My Small And Sweet Revenge escrita por NessCN


Capítulo 4
Reencontro.




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Três anos depois...


Peguei minha bolsa sobre o meu colo e sai do taxi.

- Vamos Violet. – falou Vincent próximo ao ouvido. Odiava quando ele falava perto do meu ouvido, só para me irritar. Lancei um olhar maldoso para ele e sorri cínica.

- Já não tenho mais medo. – ele deu um daqueles sorrisos marotos dele.

- Paga o taxi. – sorri triunfante e sai do taxi, junto com minhas malas.

Assim que bati os olhos sobre a igreja, a onde o taxi havia estacionado, constatei que ela continuava a mesma, da qual eu me lembrava. Dei uma olhada de trezentos e sessenta graus, e reparei que tudo continuava o mesmo naquela cidade. Peguei minhas malas, que eu havia colocado no chão, e deixei o resto a cargo do Vincent.

Enquanto me aproximava da casa da minha avó, tive o leve vislumbre de ter visto alguém conhecido, mas ignorei.

- Olha quem está ali. – falou Vincent, que parecia não ter ignorado.

Segui o olhar de Vincent e reparei em Eric. Fazia tempo que eu não falava com ele, ou o via. Ele um pouco diferente do que eu lembrava, estava mais musculoso e um pouco parecido com o seu pai.

Nossos olhares se encontraram, e eu dei um sorri falso e continuei meu caminho até a casa da minha avó, que me esperava na porta.

- Fria como se esperava. – comentou Vincent.

- Cale a boca, ou isso será resolvido em outro lugar – falei, pisando no pé dele

- AI... Sua louca.

- Sempre fui – lancei um sorriso cínico para ele – vovó.

- Minha neta, entre – ela me olhou com um sorriso triste.

Eu não esperava ver minha avó mais uma vez com um semblante triste, mas era o que se esperava, já que meu avô havia morrido de infarto, e eu só estava voltando por causa disso, já que alguém precisava preparar o enterro.

- Não esperava vê-la nesse momento tão triste – ela comentou sentando-se numa cadeira.

- Também não vovó. Pense pelo lado bom, o vovô deve estar feliz de ver nós duas juntas outra vez – sorri e daquela vez sinceramente.

- Com certeza aquele velho deve está feliz – Ela disse, forçando um sorriso.

- Tudo ficará bem – larguei as malas e me aproximei da minha avó para abraçá-la. Aquilo foi tão bom, tão aconchegante.

Eu percebi naquele momento que aquela cidade, e aquela casa haviam me feito falta e que eu não só havia voltado por querer algo mais.

- Momento lindo, porém onde eu entro? – perguntou Vincent em tom de deboche.  Às vezes me pergunto se meus avôs paternos deram educação para esse menino, por que se deram ele se esqueceu de como se usa.

- Sem comentários sem graças, eu agradeço. – afastei-me do abraço, e lhe dei um sorriso fingido a Vincent.

- Se houver uma premiação de quem muda de face mais rápido, você ganhará o premio máximo – ele disse, mas logo tratou de inverte os fatos – Nada é nada priminha.

- Suba! – mandei e peguei minhas malas subindo atrás dele. Andando pelos corredores algumas lembranças vieram até a mim. Eu me via nesses corredores, correndo quando criança e logo depois mais adulta me agarrando com o Eric, e naquelas lembranças eu percebia o quanto eu havia mudado. Aproximei-me do meu quarto e entrei, ele ainda continuava o mesmo, pelo visto minha avó não havia mexido em nada. Vincent passou por mim quase me derrubando e se jogando em cima da minha cama.

- Meu quarto eu preciso dormi – Ele disse olhando para o teto.

- Seu quarto? Saia daqui já! – mandei, aproximando-me da cama e jogando minhas malas em cima de um sofá verde que havia ali.

- Podemos muito bem o dividi-lo – disse Vincent, enquanto me puxava para trás. Eu me virei e fiquei em cima dele encarando-o, estava evidente que ele esperava que eu me deitasse com ele e começasse a tirar a sua camisa, mas ele estava enganado, hoje e não me deitaria com aquele homem, eu tinha outros assuntos a tratar.

- Nem pense nisso, esse é o meu quarto e apenas isso. Seu quarto é o ultimo a esquerda – Debrucei-me sobre ele e cheguei bem perto do seu rosto, a ponto dos nossos narizes quase se tocarem – Ouviu?

- Você consegue quando quer – comentou ele puxando-me para mais perto.

- Nem pensei nisso! Saia! – levantei-me no pulo, apontando para a porta. Ele me obedeceu e pegou suas coisas saindo do meu quarto.

Joguei-me em cima da cama e peguei uma foto dos meus pais e eu quando criança, que sempre ficou sobre a minha escrivaninha. Olhando a foto uma lagrima desceu. Estar ali me fazia lembrar muito deles, tudo os lembrava, mas daqui a um tempo eu sentiria aquela saudade com menos peso, e conseguiria me vingar daquele que os matou. Isso era o certo a se fazer, era o principal motivo de eu ter voltado. Levantei da cama e coloquei a foto no lugar, comecei a tirar os lençóis de cima dos meus moveis e a abrir as duas janelas que havia, uma brisa fresca começou a correr pelo quarto, renovando ar poeirento.

Depois de ter arrumado o quarto e as minhas coisas no armário, desci as escada e fui para a sala, minha avó não se encontrava lá, ela deveria ter ido para o quarto. Vincent se encontrava jogado sobre o sofá vendo televisão. Sentei-me ao lado dele e me joguei sobre seu colo e ficamos ali naquela posição vendo um filme.

Eu e Vincent não podíamos ser totalmente considerados namorados, nós não ficávamos por ai de mãos dadas, e dizendo palavras bonitas um para outro, muitas vezes éramos grosseiro um com outro e o nosso caso só envolvia sexo. Nós tínhamos mais uma amizade colorida por assim dizer.

Quando a campainha tocou, eu pulei do sofá e fui até a porta, encontrei a Amanda parada diante do beiral, ela como Eric, havia mudado desde a última vez que a tinha visto, ela tinha crescido e estava com um ar mais maduro.

- Então é verdade você voltou – ela confirmou para si própria.

- Amanda – foi à única coisa que consegui falar.

- Você some sem dá a mínima satisfação e ainda deixa no ar o negócio da morte dos seus pais e quando volta diz somente “Amanda”?! – Ela me olhou erguendo a sobrancelha.

- Sim – falei na maior cara de pau e sorri. É eu não me importava com aquilo, tinha melhores coisas para fazer. Ceguei um pouco mais para o lado apoiando-me no batente da porta, para que o curioso do parasse ao meu lado Vincent olhando Amanda de cima abaixo.

- Se a nossa queridinha aqui deixou você do lado de fora, eu a convido a entrar – falou ele dando um daquele sorriso sedutores dele.

- Cale a droga da boca! – Empurrei o Vincent. – Pode entrar Amanda.

- É o seu namorado? – Amanda perguntou.

- Nem de longe – Sorri falsamente.

- Eu preciso muito conversar com você – falou Amanda.

- Se é sobre os meus pais, e o que você ouviu há três anos e não esqueceu, trate de esquecer. Não irei falar disso, pois até já esqueci – abri o meu sorriso mais agradável possível, ao olhar para ela.

- Será que custa você falar? – Ela me olhou com cara de interrogação.

- Custa o meu tempo.

- Tenha um pouco mais de educação priminha – disse Vincent se jogando novamente no sofá.

- É mais educação Violet – Amanda me olhou feio.

- Talvez a doce Violet que você conheceu se foi, aconteceu o que você temia – respirei fundo e sorri saindo da sala. - o Vincent te fará as boas-vindas – falei subindo as escadas e me jogando sobre a cama, assim que abri a porta do meu quarto. Eu já não era mais a mesma, tudo havia mudado.


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Notas finais do capítulo

Capitulo betado pela Bárbara do Perfect Design.



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