POV. Grazi

E agora, o que eu digo? Estou muito indecisa, porque não quero estragar nossa amizade que acabou de começar. Tudo bem, eu sei que as pessoas falam isso porque estão com medo de assumir uma responsabilidade dessas, se envolver com alguém e ter que dar uma parte do seu tempo pra cultivar uma relação e cuidar do outro e ainda... Ah, Graziela, você acha de mais! Quer saber, vamos lá.

‘’Alex, meu nome não é tão grande assim!’’

‘’ Eu sei, é que só tava a fim de enrolar um pouco. Mas você não respondeu a minha pergunta!’’

‘’ Então, sabe, eu tenho medo de estragar essa nossa amizade que começou há pouco tempo ... Posso pensar mais um pouco?’’

‘’Hm... Primeiro atende a porta.’’

Dois segundos depois a campainha soou... Levantei com muita relutância, calcei os chinelos, prendi o cabelo e fui até a porta. Quando a abri, vi um Alex todo ensopado (estava chovendo lá fora), com uma camiseta do Homem de Ferro, uma caixa de chocolates e um embrulho nas mãos.

– O que é isso? – perguntei perplexa

– Você tem 3 segundos pra pensar. Graziela Andrade da Amazônia, digo, da Mata *risos* aceita namorar comigo? – ele se ajoelhou e entregou o embrulho

– Alex, eu não acredito! – enterrei meu rosto nas mãos e la abri um sorriso maior que a galáxia.

– Então, o que me responde? – perguntou olhando pra mim com uma de suas sobrancelhas arqueadas. Sexy.

– Sinceramente? – perguntei

– Sinceramente. – respondeu

– Eu... Acho... - fechei a cara e ele arregalou os olhos marejados, desfez o sorriso... – CLARO QUE SIM, SEU DOIDO! – Então ele se levantou com um enorme sorriso no rosto, me pegou no colo, me girou pela sala do apartamento e tascou-me um beijo. Ah, aquele beijo, os melhores segundos da minha vida! Alex é pra casar, fala sério... Droga, já to falando em casar e o namoro só tem 10 segundos, imagina quando tiver 1 minuto e 2 e 1 mês e 1 ano e 10 anos... Ai meu Deus, eu estou tão feliz!

Ele terminou o beijo com selinhos e abriu os olhos azuis que estavam quase irradiando arco-íris e abriu aquele sorriso mais do que perfeito e eu fiz o mesmo. Naquela hora tudo ao nosso redor escureceu e ficamos só ele e eu na sala. Ele me olhava, eu o olhava e os dois tentavam guardar aqueles mínimos detalhes.

– Não sabe o quanto eu sonhei com isso. – ele disse olhando em meus olhos

– Em que? Beijar-me? Mas você já tinha feito isso, bobinho!- eu disse e ele soltou aquelas risadinhas. Perfeito.

– Não, ter você só pra mim. Não sabe o quanto sonhei com isso... – ele me olhava de uma forma tão protetora – Então, vai abrir o presente?

– Claro! – fui até o sofá, ainda segurando em sua mão, e peguei o presente. Rasguei completamente o papel de embrulho e fiquei perplexa ao ver o que havia lá dentro. – Seu boneco? E um potinho com alianças? Sabia que você é perfeito?

– Normal, mamãe passou açúcar em mim! – Opa, alguém andou ouvindo funk por aqui...

– Besta... Te amo sabia?

– Sabia! E sabe o que mais eu sei? – perguntou sorrindo e eu neguei com a cabeça – Que eu sou completamente apaixonado por você, minha bebezinha!

– Nhooom, meu Deus, vou morrer de fofura! – respondi abrindo a caixa pra pegar o potinho de veludo que havia lá dentro. Segurei sua mão, beijei-a e beijei a aliança colocando-a no seu dedo. Ele assim o fez comigo e segurou meu rosto com as duas mãos, beijou-me e me fez deitar em seu colo. Ficamos conversando um tempo, ele fazia cafuné em mim e assistíamos TV, depois de um tempo dormi afinal eram 5:30hrs da manha. A ultima coisa de que me lembro foi sentir um beijo em minha testa e um “Boa noite, meu anjo’’.

Acordei com um toque de mensagem, vi a hora, e olhei a mensagem: Thalia

“Grazi, pode vir aqui em casa por favor?’’

‘’Claro, aconteceu algo?’’

‘’Não agora, mas pode vir? Tenho a solução pros meus problemas’’

‘’O que você tá aprontando hein Thalia?’’

‘’Nada uai, você vai saber se chegar aqui em menos de 30min’’

‘’Ah, demora 20 minutos pra chegar à sua casa e eu nem troquei de roupa.. Umas 15hrs eu to por ai ta?’’

‘’Ok, mas vem voando. Beijos’’

Bloqueei celular e fui tomar banho. Demorei uns 20 minutos e sai. Coloquei uma calça jeans estampada azul marinho com flores coloridas, uma blusa amarela clara e fui tomar meu café ou almoço ou do que você quiser chamar. Peguei suco e pão e fui pro sofá assistindo O Incrivel Mundo de Gumball. Logo o interfone toca.

– Adkfjdko? – desculpem, boca cheia. – Alo?

– Senhorita Graziela, tem um garoto chamado Alex aqui e quer ver a senhorita. – e eu estou boba alegre de novo que nem um unicórnio. Isso é normal?

– Ah, claro. Pode mandar subir por favor! – Agora estou pulando, tenho certeza de que isso não é normal. – Obrigado Jared!

– Não há de que! – ouvi ele falando alguma coisa com alguém e desligou.

5 minutos depois a campainha toca.

Olhei pelo olho mágico e primeiramente só vi cabelos, mas depois vi o rosto... Ai meu Deus, não pira Grazi! Destranquei a porta e abri. Q-U-E S-O-R-R-I-S-O L-I-N-D-O.

– Boa tarde, meu amor! – eu disse a ele que por sua vez não perdeu tempo de me agarrar.

– Boa tarde, minha florestinha! – (N.A: Entenderam? Floresta, da Mata, sobrenome dela... Não? Ok.) ele disse entre beijos. Parei abruptamente.

– Isso está virando bullying ok?

– Desculpe, mas é engraçado não? – ele disse sorrindo. Fechei a cara. – Não? – neguei. – Ah, desculpe.

– Não foi nada... E então, o que te traz aqui?

– Minhas pernas, talvez? – bati em seu braço com ‘’força’’.

– Idiota, é serio, hoje é o show, vocês tem que ensaiar!

–Eu sei, só queria te ver rapidinho. Só pra matar a saudade!

Fofura, derreti, tchau.