My Small And Sweet Revenge escrita por NessCN


Capítulo 16
Cemitério.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal bonito e cheiroso, eu queria me desculpar se eu demorei pra postar. É que eu comecei a fazer curso e ficou um pouco corrido pra eu terminar de escrever e enviar pra beta, mas aqui está e espero que vocês gostem, sues cheirosos.
Beijous :3



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Nunca entendi exatamente o que se passava pela minha cabeça, a gente não entende. Desde quando eu havia virado aquela mulher fria e que não se importava com o amor? Onde andava aquela menina doce e que um dia sonhou em se casar? Será que ela havia se perdido a partir do momento em que jurei vingança? Era possível alguém tão próximo de você, o seu "eu", sumir sem deixar vestígios? Às vezes essas perguntas toscas batiam na minha cabeça e ficavam andando por ela durante algum momento, até perceberem que não há espaço pra elas irem embora. Mas elas eram insistentes, sempre voltavam.

Levantei o olhar do livro que estava lendo, minha mente não estava se concentrando no parágrafo, que eu lia pela terceira vez. Resolvi fechar o livro e larguei-o em cima da cama, levantei da mesma e desci as escadas correndo. Minha avó se encontrava na sala lendo algum livro.

– Oi. – Disse baixo.

Ela levantou o olhar do livro e deu um sorriso sereno pra mim.

Era noite lá fora e eu não sabia que horas eram agora. Olhei para o relógio na parede e passava da meia noite. Era estranho minha vó está acordada aquele horário.

– A senhora não está com sono? – Perguntei.

– Hoje é um dia triste. – Minha vó murmurou.

Eu não achava que a minha avó estava ficando maluca, então resolvi procura na memória que dia era hoje. Fazia tempo que eu não olhava um calendário ou via a data no celular e, puxando o celular do bolso e vendo a data, eu reconheci que dia era hoje.

– É um dia triste. – Sussurrei e olhei para baixo. – Vou sair vó.

Dei um beijo na testa dela e limpei uma lágrima que caía dos seus olhos.

– Quando for mais cedo eu irei com a senhora novamente. – Acenei e atravessei a porta.

Hoje fazia três anos que meus pais haviam morrido. Desde que me mudei eu não visitava o túmulo deles no dia da morte e hoje eu queria visita-lo o mais rápido possível, me sentia perto deles mesmo que seja improvável.

Aquele não era um bom horário para eu andar sozinha no meio da rua e, principalmente, para mim, que tinha, vamos dizer, inimigos. Mas eles não me impediram de ir visita o túmulo dos meus pais. Atravessei a rua e continuei andando ate o cemitério local, olhando para os lados que nem uma maluca. E de certa forma eu me achava maluca àquela hora na rua.

Depois de dez minutos eu cheguei ao cemitério. Tudo estava escuro e com uma atmosfera fria, cemitérios a noite não era um bom lugar para se visitar à meia noite. Havia um guarda na porta com uma lanterna fraca e quase dormindo.

– Olá. – Falei passando a mão em frente ao rosto dele.

– Ah, olá Srta. Tyler. – Ele se endireitou e ficou de pé. – O cemitério está fechado.

– Eu só queria visitar o túmulo dos meus pais, por favor. Hoje é o dia que eles morreram e faz tempo que não os visito. – Dei um sorriso fraco. – Por favor, Sr. White.

– Ok, entre, mas vá rápido. E cuidado, dizem que há almas por ai. – Ele riu consigo mesmo.

– Pode deixa eu grito qualquer coisa. Dê-me uma lanterna.

Ele me entregou uma e abriu a porta do cemitério.

Eu entrei cautelosa, aquilo realmente dava medo. Mas não havia muito que temer, fantasmas não existiam e se algo pudesse acontecer era no mínimo eu ser atacada por algum maluco. Andei pelo cemitério e, com a lanterna, fui iluminando os nomes nas lápides até que parei em frente a uma.

Rose Tyler e Richard Tyler.

Abaixei-me a altura do túmulo e fiquei ali parada e ajoelhada. Lágrimas caíram pelos meus olhos, não liguei em limpa-las. Queria pode chorar a vontade, sem medo, sem vergonha... Eu nunca fui de acreditar muito em Deus, principalmente quando tudo isso aconteceu na minha vida. Eu passei a acreditar que ele era um homem que gostava de brincar com as pessoas, mas uma parte em mim, lá no fundo, acreditava nele. E era essa parte agora que pedia para ele que meus pais estivessem bem, que estivessem naquele lugar que chamam de paraíso. Sei lá, só se parece um bom lugar para meus pais estarem agora, olhando por mim. Talvez sentido orgulho ou se perguntando onde erraram.

Ouvi um galho quebrar. Despertei-me dos meus pensamentos e levantei rapidamente.

– Quem está ai? – Perguntei virando a lanterna para onde tinha vindo o som.

Ouvi uma risada no meio do nada. Ok, isso deu medo. Mas eu fui andando em direção de onde vinha a risada, eu parei assim que pisei em cima de um galho, o mesmo que havia sido quebrado segundos atrás. A pessoa riu novamente.

Nesse momento eu corri para saída do cemitério e lá no chão se encontrava o Sr. White com o pescoço cortado e caído no chão. Eu não acreditava que aquilo seria obra de algum demônio ou fantasma, havia pessoas que me queriam morta e eram capazes de fazer aquilo. Olhei para o portão do cemitério e lá parado eu vi o Sr. Walter com um sorriso insano no rosto.

– O que faz aqui? – Perguntei provocando. – Veio fazer o trabalho sujo de novo?

– Você é um trabalho sujo que precisa ser morto. – Ele avançou pra cima de mim com uma faca na mão.

– Por que ele não vem fazer o trabalho? – Perguntei gritando.

– Porque de você cuido eu. Já arruinou muito a vida da minha família. – Ele se jogou, dessa vez, em cima de mim e, por pouco, a faca não pega no meu peito.

Eu segurei o pulso dele com força e fui para no chão com Sr. Walter em cima de mim. Ele era gordo e pesava um pouco em cima de mim, eu temia que não fosse conseguir segurar aquele pulso por muito tempo e, a qualquer momento, seria morta.

Gritei o mais alto que pude. Algumas casas que estavam ali perto acederam as luzes, ninguém se atreveu abrir a janela e olhar pra fora, mas eu esperava que algum deles ligasse para polícia.

– Está falando do seu filho? Eu não arruinei a vida dele e sim você, que desgraçou com a nossa. – Resmunguei com um pouco de falta de ar.

– Você nunca perde a pose?! Está prestes a morrer e continua com esse sorriso sarcástico no rosto. – Ele riu consigo mesmo.

– Acredite, eu não estou prestes a morrer, mas do senhor não posso falar o mesmo.

De repente o som da sirene do carro da polícia foi ouvido. Eu agradeci mentalmente a qualquer um que tivesse feito aquilo.

– Cuidado, essa noite pode ser você. – Ameacei quando ele saiu de cima de mim.

– Você vai me pagar caro, garota. Você ainda vai morrer cruelmente em minhas mãos. – Ele ameaçou e saiu correndo.

Eu me levantei rapidamente e pulei o muro de uma casa para me esconder da polícia. Enquanto andava mais para trás no quintal da casa eu ouvi os polícias falando.

– Examine o corpo. – Um ordenou.

Eu estava andando para trás de costa e isso ocasionou um acidente. Eu pisei em um daqueles brinquedos que faz um barulho irritante. A porta que dava para cozinha ficou iluminada por causa da luz acesa. E um policial disse que ouviu algo. Droga!

Corri pelo quintal e pulei o próximo muro que era baixo, graças a Deus. Dessa vez eu andei olhando por onde andava e percebi que a lanterna ainda continuava comigo e acesa. Apaguei e fui andando até o final do muro e pulei de novo indo para na calçada. Eu andei calmamente ate a minha casa e quando cheguei lá minha avó se encontrava dormindo no sofá da sala. Eu a cobri com uma coberta vermelha e subi as escadas cuidadosamente. Abri a porta do meu quarto e encontrei o Vincent parado de costa pra mim sobre a janela.

– Onde você estava? – Ele perguntou se virando para mim.

– Desde quando te devo satisfação? – Tirei a blusa branca que usava e joguei sobre o chão.

– Desde que eu acordei com o barulho de sirene de polícia e não encontrei você na cama. – Ele bateu o pé.

Ele estava irritado de alguma forma, mas eu não liguei. Tirei a calça e deixei sobre o chão, me virei de costa para o Vincent e desabotoei o sutiã e entrei no banheiro.

– Violet, onde você estava? – Ele bateu na porta, mas não entrou.

– Eu fui visita o túmulo dos meus pais, hoje faz três anos que eles morreram. – Falei com a voz baixa e deixando a água do chuveiro leva embora a sujeira do meu corpo e da minha alma.

Tomei um banho rápido e sair do banheiro. Vincent ainda se encontrava no meu quarto, sentado sobre a cama.

– E os policiais? – Ele perguntou me encarando.

Revirei os olhos e me virei para o guarda roupa procurando uma roupa. Peguei uma calça de flanela e uma blusa preta, me vesti e voltei a olhar para o Vincent secando o meu cabelo.

– O Peter apareceu por lá e tentou me atacar. Eu não pude fazer muita coisa, ele estava com uma faca eu sem nada. – Subi em cima da cama e me deitei ao lado de dele, deitando minha cabeça no ombro dele. – Tive que gritar e assim um vizinho ouvi e ligou para polícia, dessa forma ele foi embora sem fazer maiores estragos nesse rostinho belo.

Olhei para cima e ele tinha um sorriso no canto dos lábios.

– Só quero dormir... – Falei no sussurro e ele começou a mexer no meu cabelo.

Que vocês estejam nesse tal de paraíso, pais. Acho que acredito em Deus...


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Notas finais do capítulo

Betado pela Skyler do Perfect Design - PD.



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