POV. Thalia

Oh céus, por que a Grazi não chega logo? Que coisa! Bom, meu plano está totalmente pronto, em minha cabeça, mas ok. Só precisamos comprar algumas coisas agora a tarde para ficar perfeito. De repente ouço meu celular tocar, mensagem...

03/12/13 às 16:30 de Grazi

“Abre a porta, macaca, tô subindo!”

E ela chegou. Fui em direção a porta, abri e vi uma Graziela quase tropeçando em uma garotinha que tentava entrar no elevador. Sim, ela estava mexendo no celular e com um sorriso maior que o rosto.

– Oi Thaliaaaaa! – sim, ela gritou e pulou em cima de mim me esmagando totalmente.

– Ah, me deixa, sai de cima de mim, tô morrendo, Henrique me ajuda! - e ela saiu

– Adivinha só? – ela perguntou com o olhar daquelas crianças que ganham os brinquedos esperados no Natal

– Depois eu adivinho, tenho que te contar meu plano!

– Eu estou namorando! Não é demais?

– Então, a gente vai ao show e lá eu vou...

–Sim! E sabe com quem? Com o Alex!

– A gente precisa comprar cartolinas, canetinhas e uns potinhos de gliter para... Espera! Você disse que está namorando? – ela assentiu sorrindo como o coringa. – Meu Deus, Grazi, isso é demais!

– Eu sei, perfeito né? Eu estou tão feliz e radiante! Ele foi la em casa de madrugada pra fazer o pedido, foi demais!

– Ai meu Deus! – neste momento estamos gritando como gazelas e pulando em meu quarto.

– Ei, ei, ei! Isso aqui não é parquinho não e tem gente que tá tentando dormir aqui... – Henrique, que, aliás, está muito sumido dessa historia, apareceu na porta com o rosto todo amassado, por acaso devíamos tê-lo acordado. Ups. – Por que estão gritando?

– A Grazi começou a namorar!

– Hm... Com quem? – ele perguntou com cara de desinteressado (o que não é nada verdade, porque todo mundo sabe que ele é curioso e há 1 ano atrás era apaixonado pela Grazi).

– Alex, o gatinho perfeito da DAC! – ela gritou

– Ui, famosa! Felicidades, mas parem de gritar. – ele a abraçou e foi embora.

Finalmente consegui contar meu plano pra Grazi e ela foi super a favor de me ajudar a montar as coisas. Fomos comprar os materiais, montamos tudo e fomos tomar banho, afinal hoje é o dia do show e, por acaso, é a melhor sexta-feira do século! ~lê eu aqui pulando no chuveiro. NÃO IMAGINEM!~

Horas depois já estávamos prontas e ajeitadas pra ir. Coloquei tudo o que precisaria numa sacola e peguei uma pequena bolsinha pra colocar o celular. Grazi colocou um vestidinho verde com uns passarinhos fofinhos voando da barra e um Oxford azul marinho. Já eu estava com uma camiseta fina manga longa, calça vermelha, All-Star azul marinho e meu inseparável slouchy beanie cinza (N.A.: Slouchy Beanie é basicamente aqueles gorros mais fofinhos atrás que estão usando agora ^^).

– Oh pai! – Fiquem cientes de que eu não falei, eu gritei. Ah, esqueci as sacolas!

Voltei lá pra cima, ajudei Grazi com as sacolas e fomos pro carro, mas antes dei tchau a minha mãe e a meu irmão.

– Diga ‘’olá’’ ao meu genro, Thalia! – ah não, de novo não...

– Mãe, eu já disse que ele não é meu namorado! – gritei fechando a porta e indo em direção ao elevador, porém não antes de escutar um ‘’É sim” vindo de dentro de casa.

Demoramos uns 30 minutos pra chegar até la, passamos pelo segurança, ele revistou as sacolas e bolsinhas e nos deixou entrar. Ficamos na segunda fileira de frente para o palco e Grazi quase me jogou da escada por isso – de animação ok? Finalmente ouvimos um barulho e o cara da bateria, acho que o nome dele é Jeremy, começou a fazer uma batida muito contagiante e todos no recinto (Oh, recinto! Que bonitinho eu falando certo. Ok, foco!) começaram a dançar e bater palmas.

Dai os meninos começaram a entrar nessa sequencia: Bernard pulando, Peter rebolando, Derek balançando os braços, Alex dançando e Sullivan? Ah, Sullivan... Ele apareceu correndo pelo palco e depois pegou uma das baquetas de Jeremy e o acompanhou nas batidas, pegou o microfone e gritou abandonando a bateria:

– Olá São Paulo! É muito bom estar com vocês esta noite, espero que seja inesquecível e que seja a melhor sexta-feira de todas! – ah vai, vai sim...

Eles começaram o repertorio com Up All Night, foram pra Best Song Ever, Wath Makes You Beaultiful, Little Things, One Thing e depois eles saíram do palco. Voltaram com roupas diferentes e um violão.

– Bom galera, queremos propor algo a vocês. Nós vamos cantar uma musica que não é nossa, mas é de uma amiga muito legal e essa musica é muito fofa e arco-íris. Por isso, se vocês estiverem namorando ou pegando alguém ou gostando de alguém que não seja nós, porque neste momento não estamos tão disponíveis, mentalizem essa pessoa e cantem com a gente com todo amor e carinho. Quero todo mundo chorando nessa bugaça! – disse Alex e nós rimos no final. Em seguida, Sullivan começou a tocar Perfect Two- Auburn e a maioria do pessoal começaram a cantar junto. Alex nas partes: ‘’Cause you the apple to my pie’’ e ‘’We’re the perfect two’’ olhava pra Grazi e ficavam sorrindo que em dois idiotas. Quase estava escrito ‘’Bobo Apaixonado’’ na testa dos dois, um mel.

E foi aí que resolvi colocar meu plano em prática! Sullivan ocasionalmente olhava pra mim e eu decidi que está seria a hora perfeita pra reconquistá-lo. Avisei Grazi, pegamos tudo de dentro da sacola e eu encorajada levantei o cartaz que estava escrito: ‘’O cara é você, tio do violão!”, em inglês, claro. Os meninos viram e foram tentar chamar a atenção dele pra mim e assim foi. De repente... Ele olhou! AAAAHHHH, ELE OLHOU!! Eu abaixei o cartaz e ele ainda estava olhando e cantando lentamente. Eu corei, ele corou, nós nos olhamos e ele arregalou os olhos e sorriu, eu sorri e ele fez um sinal de espera e eu concordei. Abaixei o cartaz e continuei cantando a musica com um sorriso enorme no rosto, foram cantadas mais algumas musicas, nós dançamos e pulamos muito e finalmente acabou, vou poder declarar meu amor! (Isso foi muito gay). Eles se despediram e foram pro camarim.

– Cara, foi muito perfeito! – Grazi gritou em meu ouvido e me abraçou pulando.

– Eu sei, eu sei! Finalmente vou falar com eles! – e nós gritamos mais.

Esperamos um tempo até o pessoal que ainda faltava ir embora e subimos pro camarim. Na porta havia um guarda maior que meu prédio.

– O que desejam? – ele perguntou carrancudo tendo que olhar pra baixo pra nos ver ~aceninho básico~

– Queremos falar com eles! – respondemos juntas.

– Não podem.

– Mas somos amiga e namorada deles! – disse Grazi implorando

– Digam isso às outras 100 meninas ali ao lado – apontou pra um canto do corredor onde havia mesmo, aparentemente, mais de 100 garotas desesperadas. -... E ai podem entrar.

– Você não pode nem mesmo perguntar pra eles?

– Ok, mas se eles negarem caiam fora! – assentimos sorrindo – Nomes?

– Thalia e Graziela – ele abriu a porta, colocou o cabeção na fresta e falou alguma coisa. Voltou.

– Hm, podem entrar.

Ah, esse é o melhor dia da minha vida!