Eu me encontrava em um quarto escuro, não totalmente escuro, ele estava meio iluminado. Eu não gostava daquilo, não que eu fosse uma criança com medo de escuro, eu só não gostava de fica no escuro sozinha.

A porta foi aberta e entrou um cara alto, eu pude ver pela sombra dele. Chegando mais perto percebi que era o Clark, aquele amigo dos meus pais mal encarado. Ele me pegou no colo e me pôs sentada na cama, eu me levantei. Não queria fica sentada, queria ir embora.

– Fique sentada! – Ele ordenou e me pôs na cama de novo.

Eu fiquei sentada com os ombros encolhidos. Ele ficou a minha frente, ele não se agachou a minha altura, como a maioria dos adultos tinha mania de fazer. Estranho...

Ele começou a abri o zíper da calça dele. O que era feio. Uma vez a professora disse que era feio meninos abrirem o zíper para outra garota e mostra o que ele tinha no meio das pernas, que era um nome feio. Mas ele não hesitou em abri, abriu e deixou a mostra aquilo. Era grande...

– Vai fica tudo bem. – Ele se agachou agora e pediu silencio para mim, com o dedo entre os lábios.

Ele abriu as minhas pernas com força, eu gritei. Aquilo não era coisa pra se fazer com uma dama, como a professora uma vez me chamou. Uma dama jamais ficava de pernas aberta, mas ele as abriu ainda mais, eram pequenas, estava começando a doer.

Ele pegou aquilo dele nas mãos e começou a por perto das minhas pernas. Eu arregalei os olhos e pulei para trás e sair da cama. Seja lá o que fosse aquilo, eu não queria.

Corri ate a porta e comecei a bate nela com força.

– Mãe, mamãe! Papai. – Gritei, mas não sugiram efeitos.

Clark me pegou por trás e me jogou em cima da cama de novo.

– Fique ai garota. – Ele gritou comigo.

Eu chorei. Levantei-me da cama mais uma vez e mordi a mão dele, corri para porta.

–Socorro! Socorro! – Gritei o mais alto que pude.

Clark me pegou outra vez e me jogou em cima da cama e me segurou lá. Eu não tinha força para sair dali, por mais que tentasse e meus pais pareciam não me ouvi.

As lagrimas quentes foram caindo pela minha bochecha. Eu estava assustada e queria minha cama, queria minha mãe. Eu chorei, quando o Clark passou mão sobre o meu peito.

Era um choro baixo, sem grito ou escândalos. Era um choro de perda.