7 MESES PASSARAM...

POV ALICE

Passar todo esse tempo fora de casa até que foi bom, sei lá eu tive uma vida normal enquanto estava na outra casa. Mas agora estou de volta.

Levei as malas para o meu quarto e fui direto para casa da Anne, a barriga dela com certeza deve está enorme, estava com muita saudades da minha amiga.

Chegando na casa dela bati na porta e a Anne abriu, ela parecia sorridente e quando fiz menção para entrar na casa ela me empurrou.

Sorri, mas estranhei. - O que foi amiga? - Perguntei sem graça.

– Nada, mas acho melhor você não entrar. - Ela falou e eu realmente não entendi.

– Por que não? - Perguntei e antes que ela pudesse me responder, ouvi a voz do Rafael e tive o impulso de invadir a casa, e encontrei Rafael sentado no sofá olhando umas roupas do bebê. - O que está acontecendo aqui? - Perguntei.

– Amiga eu posso te explicar. - Ela falou e eu realmente não gosto de ouvir essa frase.

– Então me explica!- Falei me sentando.

– O Rafael é o pai da minha menina. - Como assim? Pai? Como eles puderam fazer isso comigo?

– Vamos ver se é isso mesmo que entendi! Minha melhor amiga transou com o meu ex, pelo que eu me lembro ela odiava ele. - Falei e as lágrimas manchavam o meu rosto.

– Amiga, desculpa! - Ela falou e eu nem conseguia olhar no rosto dela.

– Quer dizer que você teve a coragem de transar comigo, mesmo sabendo que ela estava gravida? - Perguntei para ele e resolvi nem esperar a resposta. - Vocês dois se merecem! - Sair daquela casa, se ficasse muito tempo ali eu não sei o que eu faria.

Nem fui para casa, resolvi ir para o Grill. Estava vazio, só o gabs estava lá, então eu desabei no balcão não conseguia parar de chorar, minha vida parecia voltar ao inferno.

(...)

Horas depois da crise de choro, resolvi ir para casa, já estava tudo escuro e a minha casa estava toda aberta. Parei o carro e sai correndo em direção a casa e encontrei a Anne no chão sangrando e ela estava desacordada.

Estava tudo revirado, não encontrei nem minha mãe e nem o meu pai. Eu estava assustada Anne havia acordado.

– O que aconteceu aqui? - Perguntei.

– Meu bebê, salva o meu bebê! - Ela falou e eu olhei entre as pernas dela e ela sangrava muito.

– Meu Deus! Tenho que te levar para o hospital.

– Não dá tempo, você vai ter que fazer o parto. - Eu fazendo um parto? Não dá, não posso.

– Amiga, você pode morrer! Vou te levar para o carro.

– Não tem como!

– Não se preocupa. - Carreguei ela e com muito sacrificio coloquei no carro, estava toda suja de sangue e eu não conseguia ligar o carro pois estava muito nervosa.

– Não tô aguentando mais! - Ela falou e eu fiquei mais nervosa.

Consegui ligar o carro e o arrastei com toda a velocidade que eu pude, mas Anne não conseguia mais segurar, eu teria que fazer o parto. Parei o carro, peguei uma jaqueta que havia dentro dele e abri a porta do fundo. Abri as pernas da Anne e pedi que ela colocasse toda a sua força.

– AAAAAAH ! - Ela gritou.

– Mais forte amiga! - Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, nunca imaginaria que pudesse fazer um parto.

Eu comecei a ver a cabecinha do bebê e então fui puxando a criança até que ela saiu. O bebê chorava e eu chorei junto, era uma menina, tão linda, tinha os olhos do Rafael.

– Aqui o seu bebê! - Falei entregando a criança a ela.

Fiquei apreciando a cena, quando vi algo se mexendo no meio da floresta.

– Vamos embora! - Falei entrando no carro. Não conseguia liga-lo , fiquei mais nervosa ainda e de repente surgiu vários homens na frente do meu carro.

– O que está acontecendo? - Anne perguntou.

– Nada, só fica quieta que eu vou resolver. - Falei e sair do carro.

– O que vocês querem? - Perguntei.

– Chegou a hora Alice! - Um deles falou e o meu coração endureceu.