(N/AAUTORA: Leia as notas do Capítulo! É importante!)

                                          Aurey

Bom, você deve estar pensando se eu estou: "Ai meu deus! Um garoto me beijou! Ai que tudo! Ai que vida!" mas sinceramente, eu tenho problemas maiores. Semana passada (Sim, passou uma semana desde que Nico me beijou e ele sumiu.) eu descobri que eu mesma contei meu segredo para todos. Que eu sou filha de Poseidon. Quando eu supostamente fui ao Olimpo, em meus sonhos, eu fiz aquele truque com a água. Aquilo era uma armadilha. Eu não sei quem está fazendo isso, mas essa pessoa não deve ter boas intenções. As consequências de eu ter feito isso? Bom, o Acampamento todo sabe quem eu sou. E pessoas fora da barreira devem saber também. Há uns 2 dias atrás eu fui reclamada pelo meu pai, Poseidon, e foi uma coisa que ninguém pensava que ia acontecer. Foi mais ou menos assim: Eu estava almoçando e de repente, fui reclamada. No início eu não fazia ideia por que as pessoas estavam olhando para a minha cabeça. Mas depois eu percebi que estavam olhando além de minha cabeça. Foi assim que eu fui reclamada. Tão simples e básico. 

Agora já é bem tarde, deve ser madrugada. Eu estou no chalé de Poseidon, com Percy. Ele está nervoso, e eu não sei o motivo. Estamos esperando Annabeth. E eu também não sei o motivo. Depois de um tempo, alguém bateu na porta, e Percy foi atender. Eu consegui espiar, e não tinha ninguém lá. Depois, ele fechou a porta e Annabeth apareceu na sala. Ah sim, ela tinha me falado que sua mãe lhe dera um boné da invisibilidade. Ela olhou para Percy preocupada e depois me olhou preocupada. 

- Então? - eu disse, encarando os dois. Ah, eu odeio suspense. 

- Auri. - Annabeth disse. Espera. Auri? Ok... - Essa será a última vez que nós nos veremos. - Ela mordeu o lábio. Eu a encarei, e depois encarei Percy. Ele concordou. 

- Mas o que? - eu apenas consegui falar.

- Está na hora de você saber exatamente das coisas. - ela disse decepcionada, como preferisse não contar. - Bom, a milhares de anos...Os Titãs dominavam o mundo. E eram comandados por...Cronos. - ela exitou. - Ele era o Rei Titã. Depois, ele foi destruído por Zeus, Poseidon, - seu pai - e Hades. Seus próprios filhos. E Cronos foi jogado no Tártaro. E assim, a era dos Deuses começou. Mas agora, Cronos está destinado a voltar e destruir cada Olimpiano. E na verdade...Ele já está vivo.

Eu exitei, me assustei, fiz de tudo. Eu sabia da mitologia grega, claro que conhecia a história de Cronos. Mas ele está vivo. Ele vai destruir...Cada Olimpiano? 

- E vocês não me falaram? - eu disse, assustada.

- Nós achamos mais certo não falar. - disse Percy. - E Aurey, amanhã cedo...Quase todos, estarão saindo do Acampamento. - Acho que eu fiz algo como "Anwhatque?" - O Acampamento será atacado. Todos irão para a batalha.

- Ótimo. - eu disse. - Obrigada por avisar tão cedo.

- Auri! - gritou Annabeth. - Não é culpa nossa! - ela disse triste. - Você virá para a batalha? 

- Eu sou inútil em uma batalha. - admiti, triste. - Duas semanas de treinamento não foram o suficiente. Pelo menos, para mim.

- Claro que não. - disse Percy. - Você ganhou o Capture a Bandeira. Você não é inútil. Por favor, venha. Quanto mais campistas melhores. O mundo será destruído se Cronos ganhar! O chalé de Ares não vai! 

- Mas... - eu disse. Eles me encararam piedosos. - Está bem. Eu vou. 

- Amanhã. Cedo. Percy irá chamar você. Boa sorte. - Então Annabeth colocou seu boné e sumiu. 

- Eu vou morrer. - eu disse, deitando em minha beliche. Então eu dormi.

- 

Acordei com Percy me chamando. 

- Aurey. - disse ele. - Rápido!

Eu me levantei, e eu ainda estava com a roupa de ontem. Não tinha necessidade de trocar.

- Ei. - disse ele. - Nosso pai me visitou essa noite. Ele ia falar com você, mas por algum motivo, não conseguiu. - eu fiquei decepcionada. - Mesmo assim, ele pediu para lhe entregar isso. - Percy me deu uma adaga dourada. Ela refletia as coisas e era brilhante. Um tamanho bom. E na sua base tinha um tridente. O símbolo de Poseidon.

Eu apenas sorri. 

- Vamos, rápido. - ele disse, e eu guardei minha adaga. Peguei uma mochila que tinha umas coisas para eu levar, e saí do chalé. Annabeth nos aguardava do lado de fora. 

-

Quando eu percebi, eu não estava mais com Annabeth e Percy. Eu estava em um lugar escuro. Em cima de mim, estava o céu. Com suas bonitas estrelas. Me vi deitada no chão. Peguei minha adaga, e me levantei. Do nada, senti uma dor, que me fez hesitar e cair no chão. Me apoiei sobre algo. A dor que eu sentira era forte. As luzes se acenderam, e eu me encontrei em campo aberto. Mas não apenas só um campo aberto. No meio de uma batalha. Vi meu sangue escorrer. Está tudo sendo tão rápido, que eu mal consigo descrever:

Eu estava sentada encostada em uma parede fria. Eu estava com uma lança em meu peito. Bem no coração. Eu estava morrendo. Lágrimas saiam de meus olhos. Minha visão ia ficando ruim. A batalha em meu redor estava silenciosa. Deve ser apenas para mim, uma pessoa que está morrendo. Eu vi alguém tirar a lança de mim, atirar em uma pessoa que era meu assassino. A pessoa se sentou na minha frente. Começou a falar frases que eu não pudia compreender bem. Algo como "Não morra, fique aqui, fique comigo" E eu não conseguia ver quem era. Minha visão ia piorando mais. Atrás da pessoa eu via explosões, sangue. Muito sangue. Igual ao sangue que saia de meu ferimento. Eu não conseguia mais respirar bem. A pessoa em minha frente começou a ficar desesperada. Eu deslizei sobre a parede fria. Eu estava deitada, no chão. As estrelas brilhavam no céu. Eu gostaria de dizer a minha última frase. Mas quando tentei falar alguma coisa, eu já tinha percebido que eu tinha morrido. 

Porém eu ouvi uma voz. Minha visão estava totalmente branca. Eu estava imóvel. As lágrimas em meus olhos eram a única coisa que se movimentava. A voz apenas disse:

- O mar agora está calmo. A chama que foi acesa agora está acabada. Agora, finalmente, a Menina da Água, tem a paz que  sempre quis. 

Eu não sei da onde veio essa frase, mas eu murmurei:

- Mas eu sou a Menina da Água.

Eu voltarei.