Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 7
Capítulo VII




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— Yeey!! Minna-san! Venham logo ao Host Maid Café dos Guardiões, no Royal Garden!! O único lugar onde você terá os seus amados guardiões servindo vocês, vestidos de maids ou de anfitriões! Não percam!

Usando uma chamativa roupa de maid cor-de-rosa, Yaya andava pela escola gritando, com uma placa desenhada por Anna, onde estava escrito os dados sobre a atração. Se a intenção era chamar a atenção, não podia haver escolha melhor do que a Ás, é claro, embora os guardiões não necessitassem exatamente de publicidade, pois já eram famosos o bastante na escola, e até fora dela, para atrais os clientes por si só.

— Ajudem as criancinhas do Orfanato Himawari! E tomem um ótimo chá preparado pelo lindo valete Fujisaki Nagihiko, enquanto conversam com maids e hosts incríveis! Até mesmo com a internacionalmente famosa Idol Hoshina Utau! Não percam essa chance única! E também temos o astro do futebol de Seiyo, Souma Kukai!! O príncipe de todas as alunas, Hotori Tadase! E não percam a chance de conversar com uma Tsundere Espanhola que…

— Já basta, Yaya! – surgida do nada, Stéffanie acertou um golpe bem dado na cabeça dela, impedindo ela de continuar a falar besteiras por aí. – Tadase me envió aquí para decirte que no necesita más publicidad, la cafetería ya es bastante cheia. (Tadase me mandou aqui para avisar que não precisa mais fazer publicidade, a cafeteria já está bastante cheia).

— Ah, que bom! Você está se divertindo lá Onee- chan? – Yaya indagou, baixando a placa e acompanhando Stéffanie de volta ao Royal Garden.

Servir chá a un montón de pendejos pervertidos mientras las chicas gritan locamente do outro lado. Por supuesto que sí. Quién no lo estaría? (Servir chá a um monte de idiotas pervertidos enquanto as garotas gritam ensandecidamente do outro lado. É claro que sim. Quem não estaria?)– ela revirou os olhos, entoando sarcasticamente enquanto Yaya ria. Sabia muito bem por que a garota estava irritada, e não tinha nada a ver com servir chá. Tinha mais a ver com as garotas gritando por Nagihiko, na certa.

— Mas você vai se esforçar, não é Onee-chan? Pelas crianças…

Sí. Por los niños. (Sim, pelas crianças.)– ela bufou, irritada, cruzando os braços em frente ao vestido azul-marinho de maid que estava usando desde o dia anterior.

As duas chegaram então ao Royal Garden, que havia se transformado em um verdadeiro clube de anfitriões. Havia mesas espalhadas por todo o espaço, entre as flores, e alguns sofás reservados ao redor onde podiam conversar com os seus clientes. Amu, Rima e Anna estavam todas atendendo as mesas, com os vestidos espalhafatosos de maid. Utau era a mais requisitada, pois logo os gritos de Yaya atraíram todos os fãs que ela tinha por ali, e agora estava rodeada por pessoas que queriam conversar com ela e pedir autógrafos. Do outro lado, nos sofás, os garotos estavam todos vestidos com ternos bem apessoados, e camisas meio abertas, mostrando muito mais do que deviam. Tadase, Nagihiko, Ikuto e Miguel faziam algum tipo de introdução à chegada das novas clientes:

http://www.youtube.com/watch?v=xoQGBYf98Xw

As garotas aplaudiram quando eles terminaram, e então, cada um seguiu de volta para seu lugar designado, alguns mais constrangidos do que outros. Eles conversavam com as garotas, nos sofás, e serviam a elas também. Tadase, Miguel, Giovanni e Kairi estavam ainda desconfortáveis com a situação, mas Nagihiko se saia relativamente bem, e Ikuto parecia ter sido feito para esse trabalho. Havia ainda uma fila de garotas ansiosas para tomar seus lugares do lado de fora.

— Que bom que vocês voltaram! – Amu, que passava de um lado para o outro com uma bandeja repleta de xícaras e bolos, exclamou ao ver Yaya e Stéffanie chegando – Aquelas duas mesas ali ainda precisam de atendimento. – o barulho de algo sendo derrubado e quebrado ecoou pelo lugar – e a Anna-chan precisa de ajuda. De novo.

Sorry, sorry… I did it again… (Desculpa, desculpa… eu fiz de novo…)- ela se apressava em tentar juntar as coisas que derrubou, pensando que estava estragando tudo e fazendo errado. Mas os garotos que estavam por perto todos a observavam com ar de interesse nos rostos, achando na verdade, muito moe. Tadase não gostou nada daquilo, e correu para ajudá-la.

— Ah, eu ajudo você Lewis-san.

— Que ultrajante, um Rei como você, Tadase, tendo que servir mesas de plebeus, e ainda ajudar a limpar o chão do seu próprio palácio! – Kiseki bradou indignado, referindo-se ao Royal Garden – Inclusive, eu já acho que é insolência o bastante usar a sede do seu governo para esses fins irrisórios como entretenimento dos populares!

— Nós estamos fazendo isso pelas crianças, Kiseki! – terminando de juntar os copos, que por serem de plástico não quebraram dessa vez, enquanto Anna limpava o líquido do chão com um pano.

— Ah… sim, eu havia me esquecido desse detalhe… Bem, se for para um fim nobre como ajudar o seu povo, Tadase, eu não vejo objeções… mas você podia muito bem mandar todos fazerem o serviço enquanto você supervisiona!

— Isso não seria justo. Agora pare de reclamar e vá arrumar algo para fazer! Você pode ajudar a Suu e a Temari, que concordaram em ajudar na cozinha!

— Você deve estar brincando comigo não é Tadase? – o semblante sério e embravecido de Kiseki era tão intenso que logo Tadase, e também Anna, não resistiram e começaram a rir dele.

— …”algo indigno como ajudar na cozinha, um Rei não deveria fazer essas coisas”… eu sei, eu sei… - Tadase se retratou – Bem, não importa o que você faça, eu vou continuar a trabalhar aqui…

— O que mais me indigna são essas vestimentas indecentes… - Kiseki continuou reclamando, voando até onde os outros charas estavam para olhar seus donos e comer um pouco da comida.

Do outro lado, Stéffanie andava a passos duros na direção das clientes que acabavam de chegar, e ao ver de quem se tratava, cerrou os dentes. Lembrou-se das palavras de Nagihiko, sobre ser educada com os clientes, não importando quem eles fossem, e o amaldiçoou internamente por aquilo.

Saaya se aproximou, sorrindo abertamente, acompanhada por outra garota, pouco mais baixa que ela, de cabelos longos e lisos, loiro-platinados, e olhos castanhos cobertos por uma espessa camada de maquiagem exagerada.

— Eu quero uma mesa – ela olhou ao redor – Ah, e eu quero requisitar o Tadase-sama! – ela gritou, agindo como se Stéffanie fosse de fato a sua criada. A espanhola rangeu os dentes, com uma veia latejando na testa.

— Eeeei, eu pensei que agente tinha vindo ver a Utau-sama!!! – a loira pulava, tentando encontrar a idol, que estava cercada por todos os fãs em uma das mesas.

— Depois, depois, Kaori! – Saaya ralhou com a garota, que parecia ser alguma amiga dela de outra escola – Onde está a nossa mesa? E o Tadase-sama? – ela indagou de volta para Stéffanie, usando um tom arrogante para se dirigir a ela. Stéffanie cerrou os punhos, ainda segurando a bandeja na mão.

— Ah, o Tadase-kun está ocupado ajudando a Lewis-san a servir! – Amu interviu, ao perceber que Stéffanie estava a ponto de bater na cabeça daquelas duas com a bandeja de metal.

— Aquela desengonçada de novo – Saaya bufou, impaciente – Que seja, veja para nós uma mesa logo, e eu espero por ele!

— Ai, aqui é tão apertado! Tem certeza de que a comida é boa? Eu não gosto de chá… - a loira chamada Kaori seguiu Saaya – Ah, eu quero requisitar aquele garoto alto ali!!! – ela apontou para Ikuto, entusiasmada. – E aquele! – ela apontou para Nagihiko.

Amu foi conduzindo as duas garotas para uma mesa vaga, enquanto Stéffanie contava até 10 ao ouvir as reclamações da garota, e quase saltou sobre ela ao vê-la olhando para Nagihiko, mas resolveu atender outra pessoa antes que acabasse fazendo um estrago. Ficou um tempinho distraída vendo Tadase ensinar à Anna como segurar a bandeja para não derrubar nada, e acabou contando mentalmente quanto tempo ela levaria para virar tudo de novo. Porém, logo seus olhos seguiram na direção de certo valete, que estava servindo às garotas de um jeito alegrinho demais pro seu gosto.

Ela viu também Utau sendo cercada por cada vez mais fãs, sem nem conseguir se movimentar pelo lugar, e Ikuto fazendo algumas garotas soltarem risadinhas esfuziantes. Kukai, vestia a camisa preta por baixo do paletó aberta, e alguns colares de ouro que combinavam com os brincos das suas orelhas. Não precisava se esforçar muito para manter as garotas interessadas, e bastava narrar a elas as histórias dos seus jogos, embora ele estivesse evidentemente exagerando muito ao contar sobre suas vitórias. Rima, com duas marias-chiquinhas volumosas amarradas por fitas, e o vestido preto de empregada, contava com seu batalhão de fãs, e parecia que eram eles quem a estavam servindo, e não o contrário. Giovanni não era muito de falar, e ainda enfrentava problemas com o idioma, de modo que ele acabou ficando a cargo da entrada, revezando com Nagihiko na cozinha.

Do lado onde foram colocados os sofás, Miguel estava cercado por um cinco garotas, e todas estavam muito mais perto dele do que deveriam, rindo exageradamente de qualquer coisa que ele dissesse, achando ele muito fofo e o deixando ainda mais desconfortável cada vez que o tocavam. Ele parecia estar prestes a fugir a qualquer momento. Por outro lado, Nagihiko ria simpaticamente, servindo mais chá para cada uma das garotas, e falando para elas como foi que ele preparou cada um daqueles bolinhos que estavam sendo servidos.

Yaya se aproximou do balcão onde ela descansava, depois de passar por cada uma das mesas para conversar um pouco com cada um. Stéffanie fingiu que não a viu, mais interessada em continuar a sua observação silenciosa, que parecia mais a de um sniper pronto para atirar. Aquele maldito garoto irritante! Ele não precisava sorrir tanto para aquelas oferecidas, nem tocar nelas desnecessariamente! Bastava servir o chá e sair, não precisava ficar conversando e contando histórias! Aquelas garotas tinham risadas irritantes, irritantes demais! Stéffanie estava a ponto de explodir, e imaginava maneiras de acabar com cada uma daquelas escandalosas, uma a uma, quando viu quem se aproximava na porta. Era Shunsuke.

Sua mente ávida por interessantes histórias logo se ativou, e ela cutucou Yaya na costela, para as duas observarem o desenrolar dos fatos. Anna havia se adiantado para atender Shunsuke que se aproximava, ainda meio hesitante, pela entrada. Yaya tentava conter um sorrisinho, mas Stéffanie já se adiantara e via Miguel, que ainda estava cercado de garotas, se remexer incomodado ao vê-lo. Comentou alguma coisa com Yaya, e as duas riram baixinho.

Welcome, Micchan’s friend! (Seja bem-vindo, amigo do Micchan)– Anna curvou-se da maneira respeitosa que haviam ensinado a ela na Inglaterra, segurando as pontas da saia delicadamente, com um pé na frente do outro. Tadase resolveu deixa-la cuidando da porta, já que ela não conseguia servir as mesas, mas já estava rapidamente mudando de ideia ao ver Shunsuke. – Qual das Maids would you liked to ask (empregadas você gostaria de pedir)? Hoshina Utau já está ocupada! – ela achou importante avisar.

— Eu não quero uma maid hoje… - ele sorriu cordialmente para ela, e levantou os olhos por cima dos óculos na direção de Miguel, que ainda o observava de longe – Eu quero o Miguel… - sussurrou para que apenas Anna ouvisse, e ela corou furiosamente, mal conseguindo gaguejar uma resposta de tanta emoção.

— Kyaa! - foi a única coisa que ela conseguiu falar, enquanto tentava de alguma maneira conduzir Shunsuke até um dos sofás vagos. Ele pagou muito mais dinheiro do que estava sendo cobrado pelo tempo com os atendentes, e pediu por exclusividade. Anna estava a ponto de ter um infarto, e queria a todo custo desenhar as cenas que se formaram na sua mente depois dessa inspiração toda. Tadase resmungou, incomodado, mesmo que devesse estar dando atenção às suas clientes agora. Yaya não conseguia mais segurar as suas risadas, tanto pela situação de Tadase quanto pela de Miguel. – Well (bem), Micchan… Sir Shunsuke pagou muito pelo seu tempo, then I think (então eu acho) que você é todo dele, now(agora)… - ela sorriu de uma forma estranha, e as lentes dos seus óculos brilharam – Please ladies (por favor, senhoritas), vocês devem me seguir até another host (outro anfitrião) que esteja livre…. – ela pediu para as garotas que cercavam Miguel, e todas lamentaram em conjunto, até que Anna as levou para Ikuto, e elas se animaram novamente.

— Então… - Shunsuke sorriu e sentou-se ao lado de Miguel no sofá reservado, fazendo o português recuar alguns centímetros, temeroso – Como está indo aqui? Está cheio de garotas não é?

— A-acho que as meninas realmente gostam mais deste tipo de evento… mas e-eu estou indo bem, talvez… - Miguel gaguejou nervosamente, tentando não imaginar nada de mais com aquela atitude estranha de Shunsuke ao requisitá-lo só para si – Você não precisava ter pagado tanto por isso, você sabe…

— Eu quero ajudar as crianças do orfanato. Só isso – ele sorriu gentilmente, e Miguel sentiu algo murchar em seu peito. É claro que era isso. O que mais poderia ser? – Ah, a peça de ontem… foi muito bom, não é?

— Penso que sim, realmente…

—Eu fiquei feliz de poder participar do festival com você, mesmo que não sejamos da mesma turma – Ele sorriu, aproximando-se ainda mais de Miguel no sofá. – Você realmente foi uma ótima Alice…

— E-e-eu… agradeço… o elogio – ele corou furiosamente, e Shunsuke sorriu, ajeitando os óculos.

—Então, o que você sugere para eu pedir?

— Ora, pois, para beber… acho que Chá preto, ou então um chocolate quente, estão deliciosos. Se você preferir, também temos café… Ah, o bolo de morango está ótimo… e o de chocolate também! Qualquer coisa que você pedir, em fato, está muito bom, por que Nagihiko é ótimo cozinheiro, e o Giovanni também não se saiu mal… - Miguel tagarelou sem perceber, e Shunsuke sorriu ao vê-lo falar com tanto entusiasmo.

— Você parece estar se divertindo com seus amigos guardiões hoje…

— Bem… apesar de ser meio incômodo ter que conversar com tantas garotas assim, não é de todo ruim. Todos são gentis, e é por uma boa causa que estamos fazendo isso, então… acho que vale a pena. É um bocado divertido também… - ele sorriu sem graça, erguendo os olhos cor de avelãs para o outro. Apesar de tudo, não podia negar que estava tendo bons momentos agora.

— Eu fico feliz por você… - Shunsuke deu pequenos tapinhas amigáveis na perna de Miguel, e sorrindo muito – Então, acho que vou fazer meu pedido…

— Ahn? Ah, sim, c-claro!

Enquanto isso, do outro lado do balcão, Yaya, Stéffanie e agora Anna, espiavam Shunsuke e Miguel. Embora não quisesse admitir, até mesmo a espanhola deixava escapar risadinhas estranhas de vez em quanto, enquanto os observavam.

— Voltem a trabalhar, vocês três! – Amu surgiu do nada, parecendo irritada, lembrando muito mais o seu lado “cool and spice”, que há muito ela não demonstrava. – Atendam aquela mesa ali… eu não aguento mais elas… - resmungou, apontando para a mesa onde Saaya e sua amiga estavam.

Okay, I’m going, then… (Tudo bem, eu estou indo então…)- Anna suspirou, partindo para o sacrifício, e andando até o lugar. Quase que imediatamente se arrependeu, pois as duas garotas olhavam para ela com aquele olhar provocador de quem resolveu importunar alguém. – Ahn… Can I help you? (Posso ajudá-las?) Posso anotar os seus pedidos…?

— Haaai! Eu quero o Hotori Tadase! – Saaya disse, com sua voz escandalosa. A outra garota riu, achando tudo maravilhoso.

— Olha, eu já estou aqui esperando há tanto tempo, que um autógrafo da Utau-sama e uma foto daquele garoto ali – ela apontou para Ikuto – sem camisa, já são o suficiente… ah, e eu quero um bolo de chocolate para acompanhar!

— Okay… so, a Choco Cake, and… (Então, um bolo de chocolate e…)- ela olhou para Saaya, esperando que ela dissesse o que queria comer.

— Hotori Tadase! Eu disse que quero requisitar o Hotori Tadase! – Saaya bradou autoritariamente.

No! – Anna levantou um pouco a voz, algo que não era comum – The Prince (o príncipe) não está disponível for you! – disse sem pensar, amassando a folhinha do bloco onde anotava. Ela nem sabia se Tadase estava ocupado ou não, mas apenas a ideia de vê-lo sendo cercado por aquela garota já fazia seu sangue ferver, então ela falou a primeira coisa que veio a sua cabeça. Logo depois percebeu o seu erro, e o quanto havia sido infantil pensando dessa maneira. Eles estavam ali para levantar fundos para o orfanato! Os pensamentos egoístas dela deveriam ficar em segundo plano nesse caso. – I mean… Mr. Hotori (Quero dizer… Senhor Hotori) está… ocupado nesse momento… - ainda que tivesse pensado isso, ela não conseguiu encontrar vontade para chamar Tadase naquele momento.

— Você é o que? Namorada dele por acaso? – a outra garota chamada Kaori riu, como se achasse a ideia ridícula. Anna corou até a raiz dos cabelos, estupefata com aquela suposição – Ah, vamos lá, vocês nem combinam um com o outro! Os guardiões são famosos na minha escola, também, sabe… e pelo o que eu sei, vocês não estão nem saindo! Está na cara que você corre atrás dele como um cachorrinho, abanando o rabinho para o que ele diz, mas isso não vai te levar a nada… o Hotori Tadase merece alguém com mais… nível que você. Sem ofensas, mas você é… sem sal. Mesmo sendo estrangeira! Que desperdício!

W-what? (O q-quê?)– Anna não sabia como responder a nenhuma das acusações, e não sabia nem mesmo por que aquela garota estava dizendo tudo aquilo quando elas nem mesmo se conheciam!

— É melhor você desistir logo de uma vez, o Hotori fica melhor… com alguém como a Saaya-chan, por exemplo… - ela sorriu, satisfeita por ver Anna sem palavras diante de sua brilhante dedução.

— Ahh, com licença! – Saaya ergueu-se da mesa, sem dar a Anna a chance de ficar indignada com aquela afirmação – Arrumem outra empregada para nós, essa americana não entende o que nós falamos! Será que eu não posso chamar o Hotori-samaaaa~~?

Por sorte, ou acaso, Tadase estava mesmo ocupado preparando as bebidas geladas – ou talvez ele só tivesse arrumado alguma tarefa ao ouvir Saaya chamando-o – então quem atendeu ao chamado da garota foi Stéffanie.

— … e o seu cabelo é esquisito… ele é assim mesmo ou você faz de propósito para as pessoas terem pena de você? – Kaori continuava tagarelando sem parar mesmo que Anna não parecesse querer escutá-la, e foi nessa hora que Stéffanie a interrompeu.

Algún problema, señoritas? (Algum problema, senhoritas?)– exagerando no tom polido, Stéffanie surgiu por trás. Seus olhos estavam em chamas, ela provavelmente esteve se segurando o tempo todo ouvindo as besteiras que aquelas duas falavam, e agora estava tentando não extravasar tudo de uma vez.

— Ah, você é a tal espanhola violenta! – Kaori sorriu – Acho que eu me lembro de você! Eu vi você andando com… ah, aquele garoto ali! Não é seu namorado? – ela apontou para o outro lado. Stéffanie quase teve uma síncope achando que ela tinha apontado para Nagihiko, mas na verdade o dedo dela seguia Miguel, que estava sentado em um dos sofás com Shunsuke conversando sem notar o mundo ao redor.

— O Micchan? Estás loca? (Está maluca?)– ela indagou de volta, arqueando a sobrancelha. Anna quase deixou escapar uma risada, pensando no quão bizarro era pensar que Miguel pudesse ser namorado de qualquer uma das garotas ali. De onde essa garota tinha tirado essa ideia?

— Ara, vocês ficam bonitinhos juntos, é o que eu acho! – Kaori continuou, sem dar ouvidos a ela.

Y yo creo que mi vida personal no diz a respeito à ninguno de ustedes! (Eu não acho que a minha vida pessoal tem nada a ver com nenhuma de vocês) – ela replicou rispidamente, batendo com o bloquinho de anotações na mesa - Diga lo que usted quiere comer o saia logo de aqui y dar lugar a aquellos que realmente quieran estar aquí! (Digam logo o que querem comer, ou saiam logo daqui e deixem o lugar para aqueles que realmente querem estar aqui!).

— Heey, isso é maneira de tratar seus clientes? – Saaya praticamente berrou, querendo chamar a atenção de todos ali para si.

— Se não está namorando o garoto português, então não vai arrumar um namorado nunca, mal-educada desse jeito… - a garota loira comentou como quem não quer nada.

Lo que has dicho? (O que disse?)– Stéffanie levantou a voz, batendo as duas mãos na mesa dessa vez. A garota sobressaltou, mas continuou com o sorriso debochado na cara. Parecia se divertir ao irritar as pessoas.

— Bem, eu estou dizendo que você devia fazer como a quatro-olhos ali e se fingir de boba. Eu aposto como ela fica aí toda atrapalhada e distraída para chamar a atenção dos garotos, não é??- ela riu alto, antes de continuar – Os garotos não gostam de meninas violentas! Se você ficar se fazendo de idiota, eles gostam de você! Você já tem esse sotaque esquisito, e ainda fica agindo dessa maneira! É claro que não é popular! Não é mesmo Saaya?

— Não me interessa, apenas tragam logo o Hotori-sama para mim!!!

—Ei, e o meu pedido vem ou não vem afinal? Acho que eu quero outra pessoa para me atender… – ela falou para Stéffanie, que há essa altura já estava espumando de fúria, com os olhos em chamas. Fechou as mãos em punho, com o corpo todo tremendo de raiva. Mais uma palavra daquela garota, e ela não conseguiria se segurar – Certo, então eu quero aquele que que está de camisa roxa, com cabelo comprido! Chame-o para mim! O que tem cara de menina!! Ah, ele é lindo não é? Vamos lá, garota, chame logo ele! Ele faz o meu tipo… aah, eu com certeza vou conquistá-lo e… o que foi? Aah, entendi! Você gosta dele! Mas vocês nem combinam, e…

BASTA! (CHEGA!)– ela gritou, fazendo a garota calar a boca imediatamente - YA NO AGUANTO MÁS! TE VOY A HACER TRAGAR TODAS ESTAS PALABRAS, PERRA ESTÚPIDA! (JÁ NÃO AGUENTO MAIS! VOU FAZER VOCÊ ENGOLIR TODAS ESSAS PALAVRAS, VADIA!)– e dizendo isso, pulou para cima da garota, arrancando-a do lugar. Saaya começou a gritar como uma maluca, chamando pela polícia, enquanto Anna andava de um lado para o outro, querendo chamar ajuda, mas sem saber para que lado correr.

Nagihiko, que já estava de olho em Stéffanie há algum tempo, foi o primeiro a chegar, e segurou a espanhola pela cintura, erguendo-a no ar enquanto a afastava de Kaori, que já estava caída no chão toda descabelada e com a roupa amarrotada. Stéffanie havia conseguido acertá-la uma ou duas vezes, antes de Nagihiko chegar. Balançando as pernas no ar para ainda tentar acertá-la alguma outra vez, Stéffanie tentava se desvencilhar dos braços de Nagihiko a todo custo, enquanto gritava uma sessão interminável de palavrões em espanhol que ninguém entendia, mas que deviam ser muito ofensivos.

— Ei, o que está acontecendo aqui, Blanca-san? Eu disse para você que era errado bater nos clientes, não disse? – ele tentava falar enquanto a segurava com força. – Pode não parecer, mas ainda estamos na escola!

NO IMPORTA! – ela berrou, acertando mais de uma vez as costelas de Nagihiko com o cotovelo, e pisou nos pés dele, mas ele se manteve firme em segurá-la – SÓLO QUIERO ARRANCAR EL PELO DE ESTA PERRA Y HACER QUE SE ARREPIENTAN DE TODA LA MIERDA QUE SALE DE LA BOCA! (EU SÓ QUERO ARRANCAR TODO O PELO DESSA VADIA E FAZER ELA SE ARREPENDER DE TODA A MERDA QUE SAI DA SUA BOCA!)– Ela ainda tentava acertar a garota ou o próprio Nagihiko com os pés, enquanto gritava ensandecida, mas infelizmente não obteve sucesso dessa vez. - Vaya por delante, Setsuna, la golpea! Ayuda-me! (Vá em frente, Setsuna, bate nela! Me ajuda!)– ordenou à Chara, que havia vindo com os outros para ver a confusão.

Cómo debo hacer esto, Stéffanie! Mira mi tamanho! (Como que eu vou fazer isso, Stéffanie? Olha meu tamanho!)– a chara replicou, confusa.

— Vamos, vamos, Setsu!!! Vamos acabar com as vadias!! – Grace queria colocar mais lenha na fogueira, e começou a puxar o cabelo de Saaya, do outro lado, mas é claro que a garota não sentia nada, e continuava gritando feito louca para todos os lados. Se Miguel não estivesse ainda distraído com Shunsuke do outro lado do salão, ela já teria levado uma bronca.

— Garota maluca!! Eu vou processar todos vocês! – Kaori gritou, parecendo mais descontrolada dessa vez – Vocês não terão dinheiro nem para comprar uma caixinha de suco na máquina de vendas, quanto mais pra ajudar criancinhas por aí, guardiões malditos!

— Viu, Tadase? É isso o que você ganha por abrir seu Palácio para qualquer plebeu desclassificado. Espero que aprenda a lição! – Kiseki apontou para a garota como quem cita um exemplo, embora Tadase, que havia corrido até ali assim que ouviu as vozes exaltadas, nem estivesse o ouvindo, ainda tentando entender o que estava acontecendo ali.

— Calma, querida… - surgindo dos fundo, Ikuto aproximou-se da garota, entregando a ela uma rosa que acabara de colher dali do Royal Garden mesmo. A garota corou furiosamente, parando de gritar a se deixando levar pelo exuberante sorriso que Ikuto exibia para ela. Ele a ajudou a levantar, e prendeu a rosa nos cabelos loiros dela – Se você tirar o nosso dinheiro, não poderemos mais cuidar de todas essas lindas e delicadas flores que estão aqui hoje… - ele apontou para as garotas que estava atendendo antes, e elas gritaram de emoção – Venha aqui, eu vou conduzi-la até a saída… acompanhe-me… - ele começou a levar a garota, que ainda estava hipnotizada pela sua presença, para fora. Inconformada com isso, Saaya a seguiu, ainda tonta pela sequência de eventos, e querendo uma remuneração por não ter sido capaz de requisitar Tadase. Ela só foi embora por que estava com medo de acabar apanhando também.

— Ah, foi uma sorte trazer o Ikuto, viu? – Utau, que havia notado a confusão de longe, foi quem instruiu o irmão a intervir, muito embora ele não parecesse muito inclinado a fazer isso – Ele tem um talento natural pra essa coisa de host nee? Acho que eu deveria investir nisso…Então, o que aconteceu aqui?

I d-don’t know, well… (Eu não sei, bem… )- Anna tentava de alguma forma falar o que acontecera, mas a verdade era que estava tão confusa que viu apenas o borrão azul que cortou sua visão quando Stéffanie pulou em Kaori, e não conseguia explicar isso em palavras. – The girl (a garota) estava falando um monte de coisas ruins para nós, so… she just… attacked (então… ela apenas… atacou)!

Esa perra estaba hablando un montón de insultos para Anna y yo, no consegui segurar-me! Debería haber dejado que me ocupe de él! Me gustaría pulir el suelo con su focinho!!! (Essa cadela estava falando um monte de insultos para Anna e eu não consegui me segurar! Deveriam ter me deixado cuidar dela! Gostaria de limpar o chão com seu focinho!)

— Ela queria brigar com você também, Lewis-san? – Tadase indagou, preocupado, lembrando-se da vez em que Anna o contou que costumava ser importunada pelas colegas da escola, mas ela sorriu, tentando tranquiliza-lo.

— Não foi nada de mais, actually (na verdade)... I do not take offense, so I'm fine. (Eu não me ofendi, então, está tudo bem…) – ela ajeitou os óculos no rosto, corando ligeiramente - ... and, thank you, Miss Stéffanie, you were defending me too ...(e obrigada, Senhorita Stéffanie, você estava me defendendo também) Eu nunca seria capaz de atacar a garota daquela maneira! Was amazing! (Foi incrível!).

No había nada más, cualquiera hubiera hecho lo mismo ... y de todos modos, es mejor que volver al trabajo una vez… (Não foi nada demais, qualquer um teria feito o mesmo… É melhor voltar ao trabalho de uma vez) - ela virou o rosto corado para o lado, cruzando os braços.

— Está mesmo cheio… é uma sorte que não tenham todos fugido com medo do Furacão de la Blanca, não é? – Nagihiko riu, passando a mão pelo topo da cabeça da garota como uma forma de cumprimentá-la pelo feito, que não era de fato algo que devesse ser incentivado. Ela bufou, irritada.

— Na verdade, isso foi bem impressionante, Blanca-san… - Utau comentou rapidamente, tendo que retornar logo para onde estava.

— Sim… apesar de não pensar que não é certo usar violência, não posso deixar de ficar impressionado! – Tadase concordou – Aquela garota devia estar sendo muito inoportuna…

— …but Miss Stéffanie deu um jeito dela! – Anna comemorou, batendo palmas animadamente.

— Tadase, você deveria realojar essa garota como membro oficial da sua Guarda Real! – Kiseki sugeriu, como se fosse uma ideia estupenda.

Gracias… supongo… (Obrigada… eu acho…) - ela virou o rosto ainda mais afogueado, e então, todos tiveram que voltar ao trabalho imediatamente. Já haviam matado tempo demais, ainda tinham muitas mesas para atender, e a fila do lado de fora só fazia aumentar. Outras pessoas entravam agora, esperando para serem alojadas e alguma das mesas. Todos voltaram a seus postos, animados com o trabalho que estavam realizando, e se divertindo muito com isso.

— Ah… Irashaimasen, Goshujin-sama!


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Notas finais do capítulo

Yoo minna-san~ Shiroyuki desu! Irashaimasen, Ojou-sama-tachi!

O que acharam do café dos guardiões? Ah, eu queria ir num desses~ imagina só! Não sei nem que eu requisitaria primeiro *-* E vocês?
Bem~ vou colocar aqui links de algumas imagens, só para vocês terem uma ideia de como eram as roupas de alguns dos nossos maids e hosts~

Os garotos: http://imageshack.com/a/img33/9923/kd7q.png ~ devidamente editados para parecerem mais com eles, daquele mesmo vídeo...

Stéffanie: http://imageshack.com/a/img12/8231/dfc1.jpg ~ a mesma roupa de antes, mas ainda vou colocar de novo...

Anna: http://imageshack.com/a/img534/391/inih.png

Yaya: http://imageshack.com/a/img191/797/weel.png

Rima: http://static.zerochan.net/Aisaka.Taiga.full.468868.jpg

Utau: http://imageshack.com/a/img163/1346/0s1h.png

Amu: http://static.zerochan.net/Code.Geass%3A.Lelouch.of.the.Rebellion.full.789504.jpg ~tbm com a mesma roupa do dia anterior


Imagens meramente ilustrativas XD, as imagens da Anna, da Yaya e dos meninos foram editadas por mim, mas outras são assim mesmo... e nenhuma delas fui eu quem desenhou... claro.

Aproveitando a oportunidade, gostaria de contar a vocês que uma das nossas leitoras, Diah Lisah-chan, escreveu uma oneshot usando o universo de Revenge, com os personagens originais nossos~ então, estou convidando todo mundo a ler, por que ficou incrível!!

http://fanfiction.com.br/historia/423716/Revenge_O_Aniversario_Diferente/

Por favor, deem uma passadinha lá, deixem reviews, vocês não vão se arrepender o//




Bem, acho que era isso, não vou me demorar demais aqui... espero que tenham gostado do Host/Maid Club Guardians... e voltem sempre o/ não se esqueçam dos reviews~

bye bye ~ o/ ♥



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