My Small And Sweet Revenge escrita por NessCN


Capítulo 10
Desculpas.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405720/chapter/10

Quem atendeu foi Eric, ele estava com um sorriso no rosto que logo desapareceu e deu entrada para uma cara espantada. Atrás dele duas meninas riam. Esgueirei-me para ver e percebi que era a Amanda e a irmã do Eric, Nicole. Ambas ficaram olhando para a porta e Amanda fechou a cara ao me ver, Nicole veio ao meu encontro.

– Oi. – Nicole disse ao passar por debaixo do braço do irmão que continuava na porta.

– Oi. – Sorri e me abaixei à altura dela.

– Eu me lembro de você. Você é a moça que brigou com meu irmão. Posso contar um segredo? – Ela me olhou com os olhos brilhando.

– Pode.

– Ele mereceu. Ele é um chato, que não deixa eu fazer nada. – Ela deu uma risada baixa e piscou para mim.

– Concordo. – Sorri e me levantei.

Eric piscou algumas vezes e me encarou como eu estava fazendo com ele. Amanda se levantou do sofá e veio ao nosso encontro.

– O que faz aqui? – Perguntou Eric se recuperando do susto.

– Isso são modos? Sua mãe lhe ensinou a como recebe uma pessoa. – Dei um meio sorriso cínico.

– Você não veio aqui me ensinar bons modos. – Ele retrucou.

– Com certeza não. – Me abaixei para na altura da Nicole. – Nik, pode entrar? Eu tenho que falar uma coisa séria com seu irmão.

– Posso sim. – Ela fez cara de chateada e entrou na casa.

– Agora vai virar “amiga” da minha irmã? Ela será sua próxima vítima? – Ele fez aspas no ar na palavra amiga.

– Não. Meu único... – Calei a boca antes que eu falasse alguma besteira. – Quero conversa com você e seu pai, por favor.

– Por quê? – Eric perguntou.

– Você logo vai entender. E a sós, Amanda. – Dei um sorriso falso para ela.

– Ok. – Ela retribuiu o sorriso e foi até a cozinha.

Eric deu passagem e eu entrei na casa. Dei uma olhada rápida na casa e logo me virei para o Eric que estava atrás de mim. Ele passou na minha frente e eu comecei a segui-lo, fomos para no quarto do Eric.

– Eu vou chamar meu pai. – Ele se retirou do quarto me deixando só.

Eu dei uma olhada de 360° graus no quarto e parei na cômoda que havia perto da cama. Cheguei mais perto e em cima da cômoda havia revistas velhas, alguns CDs das bandas favoritas dele, um porta retrato com a foto dele e da irmã juntos e atrás da pilha de CDs havia um anel prata empoleirado. Era o anel que a gente usava. Aqueles anéis para simboliza o namoro. Eu havia jogado o meu em um lago. Peguei o anel na mão e fiquei girando ele no meu dedo.

A porta foi empurrada e no quarto entrou o Eric e o pai dele. Eric olhou para mim surpreso e se aproximou de mim. Ele tirou o anel da minha mão com brutalidade e se virou para o pai que se encontrava sentado na cama.

– O que você queria com a gente? – Eric perguntou.

– Como você pode trazer essa maluca pra dentro de casa? – Peter perguntou com fogo nos olhos.

– Não o culpe. Eu só quero e preciso muito conversa com vocês. – Me sentei sobre a cama.

Era a hora...

– Eu quero pedir desculpa para vocês dois, muitas desculpas mesmo. Sei que acabei fazendo loucuras, mas é que eu estava fora de mim. A morte dos meus pais acabou me deixando maluca, e acredite eu tive que frequenta muitos terapeutas e psicólogos. Aí quando voltei queria me vingar de uma coisa que eu havia inventado em minha em minha mente. Eu tinha que por a culpa em alguém e esse alguém foi você, Sr. Walter. – Olhei para os dois com os olhos curiosos e arrependidos. O choro estava preste a vim e uma lágrima caiu e depois outra e assim foi o choro. – Sinto muito mesmo, por favor, me perdoem.

Eric chegou perto de mim e me abraçou. Eu não esperava aquilo dele e fiquei desconfortada com o abraço.

– E o que faz a gente acreditar em você? – Perguntou Peter.

– Meu arrependimento, estou realmente arrependida. – Olhei para Sr. Walter com os olhos implorando.

Eric se afastou de mim e ficou olhando para mim e para o pai dele.

– E se ela estivesse arrependida, pai? – Eric encarou o pai.

– Difícil de acreditar.

– Estou realmente arrependida, mas se vocês não querem acredita em mim, entendo. Espero que me perdoem um dia. – Me levantei da cama e atravessei a porta.

Assim que havia chegado lá embaixo, fui parada pela Nicole.

– O que vocês estavam falando? – Ela puxou a minha calça.

– O quanto seu irmão é chato, seu pai vai dar um jeito nisso. – Lancei um sorriso sincero e me aproximei da porta.

Assim que abri a porta para ir embora, Eric agarrou meu braço e me empurrou para fora. Ele veio junto e fechou a porta atrás dele.

– Como você quer que eu acredite nisso? – Ele soltou o meu braço e me encarou.

– Acredite. Talvez aquela estória de nosso amor possa vencer, tenha funcionado. – Fugi do olhar dele durante meio segundo e voltei a encarar o seu rosto, mas não definitivamente os olhos.

– O que isso significa? – Ele segurou meu rosto e me obrigou a encarar ele.

Nós nos olhávamos, um nos olhos do outro. E por algum motivo aquele olhar estava me perfurando, como adagas sobre meu abdômen.

– Que eu mudei. – Me afastei das mãos dele e parti para minha casa.

Quando cheguei a casa, o Vincent me esperava na janela.

– Como foi? – Ele perguntou vindo ao meu encontro.

– A vingança é um prato que se come sozinho, literalmente.

Vincent estendeu os braços e me abraçou. Eu sabia que não podia fazer aquilo, mas precisava de um abraço e o abracei com todas as minhas forças. Jogando todo o peso longe dali.

– Está tudo bem? Eles te fizeram algo? – Vincent se afastou do abraço e ficou segurando meu rosto e me encarando.

– Não. Deu tudo certo. – Dei um sorriso falso e o puxei de novo para um abraço.

Vincent apertou minha cintura com força e deitei minha cabeça no ombro dele. Aquilo era bom, mas estava se tornando uma sala de espinhos que chega mais perto de mim, somente em mim.

Afastamo-nos e eu fui para meu quarto, como se nada tivesse acontecido. Como se tudo, realmente, tivesse dado certo. Mas era assim que era pra ser, havia dado certo tudo que eu e o Vincent havia planejando. Só fugiu do controle aquilo – essencial - que eu me esqueci de planejar. Agora era viver com a mascara e indiferente.

Desci as escadas e fui ate a pequena biblioteca que havia na casa. Lá dentro havia um armário com bebidas alcoólicas, coisas do meu avô. Abri o armário, peguei um copo e pus um pouco de uísque. Bebi, o negocio desceu rasgando pela minha garganta, mas não liguei e pus mais e dali em diante foi uísque, vodka e tudo que havia naquele armário. Eu precisava espairecer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá pessoal, o capitulo foi betado pela Thais Kane Jackson, do site Cupcake Design - CD.
Beijous e espero que tenham gostado :3