Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 31
Get your head out of your Ass.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

OoOoi

Cá estou com o segundo cap. Aproveiteeem



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Trinta e Um)

– Por que não um baile?

James. Sorriso pontudo, corpo másculo, sempre cheiroso e irresistível, o único outro ser humano que conseguia me balançar além do Draco. E da Ruby Rose.

James. Um animal. Se cair de quatro sai pastando e não levanta nunca mais.

– Caso você não tenha percebido – eu disse cravando meu bisturi raivosamente no músculo da perna do cadáver a minha frente – essa universidade está um caos – eu sussurrei – 11 pessoas já morreram, e não são nem um nem dois conhecidos de ex-comensais que vivem aqui. Todos estão preocupados, James.

– As mortes nem foram em Londres... – ele deu de ombros e tirou o bisturi da perna do cadáver.

– James, me responda uma coisa. Agora sério. – eu tirei o bisturi de suas mãos e segurei-as.

– Diga – ele disse me olhando.

– Conta como sodomia, você ter a cabeça enfiada tão profundamente no seu traseiro? – eu larguei suas mãos e voltei a pegar o bisturi, inclinei a lâmina em sua direção ameaçadoramente – é melhor tirar a cabeça do traseiro, menino.

– Não, não. – eu me assustei quando o Professor McGonagall parou ao nosso lado. – nada de ameaçar o coleguinha com o material do laboratório. Mate ele lá fora com um pedaço de pau ou algo assim.

Eu balbuciei um pedido de desculpas e voltei a trabalhar, mas James passou o braço ao redor dos ombros do professor, casualmente. O professor torceu o nariz para sua luva com cheiro de formol. Ele realmente era louco de se comportar assim. Se fosse a outra McGonagall, se fosse sua adorada professora Minerva, James passaria o resto da faculdade em detenção.

– Professor, o senhor não concorda comigo que em épocas difíceis, é preciso relaxar?

– Não. – o homem disse sério – e se o senhor tem apreço pelo seu braço, é melhor deixá-lo longe dos meus ombros.

– Mas professor, seria ideal.

O professor terminava de se espanar quando passou a realmente ouvir James.

– Qual sua ideia, garoto? – ele deu aquela arqueada de sobrancelha que a Minerva dava. Tive tanta saudade que quis abraçá-lo. Mas, bem, eu tinha apreço pelos meus braços, então me contive.

– A faculdade está estressante, temos toque de recolher, horários restritos, cortaram os esportes até segunda ordem, e não podemos fazer nenhuma festa! Então, eu pensei que, para comemorar o fim das primeiras provas, poderíamos fazer um baile de Helloween.

– O Halloween já passou Sr. Dean. Estamos em dezembro.

– Certo, certo... Podemos fazer um baile de natal – James revirou os olhos.

– Seu sobrenome é Dean? – eu me meti, estava segurando o riso.

Ambos me olharam.

– É.

– Tipo... James Dean?

– Yep. – James respondeu sem entender. Eu fiquei rindo sozinha. Óbvio que o nome dele era James Dean. Céus, que ironia. – Então... – James continuou falando como se tivesse acabado de ser interrompido por uma louca... O que, de fato, meio que tinha acontecido. – O que acha?

O professor ficou em silencio por uns instantes. Meu sorriso evaporou.

– Professor, o senhor não pode estar seriamente considerando isso! É suicídio!

– Voz baixa, Greengrass! E sim, eu estou considerando. Os alunos realmente precisam relaxar. Sr. Dean, me traga um planejamento, podemos fazer na sexta antes das férias de natal.

– Ou podemos fazer na sexta depois da última prova... – ele disse em um tom pidão – daqui a duas semaninhas...

– Traga-me o planejamento.

– Não! – eu sussurrei, olhando abismada para os dois.

– Oba... – James disse fazendo uma dança comemorativa ridícula.

– Sem Baile do Nudismo. – o professor disse, James murmurou um ‘Aah...’.

– Professor, com licença, o senhor vai realmente deixá-lo organizar um baile? Esse garoto raspa a cabeça de uma garota todos os anos, não sei se você lembra o estado que a minha amiga ficou por causa desse... Desse... Boçal! – eu disse irritada. James me olhava furioso e me falava movendo apenas os lábios: ESTRAGA PRAZES!

– Tem razão Greengrass... – o Professor disse alisando o queixo.

– Ah, não! – James ralhou.

Eu me emplumei.

– Sim, obrigada.

– Greengrass, você vai organizar com ele, tem poder livre de veto.

– O que?! Não, mas professor...

– Eu vou descontar 60 horas das horas extras de vocês. Acho que realmente vai ser bom para os alunos.

– Isso aí professor, mandou muito bem! – James disse dando um soquinho em seu braço, o professor o fitou longamente, o rosto sério: “Não faça isso novamente. Nunca”.

– Não, não. Professor, o senhor não entendeu, eu...

– Muito bem. – ele juntou as mãos ruidosamente – Voltem ao trabalho, quero o cronograma até quinta.

– Só dois dias? Mas professor... Se o senhor só...

– Bom trabalho. Vejo vocês na quinta. – o professor me interrompeu e saiu andando me deixando falando sozinha.

Eu ainda encarava a nuca do professor, mas sentia os olhos marotos de James em cima de mim.

– Então, Calourinha, somos nós dois pelos próximos dois dias. – ele apoiou o braço nos meus ombros e me deu um beijinho na bochecha.

Eu ainda olhava pra o horizonte. Estreitei os olhos, respirei fundo e larguei o bisturi, antes que eu enfiasse em algum lugar indevido. Como o traseiro de James.

*

– ... E daí ele saiu andando, nem me escutou! Tudo por causa daquele cabeça de bagre do James... “Oh, eu sou gostoso e como qualquer idiota que der mole, olhe, eu sou um neandertal com Q.I. de 7 pontos!” – eu dizia irritada.

– Você acha ele gostoso? – Draco perguntou, ele estava sentado do meu lado, eu tinha minhas pernas jogadas por cima do colo dele.

Tínhamos acabado de almoçar e estávamos com um período livre, assim que aproveitávamos o sol – cada vez mais raro – no pátio. O frio, no entanto, castigava minhas bochechas.

– Ai Draco. – eu disse brava e tentei tirar minhas pernas de cima dele. Ele no entanto segurou minhas pernas e riu.

– Desculpa Baby. Desculpa. – ele tentou ficar sério – eu posso te ajudar, e se o James tentar qualquer gracinha, eu arranco a cabeça dele do traseiro dele, rudemente.

Ele me deu um selinho.

– Muito rudemente. – eu disse dando-lhe outro selinho. – quer dizer, o James sabe que é momento crítico...

– Baby, mas ele tem um pouquinho de razão... As coisas estão muito pesadas, talvez a universidade pudesse ficar mais leve com uma festinha.

Eu estreitei os olhos.

– Bom, então você talvez queira aproveitar essa razão toda do James e usá-la na cama. O senhor acabou de perder o sexo hoje. – eu disse irritada. Talvez, TALVEZ, James tivesse razão, mas o trabalho do Draco era ficar do meu lado, ainda mais quando tudo que eu queria no momento era estrangular aquele pescoço coberto de chupões do James.

– O que? Baby...

– Cara, isso foi muita estupidez da sua parte. Você sempre dá razão pra elas, cara. – a voz de James chegou até nós. – e aí Calourinha? Já que não vai usar seu gato albino hoje, posso roubar ele pra mim?

James se sentou do lado de Draco e puxou-o pelo cabelo dando um beijo forçado no pescoço do loiro. Draco foi pego de surpresa, empurrou o garoto para fora do banco, que acabou caindo de bunda rindo sozinho. Draco furioso xingava James. Eu apertei os lábios e mordi o lábio inferior, o cotovelo roxo felpudo de Algo me cutucando.

“Heeeein, admita, isso foi SEXY AS HELL!”

“Cala a boca...”

“Quem está corando feito um pimentão? Quem? Quem?”

– Hermione? – Draco me olhou com estranheza. Preocupei-me com a possibilidade de ter dito algo em voz alta. – Meu deus, você está vermelha?

Eu nunca corava. Nunca. Eu não era esse tipo de garota, mas pelas cuecas de bolinhas de Merlin, dois rapazes interagindo desse jeito... Certo que um desses Musos é meu namorado, mas esse é meu ponto fraco. Meu calcanhar de Aquiles.

– É o frio. – eu disse soltando o ar vagarosamente.

– A última vez que você corou você ainda era virgem... Tendo pensamento sujos, Greengrass? – James disse ainda sorrindo tortamente.

Draco lançou um olhar mortal típico Malfoy para James.

– Como vai o nariz James? – eu disse me controlando, sentindo meu rosto esfriar – Hein, J? Saudades do meu punho nele?

James apenas riu. Ele deitou no chão de pedra aos nossos pés com os braços abertos, como um lagarto aproveitando o sol.

– Que tal festa a Fantasia? – James sugeriu, os olhos ainda fechados.

– Brega. – eu disse encostando a cabeça no peito de Draco. – quem sabe uma de animais?

– Só se eu puder vir de Anaconda. – James sorriu maliciosamente.

Eu revirei os olhos.

– Não. De jeito nenhum.

– Que tal uma temática de Helloween? – James insistiu.

– James, estamos em dezembro! – eu rebati. – que tal uma temática natalina no lugar?

– É meu feriado predileto... Podíamos usar aquele feriado dos trouxas... Aquele com Chocolates... – James abriu os olhos e estralava os dedos tentando lembrar.

– James, a páscoa é em março!

– Chocolate é bom em qualquer mês.

Eu estava quase indo fazer James engolir os dentes quando Draco se pronunciou.

– Podíamos fazer uma temática trouxa.

– Boa! No meio de uma conspiração de Comensais da Morte! Genial! Por que não usamos uma Piñata no formato de Você-Sabe- Quem? – James riu em escárnio. Eu admito, quis rir com ele.

– Baby, nós queremos apenas relaxar, não declarar guerra.

– Acho que poderíamos nos posicionar. Mostrar que nunca mais vamos nos submeter as coisas como elas eram, que não temos medo e respeitamos os trouxas. Que eles são humanos como nós. – Draco disse com o olhar sério.

– Cara... – James alisou o queixo como se tivesse barba – tem esse cara, um trouxa, Jesus... Ele falou quase a mesma coisa que você, há tipo, mil anos atrás. Acho que mataram ele por causa disso. Será que você é reencarnação dele?

– Claro James. Claro. – Eu apenas fechei os olhos por uns momentos e respirei.

– Mas enfim. – James sentou-se – eu acho essa uma boa ideia. Vai ser como cuspir na cara desses Comensais de merda. Como rir na cara do Bicho-Papão, vai ser o nosso Riddikulus pra eles.

– Exatamente. – Draco concordou. – então Mione. O que acha?

– Acho extremamente arriscado. – eu neguei, mas então recebi os olhares imploradores de Draco e James e suspirei. Não importa o que eu faça, eu sempre era arrastada para esses movimentos revolucionários. – Também acho que vamos precisar de muitos aurores nesse Baile.

*

Professor McGonagall aprovou nossa ideia, ainda mais depois que eu disse que pediria como favor pessoal para que os generais Potter e Weasley viessem à festa. e além do mais James já tinha feito a cabeça do pai – vulgo reitor – sobre a publicidade positiva que aquilo daria a universidade. Na verdade o pai de James estava tão empolgado que tinha até me abraçado. Quando saí da sua sala eles estavam discutindo as vestimentas que seriam permitidas.

“Não James, você não pode ir apenas com uma folha cobrindo sua genitália.”

“Mas eu seria Adão... O cara foi tipo, o primeiro trouxa do mundo!”

Depois que deixei pai e filho conversando finalmente fui para o meu quarto, exausta e sem jantar, encontrei Draco debruçado na cama, trabalhando nos panfletos do baile. Ele realmente tinha se animado com isso.

– Oi Baby. – eu disse tirando meu casaco e colocando-o sobre a cadeira. – ainda tem aquele macarrão de sábado? To faminta.

– Uhum. No fundo do Minibar, tem suco de abóbora também. Não é o de Hogwarts, mas é bom... Como foi com o Reitor?

Eu coloquei a lasanha em cima da bancada e a aqueci magicamente. Enfiei um pedaço na boca e queimei minha língua.

– Foi tudo bem. Ele achou a ideia genial. Eu ainda acho uma má ideia.

– Não. – Draco disse concentrado, ainda não tinha me olhado. – vai dar tudo certo. Baby chegaram duas cartas pra você, a Deirdre deixou ali na escrivaninha.

Eu observei Draco apenas com a sua camiseta cinza larga de dormir, era possível ver sua clavícula marcada, e o vão entre suas escápulas. Ele era esguio e forte, não como James, que era o tipo mais ‘de academia’. Draco era másculo, mas extremamente elegante. Seus olhos azuis concentrados, e o vinco que se formava em sua testa, sua boca contraída ainda assim com lábios lindos. Sua calça de moletom velha que caia confortavelmente em suas pernas cruzadas. Eu apenas queria poder olhar sempre pra ele assim: entretido, compenetrado. Dei mais algumas garfadas da lasanha e tomei o suco de Draco. Busquei as cartas na escrivaninha. Uma era de Astória, a outra não tinha identificação. Abri a da minha irmã primeiro, pois ela tinha drásticos e dramáticos pontos de exclamação escarlate. Senti meu peito apertar.

Mana, o pai quer que eu deixe Hogwarts! Justo no meu ano de formatura, ele quer se mudar pro interior, ele disse que ia conversar contigo depois das provas e que eu não devia te aborrecer com isso. Mas Mana, por favor, eu não quero ir!
O Dennis Creevey me convidou pro baile de formatura! – por falar nisso, acho que o pai vai surtar quando eu contar que eu vou com um Grifinório. Seja uma boa irmã e me ajude, eu estou muito encrencada!

Com muito Amor, e uma pitada de Desespero;

Tori.

– A Tori está saindo com um grifinório! – eu disse rindo. Isso fez Draco largar os cartazes.

– Como assim? – ele disse seriamente bravo. Levantou-se imediatamente e pegou a carta da minha mão. – Um Creevey? Mas ele...

Eu ergui a sobrancelha.

– É um amigo do Potter, sangue sujo grifinório! – eu imitei sua entonação de revolta. – O santo Potter! – eu ri – era isso?

– Eu não aprovo. Ela é muito nova.

Revirei os olhos e busquei pergaminho para responder.

Fique tranquila, você não vai sair de Hogwarts, vou falar com o Papai. Eu me lembro do Dennis, ele ainda é fascinado pelo Harry? Ele era um amor quando era pequeno, extremamente fofo. Boa escolha Mana.

Só me diga uma coisa, ele não é um ano mais novo que você? Que feio Tori, corrompendo as crianças.

Com Amor e soluções para os seus motivos de Desespero;

Hermione

– Não sei do que você está falando, eu também sou mais novo que você, sua pedófila. – Draco disse rindo e pegou o pergaminho e a pena da minha mão e anotou um adendo com sua caligrafia singular.

P.S.: Péssimo gosto para meninos, Tori. E Não é bem assim pra te levar ao baile. Avise esse moleque que em breve eu vou para Hogwarts ter uma conversa com ele, e se ele sequer PENSAR em te magoar, eu arranco as tripas dele fora.

Com Amor e motivos de Desespero para o tal Creevey;

Draco.

– Ela vai guardar essa carta pra sempre. – eu disse rindo.

– Pra ter provas que eu quem matei o futuro ex dela? – Draco guardou a pena.

– Você escreveu ‘Com Amor’. – eu coloquei a carta dentro de um envelope e escrevi o nome da Astória. – ela sempre teve essa paixão platônica por você. Ela te idolatra.

– Eu acho que sabia disso. Quando eu era menor gostava de fazer carinho no cabelo dela só pra vê-la corar. – ele disse rindo.

Eu dei-lhe um tapa por brincar com os sentimentos de Tori, e abri a segunda carta.

– Dennis Creevey. Parece aquele epilético com cara de pirralho daquele seriado onde todo mundo morre... Não-sei-o-que-Thrones.

Draco Malfoy! Não ouse falar do Jojen! – eu disse brava – agora eu adorei mais ainda o Dennis, você sabe como eu amo aquele ator?

Draco fez mais uma piada para me provocar, mas eu não consegui ouvir. Eu estava submersa na caligrafia da carta. Uma caligrafia que eu conhecia muito bem.

– A carta é do Lúcio. - Eu anunciei, e senti o sorriso de Draco evaporar também.


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Notas finais do capítulo

entãããão, o que acharam??

*Malfeitofeito*