Me Acorde Pra Vida escrita por Bellatrix


Capítulo 26
Capítulo 23 Ódio em pedra de gelo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, tive alguns imprevistos e espero sinceramente que possam me perdoar pois seus comentários são muito importantes para me motivar.
No mais, espero que gostem do penúltimo capítulo de Me acorde pra vida =^.^=



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Abri os olhos devagar, me levantei meio tonta, e caí de joelhos, olhei em volta, estavam todos vivos, sorri aliviada e cheia de saudade, mas eles me encaravam com medo, confesso que doeu, mas eu não podia culpá-los, não depois do que havia acontecido. Olhei para minhas mãos, haviam rajados negros nelas e minhas unhas estavam grandes e negras, me concentrei nelas me esforçando para que voltassem ao normal e torcendo para não sentir aquela dor de novo, dessa vez eu não teria forças para me manter acordada, e ainda queria abraçar todos antes de desmaiar.

Senti uma dorzinha fraca e incomoda, mas nada comparado ao que eu já havia sentido ate então, apoiei meu corpo com as mãos no chão e vi meus cabelos voltarem à cor normal e um vapor quente sair de mim. Tentei levantar novamente e quase cai, porém um par de mãos geladas me segurou, olhei meio tonta para saber quem era, Pethria me encarava sorridente, a paz e a felicidade do rosto dela me contagiou.

_ Obrigada por voltar!

_ Então quer dizer que você estava precisando de mim?_ Perguntei sorridente.

Ela deu uma leve risada.

_ Pense bem no que fala ou eu posso repensar a ideia de te matar!_ Disse ela ironicamente.

_ Você precisaria de uma rival a altura!

Ela sorriu mas seu sorriso sumiu aos poucos.

_ O que eu fiz com você não tem perdão... Vou entender se quiser que eu fique longe!

_ Ah... Não vai ser necessário, Akachi já te fez pagar por todos os seus pecados, e você protegeu meus amigos, sua dívida está mais do que paga... Bom, vamos esquecer o passado, e começar de novo, você ainda está me devendo um aperto de mão... Prazer, meu nome é Valentine Hitate, e você é?

Ela sorriu.

_ Petrhia Yang, sou novata na Sweet Amoris!_ Disse Ela me segurando com um braço e apertando minha mão com a mão do braço livre.

Enquanto segurava sua mão me lembrei de tudo o que Akachi havia dito pela minha boca, da maneira irônica como joguei as dores dela na cara, pela primeira vez eu pude sentir os sentimentos dela, havia paz, satisfação, dor, remorso, culpa. Seus olhos demonstravam um brilho que escondia a dor em seu coração.

_ Quando Akachi usou meu corpo... Pude ver o que ele viu... Com um toque ele pode ver o passado de uma pessoa e pode ler sua mente... Ele também pode ver o que você não viu, pois o poder dele se estende... Você não fugiu Pethria... Seus pais te salvaram... Não te deram escolha... E seu irmão estava com uma doença sem cura... Se ele fosse com você morreria em pouco tempo agonizando. Não foi você quem decidiu seu destino, foi a vida..._ Disse tentando tirar a culpa que Akachi jogara nas costas dela mesmo sabendo da verdade.

Seu rosto ficou surpreso por um tempo, em seguida sem expressão enquanto ela tentava organizar tudo o que se passava em sua mente, seus sentimentos deram um reboliço que não consegui entender que sentimento estava formando, ate que tudo se acalmou e ela foi tomada por um alívio manchado de dor.

_ Obrigada por me dizer a verdade Valentine... Eu não sabia como iria viver carregando essa dor!_ Disse ela com um sorriso fraco._ Me deixe aliviá-la também!_ Disse ela me virando para meus amigos.

Estavam todos sentados ou deitados, esgotados, mas vivos e sorrindo, Petrhia me deitou ao lado de Castiel, naquele momento me senti como se estivéssemos sendo apresentados de novo, minhas bochechas coraram, e eu estava imensamente feliz, ela se afastou de nós.

_ Pensei que você havia morrido!_ Murmurei com os olhos lacrimejando enquanto evitava olha-lo.

_ Eu morri, mas você me salvou!

“Isso quer dizer que o dom de cura funcionou? Puxa como tenho sorte”_ Pensei sorrindo enquanto uma lágrima descia em meu rosto.

_ Castiel...

_ Oi?

_ Você é a minha escolha também!_ Ele sorriu enquanto as lágrimas também desciam em seu rosto e em seguida me beijou.

Todos à nossa volta começaram a bater palmas. Depois de tantas despedidas que tivemos aquele foi como um primeiro beijo, um beijo roubado, senti minhas bochechas corarem violentamente, meu coração acelerou à uma velocidade extrema, meu corpo estava doendo muito como se fosse se dividir em dois e eu ansiava ter o corpo dele me apertando para que eu não me despedaçasse, porém, estávamos rodeados de pessoas com seus olhares voltados para nós, então separamos relutantes nossos lábios. Ele me fitou nos olhos, aqueles olhos chocolate intensos, cheios de amor, eu morreria sem pensar duas vezes só pra fita-los por mais um momento, ele me olhava como se nada em que seus olhos já alcançaram o tiveram chamado tanta atenção como eu, e essa foi uma sensação maravilhosa.

Meus amigos abraçaram fortemente a pessoa de que gostavam, chorando de alegria e alivio por poder ter um os braços do outro novamente. Dos que estavam ali os únicos que não se beijaram foram Selena e Alexy, Pethria e Dimitry e Mônica e aquele garoto novato Tomás, ate porque ate onde eu sei eles não eram um casal. Mas ate Irã Sensei tomou coragem e surpreendeu Katherine com um beijo nos lábios, e Coraline pasma ao descobrir que Armin também era um mutante aceitou o beijo envergonhado do garoto que estava imensamente feliz em vê-la viva. Mônica amarrava um trapo de sua blusa em um ferimento fundo de Tomás para estancar o sangue, Alexy brincava com o cabelo de Selena enquanto a mesma corava com um leve sorriso e Dimitry fitava Pethria nos olhos enquanto lhe dava um beijo nas costas da mão, estava tudo acabado, tudo perfeito.

_ Ah que lindo!_ Uma voz irônica cortou o clima de paz entre nós e todos voltamos nossos olhares para o local de onde vinha a voz.

Era ninguém menos que Sazu, que fugiu da batalha quando Akachi se libertou e agora voltara com a cara mais lavada do mundo, eu poderia simplesmente ignorar aquele rato, porém ele mantinha refém uma pessoa muito importante, que no meio de tanto sufoco me esqueci que foi por ele que eu havia chegado ali. Me sentei com as sobrancelhas cerradas.

_ Sazu... Deixe meu pai em paz!_ Ordenei.

Claro que ele não me obedeceria e nem tão pouco eu o amedrontaria, mas eu precisava tentar. Apoiei minhas mãos no chão e me esforcei pra levantar, todo meu corpo tremia, mas eu precisava aguentar, só mais um pouco, foi quando senti uma mão me segurar, me virei pra ver quem me segurara, era Castiel, seus olhos estavam suplicantes.

_ Valentine!_ Ouvi uma voz diferente chamar meu nome, na verdade não diferente, mas a muito tempo esquecida.

Me virei e vi meu pai com os olhos lacrimejando de emoção, ignorando o fato de estar com uma adaga apontada para seu coração.

_ Pai..._ Meus olhos se encheram de lágrimas, a anos eu não pronunciava essa palavra... Pai... As pessoas que podem dizê-la o tempo todo, não sabem a falta que essa palavra faz.

Ele ia dizer algo quando Sazu colocou sua adaga na garganta do meu pai, fazendo-o se calar e erguer a cabeça para evitar que a lâmina chegasse ao seu pescoço, arregalei os olhos e tentei levantar mais uma vez, porém Pethria se pôs à minha frente.

_ Fique deitada Valentine, daqui pra frente eu estou do seu lado!

Devo confessar que era estranho ouvir isso, mas me trazia uma sensação de alívio. Me calei, o desespero visível em meu rosto, a mão fraca de Castiel ainda me segurava o mais firme que ele conseguia. Sazu vendo aquela sena serrou suas sobrancelhas.

_ Então... Se voltou mesmo contra seu mestre Pethria? Depois de tudo o que fiz por você?!_ Perguntou indignado.

Pethria perdeu um pouco da posição de ataque e bloqueou seus sentimentos de novo, meu coração gelou e tive medo que ela resolvesse voltar para o lado dele, ela serrou os pulsos olhando para baixo em seguida ergueu a cabeça novamente.

_ Desculpe Sazu, eu encontrei um caminho pela qual quero seguir... Quero ter meus próprios pensamentos e não os que você queira que eu tenha... Mas ainda tenho muita consideração por você, não quero machucá-lo, essa batalha já está perdida mesmo, esqueça isso...

Ela ainda falava, com um tom amoroso na voz quando Sazu a interrompeu enfurecido.

_ Você perdeu sua frieza Pethria, não é mais útil pra mim... Se não pode continuar sua missão então agora você também é minha inimiga... Matarei você!_ Ele estendeu a mão na direção dela e começou a fecha-la lentamente.

Pethria tocou o próprio pescoço, sentindo seu ar ser retirado.

_ M-mestre... Por favor..._ Pediu Pethria.

_ Solte-a!!_ Bradou Dimitry em desespero enquanto corria na direção de Sazu.

_ Não!!! Dimitry... Essa batalha é minha!_ Disse Pethria calma.

Ela estava metade morta, seus pulmões já não eram mais úteis, não entendia o que Sazu iria conseguir apertando seu pescoço, foi então que minhas dúvidas se foram quando a cabeça de Pethria começou a rachar a partir de seu pescoço.

_ Sazu... Você é como um pai pra mim... Por favor não faça isso!_ A voz dela começava a ficar falhada, provavelmente estava doendo muito.

Sazu começou a rir.

_ Claro que sou como seu pai Pethria, era isso o que eu queria, foi tudo planejado!_ Ele deu um sorriso diabólico.

Eu não entendia, meu pai sendo tão forte como podia não fazer nada com Sazu prestes a matá-lo?!

_ C-como assim planejado?

O rosto dela parou de rachar, provavelmente Sazu ainda a segurava, porém não apertava mais.

_ Bem, querida Pethria, eu sempre fui um homem observador, e em um de meus passeios avistei uma criança de uma vila pobre que brincava com seu irmão mais novo. Era uma criança amável e protetora, com um poder incrível, mas que tinha um defeito horrível, mas que eu poderia usar à meu favor... O medo!

A expressão de Pethria era de confusão.

_ Isso mesmo, essa criança era você. Um amigo meu é dono de um campo de concentração perto da vila em que você morava, eu disse que tinha interesse em você, ele deixou que seus pais descobrissem que seriam todos mortos, e o resto foi tudo planejado... Pensei que eles também tentariam salvar a vida do seu irmão e eu consequentemente precisaria matá-lo e fingir que foi suicídio... Mas eles salvaram apenas você, acho que como eu concordaram que você era a única da família que valia a pena!_ Ele esboçou um sorriso largo.

POV’S Pethria

Tudo em minha volta parou, ouvi minha única referencia dizer em minha cara que planejou a morte dos únicos que me amavam de verdade, foi tudo uma farsa mas mesmo assim eu não queria acreditar nisso.

_ P-por que fez isso comigo?_ Perguntei com os olhos lacrimejando.

Todos naquele local aberto estavam em silêncio, atônitos, observando atentamente minha reação diante daquela revelação.

_ Você sabe a resposta, você tinha o poder, mas para ser realmente útil pra mim você teria que perder seu amor!

_ Robôs não tem sentimentos..._ Disse mais para mim mesma.

_ Exatamente, os humanos são defeituosos por suas emoções, e eu precisava de uma que não tivesse defeitos!

_ Matou minha família para que eu fosse útil para você?!_ Eu estava tentando digerir toda aquela informação, mas parecia demais para mim, eu não estava acostumada a ter sentimentos.

Ele revirou os olhos e respondeu com desdém.

_ Matei sua família para que você fosse forte, o que você sempre quis, não é?! Força!

_ Eu... Eu queria força porque não tinha ninguém por mim..._ Murmurei, mas ele ouviu.

_ Não, você queria força porque queria vingança, eu matei seus pais, e você não é forte o suficiente para me matar!_ No momento em que disse isso, vieram outros soldados de Sazu, o restante da armada que havia sido poupada da primeira batalha, não eram tantos quantos os primeiros mas ainda assim um grande número. Pararam envolta de todos e esperaram as ordens de Sazu.

Fitei o chão, o vento que Sazu usou para me enforcar ainda incomodava meu pescoço, agora que eu não era mais útil a ele, provavelmente tentaria me matar, mas algo em mim que eu pensei ter esquecido, voltou com uma força assustadora, o desejo de vingança. Não importava a força, não importava nada, só os meus pais, e Sazu tirou de mim tudo o que eu tinha, tudo o que eu me importava, por mais que eu tentasse não conseguia afastar esse sentimento de mim, e havia algo mais incomodando minha garganta, um ardor estranho, me ardia como se eu estivesse a muito tempo sem comer, levei a mão ate a cabeça e senti minha visão avermelhar, tudo à minha volta sumiu e tudo o que eu via era Sazu em minha frente.

Comecei a caminhar em sua direção e ele apertou mais o meu pescoço, Sazu via minha pele rachar mas provavelmente pensava que era meu escudo de gelo e não pararia de apertar ate que visse sangue em meus lábios, o pai de Valentine estava entre nós dois, eu precisava retirá-lo do perigo antes que eu já não visse mais nada em minha frente como um touro enfurecido. Corri tão rápido que Sazu não conseguiu me acompanhar nem com seu poder, ainda me apertava, mas diminuiu a força por não saber onde eu estava, congelei as costas dele e com um susto ele soltou o Mandarim da Aldeia da Noite, enquanto ele se virava para ver quem lhe acertara eu já estava em sua frente com sua vítima nos braços, o deixei ao lado de Valentine e voltei a encará-lo. Quando Sazu enfim se situou e entendeu o que havia acontecido me encarou enfurecido.

_ Sei que você não tem essa velocidade, o que te aconteceu?

_ Eu sou uma vampira agora “querido” Sazu, você não pode matar alguém que já esteja morto!

Ele deu uma risada.

_ Você me surpreendeu Pethria, não imaginei que você poderia ir tão longe por vingança!

_ Dessa vez não fiquei forte por vingança, mas sim por... Consciência pesada!_ Disse pensando se essa era a palavra certa para se usar pelo que fiz.

Comecei a correr envolta dele, cada vez mais rápido e mais rápido, ele começou a ficar sem ar, e o cheiro do sangue dele estava ficando forte, seria a fome de um vampiro? Seria o sangue dele o primeiro a tocar meus lábios? Naquele momento eu não pensava em nada, só nos gritos dos meus pais e do meu irmãozinho, eu já sentia o gosto do sangue de Sazu descer em minha garganta. Ele agachou sem ar, e parou de apertar meu pescoço, tentou me acertar com seu maldito feitiço que causa erupções no corpo da pessoa em que acerta, porém fui rápida de mais para que ele conseguisse me acertar. Quando aquele velho já estava quase morrendo eu o soltei, e essa foi minha pior decisão, no momento em que o soltei ele me acertou por trás com seu feitiço, foi muito rápido, só me lembro da dor, mesmo quase morta eu ainda sentia a maldita dor, caí ajoelhada sem saber como resistir àquilo, certamente não me mataria, mas doía tanto que a imortalidade me pareceu um problema, com os olhos arregalados e lábios entreabertos eu o vi se recuperar e voltar para perto de mim.

_ Você é patética Pethria, por mais ódio que tenha, por mais forte que seja nunca será mais forte que..._ O interrompi com um soco no queixo, e se eu não tivesse controlado minha força teria lançado seu maxilar longe.

Seus guerreiros correram ate mim prontos para me atacar, então com um grito de dor e raiva eu os congelei com um movimento com os braços então fechei meus punhos e as pedras de gelo que antes eram humanos se estouraram espalhando gelo por todos os lados. Todos tem maneiras de reagir diante da verdade, a minha não foi uma das melhores.

Eu sentia uma forte dor nas costas, mas eu precisava calá-lo com aquele soco, antes que ele caísse segurei seu pescoço e o ergui sem esforço, fitando-o nos olhos, o susto que ele levou fez seu coração acelerar e assim bombear o sangue mais rápido, desse modo eu pude sentir sua veia pulsando sob minha mão, cheia de sangue, lambi meus próprios lábios, todos ali estavam em silêncio, os olhos fixos em mim, todos esperando para ver o que eu iria fazer. Mostrei minhas presas pronta para retirar cada gota de sangue do seu corpo.

_ No fim Pethria... Você é exatamente como eu!_ Disse ele com a voz engasgada.

Minha expressão enfurecida se suavizou confusa.

_ O que?

_ Nos... Pensamos igual... A morte é a única solução... O mundo é pequeno de mais para duas pessoas com personalidades tão idênticas...

Sem fala o fitei enquanto ainda segurava seu pescoço.

_ Vamos, me mate... O que está esperando?

Respirei fundo e o abaixei, deixei que ele tocasse seus pés nos chão mas ainda segurando seu pescoço.

_ Não sou igual a você, e não quero um sangue podre em meus lábios, eu não te matarei porque a morte para você será um alívio..._ Meus olhos escureceram por completo._ Você vai viver para que possa sentir a dor do mundo sobre suas costas, você vai viver e vai andar por todo esse tempo, e mesmo quando seus pés racharem e jorrarem sangue pelas fendas de seus ferimentos você continuará andando, como um morto vivo, morrendo de dor e vivendo apenas para continuar sentindo essa mesma dor, e quando seus pés não suportarem mais o peso de seu corpo, ande com as mãos!_ Dito isso o soltei, minha visão voltou ao normal, a dele perdeu o foco e então ele saiu dali caminhando devagar, e para sempre.

Cai ajoelhada pela dor que eu sentia, iria passar mas ainda doía, mais que depressa Dimitry me alcançou e me carregou, seus olhos brilhavam e ele tinha um sorriso de orgulho.

_ Você me surpreende a cada dia mais Pethria Yang!

_ Eu sou demais!_ Disse sorrindo e me aconcheguei em seu peitoral, me sentia leve e realizada como nunca antes.


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