Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 13
Capítulo XIII




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Nagihiko sentia-se completamente inútil, sem forças, e arruinado. Seus lábios se moviam por vontade própria, e ele estava prestes a dizer em voz alta seu maior segredo, para quem pudesse ouvir. Não era sua pretensão esconder isso durante a vida toda, mas também não queria que fosse assim que Stéffanie e os outros descobrissem… parecia que não havia outro jeito, e seu cérebro mal raciocinava direito, enquanto ele balbuciava, tentando controlar o impulso criado pelo ataque daquela garota.

— M-meu nome… é… N-na…

Tudo aconteceu muito rápido. Em um momento, ele estava tentando forçar seus lábios a se fecharem, enquanto a voz continuava a sair mesmo assim, e em outro, Kukai passou voando diante dos seus olhos, em cima do skate dele. Bateu diretamente na garota, jogando ela para longe e fazendo-a chocar-se contra um dos carros que estavam estacionados. Kukai se ergueu, parecendo absolutamente surpreso pelo seu feito.

O efeito do ataque dela havia terminado, e Nadeshiko se reestruturou, respirando fundo, com o coração ainda acelerado depois do susto. Stéffanie se aproximou, parecendo preocupada, e a amparou.

Estás bien? (Está bem?)– ela indagou. Estava com o livro do seu Chara Change nos braços e Nadeshiko logo entendeu o que havia acontecido. Stéffanie havia usado seu ataque, e escrito que Kukai atropelaria a vilã, e assim interromperia o efeito do golpe dela. Ela havia feito isso pelo seu bem…

— Estou…

Usted no tiene una chara, então es mejor mantenerse afastada. – Ela disse, alarmada, levando Nadeshiko pelo braço para longe da luta – Esconda-se por aquí, voy a ayudar a los demás ...

— Não, espera! – Nadeshiko a impediu de continuar – Todos estão ocupados com a luta… – ela olhou ao redor os amigos que já se transformavam, e repeliam os ataques incessantes de Matthew. A garota loira também já parecia ter se recuperado, e voltou a cercá-los, enquanto Tadase tentava proteger os amigos com seu Holy Crown, um de cada vez – Não tem ninguém que possa proteger você enquanto escreve! Se você se meter entre eles, será atacada antes mesmo de conseguir terminar uma frase!

No importa, me voy de todos modo y puedo hacerlo yo mismo!(Não importa, eu vou ir de qualquer forma, eu posso fazer isso por mim mesma!) – Stéffanie teimou, mas Nadeshiko a segurava pelo braço e a impedia de avançar.

— Não vou deixar você se arriscar desse jeito! – Nadeshiko bradou em um tom quase grave, encarando-a seriamente – Se ao menos pudesse me transformar… então eu iria escoltá-la até onde você pudesse usar seu livro, mas não tem como eu ficar aqui parada enquanto você está desprotegida!

Entonces, yo fico aquí contigo. – Stéffanie resolveu de uma vez, escondendo-se atrás de uma das pilastras do estacionamento, entre um carro e outro, junto com Nadeshiko – Deste lugar, por lo tanto, puedo ver cómo van las cosas, y en el que puedo ayudarlos… (Desse lugar, pelo menos eu posso ver como vão as coisas, e no que eu posso ajuda-los) - ela se agachou, espiando por um pequeno espaço e fazendo pequenas anotações no livro.

Nadeshiko respirou um pouco mais aliviada, pois se pelo menos não podia proteger Stéffanie apropriadamente no Chara Nari, ao menos conseguiu mantê-la a salvo ao seu lado por enquanto. Encontrou uma vassoura que estava escorada no canto mais afastado, e tirou a ponta dela, manejando-a como se fosse uma naginata. Assim como previsto, logo que Stéffanie começou a usar os seus poderes, os ovos negros começaram a tentar atrapalhá-la e Nadeshiko estava preparada para mantê-los afastados por tanto tempo quanto fosse possível.

— Pode continuar – ela disse, enquanto movia-se rapidamente a frente de Stéffanie, que havia parado de escrever para observar maravilhada os movimentos ágeis da garota. Ela bloqueava os ovos com o cabo de vassoura, e saltava de um lado para o outro com facilidade, e também de forma muito parecida com a forma que Nagihiko fazia. – Eu irei protegê-la, então continue a escrever!

Sí! – Stéffanie bradou, concentrando-se para continuar – Gracias, Nadeshiko!(Obrigada, Nadeshiko!)

Nadeshiko voltou a atacar, com habilidade, e com um sorriso muito bem camuflado no rosto. Adorava quando Stéffanie agradecia a ele, por qualquer coisa, mesmo quando “ele” estava como “ela”. Logo conseguiu afugentar a maior parte dos batsu-tamas, que saíram voando para atacar outra pessoa gritando “muri, muri, muri”, mas Stéffanie não deixou que Nadeshiko continuasse a ir atrás deles como pretendia. Ela baixou o cabo de vassoura, soltando o ar, e voltando para o lado de Stéffanie.

— Seu poder é muito útil para todos, não é? – mais tranquila, ela inclinou-se por sobre a cabeça da espanhola, para tentar decifrar o que ela escrevia. Além do fato de ela estar escrevendo rapidamente, e em espanhol ainda por cima, ela conseguiu entender uma coisa ou outra, o bastante para saber que ela estava melhorando os reflexos de todos, e fazendo os “raios da verdade” da garota loira errar seus alvos.

Yo no creo que sea mucho, pero trato de hacerlo lo mejor posible ... (Não acho que seja muito, mas trato de fazer o melhor possível…) – Stéffanie respondeu, terminando um parágrafo, que ajudou Anna a não escorregar na hora desviar de um ataque de batsu-tamas a tempo de terminar o desenho de um garoto com uma espada de fogo azul, que pulou para tentar acertar a vilã – Me gustaría tener más información sobre la chica ... Ou al menos saber cómo são sus rostos!! Si no tengo una descripción precisa de los personajes, mi ataque no funciona tan bien como debería ... (Eu gostaria de ter mais informações sobre a garota, ou ao menos saber como são os rostos deles‼ Se não tenho uma descrição precisa dos personagens, meu ataque não funciona tão bem quanto deveria…) – ela admitiu, descansando a caneta por um segundo.

— Então… o que acha de, depois de terminarmos aqui, eu e você fazermos uma pesquisa sobre nossos amigos – Nadeshiko sugeriu, e Stéffanie a fitou, surpresa – Você, sabe, uma pequena investigação…

Os olhos de Stéffanie brilharam com aquela sugestão. Ela simplesmente adorava a ideia de fazer esse tipo de coisa, e investigar para saber mais sobre histórias! Seria como em um livro de mistério. Claro, ela completamente concordaria com aquilo, sem pestanejar.

Creo que es una buena idea… (Acho que é uma boa ideia) - ela virou o rosto, como se não fosse grande coisa, mas sentindo-se agitada por dentro. Nagihiko sorriu internamente, sem deixar transparecer através de Nadeshiko, que sentia-se um pouco convencido por saber exatamente o que motivava a espanhola.

— Ah... Eu tenho uma ótima ideia para você escrever aí, Blanca-san…

Alguns momentos antes disso, no centro do estacionamento, Kairi e Miguel atacavam Matthew intercaladamente, que se mantinha fora de alcance por estar flutuando acima, com a ajuda dos batsu-tamas. A garota loira, por outro lado, não estava tendo tanta sorte, e tentava escapar dos desenhos que Anna produzia sem parar, ao mesmo tempo em que desviava dos malabares que Rima jogava nela. Enquanto corria, subiu em cima do capô de um dos carros, em um movimento único e rápido, e tentou atingir alguém com seu ataque, apontando o seu gravador para quem estivesse ao seu alcance. Por sorte, Giovanni a acertou com o Wind Freedom, o ataque de vento do seu Chara Nari, e a fez cair de costas do outro lado do carro antes que acertasse alguém.

— Mattheeeew! – ela choramingou, correndo para o lado dele – Faça alguma coisa, eu não consigo acertar ninguém!

— A culpa é sua por ter uma mira tão ruim! – ele desviou de mais uma chicotada de Miguel – Saia daqui, está me atrapalhando! – tentou jogar energia negativa nos dois garotos, mas foi impedido por outro Holy Crown de Tadase.

— Eu não posso fazer nada quando esses fedelhos não param quietos! – ela bateu o pé, mas não pode reclamar por muito mais tempo, pois o elfo desenhado por Anna tentava captura-la. Ela correu para trás dos carros, tentando pensar num jeito de acertar algum dos guardiões. Se pudesse conseguir o segredo de apenas um deles, já seria o bastante para desestabilizar todo o grupo! Apenas um, que fosse bombástico o suficiente. – Ah, onde foi parar aquela espanhola? Eu não consigo achar ela, nem o travesti dançarino… - Kaori sussurrava consigo mesma, onde ninguém podia encontra-la nem ouvi-la. Espiou por entre os carros, tentando encontrar uma brecha para atacar.

Por que você não tenta a garotinha ruiva? – ela ouviu a voz da sua chara ecoando dentro da sua mente, a partir do Chara Nari.

— Ela não tem jeito de quem esconde muitos segredos. Tenho a impressão de que ela falaria abertamente sobre qualquer coisa que perguntassem… - Kaori resmungou, vendo Yaya tentar se livrar dos batsu-tamas que a rodeavam com um movimento do chocalho gigante, enquanto os patinhos a ajudavam. – Aquele outro com o skate… não, ele tem cara de idiota. A de cabelo rosa…

Ela parecia tranquila quando você tentou acertá-la antes, não creio que tenha tantas coisas a esconder… - a chara respondeu, suspirando. – Por que não tenta o garoto-anjo ou a malabarista? Eles parecem ser bem calados, aposto como tem um monte de pensamentos que odiariam ter que compartilhar…

— Boa ideia, Jun. Acho que a baixinha de óculos e o príncipe loirinho também são ótimos alvos… Mas eu queria pegar mesmo aquela espanhola! Ainda não esqueci o que ela fez comigo no festival, e por culpa do Matt, não consegui arrancar dela tudo o que queria da última vez! – ela sibilou, vendo que os guardiões recuavam, tentando escapar de Matthew, e vendo nisso a chance perfeita para atacar por trás – Já que não posso encontrar ela, vou tentar aquele carinha do chicote mesmo! Vai ser divertido, pelo que eu já sei sobre ele…

O Matthew não disse que era para deixar o português sempre para ele?

Quem se importa com o que esse meio-americano fajuto diz? Vou acertar o bonitinho namorado dele de qualquer jeito, ninguém pode me dizer o que eu devo ou não fazer! – ela resmungou por fim, esgueirando-se por entre os carros para chegar mais perto. Apontou o gravador, e estava pronta para atirar em Miguel, do outro lado do estacionamento. – “Tell me more, tell me more~” - Ela bradou as palavras do seu ataque, diretamente em Miguel. Porém, no último segundo, sua mão pareceu tremer, e o raio avermelhado que vinha da ponta do objeto mudou sua trajetória, acertando outra pessoa. – Droga… - ela praguejou, ao perceber o que havia feito. O seu raio havia atingido diretamente Matthew, e ele estava caído no chão agora, completamente vulnerável. – Certo, hora de dar o fora daqui! – ela saiu correndo pelo corredor lateral, e deixou Matthew para trás sem pensar duas vezes. Ele ficaria furioso por ter sido acertado, e ela certamente ouviria muito sobre isso, então era melhor fugir antes que fosse tarde e ela acabasse também sendo capturada pelos guardiões.

— Ela atingiu seu próprio companheiro? – Miguel viu Matthew caído no chão, e não acreditou que pudesse ter tido tamanha sorte. Se não tivesse sido assim, e o raio da verdade o acertasse, seria desastroso.

Damn it! (Droga!) Aquela bitch, me paga!! – ele praguejou, e tentou fugir, mas Rima o capturou com o Juggling Party, e ele acabou amarrado e completamente indefeso, seu rosto ainda era obscuro, e a energia negativa que sempre o rodeava tornava impossível qualquer identificação, já que ele estava permanentemente envolto em sombras.

— Façam perguntas para ele, rápido! – Tadase ordenou, assim que se aproximou o suficiente para ser ouvido, seguido por Anna. Nadeshiko e Stéffanie também se aproximaram, correndo. – Ele está sob efeito do ataque da outra garota, precisamos conseguir informações!

— Qual o nome da sua aliada? – Miguel foi o mais rápido, encarando Matthew com furor.

— Watanabe Kaori – ele disse, e mordeu a língua, tentando refreá-la embora já fosse tarde. Suspirou, derrotado, mas era bem feito para aquela loira irritante, por tê-lo deixado sozinho. Agora eles saberiam o nome dela!

— Watanabe… Kao..ri? – Stéffanie ponderou por alguns segundos – Es curioso, yo creo que he oído ese nombre, (Que curioso, eu acho que já ouvi esse nome antes…) me parece familiar ...

— Qual seu objetivo? – Tadase fez a pergunta rapidamente, temendo que o efeito do ataque passasse logo.

— O Embryo! – ele respondeu seguramente, com a voz cheia de raiva – Eu quero o Embryo, e vocês estão no meu caminho, assholes, stupids bastards! – Anna era a única que parecia constrangida com aquela quantidade de palavrões, mas manteve-se em silêncio sobre isso.

— Certo, então… - Tadase ia fazer a próxima pergunta, mas Yaya pulou na sua frente, animadíssima com o interrogatório, gritando “a Yaya também! É a vez da Yaya!”.

— Você ama alguém, Matt-pyon?! – ela indagou, esquecendo completamente do objetivo inicial de tudo aquilo. Matthew engasgou, pego desprevenido por aquela questão.

— E-eu gosto d-do….

— Eeeeeiii, o que vocês crianças estão fazendo aqui? – uma voz grave os sobressaltou, e eles viram um dos seguranças do shopping descendo até o estacionamento onde eles estavam. Os guardiões se assustaram, e ao olhar ao redor, entenderam que havia bons motivos para se preocupar.

Os vidros de alguns dos carros haviam se quebrado por conta da energia negra dos batsu-tamas, outros ainda estavam amassados por terem sido pisados ou pelas coisas que foram arremessadas contra eles, uma parte da parede havia sido danificada, outras pilastras perderam parte da pintura. Amu havia quase explodido uma moto tentando acertar a garota loira com seus ataques, Nadeshiko acertara o carro ao seu lado com o cabo da vassoura, Kukai acertou um com sua bola, e as flechas do elfo desenhado por Anna furaram os pneus de outro. Isso sem falar no estrago causado pelos próprios batsu-tamas. A situação não era nem um pouco favorável. E para piorar, Matthew escapou assim que o segurança capturou a atenção dos guardiões, e já havia evaporado.

Os Chara Naris foram desativados, e os guardiões foram chamados pelo segurança para explicar toda aquela bagunça. Eles tiveram que ficar sentados em uma espécie de sala da administração, até que Tsukasa viesse para buscá-los e pagar por toda aquela bagunça, obviamente. Claro que, com a influência dele, nenhum deles ficaria com o histórico de delinquente na sua ficha criminal, mas foi muito difícil tentar explicar aquela situação de uma maneira convincente. Apesar de tudo, Tsukasa tinha seus próprios meios, e enquanto esperavam ele cuidar desse assunto, eles ficaram pensando nas coisas que haviam conseguido descobrir.

— Então o nome dela é Watanabe Kaori. Nós podemos conseguir alguma coisa daí! – Kukai lembrou, e ele era o que menos parecia estar se sentindo culpado de todos ali,

— Acho que o próximo passo é fazer uma investigação – Tadase ponderou, seriamente, colocando a mão no queixo, intrigado. – Já que a Yuiki-san não permitiu que eu perguntasse para quem ele trabalhava… – ele olhou feio para Yaya, que sorriu inocentemente, tentando disfarçar.

— Sim, Hotori-kun. Eu e a Blanca-san podemos cuidar da investigação, se ninguém se opor – Nadeshiko sugeriu, e ele concordou.

— Pois, eu ainda estou pensando no que o Matthew disse… - Miguel confessou – Ele quer o Embryo… mas não pareceu a mim que ele estivesse procurando-o por causa de outra pessoa… Será que há algum motivo pessoal pelo qual ele está a procurá-lo?

Maybe he have some wish (Talvez ele tenha algum desejo) que quer realizar… - Anna levantou a hipótese, e Miguel concordou com ela, ainda pensando cuidadosamente naquilo.

— Demo nee, minna-san! Tem algo muito mais importante com o que se preocupar!!! – Yaya se pronunciou, erguendo-se do seu banco para ter alguma atenção - Alguém sabe onde foram parar nossas compras?





Alguns dias se passaram desde o incidente do shopping, e depois de serem liberados, com a promessa de não jogar mais basquete no estacionamento (essa havia sido a desculpa esfarrapada criada por Tsukasa) eles passaram os dias pensando em como fariam para encontrar a tal Watanabe Kaori. Não havia registros com esse nome na escola, nem em outras escolas da região, então a procura se tornava ainda mais ampla e complicada. O fim de semana chegou sem que tivessem quaisquer resultados, então o assunto foi deixado de lado, pois outro evento de maior importância se aproximava.

Finalmente, o dia da apresentação de Nadeshiko havia chegado.

Os guardiões foram chegando um a um, em frente ao enorme Palácio do Teatro Municipal. Carros paravam a todo o momento, trazendo pessoas importantes, cheias de pose em suas roupas de gala, e fazendo-os sentirem-se desconfortáveis. Haveria ainda um coquetel para recepcionar convidados especiais, e é claro que Nadeshiko os convidou para isso também. Ela não havia citado nada sobre ser um evento assim tão cheio de pompa, e nenhum deles estava preparado para isso, então estavam na dúvida sobre entrar ou não, apesar de estarem todos muito bem vestidos.

Ikuto usava um fino terno negro, com camisa e sapatos também pretos. É claro que chamava a atenção de toda e qualquer garota que passava por ali para entrar no teatro. Kukai estava apenas com uma camisa com pequenas listras verde mais claro e mais escuro, e com as mangas dobradas até os cotovelos, mas usava os sapatos sociais do seu irmão, e reclamava a cada segundo sobre o quanto eles apertavam seus pés. Tadase estava vestido formalmente, com um terno azul escuro e uma camisa mais clara, que ficavam realmente bem nele. Assim como dizia Anna, um verdadeiro “prince charming”. Kairi também usava terno, e Yaya ficava o incomodando dizendo que ele estava muito “engomadinho”, mesmo para a ocasião. Miguel, por outro lado, havia demorado horas para decidir que roupa usar, e era uma sorte que Kukai tivesse tantos irmãos, pois assim ele tinha muitas opções a mais para pedir emprestado. Acabou com o seu próprio terno cinza-escuro, com um colete e uma gravata vermelha. Giovanni estava desconfortável com aquele evento social tão repentino, ainda mais por estar rodeado por tantas garotas, mas estava tentando dar o seu melhor ao enfrentar isso. Estava com um terno emprestado por Tadase, que era de risca de giz, e uma gravata também preta. Apenas por causa disso, Yaya ficou importunando-o com aquela história de Máfia italiana por todo o caminho.

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Já as garotas, ah, essas sim haviam demorado horas e mais horas na casa de Utau, escolhendo o que vestir, que penteado fazer, qual maquiagem usar… com ajuda de Miki, Amu conseguiu se produzir (depois de passar a maior parte do tempo indecisa sobre o que usar) e ainda ajudar as amigas, e estava usando um vestido preto de rendas, com uma faixa cor-de-rosa na cintura, e seus cabelos estavam erguidos em um coque, com uma flor preta segurando. Utau usava um vestido roxo-escuro, com rendas pretas, tomara-que-caia. Excepcionalmente, havia soltado os cabelos loiros das usuais maria-chiquinhas, e enrolado eles em levíssimos cachos apenas nas pontas.

Stéffanie, ao lado dela, ficava batendo o pé impaciente, por vezes andando de um lado para o outro. Estava com um vestido azul-marinho, de alças espessas, que tinha um laço amarrado acima da cintura, e seus cabelos estavam em parte por uma presilha de pérolas. Tudo o que conseguia pensar agora, era que Nagihiko provavelmente viria assistir a apresentação da irmã, e o simples pensamento de que ele a veria vestida assim já fazia com que ela tivesse borboletas revoando no seu estômago. Yaya estava impaciente, querendo entrar no lugar logo de uma vez, sem entender a hesitação de todo mundo. Usava um vestido todo rodado, rosa com bolinhas, e os cabelos estavam amarrados em um coquinho como o que ela fazia nas apresentações de balé.

Anna estava com um vestido cor-de-vinho, de mangas fofas e com babados. Seus cabelos haviam sido enrolados cuidadosamente, e estava com uma fita no mesmo tom de um lado. Miguel a fizera tirar os óculos, segundo ele para destacar os seus olhos verdes, então ela só estava permitida a usa-los na hora da apresentação, e tinha que ficar segurando em Utau ou em Rima o tempo todo, para não se perder. Já Rima usava um vestido claro, com mangas compridas, e seus cabelos estavam presos em um alto e apertado rabo de cavalo. Ela já estava ficando cansada de tudo aquilo, muito embora nem tivesse entrado ainda, e ocasionalmente fazia algum comentário entediado.

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Dessa forma, depois de muita discussão e indecisão, todos decidiram entrar logo ou ficariam sem lugares. Essa preocupação se mostrou infundada, afinal, seus lugares estavam marcados, na fileira dos camarotes, como convidados especiais de Nadeshiko. Quando as luzes se apagaram, indicando que o espetáculo estava para começar, todos ficaram em silêncio, e as conversas paralelas morreram.

O centro do palco foi iluminado, destacando a figura solitária de kimono, que se mostrava imóvel, com seu rosto de porcelana e a expressão perfeita. A música iniciou, acorde por acorde, e a partir de então, ninguém mais foi capaz de tirar os olhos de Nadeshiko, que se movia graciosamente pelo palco, com destreza e perfeição notáveis. A apresentação seguiu impecavelmente, como deveria ser.


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Notas finais do capítulo

Yo, Shiroyuki-deeesu! Finalmente o desfecho da luta~ dessa vez, ninguém se deu bem -.-''' mas pelo menos, agora temos a apresentação da Naddy!! E aí, gostaram das roupinhas de todos?? aah, não deu tempo de desenhar eles nas roupas dessa vez, quem sabe na próxima XD Vou ficar aqui aguardando ansiosa a opinião de todos sobre o capítulo, até a próxima o//

Aproveitando para desejar um feeeeliz ano novo para todos vocês, espero que o ano que vem seja ainda melhor do que esse, e eu e a senpai esperamos poder contar com toooodos vocês em 2014 também!! Akemashite omedetooou~~



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