Nothing Is Bigger Than Love escrita por Sophia Santos


Capítulo 12
Capítulo 12 - A segunda aposta


Notas iniciais do capítulo

Eu achei bem engraçado escrever esse cap, e confesso que demorou um pouco kk quase achei que não ia dar para postar na data certa (12.12) Bem, espero que gostem. boa leitura *-*
obs: estou tendo problemas com a formatação do texto, mas assim que possível, vou consertar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/407232/chapter/12

Zara

Depois que eu saio da cozinha, percebi que ainda eram quatro da tarde e eu não tinha absolutamente nada para fazer, então fui fazer a única coisa que faço certo: dormir. Eu mereço mais algumas horinhas de sono.
Desabei na cama com a mesma roupa que dormi ontem, um short preto e uma blusa branca. Assim que meu rosto encostou-se ao travesseiro gelado, escuto um barulho de buzina. Tipo aquelas coisas irritantes que usam em jogos de futebol.
—Que diabos é isso? –Pergunto meio desanimada.
—Estava com tédio. –Lucas senta na ponta da cama.
—Não me lembro de dizer que me importo com o que você está ou deixa de estar. –Coloco o travesseiro na minha cara.
—Não me lembro de dizer que me importo se você se importa ou não com...
—Vaza daqui! –Chutei Lucas e o derrubei da cama.
—O Arthur ta aqui. –Disse e saiu.
—Por que não disse isso antes?!
Desci as escadas correndo e alcancei Lucas. Vi meu amigo perto da porta e dei um pulo nele. Fazia um tempo que não nos falamos.
—Oi Zara. –Falou meio confuso. –Esse é o meu... Amigo. –Mostrou um garoto atrás dele. Tinha um cabelo castanho bagunçado e olhos escuros. O deixando obscuro e completamente... Lindo! Engasguei quando raciocinei. Era o namorado do Arthur.
—Ah, oi... –Falei mais desanimada ainda, o que fez Lucas cair na gargalhada.
—Meu nome é Gabriel. –Falou gravemente. Até a voz dele era linda...
—Entrem...
—Já estamos dentro. –Arthur sorriu.
—Tanto faz! –Falei e sentei no sofá. Lucas sentou de um lado meu, e o Gabriel do outro. Meu amigo sentou do lado daquela perfeição.
—Cuidado, as lágrimas de decepção estão quase rolando. –Lucas sussurrou para mim e riu mais.
—Arthur! Preciso falar com você... –Levanto e puxo-o para o canto. –Seu namorado é lindo!
—Já disse, ele é meu amigo. Mas é realmente lindo.
—Mas ele é...
—Gabriel é gay. Só que disse que precisa de um tempo para ele. –Eu arqueei a sobrancelha. Era estranho conversar isso com o Arthur.
Balancei a cabeça e resolvi voltar para o meu lugar. Só que não pude, porque estava ocupado. De repente a vontade de rir foi maior que tudo. Lá estava o Gabriel, grudado no ser que morava sobre o mesmo teto que eu.
—Eu já disse que não sou gay! –Lucas fala desesperado, tentando empurrar o garoto. –Zara, fala para ele, por favor. –Não podia deixar escapar essa chance de curtir com a cara dele, então...
—Gabriel, querido. Ele acabou de terminar um relacionamento de dois anos com nosso vizinho... Esta abalado! –Tive que conter a risada, o que não deu certo.
—Eu moro aqui faz semanas! Não conheço ninguém dessa cidade! –Falou irritado e me lançou um olhar desesperado.

Foi difícil conseguir tirar o Gabriel de cima de Lucas, mas não impossível. Tudo bem que eu poderia fazer um esforço... Logo depois Arthur foi embora com o amigo.

—Relaxa Lucas, ele volta. –Falei e comecei a rir da cara dele, o que o deixou um pouquinho... Alterado.

—Por que não tirou ele de cima de mim?

—Não estava muito afim...

Subi as escadas com tédio e resolvi fazer algo legal. Fui ao armário e coloquei uma roupa de malhar. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e quando eu olhei para a ponta do cabelo percebi: Era verde! Ia demorar a me acostumar com o novo visual...

Quando estava prestes a abrir a porta, um ser me impede.

—Vai aonde? –Ah, ótimo. Lucas virou meu pai agora.

—Vou correr. Aonde mais iria com esta roupa? –Virei os olhos.

—Posso ir junto?

—Tanto faz. –Falei e abri a porta.

—Calma, vou trocar de roupa. Estou de calça jeans. –Olhei para ele e sai pela porta. Acho que ficou na cara que não iria esperar Lucas se embelezar.

Lucas se tocou e resolveu do jeito que estava mesmo. Tomei um gole da minha garrafa d’água e comecei a correr pela calçada. Passaram alguns minutos e meus passos aceleraram. Até eu ouvir uma voz lá no fundo.

—Me espera! –Olhei para trás e lá estava Lucas, ainda perto da minha casa. Esperei um tempo, um bom tempo, e me alcançou.

—Você é lerdo hein. Isso deve ser porque tem as pernas curtas demais... –Comecei a rir.

—Você que é rápida. A culpa não é minha se...

—A culpa é toda sua por ser lerdo.

—Eu não sou... –Começou a falar indignado, mas novamente eu o interrompi.

—Então prove. –Sorri.

—Como você quer que eu prove isso?

—Há uma maneira. –Meu sorriso aumentou. –Vamos fazer uma aposta. Quem conseguir dar cinco voltas, primeiro nessa quadra, vence.

—Fechado. –Falou um pouco determinado.

—Se você perder...

—Lá vem. –Suspirou.

—Vou pintar seu cabelo da cor que eu quiser. E você tem sorte por já ter essa cabeleira loira ai. –Sorri.

—Tudo bem... Mas se você perder... –Sorriu sarcástico. –Vai tatuar o meu nome.

—Eca. Fechado. –Eu não ia perder mesmo.

—Na testa. –Começou a rir.

—O que? –Arregalei os olhos. Ai meu Deus. Eu não posso perder.

—Isso ai. Um nome pequeno perto do cabelo onde só você vai ver. Onde não da para cobrir com nenhuma tatuagem...

—Ok... Seu nome bem pequeno, onde minha franja tampa. Fechado. –Falei com dificuldade.

Começamos a correr. O ritmo dele estava bem acelerado, mas eu estava esperando que ele se cansasse rápido. Eu já tinha corrido antes, então estava me esgotando.

Na primeira volta, nenhum de nós pareceu se cansar muito. Na terceira, minha água já tinha acabado e eu aproveitei isso para jogar a garrafa vazia na cara dele. Pena que era de plástico.

Na quinta estávamos esgotados. Ele conseguiu me passar e tive que me esforçar para alcançá-lo. Eu não ia perder essa. Não podia. Acelerei, mas Lucas também.

A lixeira da minha casa estava perto, quem se alcançasse ela primeiro, vencia. Lucas estava na minha frente, então eu puxei a blusa dele e consegui atrasá-lo.

Dois metros e eu ganharia.

Encostei-me a lixeira ofegante, mas algo estranho aconteceu.

Eu e Lucas empatamos.

—Desempate! –Gritei.

—Os dois pagam a aposta. –Ele sorriu vitorioso e deitou no jardim, igualmente cansada fiz o mesmo.

—Desempate! –Falei de novo.

—Nada disso... –Lucas sorriu. E tirou minha franja da testa. –Sua tatuagem vai ficar linda ai. –Sorriu e tocou na parte superior esquerda da minha cabeça.

—Mas é injusto! Porque tatuagem é para sempre, tinta de cabelo sai! –Ele se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido:

—Deveria ter pensado nisso antes de concordar com a aposta. –E sorriu.

—Pinte seu cabelo para sempre da cor que eu colocar! –Lucas riu, mas cedeu.

—Do jeito que você é invejosa, vai pintar meu cabelo de preto. –Falou e levantou. Tadinho, ele acha que eu vou tatuar o nome dele na testa e em troca vou pintar o cabelo dele de preto. Com certeza não. É guerra que ele quer, guerra terá. –Vamos Zara, você tem uma tatuagem para fazer.

—Pega seu cartão. Você que vai pagar. –Disse com raiva e me levantei. Ele ia contestar, então resolvi mostrar quem é que manda aqui. –Olha aqui Lucas, seu nome feio estranho e idiota vai estar na mina pele para sempre. Eu vou usar uma de minhas tintas para pintar seu cabelo seboso. O mínimo que tem que fazer é pagar a porra da tatuagem. E nem pense em discordar.

—Ou o que? –Arqueou uma sobrancelha.

—Ou eu vou te chutar tanto em um lugar, que você nunca terá a chance de ter um filho. –Fez uma careta e foi pegar a carteira em casa.

Entrei no carro e esperei Lucas vir com a carteira. Fui em direção a um estúdio qualquer de tatuagem. Sempre entrar nestes lugares eu ficava muito emocionada. Agora eu estava com raiva e querendo esganar uma pessoa que em breve terá o seu nome gravado na minha testa. Que legal.

—Oi Zara. O que é para hoje? –Olhei para o tatuador e suspirei.

—Vou tatuar um nome ridículo na minha testa.

—Como assim?

—Vou tatuar o nome desse ridículo na testa. –Apontei para Lucas, que sempre ficava nervoso em estúdios de tatuagem.

Eu expliquei para o cara, eu não me lembrava dele, então provavelmente já vim aqui bêbada. Disse para ele sobre a aposta e que seria bem pequeno. Ele foi simpático e mostrou alguns tipos de letra para eu escolher.

A que eu quis, foi até bem bonita. Pena que seria para um nome bem feio. Lucas riu durante todo o processo. Quando o tatuador começou, eu percebi porque as pessoas não costumam ter tatuagem na testa. DÓI MUITO. Já fiz muitas tatuagens e nunca senti tanta dor, acho que pode ser pelo fato de que estou com muita raiva por estar tatuando isso.

A parte boa foi que durou menos de quinze minutos. Foi muito rápido. Quando acabei e fui olhar no espelho, até que não tinha ficado ruim. Mas eu nunca falarei isso em voz alta, ou vão me achar louca.

Chegamos a casa, chegou a hora de torturar o Lucas (brincadeira, ele já me torturou). Ele subiu as escadas e fui preparar minha tinta. Eu fiz o favor de pintar o cabelo dele no quarto, onde ele não veria a cor até ficar pronto.

Preparei a tinta e comecei a passar no cabelo dele. A cor era meio clara e se fosse a um cabelo de uma mulher, ficaria lindo! Tive que conter umas risadas várias vezes. Para Lucas não ver a cor da tinta, vendei os olhos dele. Claro que eu não podia esquecer de passar a cor na sobrancelha dele...

Passaram alguns minutos e eu lavei o cabelo dele na pia. Sequei rapidinho e ficou pronto! Ah, como ele vai “amar” o resultado...

—Esta pronta, princesinha. –Tirei a venda dos olhos dele e ele quase gritou. Mas acho que o choque era tanto que nem isso conseguiu fazer.

—Meu cabelo ta... Rosa?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, como ta na capa da história, da para ver que a franja da Zara vai tampar a tatuagem kk e desculpem-me pelo cabelo e pela escrita feitos no paint kkk mas eu queria que tivessem uma noção de como ia ficar, enfim kk beijos e até o prox cap.
(http://i1362.photobucket.com/albums/r699/sophia_santos1/final_zpse0711419.jpg?t=1386779448)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nothing Is Bigger Than Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.