Beyond Broken Souls escrita por Haunted House, Angel of Silence, Angelika Malfoy


Capítulo 12
Sybil Crawley




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Já era noite e todos do castelo estavam no Salão Principal aguardando a chegada de nossos convidados. Ou talvez fosse melhor dizer refugiados. Todos as garotas vestiam roupas de gala com as respectivas cores de suas casas e os garotos terno para receber gloriosamente os alunos de Durmstrang e Beuxbatons. Tom se virou da mesa da Sonserina e me encontrou no meio de uma multidão vermelha e dourada. Eu sorri para ele que tentou devolver o sorriso, mas não conseguia esconder a expressão aflita em seu rosto. Ajeitei meu longo vestido cor de vinho e tirei os sapatos de salto (que confesso, estavam me matando) e pisei no chão frio de mármore com alívio. Dippet se levantou de seu lugar e começou a fazer um discurso sobre guerra que, confesso novamente, não estava prestando atenção. Olhei para as enormes portas que davam para o Hall do castelo e fiquei pensando que atrás delas poderiam estar qualquer um. Qualquer um inclusive Evelyn. "Não Sybil. Não se iluda. Não crie expectativas para depois elas serem pisoteadas." Meus pensamentos foram interrompidos por uma discreta brecha na porta. Ela se abrira alguns centímetros e pude ver o professor Dumbledore e um garoto alto, magro e de cabelos lisos loiro-alaranjados que eu nunca vira antes na vida entrarem silenciosamente pelo salão aparentemente evitando ao máximo chamar a atenção. Fiquei observando aquilo curiosamente. Aquele garoto não estudava aqui. Dumbledore o guiou até a extrema ponta da mesa da Grifinória aonde ele se sentou parecendo relutante em estar aqui. Dumbledore disse alguma coisa a ele que fez que sim com a cabeça. Depois ele se afastou do garoto e seguiu para a mesa dos professores. Continuei encarando o garoto repassando a cena em minha mente, intrigada.

- Sybil? Está tudo bem? - senti alguém colocando a mão em meu ombro.

- Ah, sim Minerva. Estava só pensando em uma coisa. Nada importante.

- Ótimo, porque os alunos já vão entrar.

As portas se abriram definitivamente e com um estrondo. Consegui ver vários garotos e garotas em roupas azuis celeste entrando graciosamente pelo salão. A garota que liderava o grupo era loira e magra e nunca perdia a compostura. Ela mantinha o queixo erguido e em uma pequena etiqueta presa em seu uniforme lia-se em letra cursiva: Victorie. Logo atrás deles vinham os alunos de Durmstrang. Todos altos e fortes com casacos de pele e um porte daqueles que você com certeza evitaria brigar. Mas a pessoa que ia na frente do grupo era diferente. Uma garota um pouco mais baixa que eu de cabelos castanho-avermelhados e olhos cinzentos. Eu jamais confundiria aquele rosto. Sem pensar me levantei na mesa na frente de todo mundo. Os alunos de Beuxbatons pararam e todos no salão dirigiram seus olhares para mim. E eu corri. Sim, corri para abraçar minha melhor amiga que eu considerava uma irmã, minha única família, que eu não tinha notícias por quatro longos anos.

E nem me importei por estar sem sapatos.


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