My Small And Sweet Revenge escrita por NessCN


Capítulo 11
De volta.




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Abri meus olhos aos poucos, minha cabeça doía demais e minha boca estava com um gosto amargo, ruim. Abri os olhos completamente, estava no meu quarto, deitada sobre a cama. Levantei-me aos poucos, tudo a minha volta girava e minha cabeça doía. Sentei na cama novamente e a porta foi aberta.

Vincent entrou no meu quarto e correu ao meu auxilio.

– Dá pra você fica deitada? – Ele resmungou e me deitou na cama.

– Não. O que aconteceu? – Perguntei massageando minha cabeça.

– Aconteceu que você resolveu beber. Você nunca triscou em uma taça de champanhe. O que foi aquilo? – Perguntou mal humorado.

Então me lembrei, mais ou menos, o que eu havia feito. Havia descido até a biblioteca e resolvido beber o que era do meu avô. Não me pergunte o quanto bebi, eu não fazia a mínima ideia.

– Eu não lembro.

– Ok. – Vincent deu de ombros. – Vou buscar o café que sua avó preparou para você.

Ele saiu do quarto eu só pude ouvir os passos dele descendo a escada.

Fiquei deitada na cama a espera do café, na tentativa de lembra por que eu havia indo beber. Eu nunca havia bebido muito, na verdade, odiava bebidas alcoólicas. Sim, eu era – de certa forma – careta pra essas coisas.

Vincent voltou com uma xícara grande de café. Ele me entregou e ficou me encarando até eu começar a beber o café. Bebi, estava amargo, forte, quente e sem um pingo de açúcar.

– Mas que merda de café e esse? – Perguntei.

– É pra ver se cura você da ressaca. Que provavelmente você deve estar.

Bebi de mal humor.

– Ontem, quando você foi à casa dos Walter. Eles te fizeram algo? – Ele perguntou se acomodando ao meu lado na cama.

– Não. Eles acreditaram, só isso. – Respondi bebericando o café ruim.

– Você não está mentindo? – Vincent me encarou com aqueles olhos verdes.

– Não. Eles duvidaram um pouco, mas o Eric acreditou e logo o pai dele também. – Terminei de beber o café.

– Então por que tudo isso? Você não se mataria de beber à toa. – Vincent continuava a me perfura com aquele olhar.

E a pergunta ecoou pela minha cabeça. “Por que tudo isso?”, eu havia feito aquilo pelo Eric? Ou pela situação em que me encontrava? Droga, minha cabeça estava a mil, eu não fazia a mínima ideia de que fiapo de pensamento pega para poder me concentrar. Naquele instante eu queria fugir, desisti da vingança. Não. Cheguei até aqui, vou até o fim. Eu não podia deixa sentimento algum interferir. Quando se entra nessa, se dá adeus aos seus sentimentos.

– Não foi nada, ok? Eu não lembro por que bebi. E chega desse assunto. – Pus a xícara de café sobre o criado mudo ao meu lado e levantei da cama. – Vou tomar um banho frio e depois dar segmento ao plano.

Dei um sorriso falso e me lancei para o banheiro. Tomei um banho gelado e demorado, fiquei minutos com a cabeça embaixo do chuveiro, para pode espanta qualquer pensamento idiota. Sair do banheiro, o Vincent não se encontrava mais em meu quarto. Vesti um short jeans e uma camisa branca aberta na lateral. Calcei um tênis velho e fui para sala.

Minha avó se encontrava na cozinha preparando algo. Disse um monótono “bom dia”. Peguei uma torrada sobre a mesa e sai de casa. Encontrei o Vincent sentado num banco perto da entrada.

– O que faz aqui? – Perguntei.

– Nada. Só passando o tempo. – Ele deu de ombros sem ao menos olha para mim.

Segui o olhar do Vincent e ele se encontrava na casa da frente, a dos Walter. Mas porque ele olhava para lá?

– Me responde uma coisa? – Vincent olhou para mim e esperou que eu olhasse de volta.

Eu olhei.

– O que você sente pelo Eric? – Ele olhou dentro dos meus olhos.

– Por que essa pergunta idiota? – O olhei incrédula.

– Responda. – Ele falou firme.

– Pra quê isso? – Bufei e me levantei do banco.

Vincent agarrou meu pulso e me segurou ali. Ambos nos olhávamos um nos olhos do outro.

– Você o ama ainda?

– Não, não o amo. – Respondi fria e grossa.

Soltei meu pulso com brutalidade e entrei em casa. Não demorei muito dentro de casa e logo saí, Vincent ainda se encontrava no banco.

– Aonde vai? – Ele perguntou.

– Resolver o que devo resolver. – Sair bufando e segui reto ate a casa da frente.

Toquei a campainha e quem atendeu foi Nicole.

– Oi! – Ela disse animada.

– Oi. Seu irmão está? – Perguntei.

– Está, e o que você quer com ele? – Quem respondeu foi o Peter.

– Falar com ele. – Respondi educada. Tentando não deixa transparecer a raiva que estava sentindo e o veneno que queria jogar naquele homem.

– Quem quer falar comigo? – Eric apareceu na porta.

– Eu. – Dei um sorriso. – Posso entrar?

– Pode. – Nicole respondeu.

Eu olhei para ela, para o pai dela e para Eric. Eric tirou o pai da porta e concordou com a cabeça. E assim eu entrei.

– O que foi? – Ele olhou curioso para mim.

– Podemos conversar a sós?

Ele concordou com a cabeça e me levou até seu quarto.

– Eu te amo, Eric. – Me aproximei dele e esperei ele dar o próximo passo.

– Por que tudo isso agora? – Perguntou dando o passo para próximo de mim.

– Acredite em mim, eu mudei. – Cheguei perto dele.

Agora o que nos afastava eram centímetros. Nós dois nos beijamos, nós dois demos a iniciativa e agora encontrávamos nos beijados com amor. Mas meu corpo todo se mantinha frio, o que logo mudou. Eu senti todos os sentimentos, antes presos, soltos pelo meu corpo e dando espaço para uma nova Violet. Afastei-me bruscamente.

– O que foi isso? – Eric me olhou desnorteado.

– Nada. Eu senti uma dor na boca do estômago, ultimamente estou sentido isso. – Menti.

– Procure um médico. – Aconselhou.

– Pode deixar. Mas agora eu quero saber de você. No que você acredita? – Perguntei cautelosamente.

– Acredito em você. – Eric se aproximou de mim e agarrou meu braço.

Beijamo-nos novamente. Um calor subiu sobre meu corpo, um sentimento que eu não sentia há muito tempo. Eu temia que aquilo pudesse interferir em algo, mas naquele momento eu não liguei. Entreguei-me a ele.

***

Os dias foram se passando, e a cada dia eu estava mais próxima do Eric e da família Walter. Até o Peter já estava baixando a guarda comigo, ele me via brincar com a filha dele e trocar juras de amor com seu filho. Estava começando a acreditar. Mas naquele tempo eu havia me afastando bastante do Vincent, o motiva eu sabia, mas não queria acreditar.

Levantei da cama, troquei de roupa e desci para toma café. Hoje era enterro do meu avô, todos estavam prontos. Minha avó havia indo mais cedo e daqui a pouco eu estaria lá. Vincent desceu com uma mala e uma mochila nas costas.

– Pra onde você vai com isso? – Parei de levar a torrada até a boca.

– Embora. Você já está quase completando sua vingança, se é que a está fazendo e não finalmente ficando com o Eric. – Terminou de descer as escadas.

– Você sabe muito bem que eu estou fazendo isso para me vingar, não duvide de mim. – Levantei da cadeira brava.

– Ó desculpe, eu duvidei da pobre Violet. – Retrucou com acidez na voz.

– Vá então, não fará a menor diferença. – Falei friamente.

– E ai está a Violet que eu conheci, aquela por quem me apaixonei. – Ele deu uma risada sem graça.

– Não vou me rebaixar a você, vá. – Dei de ombros e voltei para mesa.

– Para seu Eric, você se rebaixou. – Disse perto do meu ouvido.

Um arrepio subiu pela minha espinha. Virei-me para o Vincent e ficamos a centímetros um do outro.

– A única coisa que quero é vingança, não preciso de sentimentos e nem de você. – Dei um beijo no rosto dele e sair de entre ele e a mesa.

– Tchau. – Ele atravessou a porta e se foi.

Eu segui para o enterro do meu avô e fiquei o tempo inteira indiferente com o que acontecia. Não sorri, não chorei e todos estranharam. Não liguei. A partir daquele momento eu seria a fria Violet que sempre fui.


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Notas finais do capítulo

Capitulo betado pela: Fê Alencar do Perfect Design - PD.
Obrigado pelo comentários seus lindos e beijous u.u



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