Uma História de Amor e Amizade escrita por esterjuli


Capítulo 3
A Chegada dos Meninos ao Orfanato


Notas iniciais do capítulo

Finalmente os meninos entram no orfanato! O que será que vai acontecer?



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Pov Mili

Ficamos conversando com os meninos e não nos demos tão bem, mas logo nos acostumamos, e então lembramos que eles não podiam ficar no orfanato, pois o orfanato só aceitava meninas. Nesse mesmo momento, o Junior filho do dono do orfanato chegou, acompanhado por uma moça bonita, com o cabelo curto e encaracolado, provavelmente era a namorada dele. Então explicamos tudo que estava acontecendo para ele, e parecia que ele já conhecia os meninos.

— É, isso realmente é um problema, mas eu tive uma ideia! Que tal a Mili ir comigo na minha casa pra falar com meu pai, quem sabe ele muda de ideia. - falou o Junior

Todos assentimos e então eu fui, mas infelizmente ele não deixou. Junior me levou de volta ao orfanato, todos ficaram muito tristes e eu me senti inútil, logo o Junior foi embora, mas a moça que veio com ele ficou, pois não iria nos deixar naquele estado. Ela tentou nos animar, mas não conseguiu, nesse momento a Tia Sofia e o Chico chegaram do hospital e o telefone tocou, quando a tia Sofia atendeu, ficou com a expressão pasma, depois sua expressão mudou, ela ficou feliz. Quando ela colocou o telefone no gancho, se virou para nós, e nos deu um enorme sorriso.

— O que foi?! Quem ligou?! - Perguntamos em coro.

— Não sei o que vocês fizeram, mas...

— Mas?!!... - Perguntamos novamente em coro

— O Dr. José Ricardo deixou os meninos entrarem no orfanato! - Nesse momento todos começamos a comemorar, mas aí a tia Sofia parou.

— Ah não! Lembrei que o Chico quebrou o braço e que precisará de ajuda na cozinha, principalmente agora que os meninos entraram! - então todos nós começamos a pensar em uma solução para o novo problema que surgira. Então a moça que veio com o Junior se apresentou e disse.

— Bom, nesse caso eu posso ajudar, eu sei cozinhar e adoro trabalhar com criança. – sorriu.

— Como é o seu nome?- perguntou dona Sofia.

— Carol

— Bom, então seja bem vinda ao orfanato Raio de Luz, Carol! - Voltamos a comemorar em um abraço coletivo.

Algum tempo depois, fomos jantar e ainda na mesa tia Sofia disse

— Tenho uma ótima noticia pra vocês! Amanhã receberemos uma visita de um casal que quer adotar uma menina, ou quem sabe, a partir de hoje, um menino.

Todos começaram a comemorar, exceto eu. Pra falar a verdade senti uma vontade imensa de chorar, só de lembrar que sou a mais velha do orfanato e que quanto mais cresço, mais difícil de me adotarem...

Logo, todos foram para cantos diferentes, a Cris e a Vivi foram para os computadores, a Bia, a Tati, a Ana e a Pata foram para o quarto e os meninos estavam subindo as escadas para ver seu novo quarto, enquanto eu.... bom, eu fui pra fora, me sentei em um banco, fiquei olhando para a Lua e comecei a pensar como seria ter uma família, então senti uma lágrima descer sobre o meu rosto, nesse momento uma mão tocou meu ombro...

Pov. Mosca

Estávamos subindo as escadas para ver o nosso novo quarto, quando vi a Mili indo pra fora, ela estava com uma expressão triste, então decidi segui-la. Logo, me deparei com ela sentada em um banco olhando para a Lua, fui me aproximando e toquei seu ombro, ela se virou rapidamente e vi que ela estava chorando.

— O que foi Mili? Porque está chorando? - Ela abaixou a cabeça e eu sentei ao seu lado.

— N- nada, Mosca... não precisa se preocupar. - Ela falou com uma voz fraca.

— Pode me contar Mili, eu sei que você está triste, eu... vejo nos seus olhos - então abaixei minha cabeça um pouco para olhar seu rosto.

Ela olhou pra mim, seus olhos ainda estavam marejados de lágrimas, então ela disse

— É que... toda vez que um casal vem adotar alguma menina eu... fico triste - então ela voltou a abaixar a cabeça.

— Mas... por que? Você não deveria estar feliz como as outras? - disse novamente abaixando a cabeça para ver seu rosto.

— É, mas... eu já estou aqui há 13 anos, desde que o orfanato foi fundado e ninguém nunca me adotou. Quanto mais eu cresço, mais difícil de me adotarem, eu sinto que todas irão ser adotadas e eu vou ficar... sozinha. - Falou dessa vez sem segurar as lágrimas.

— Não Mili, você tem tanta chance de ser adotada quanto qualquer outra menina daqui! Porque você é linda, doce, meiga e você nunca vai ficar sozinha, porque eu... quer dizer, nós vamos estar sempre ao seu lado. - Quando falei isso ela me deu um abraço forte e eu senti algo diferente, não, não era dor pelo abraço ser forte e sim um sentimento diferente.

E então ouvimos a Ernestina avisar que estava na hora de dormir, logo, me levantei e estendi a mão a ela, ela segurou minha mão e entramos no orfanato. Dormi muito feliz por poder ajudá-la...



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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, alguém vai atrapalhar a vida de Mosca e Mili, quem será?