POV Alice

Acordei e olhei para janela e vi que o ceú estava especialmente lindo essa manhã. Abri a janela e senti uma brisa fresca passar pelo meu rosto e tudo parecia perfeito,mas eu sabia que nada estava bem.

Desci para a sala e minha mãe estava arrumando a mesa do café, dei um leve sorriso e beijei o rosto dela.

– Onde está o velho? - Perguntei.

– Foi lá fora dá uma volta. - Ela falou e eu sorri.

Tomei o meu café e subi para meu quarto de novo, tomei um banho coloquei meu biquíni e resolvi dá um passeio pela praia. Estava descalça então pude sentir a areia tocar o meu pé e era uma sensação tão boa. Corri feito uma louca pela praia, eu precisava fazer isso queria sentir a liberdade outra vez, por que depois de tudo que vem acontecendo eu me sentia presa numa gaiola que se apertava cada vez mais.

Meus cabelos balançavam de acordo com o ritmo do vento e eu finalmente me sentia livre. Avistei o meu pai, ele estava sentado olhando atento ao mar que não tinha ondas e parecia calmo. Me aproximei e me sentei ao seu lado.

– Você lembra a primeira vez que me levou a praia? - Perguntei.

– Lembro, foi o dia mais feliz da sua vida. - Ele falou e um sorriso surgiu no meu rosto . - Seus olhos brilhavam como se você tivesse achado uma mina cheia de diamante, seu sorriso não saia do rosto.

– Achei que você nem lembrava mais. - Falei.

– Filha eu sei que errei, mas tudo que eu fiz foi para o seu bem. - Ele falou e eu suspirei. - E quando dei a ideia pra vim para cá, não era para você fugir da luta e sim para te ajudar a encarar essa guerra. - Ele falou e eu me surpreendi.

– Como assim? - Perguntei.

– Você pode vencer essa guerra Alice, você só precisa ativar seus poderes . - Ele segurou a minha mão e eu senti uma pureza invadir o meu corpo, era tão boa aquela sensação. - Eu vou te ajudar filha. - Eu o abracei e fazia tempo que eu queria aquele abraço.

(...)

– Bom filha, o seu poder funciona na mente!- Ele falou e eu ouvi atentamente. - E para vencer o seu oponente, você tem que invadir a mente dele e lutar com ele mentalmente, por que se ele morre na mente ele morre de verdade. - Ele falou.

– Mais Pai como posso fazer isso? - Perguntei.

– Você vai me usar como cobaia! - Ele falou e eu ri. - Por que você esta rindo? - Ele perguntou.

– Desculpa pai, mas você não tá com medo que eu descubra seus segredos? - Perguntei ainda rindo.

– Tudo bem! - Era bom ter me aproximado do meu pai de novo. - Olhe para mim e se concentre, feche seus olhos e limpe a sua mente. - Fiz exatamente o que ele me pediu. - Agora você vai jogar laços da sua mente na minha. - Ele falou e eu comecei a ver um lugar bastante claro.

– Acho que tô conseguindo Pai. - Falei.

– Eu poderia agora mesmo ter invadido a sua mente Alice e te matado. - Ele falou e eu fiquei assustada. - Você precisa se concentrar e você não pode de maneira alguma deixar que o seu inimigo perceba que você está invadindo a mente dele. - Ele falou e eu comecei a tentar novamente.

Mais nada dava certo, quando conseguia entrar na mente dele , ele percebia e me expulsava e aquilo foi me deixando exausta.

– Quero parar pai, estou exausta. - Falei abrindo os olhos.

– Tudo bem, depois continuamos! - Ele falou e logo nos viramos pois ouvimos gritos da minha mãe chamando para o almoço.

– Quem chega primeiro é a mulher do padre. - Meu pai falou e eu sair correndo antes mesmo dele se tocar. - Assim não vale! - Ele falou e eu continuei correndo até em casa.

(...)

Depois de almoçarmos, fui dormir um pouco. Comecei a ter um sonho, estava acorrentada e havia um homem na minha frente.

– O que está acontecendo? - Perguntei.

– A sua hora está chegando! - Ele falou e meu coração disparou.

– Quem é você? - Perguntei assustada.

– Sou o seu pior pesadelo! - Ele falou e o lugar onde eu estava começou a desmoronar e eu não conseguia me soltar. Ele quer me matar e eu não sei como vou conseguir sair disso. Palavras do meu pai surgiram na minha cabeça e então o obedeci e me concentrei bastante, e eu consegui ficar forte destruindo as correntes que me seguravam. Me levantei e o homem havia sumido, procurei por todos os lugares da minha mente e não o encontrava então acordei.

Encontrei o meu pai sentado do lado da minha cama e ele parecia bravo.

– Você viu a necessidade que você tem de treinar? - Ele falou e eu fiquei aliviada em saber que foi ele. - Eu consegui criar um personagem na sua cabeça e você nem percebeu.

– Desculpa pai, eu vou treinar! - Falei decidida.

– Você não tem que pedir desculpas, agora é só treinar. - Ele falou e eu sorri.

Vou treinar e vou ficar forte, para vencer essa guerra e ter minha vida de volta.