei ao seu lado e abracei-a de lado.

—Vai ficar tudo bem... –Sussurrei, esperando ser verdade. Mas ela negou com a cabeça.

—Não vai. Eles não vão desistir. Ou vão esperar alguém chegar, ou... –Não pode completar sua frase, porque estremeceu com um barulho. Ouvi algumas pessoas conversarem. Não dava para escutar exatamente o que estavam falando, ou quantas pessoas estavam envolvidas.

O som estava ficando mais alto e nítido...

Estavam no nosso quarto. Dava para escutar bem melhor.

—Roger não está aqui. –Roger? Quem era...

—Deve estar viajando. –Uma voz grave falou. Umas palavras estavam cortadas, mas eu entendi a maioria.

—Para onde ele iria?

—Será que fugiu? –As vozes todas eram diferentes. Senti Zara pegar o celular e digitar o número da policia. Mas não completou a ligação. Iriam nos ouvir.

—Aquela garota esta aqui. Não vai demorar a chegar a casa...

Zara estava nervosa, e mandou uma mensagem para Arthur. “Mande a policia vir na minha casa. NQ.” E desligou o celular. Não entendi a sigla, mas ignorei. Tínhamos problemas maiores agora.

Pensei em falar alguma coisa. Mas era melhor não. Me arrumei no sofá e uma mecha rosa caiu no meu olho. Pronto, se um deles for homofóbico eu estarei ferrado.

Quando achei que não estavam mais no quarto, perguntei:

—Já que aqui foi planejado para... Situações deste jeito... Não tem um plano de fuga não?

—O plano esta na inteligência...

—Isso é ridículo. –Sussurrei indignado.

—Concordo... –Escutamos sirenes dos carros de policia. Bem no momento em que escutamos alguns barulhos perto da... Porta do armário.

—Vá para o aquário. Fique perto dele pronto para pular. –Falou determinada.

—E você? –Perguntei aflito.

—Ficarei bem.

Os policias entraram na casa, ou outra pessoa. Alguém abriu a entrada para vir aqui em cima. Zara colocou algo nas mãos e chegou para trás. Dois homens surgiram.

Um era baixo, e o outro parecia com...

—P-pai? –Falei sem acreditar.

—Pula agora Lucas. –Falou sem olhar para trás.

—O que? Ele é o meu pai Zara.

Zara me empurrou no aquário, e eu não sei o que aconteceu depois. Enquanto prendia a respiração, tentava ficar longe do tubarão, mas ela tinha razão. Não era agressivo. Na verdade, Rex nem se importava com a minha presença.

Queria entender o que estava acontecendo. Estava com medo do motivo do meu pai estar lá e... Temia por o que poderia acontecer com a Zara.

Fiquei um bom tempo prendendo a respiração, até que não consegui aguentar, tentei subir e respirar... Mas não deu tempo. Fiquei tonto e... E depois disso só vi a escuridão.


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Notas finais do capítulo

vish, eu acho que fui má em acabar o capítulo assim kk ainda mais que o próximo vai ser o Especial Natal, e mostrarei nele como foi o Natal do Lucas e da Zara no passado... então vai demorar um pouco para saberem o que aconteceu de fato kk sei que fugiu muito do foco da fic esse cap, mas espero que tenham gostado!



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