Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 62
Capítulo LXII




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Conforme Yaya havia combinado junto com as outras meninas, elas andavam se encontrando depois das reuniões no Royal Garden para planejarem um evento pelo qual esperavam há meses. Totalmente alheias à situação alarmante em que um de seus amigos se encontrava, as Guardiãs andavam se encontrando junto com Utau para fazerem os preparativos do que desejavam que fosse um encontro perfeito. Expulsaram Anna descaradamente na primeira vez e que ela tentou perguntar sobre o que as amigas tanto cochichavam pelos cantos, dizendo apenas que ela saberia do que se tratava na hora certa.


E quando a "hora certa" enfim chegou, naquela sexta-feira à noite, a inglesa recebeu uma ligação e quase sentiu seu coração saltar pela boca quando ouviu Tadase convidando-a para um encontro do outro lado da linha. Sua voz saía meio tremida e era evidente que ele devia estar tão nervoso com essa ideia quanto ela, pois gaguejava um pouco, mas aquilo era definitivamente o convite para um encontro. Depois de absorver bem todas as informações, Anna aceitou prontamente, tentando não parecer tão nervosa quanto estava, e eles combinaram de se encontrar na manhã seguinte em uma praça pública.


— O que aconteceu, Anna? Por que está com essa cara? - Rima indagou, sentada na sala assistindo a um programa de comédia na televisão, como quem não quer nada, muito embora já soubesse do que se tratava
— Era the Prince in the phone (o princípe no telefone)… e-ele me convidou para sair em… e-em um… err… on a d-d-date (em um encontro)… - ela gaguejou com dificuldade, mal ousando acreditar no que Tadase dissera. Nunca em sua vida Anna jamais imaginou que sairia em um encontro com algum garoto. Jamais cogitou sequer a hipótese de um dia se apaixonar por alguém, muito menos arranjar um namorado... que dirá sair em um encontro! Embora aquilo fosse algo completamente natural para duas pessoas que se gostavam, a inglesa ainda não havia conseguido processar toda aquela informação direito. A declaração de Tadase, o pedido de namoro, e agora ele a convidara para um encontro... tudo aquilo parecia ser bom demais para ser verdade.
— Bem, já estava na hora. Vocês já estão namorando a uma semana afinal, não é? - Rima comentou apenas, embora deixasse escapar um pequeno sorrisinho. Ela havia preparado tudo aquilo junto com as outras garotas, pois sabia muito bem que, lentos do jeito que eram, mesmo que já estivessem namorando, aqueles dois ainda demorariam para ter algum avanço.
Yes, but… a date…? (Sim, mas… um encontro…?) - Anna murmurou, o rosto inteiramente enrubescido só com aquela ideia - Q-Quero dizer, eu já li vários mangás com situações assim, but… jamais imaginei que um dia me encontraria em uma situação como essa… what I do, Miss Mashiro? I have no idea how to act on a date! (O que eu faço, senhorita Mashiro? Não tenho ideia de como agir em um encontro) - ela olhou desesperada para Rima, como um filhotinho fofo perdido.
— Céus, você não tem jeito mesmo… - a loira passou a mão pelos longos cabelos, impaciente - Você disse que já leu vários mangás sobre isso, certo? - ela indagou, e a inglesa confirmou - Então! Você vai fazer exatamente o que os seus queridos personagens de mangás fazem em encontros! - ela exclamou o óbvio, mas isso só serviu para fazer Anna corar mais ainda e deixar escapar um gritinho agudo.
B-B-But this is… v-very embarrassing (Mas isso é muito embaraçoso).
— Certo, certo, não surte antecipadamente, Anna. Lembre-se que, se foi o Tadase quem te convidou, então ele deve ter planejado alguma coisa afinal - a menor tentou acalmá-la - Acho que, por ora, você só precisa se preocupar com o que vai vestir durante o encontro.
— Ah, certo… e-está bem… - a inglesa respirou fundo, tentando se acalmar - So… what should I wear? (Então… o que eu devo vestir?) - ela voltou a encarar Rima com o olhar perdido, e foi a vez da loira suspirar.
— Venha, vamos dar uma olhada no seu guarda-roupa.


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E assim, na manhã seguinte, Anna dirigiu-se até o local combinado, andando o mais depressa que conseguia sem tropeçar. Ela não sabia muito bem como deveria se arrumar para uma ocasião como essa, mas Rima cuidou para que ela ficasse o mais bonita e graciosa possível. Quando viu as roupas da amiga, teve vontade de emprestar uma das suas de tão simples e folgadas que eram as roupas da inglesa, que geralmente se importava mais com sentir-se confortável do que parecer fofa, porém isso não era possível devido à evidente diferença de tamanho entre elas. Sendo assim, ela fez o melhor que pôde, selecionando a dedo as melhores roupas que Anna possuía, ignorando completamente seus protestos quando ela achava que algo ficaria muito constrangedor nela, ou quando dizia que a saia era muito curta, ao que Rima respondia simplesmente "Mas essa roupa é sua, nada mais natural do que você usá-la, certo?", o que a deixava completamente sem argumentos.


E enquanto a garota dirigia-se ao local marcado, Tadase já a esperava lá, um tanto ansioso, balançando-se nas plantas dos pés nervosamente. Ao contrário do que Rima dissera para Anna, ele não tinha a menor ideia de como agir ou o que fazer em um encontro, pois nunca tinha ido em nenhum, e estava justamente pensando naquilo quando sobressaltou-se ao avistar alguém andando na direção dele. No entanto, não era Anna, e sim Miguel, a última pessoal que ele esperava ver naquele lugar.


— Ah, finalmente te achei - o português falou ao avistá-lo, indo na direção de Tadase.
— Gonçalves-kun… ahn… o que está fazendo aqui? - o loiro indagou meio desconfiado. Até temeu que Yaya pudesse estar espiando-o de algum lugar secretamente com um binóculo ou coisa do tipo, mas se intrometer no primeiro encontro dos outros assim tão descaradamente não parecia ser do feitio de Miguel.
— Desculpe aparecer assim de repente justo hoje, mas é que a Yaya me pediu para te entregar isso - ele estendeu um papel para Tadase que, ao desdobrá-lo, viu que se tratava de uma espécie de lista sobre o que fazer em um encontro. Primeiro passear e conversar um pouco, talvez tomar um sorvete, sugerir as diversas atrações que haviam perto dali e deixar que a garota escolhesse aonde queria ir, e depois… outras coisas mais embaraçosas que ele preferiu não ler enquanto tinha platéia - Na verdade a Yaya queria te entregar isso pessoalmente, mas… bem, ela estava fazendo tanto escândalo que a Amu e a Utau ficaram segurando ela enquanto a Stéffanie ameaçava bater nela com um par de sapatos novos que acabou comprando agora a pouco, então eu vim.
— Então elas estão mesmo aqui por perto, não é? - Tadase indagou, confirmando suas piores suspeitas.
— Pois é, bem… escolha com cuidado aonde vão, ninguém gosta de ser espionado em um encontro afinal - Miguel disse apenas, coçando atrás da cabeça sem graça. Deu meia volta então, acrescentando - Bem, divirta-se.
— Obrigado Goncalves-kun - Tadase agradeceu, mais pelo aviso quanto à espionagem do que pela lista, vendo o amigo desaparecer ao dobrar uma esquina.


Perto dali, Miguel avistou as amigas, que ainda tentavam manter Yaya de boca fechada para que Tadase não a ouvisse, com certa dificuldade. Pelo galo na cabeça da garota, ela já tinha apanhado da espanhola, que agora ameaçava bater nela com as sandálias novas que Utau comprara, que provavelmente doeriam mais, pois tinham salto alto, enquanto a cantora gritava com ela para deixar seus pertences pessoais fora disso, e Rima tentava lembrá-las que, se não calassem a boca logo, seriam facilmente descobertas.


— Ah, olha, Micchan voltou! - Yaya pareceu conformar-se por não ter ido falar com Tadase pessoalmente ao ver o amigo de volta - E então, entregou a lista pra ele? Explicou direito o que ele precisa fazer?
— Sim, sim, não se preocupe… aposto que agora sim o Tadase terá um encontro decente, ele não sabia de nada antes de eu chegar - Miguel respondeu, referindo-se na verdade sobre o aviso de que ele estava sendo espionado e não à lista.
— Eu sabia! - a ruiva exclamou - Bom, espero que depois dessa ele e a Anna-tan possam ter o encontro perfeito que a Yaya planejou! - ela acrescentou, tirando um binóculo da bolsa que carregava.
— Ei, pra quê isso? - o garoto indagou, temendo a resposta
— Para ver aqueles dois melhor, é claro! Que pergunta besta, Micchan! - Yaya respondeu descaradamente.
— Sério que vocês irão a ficar espionando o primeiro encontro daqueles dois…? - Miguel indagou com uma gota na cabeça, um tanto incrédulo.
Por supuesto! (Mas é claro!) - Stéffanie exclamou, escondendo-se melhor atrás de uma moita, ao lado de Amu
— Ah, é mesmo? E por acaso você gostaria se as outras raparigas (meninas) espionassem um encontro seu com o Nagihiko, Stéffanie? - ele perguntou, vendo o rosto da amiga ruborizar, e logo depois contorcer-se em uma careta.
— Está querendo apanhar também rapaz? - ela tirou um tamanco recém-comprado da bolsa e o apontou ameaçadoramente para Miguel, que logo se arrependeu de ter feito aquela pergunta.
— Ei, se continuar batendo nos outros com essa coisa não vai poder trocar ele depois. Você disse que ficou apertado, não foi, Blanca-san? - Amu lembrou.
— Não importa, voy a usarlo para golpear la Yaya (eu usarei ele para bater na Yaya) quando ela me irritar então - Stéffanie deu de ombros, fazendo a ruiva engolir em seco. Miguel revirou os olhos ao lado delas, vendo que não havia argumentos que pudessem fazê-las desistir.
— Que seja então. Façam o que quiserem, eu vou embora - ele disse apenas, afastando-se de suas amigas stalkers.


Enquanto isso, não muito longe dali, Tadase enfim avistou a pessoa por quem tanto esperava. Anna vinha correndo na direção dele, parecendo um pouco sem fôlego, mas Tadase só conseguia reparar no quanto ela estava linda agora. A garota usava uma blusa branca com rendas nas alças e decote, enfeites de pequenas flores bordadas nas mangas com um casaco rosa claro por cima, e uma saia azul rodada com bolinhas brancas, um pouco curta demais para o gosto dela. Calçava meias de cano curto com rendas e um lacinho preto, e sapatilhas da mesma cor da saia. Os cabelos soltos esvoaçavam para trás com a brisa suave, preso apenas com uma presilha de enfeite em forma de flor.

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I-I'm sorry, Prince… e-eu cheguei atrasada, não foi…? - a inglesa suspirou, apoiando as mãos nos joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego.
— - Ah… n-não, imagine. Não se preocupe com isso… - Tadase respondeu, sem perceber que continuava boquiaberto com o quanto a inglesa estava bonita agora - Você… está linda.
What…?— Anna arregalou os olhos verdes por trás das lentes, sentindo sua face queimar, e dessa vez não era porque tinha corrido demais - Ah… e-eu não… q-quero dizer, eu… t-t-thanks…— ela atrapalhou-se com as palavras, duvidando que Tadase pudesse ter conseguido decifrar o gaguejar dela. Endireitou-se e, tentando ignorar o constrangimento que sentia, acrescentou - Well, então... o que fazemos agora?
— Ahn, bem... - Tadase segurou a lista dada pelos amigos, agora bem guardada em seu bolso, mas decidiu não consultá-la. O encontro era dele e de Anna afinal, e de mais ninguém, não havia motivo para ele seguir as instruções dos outros. Tirou o papel do bolso e amassando-o, jogou a lista no lixo, imaginando que Yaya diria algo como "Que cruel! Ele jogou fora a lista que a Yaya teve tanto trabalho pra fazer!" se visse aquilo, e acrescentou - Acho que podemos fazer o que quisermos. Aonde você quer ir?
— Ahn… I-I really dont know (Eu realmente não sei). Nunca fui em um encontro antes, então… - ela deixou a frase incompleta, mas Tadase a compreendeu muito bem. Ele também nunca tinha saído em um encontro com alguém afinal. Ele suspirou, compreensivo, e acrescentou com um sorriso
— Eu vi uma loja enquanto vinha pra cá que eu acho que você vai gostar. Vamos lá? - ele estendeu a mão para a garota que, após hesitar alguns instantes, a aceitou.


Enquanto deixava-se ser guiada por Tadase, Anna não conseguia deixar de se sentir embaraçada. Aquilo era como Rima havia dito, ela e Tadase estavam namorando agora. E mesmo assim ela não conseguia controlar seus batimentos cardíacos, que aceleravam cada vez mais enquanto sentia seus dedos entrelaçados nos de Tadase. A mão dele era tão quente, e mais macia do que ela imaginara… e, ao mesmo tempo, transmitia segurança enquanto segurava a sua com firmeza. Exatamente como deveria ser um Príncipe Encantado.

Anna só foi despertar de seus devaneios quando a voz de Tadase a chamou:


— É aqui, Lewis-san.


Eles estavam diante de uma loja especializada em mangás, novels, figure actions, e várias outras coisas que Anna gostava. Sem querer, ela deixou escapar uma exclamação de felicidade, enquanto adentrava a loja às pressas, com um enorme sorriso estampado no rosto, parecendo uma criança que tinha acabado de entrar na Disneylândia pela primeira vez. Tadase a seguiu calmamente, feliz que ela tivesse gostado. Ele já tinha visitado aquela loja uma vez, na ocasião em que pensou em comprar alguma coisa de lá para dar de presente para Anna de Natal, porém a invasão à residência Yamabuki estragou seus planos naquela época. Havia uma seção especializada em novels e mangás estrangeiros, então a garota ficou parada diante daquela enorme estante, folheando cada um dos mangás das prateleiras.


Anna só despertou para a realidade quando percebeu o olhar de Tadase, observando-a de perto, sorrindo gentilmente como de costume. Ela não sabia exatamente há quanto tempo estavam ali. Podiam ter se passado horas, dias, semanas, para ela parecia poucos minutos, mas nunca percebia que passara um tempo considerável folheando mangás.


I'm sorry, e-eu… estou demorando demais aqui, não é? - ela indagou, realmente querendo saber a quanto tempo estavam naquela livraria.
— Não se preocupe, temos o dia inteiro pela frente - o loiro respondeu apenas, ainda sorrindo. Bem, se ele disse "dia", então pelo menos ainda não era de tarde. O que ela não sabia era que permanecer ali o máximo de tempo possível estava nos planos de Tadase. Ele havia dado uma breve olhada na lista preparada por Yaya. Nela estavam escritos lugares como cinema, parque de diversões, o aquário da cidade… todos lhe parecia realmente ótimos lugares para um encontro, no entanto, se fossem em algum deles, as garotas saberiam exatamente aonde eles estavam e os seguiriam. E Anna parecia ter realmente adorado aquele lugar, então seu plano acabou saindo melhor do que ele esperava.
Thanks, but… eu acho que já ficamos tempo demais aqui mesmo, não é? - Anna insistiu, vendo que já tinha pego mais mangás do que podia carregar. 
— Tem certeza? - Tadase indagou, e ela confirmou com a cabeça - Bem, então vamos andando. O balcão é por ali.


Depois de passarem por algumas estantes com mangás shoujo e outros dos quais Tadase desviou o olhar, pois dava vergonha só de olhar a capa, eles chegaram até o balcão, o loiro ainda tentando não imaginar qual seria o conteúdo daquele tipo de mangás com capas indecentes. Tadase insistiu em pagar pelos mangás, por mais que Anna falasse que não precisava, pois ela tinha pego muitos, então, para acabar com o impasse, cada um acabou pagando metade.


Quando saíram da loja carregados de sacolas de mangás, o sol já estava bem mais forte, e de repente Anna sentiu seu estômago reclamar. Não tinha notado que estava com tanta fome.


— Bem, já é meio-dia... quer ir comer alguma coisa, Lewis-san? - Tadase indagou, olhando para o relógio de pulso.
— M-Mas já?! Eu sabia, passamos a manhã inteira lá dentro, não foi? I'm sorry, Prince, sempre perco a noção do tempo quando estou lendo mangás…
— Não se preocupe, já disse que está tudo bem - Tadase abanou a mão, fazendo pouco caso da demora - Mas e então, vamos almoçar? - ele estendeu a mão livre para a garota mais uma vez.
— Yeah… vamos - ela entrelaçou seus dedos com os dele de novo, sorrindo sem jeito.


Tadase a levou até um restaurante simples ali perto, e cuidou para que sentassem bem longe da janela, para evitarem possíveis espiãs. Depois que uma garçonete sorridente lhes atendeu e eles fizeram seus pedidos, ela se afastou e, enquanto conversavam, Tadase ouviu um comentário que lhe desagradou em uma mesa próxima:


— Ei, cara, olha só! Aquela garota até que é bem bonitinha, hein?
— Uau, verdade... e olha só os olhos dela, como são claros.
— Nee, ela tem um sotaque diferente... será que é estrangeira?
— Uau, é meio raro ver algum estrangeiro por aqui! Agora que deu mais vontade de ir falar com ela!
— Mas ela está com outro cara... será que é namorado dela?
— Há! Duvido! Talvez sejam amigos e o cara tenha uma queda pela garota, mas… só pela cara dele, dá pra ver que é lento demais pra se declarar e essas coisas.
— Bem, mesmo que sejam namorados, acho que posso tentar roubar aquela estrangeirinha dele…


Tadase olhou em volta e rapidamente identificou os responsáveis por aquela "conversa". Haviam quatro rapazes sentados a duas mesas de distância da deles, o da ponta encarando Anna com mais atenção do que os demais, enquanto o rapaz ao seu lado dava umas risadinhas e fazia comentários meio indecorosos, e os outros dois amigos o incentivavam a ir falar com a garota. A própria Anna só pareceu notar que os garotos falavam dela quando os garotos mencionaram a possibilidade da garota da qual falavam ser estrangeira, e estranhou o comentário sobre "ser raro ver algum estrangeiro por aqui", já que ela conhecia outros três, porém esqueceu rapidamente disso quando entendeu o rumo que a conversa deles estava tomando. Corou furiosamente ao ouvir um deles comentando alguma coisa sobre a saia dela ser um tanto curta demais, fora outras coisas que ela não sabia se não tinha compreendido direito ou se significavam as coisas embaraçosas que tinha entendido, e segurou a barra da saia com força entre as mãos, até que foi despertada de seu ataque de vergonha e pânico quando sentiu Tadase apoiar a mão em sua bochecha, dizendo apenas:


— Lewis-san… com licença.


Antes que Anna pudesse entender o que estava acontecendo, Tadase a tinha puxado para mais perto de si e a beijado. Sentiu ele esticar o braço esquerdo para abraçá-la enquanto ainda segurva seu rosto com a outra mão. Lentamente, a garota foi absorverdo os fatos, e embora sentisse seu rosto esquentar cada vez mais conforme seu cérebro processava os acontecimentos, ela não pensou em se afastar ou resistir um instante sequer. Ao invés disso, apenas cerrou os olhos lentamente e, depois de hesitar um pouco, enlaçou o pescoço de Tadase com uma das mãos em um abraço enquanto segurva a camisa dele fortemente com a outra mão. Sentiu Tadase tocar de leve seus lábios com a língua e, depois do tempo que levou para entender aquilo, e depois hesitar um pouco, ela os entreabiu, seu corpo tremendo de nervosismo enquanto sentia o namorado começar a explorar o interior de sua boca, meio desajeitado no começo, mas parecendo descobrir como se fazia aquilo rapidamente.


Como nenhum ds dois estavam acostumados em lidar com situações assim, e o fato de haver uma mesa de restaurante entre eles não ajudasse em nada, o loiro logo se viu obrigado a encerrar o beijo, mas tinha conseguido cumprir seu objetivo. Quando sentou-se de volta ao seu lugar, ainda meio ofegante, encarou os garotos que falavam deles com um olhar entre zangado e desafiador, até que um dos rapazes suspirou, falando em tom derrotado:


— Ah, cara, sabia que eles eram namorados… uma garota daquelas é bonita demais pra estar solteira afinal
— Ei, você não tinha acabado de dizer que ia roubar a estrangeirinha daquele cara?!
— Aquilo foi por impulso, eu não quero me meter com garotas comprometidas, isso só atrai confusão. Principalmente depois da última… cara, ainda acho que o namorado daquela garota tinha super movimentos felinos, aquele cara não era humano!
— Você ainda insiste nisso? Não existe nenhum homem-gato, sabia?
— Não me interessa o que ele era, vai que esse daí é igual? Não quero passar pela mesma experiência de novo… anda, vamos indo, galera.
— É, aquele tal homem-gato deixou ele traumatizado mesmo… bem, vamos nessa. Mais sorte da próxima vez, cara.


Depois de pagarem pela comida, os quatro rapazes se retiraram. Poucos instantes depois, a garçonete que tinha atendido Tadase e Anna trouxe o pedido deles, e não conseguiu evitar de dizer:


— Aqui está, bom apetite. E eu adorei aquilo, você se saiu muito bem, rapaz! - ela deu uma piscadela para Tadase, depositando os pedidos sobre a mesa. Virou-se para Anna e acrescentou - Cuide bem do seu namorado, viu querida? Não o deixe escapar! Bom apetite! - ela se retirou, assobiando, com um sorriso que lembrava estranhamente uma versão mais velha de Yaya. Pelo jeito o pedido dos dois tinha ficado pronto há muito tempo, porém a garçonete parecia mais interessada em assistir o desenrolar daquele acontecimento do que em trabalhar. Depois de alguns segundos em silêncio, enquanto Tadase remexia seu chá, ele comentou.
— Pelo jeito parece que aquele cara se envolveu com alguma namorada do Ikuto-niisan, não é? Pra ele ter ficado traumatizado com um "homem-gato" daquele jeito… - ele comentou sobre o que considerava que seria menos embaraçoso conversar depois do que acabara de acontecer.
— Y-Yeah… tem razão - a inglesa concordou, perguntando-se vagamente se por acaso se tratava de Amu, embora essa fosse a menor de suas preocupações agora.


Sua mente ainda dava voltas, perdida em pensamentos sobre tudo o que acabara de acontecer. À princípio, ficara bastante surpresa com os comentários daqueles garotos. Ela, bonita? Nunca imaginou que alguém poderia considerá-la uma garota bonita… a maioria das pessoas, pelo menos na Inglaterra, eram todas gentis e educadas com ela apenas porque era descendente de uma família nobre, então estavam apenas cumprindo sua obrigação, mas Anna sabia o que as pessoas realmente pensavam sobre ela. Que era uma garota atrapalhada, sem jeito, distraída, não sabia nem como se arrumar direito sozinha… o que ela mais gostava era ler mangás e o que ela fazia de melhor era desenhar, coisas que as pessoas da nobreza consideravam talentos inúteis. Mas aquilo era muito diferente no Japão. Desde que viajara como intercambista, à princípio com apenas o objetivo de purificar os Batsu Tamas modificados em mente, que as pessoas que conhecera foram muito gentis e amistosas com ela. Era verdade que Anna continuava sendo um tanto desastrada e distraída para muitas coisas, isso provavelmente nunca mudaria. No entanto, ninguém ali considerava seus gostos por mangás, mesmo os shounen-ai, e seu talento para desenhar como algo inútil. Realmente… sua vida tinha melhorado bastante desde que viera ao Japão. Tanto que ela quase não queria se lembrar de que um dia teria que voltar para casa. Sabia que um dia teria que voltar, mas, só a ideia de se afastar de Tadase, principalmente agora que estavam namorando… ela não conseguia suportar nem sequer pensar nisso. "Namorados"… isso ainda soava meio estranho. Mesmo sabendo que gostava de Tadase há bastante tempo, só em pensar que o garoto correspondia aos seus sentimentos… e que ele mesmo havia se declarado para ela, era bom demais para ser verdade. E Tadase ainda a defendera daqueles garotos… Anna realmente não saberia o que fazer se Tadase não estivesse lá com ela naquele momento.


— Humm, Prince… sobre agora a pouco…
— Ah, a-aquilo... - Tadase desviou os olhos dela, ficando ainda mais sem jeito. Fizera aquilo no impulso, por ter tido um súbito e incontrolável ataque de ciúmes, mas não tinha parado muito para pensar no que Anna poderia ter pensado daquilo. Será que ela tinha ficado zangada com ele? Esperava que não a tivesse assustado… - G-Gomen nee, Lewis-san, eu… meio que agi por impulso naquela hora. Não queria te assustar nem nada…
— Não, não é isso - Anna o interrompeu, encarando a própria comida, o rosto ainda vermelho de vergonha - T-Thank you (Obrigada). Thank you for… me defender…
— Ah… - Tadase piscou, surpreso. De todas as coisas que imaginou que a inglesa poderia dizer sobre aquilo, jamais cogitou que poderia ser um agradecimento - I-Imagine, não foi nada! Q-Quero dizer, nós somos… n-namorados, não somos? É o meu dever afinal
I suppose (Suponho que sim) - ela respondeu, tendo como base apenas as muitas cenas românticas que já tinha lido em seus mangás. Enquanto comia seu almoço, continuou - But even so, I was surprised (Mas, mesmo assim, eu fiquei surpresa). Quero dizer, sobre o que aqueles garotos disseram. Sobre eu ser… s-sabe… beautiful (bonita)… p-principalmente por um deles querer vir aqui para… err, falar comigo, e tudo o mais…
— Mas você é mesmo bonita. por que ficou surpresa com isso? - o loiro indagou com uma expressão confusa no rosto, fazendo a garota se engasgar com seu almoço.
— Não, não, não mesmo! - Anna exclamou nervosamente quando finalmente conseguiu engolir a comida - Q-Quero dizer, eu não sou… sabe… this kind of graceful and delicate girl (esse tipo de garota graciosa e delicada)… não tem como eu ser… b-beautiful.
— Eu não quero que você seja graciosa ou delicada, quero que você seja você mesma. Eu… gosto de você do jeito que você é, Lewis-san, com cada uma de suas qualidades e defeitos. São essas características que fazem de você Anna Lewis, a garota por quem eu me apaixonei.
— Ah… P-Prince… - Anna não sabia nem o que dizer depois daquilo. Sentia apenas seu coração bater feito um louco, querendo saltar para fora da boca e sua face queimando tanto que poderiam fritar um ovo em sua testa. Era uma sorte estar sentada agora, pois suas pernas tremiam tanto que ela jurava que, se ela estivesse em pé, já teria caído no chão - Ah… t-thanks, I... e-eu nem sei o que dizer. Eu… err… I love you too. Love you very much (Eu te amo também. Te amo muito mesmo)…


Depois daquilo foi a vez de Tadase corar. Sua face ruborizou-se intensamente, tanto até ficar da mesma cor que seus olhos carmesins, e ele temeu que a garota pudesse ouvir as batidas descompassadas e frenéticas de seu coração. Conseguiu apenas estender a mão e segurar a dela por cima da mesa, dando um sorriso meio sem jeito, ao qual ela retribiu, igualmente embaraçada.


Depois disso, terminaram de comer em silêncio e, depois de pagar a conta, decidiram ir passear em uma loja pequena que tinha ali por perto. Tinha poucas lojas, porém todas muito variadas, algumas vendendo roupas, outras brinquedos, alguns fliperamas, e uma daquelas máquinas antigas de se agarrar bichinhos de pelúcia com uma garra metálica. Anna já vira essa máquina em alguns mangás e animes, mas nunca chegou a brincar em uma de verdade, então eles decidiram ir lá. A garota cismou com um ursinho todo branco semi-encoberto pelos demais bichos de pelúcia e, depois de gastar quase dez fichas tentando pegá-lo, sem sucesso, ela admitiu sua derrota e pediu para irem para outro lugar. Nunca se saiu muito bem com esse tipo de jogos mesmo, não era de se admirar que não tivesse conseguido pegar seu ursinho afinal. No entanto, Tadase pediu para ficarem um pouco mais, pois ele queria jogar também. Tinha que admitir, aquilo não era nada fácil, e aquelas garras não pareciam ter sido feitas para sustentar um bicho de pelúcia por muito tempo, o que não parecia nada justo em sua opinião. Porém, na terceira tentativa, ele conseguiu pegar o ursinho branco que Anna queria, deixando-o cair pelo buraco de prêmios da máquina. Quando o brinquedo saiu da máquina, ele o estendeu para a garota.


— Era esse que você queria?
— Yes… sim, era esse mesmo! Thank you so much Prince! (Muito obrigada, Príncipe!) - Anna ficara tão feliz ao ter o urso em suas mãos que, sem pensar no que fazia, atirou os braços ao redor do pescoço de Tadase e o apertou em um forte abraço, quase derrubando o garoto no chão com o susto. Apenas quando se passaram alguns segundos foi que ela se deu conta do que tinha feito, e tratou de afastar-se rapidamente - Ahn… I'm sorry…
— I-Imagine, está tudo bem - Tadase sorriu sem graça. Ia dizer mais alguma coisa, porém esqueceu-se do que era quando olhou melhor para o urso que a namorada segurava. O urso abraçava um coração vermelho com as palavras "I Love You" bordadas delicadamente, tão brancas quanto ele - Etto, Lewis-san… você já tinha lido isso quando viu o urso na máquina?
— What? - ela virou o urso de frente para si, também só notando agora o coração que ele segurava - Ahhh! No, no! Eu juro que não tinha visto isso, Prince!
— Certo… - Tadase respondeu, de repente sentindo-se incomodado com alguma coisa. Não era com o embaraço que ainda sentia, nem com a pequena confusão anterior no restaurante, mas alguma coisa o incomodava. De repente lembrou-se então de algo que Giovanni tinha lhe dito há muito tempo atrás, quando ele ainda tentava pensar em alguma forma de se aproximar de Anna para poder lhe dizer como se sentia. Na época, o amigo tinha sugerido para ele fazer isso aos poucos, dando como sugestão que ele a chamasse pelo primeiro nome. Tadase não tinha o hábito de chamar nenhuma garota pelo primeiro nome, mas Giovanni também tinha lhe dito alguma outra coisa à respeito… ah, sim. Era aquilo - Ano nee, Lewis-san… será que posso te pedir uma coisa?
— Hã? Yes, of course (Sim, é claro) - ela tentou esquecer seu ataque de vergonha por ter escolhido justamente um ursinho com dizeres tão embaraçosos e voltou a encarar Tadase.
— Bem, é que… desde que nos conhecemos, você sempre me chamou de "Prince". Verdade que, no começo, você e os outros vieram pra cá para nos ajudar com o caso dos Batsu Tamas modificados, mas, com o tempo, todos nós nos tornamos amigos, e ficamos bastante próximos, não é? Tanto que nós dois… bem… estamos namorando agora - ele desviou os olhos dela por um momento, sentindo-se envergonhado apenas em dizer aquele fato óbvio. Respirou fundo e, voltando a encará-la, continuou - Então, já que nos tornamos mais próximos, eu queria te pedir… será que você… se incomodaria de me chamar pelo meu nome daqui em diante?
What…?— Os olhos cor de esmeralda da inglesa arregalaram-se por trás das lentes ao ouvir aquilo. Parar de chamar seu Príncipe de "Príncipe"? Aquilo não fazia sentido! Tadase era gentil e educado, um perfeito cavalheiro… exatamente como um Príncipe Encantado tinha que ser. No entanto, uma parte dela compreendia o que Tadase queria dizer com aquilo. A própria Anna não era apenas "Anna Lewis, filha de Aubrey Lewis, 16 º Duque de St Albans, e 65ª herdeira na linha sucessória ao trono St Albans". Ela também era uma pessoa, apenas uma garota chamada Anna Lewis. Assim como Tadase não era apenas "O Príncipe Encantado perfeito de seus sonhos", ele também era apenas um garoto chamado Hotori Tadase. O loiro provavelmente sentia-se como ela a sabe-se lá quanto tempo, mas gentil demais para dizer o quanto se incomodava com aquilo. Anna sentiu-se um pouco culpada por fazê-lo se sentir assim, mas ainda podia tentar consertar as coisas - Well, isso parece meio estranho… quero dizer, assim tão de repente, mas… se você insiste, acho que posso fazer isso… T-Tadase.


A palavra soou meio estranha em sua voz. Dizer o nome de seu Príncipe em voz alta, chamando-o pelo nome desse jeito… realmente era mais embaraçoso do que ela imaginara. Mas Tadase parecia tão feliz com aquilo… ele abriu um sorriso tão grande, que parecia iluminar o mundo inteiro, até mesmo aquecer seu coração… que esse pequeno constrangimento já não parecia importar mais. Ele só voltou quando a garota sentiu o loiro segurar sua mão livre entre as dele, e dizer:


— Obrigado, de verdade. Não sabe o quando isso me deixa feliz… hmm… "Anna-san"… - ele arriscou, agindo por impulso novamente. Ao ver os olhos esverdeados dela se arregalarem de surpresa novamente, acrescentou - Etto, se importa se eu te chamar assim? Se você não quiser, tudo bem, é claro…
— Ah… n-não, imagina! It's okay, I think (Está tudo bem, eu acho)… d-digo, eu não me importo, não se preocupe.
— Mesmo? Que bom… - Tadase suspirou, feliz e um tanto aliviado que ela não fosse contra. Não saberia se conseguiria tomar coragem para fazer isso de novo algum dia caso ela se opusesse à ideia. Encarou-a por alguns segundos e, enquanto pensava se seria ousadia demais de sua parte beijá-la de novo depois daquilo, foi impedido de tomar uma decisão quando ouviu um barulho estrondoso perto dali, parecido com alguma coisa sendo demolida, seguido do grito de várias pessoas.
— Ah, Prin… d-digo, Tadase, você ouviu isso? - Anna indagou, olhando para os lados nervosa.
— Sim, também escutei. Venha, vamos ver o que é - ele puxou Anna pela mão, saindo da loja às pressas.


Depois de poucos minutos andando, não foi difícil identificar a origem do barulho. A alguns metros dali, um rapaz alto estava destruindo tudo ao seu redor, desde lojas de conveniência até chafarizes, decapitando a estátua de um cupido antes de se virar de frente para eles. Se não estivessem tão atônitos, poderiam ter notado de quem o rapaz se tratava mesmo o rapaz estando de costas, pois ele possuía orelhas pontudas como as de um felino, mas agora que viam seu rosto, tinham absoluta certeza que era ele. Ikuto parecia estar no Chara Nari, não apenas por causa das orelhas, mas também por causa da longa cauda que balançava freneticamente de cima para baixo. Trajava roupas escuras, embora fosse diferente da que usava em seu Chara Nari com Yoru. A blusa ainda deixava seu tórax à mostra, porém tinha mangas que iam até a metade do braço e uma camiseta curta por cima dela, uma calça verde musgo e algumas faixas vermelhas enfaixadas em ambos os pulsos. Até mesmo suas orelhas, agora que reparavam melhor, estavam mais pontudas do que o normal e não se pareciam mais tanto assim com orelhas de gato. Isso sem falar que ele segurava uma espécie de uma foice que Tadase já tinha visto nas mãos de Ikuto alguns anos atrás…

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— Achei um - a voz rouca e meio sem vida de Ikuto despertou Tadase de seus pensamentos e, embora aquela voz soasse estranha nele, considerando que Ikuto ainda sorria maldosamente como de costume, ele foi obrigado a desviar para o lado, puxando Anna com ele, segundos antes do maior atingir o lugar onde os dois estavam com sua foice. Só então Tadase notou que ele estava envolto em Batsu Tamas modificados… e que ele não via aquele sorriso no rosto de Ikuto já tinha um bom tempo. Mesmo os olhos do mais velho estando vazios, ele parecia muito com o sorriso cruel que ele exibia na época em que trabalhava para a Easter - Correçâo: Achei dois. Destruir… vou destruir todos os Guardiões. Começando com esses - ele tentou golpear os dois mais novos novamente, mas eles desviaram a tempo mais uma vez.
— Ikuto-niisan, o que pensa que está fazendo?! Somos nós! Hotori Tadase e Anna Lewis! Não nos reconhece?! - o loiro exasperou-se, mas a expressão do mais velho não se modificou em nada.
— Sim. Hotori Tadase e Anna Lewis. Dois Guardiões. Tenho que destruir eles - Ikuto preparou sua foice para atacar pela terceira vez, os Batsu Tamas lançando energia negativa na arma, aparentemente para fortalecê-la.
— Ikuto-niisan, você está fora de si! Por favor, volte ao normal! - o loiro insistiu
— Destruir Guardiões! - Ikuto gritou apenas, atacando-os novamente, e os dois tiveram mais dificuldade de desviar dessa vez devido á energia dos Batsu Tamas embutida na foice.
— T-Tadase, o que aconteceu com ele?! - Anna exclamou nervosa.
— Eu não sei, mas ele parece disposto a lutar conosco a qualquer custo… - Tadase falou preocupado - Le… A-Anna-san, por favor, chame os outros, vou tentar distrai-lo enquanto isso.
— Mas Tadase, é perigoso!
— Depressa! - o loiro insistiu, e Anna apressou-se em tirar seu celular da bolsa e começar a digitar mensagens apressadas para cada um dos Guardiões, enquanto Tadase se virava para aquele que costumava ser o seu amigo de infância.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas! Teffy-chan falando! o/
Quantas emoções em um só capítulo, hein, ai, ai... bm, foi um grande avanço para um primeiro encontro, não acham? Mas quem diriam que ira terminar assim...
O próximo é com a Shiroyuki! o/
Deixem reviews por favor!!! *o*



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