Beyond Broken Souls escrita por Haunted House, Angel of Silence, Angelika Malfoy


Capítulo 13
Evelyn Volkov


Notas iniciais do capítulo

Por Angel of Silence



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Evelyn riu, o sol lhe aquecendo o rosto. “Mas é sério!” Sybil protestou. “Você fica mais sardenta debaixo do sol.”

Não era como se Sybil não tivesse lhe dito isso antes – pelo contrário, Evelyn o ouvira várias vezes desde que se conheceram. Mas por algum motivo, provavelmente porque, sem o menor exagero, Evelyn nunca se divertira tanto antes em toda a sua vida, ela achou as palavras de sua amiga extremamente engraçadas.

“Saiba que você também fica, Syb querida”, ela respondeu. Então se virou para Tom, parecendo um completo retardado sem saber o que fazer. “Vamos tentar de novo. Não é assim que se segura o bastão, Tommy.” Ela se aproximou por trás dele, inclinou-o para a frente, empurrou seus pés com os próprios para o lado. “Fica assim.”

Tom assentiu. Ele não gostava de fazer errado algo que ele queria fazer certo, mas naquele momento, não parecia se importar. Evelyn não sabia se ele realmente estava se divertindo com o jogo ou se estava apenas feliz por Evey estar em um dos dias bons. Dias nos quais ela conseguia falar e rir daquele jeito.

Apenas para encher o saco, Tom pegou a aba do boné dos Argonauts que Evelyn usava e deu um puxão para baixo, cobrindo seus olhos. Ela fez questão de parecer rabugenta quando o arrumou, mostrou a língua para ele, calçou as luvas e se agachou atrás dele. Só esperava que Tom não acidentalmente lhe quebrasse o nariz, como já acontecera antes.

“Pronto?”, Ev perguntou. Tom assentiu. Os dois olharam para Sybil, a alguns metros de distância, que assentiu de volta. Ela mirou, respirou fundo e jogou a bola.

Quando Tom balançou o bastão, errou não por no mínimo dois palmos. O arco que ele desenhou foi violentou demais, e enquanto a bola ia parar seguramente nas mãos de Evelyn, ele perdia o equilíbrio e por muito pouco não caía de bunda no chão.

Sybil e Evelyn começaram a rir histericamente. As faces de Tom começaram a ficar avermelhadas, e ele cruzou os braços fazendo biquinho. “Jogo sem graça”, resmungou.

Sua irritação não surtiu o menor efeito, a não ser que provocar mais risadas de Evelyn e Syb ao ponto de Eve cair de costas no chão e Sybil se dobrar em duas.

“Tommy”, Evelyn disse quando se acalmou. “Você tem muitas habilidades, incluindo falar com cobras, mas rebater uma bola não é uma delas.”



Evelyn acordou, fitando a parede. Ainda podia sentir o sol do verão de ’37 fervendo sua nuca, fazendo-a se sentir como um legume em uma panela. Ela rolou para o lado, olhando o quarto no qual ela vinha dormindo pelos últimos dias, desde que saíram de Durmstrang. Dormir, aliás, era algo que ela não tinha planejado em fazer. Chegariam em Hogwarts logo, e ela estivera completamente vestida, de sapato e tudo, quando deitou na cama para olhar a foto que fora tirada naquela mesma tarde. Falando na foto...

Sentindo uma onda de pânico tomar conta de seu corpo, ela se sentou, e olhou desesperadamente ao redor até que viu a foto em um canto da cama. Sem pensar no que estava fazendo, ela girou o pulso, e a varinha escondida no coldre preso em seu antebraço que ela mesma fizera veio parar em sua mão prontamente. Ela tocou o centro da fotografia, reviu rapidamente alguns feitiços e fez uma loucura. Dita loucura era misturar dois deles sem o menor aviso prévio.

Nada aconteceu. Mas não era para acontecer ainda.

A porta de abriu, e Ava colocou a cabeça para dentro. “Ev, pegue suas coisas. Nós chegamos.”


À uma distância de alguns metros, os jovens bruxos de Durmstrang observavam os portões do salão de Hogwarts se abrindo e os alunos de Beauxbatons entrando. Como era o professor de Artes das Trevas que organizaria a entrada deles, ele colocou seus alunos em três filas indianas, uma ligeiramente atrás da outra, os alunos ordenados por seu desempenho no Clube de Duelos.

Evelyn se sentia absurdamente desconfortável na frente.

O professor lhe sinalizou para avançar. Tentando manter seus passos largos e decididos o máximo possível, ela entrou no salão. Ignorou completamente a aparência do lugar, mantendo o queixo erguido e o olhar focado no diretor Dippet, lá na frente.

“EVELYN!”

De repente, um corpo de conectou com o dela, quase derrubando-a. Braços a envolveram, parecendo um polvo extremamente possessivo. Evelyn cambaleou, seu cérebro empacado no lugar por um ou dois segundos antes de perceber quem a estava abraçando e lentamente esgotando seu oxigênio.

Com algum esforço, ela se obrigou a se desvencilhar de Sybil, recuando um pouco apenas para poder olhá-la.

Evelyn ficou sem saber o que dizer.

Finalmente, enfiou a mão no bolso interno de seu casaco grosso – grosso demais para aquele clima, a Inglaterra era tão quente –, seus dedos encontraram o papel da foto e ela a tirou dali. Estava colorida agora, ela, Tom e Sybil se mexendo, rindo de braços enlaçados.

Com um sorriso, Evelyn a ergueu para que Syb pudesse ver. Sorriu e disse, “Você fica mais sardenta debaixo do sol.”


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