What Doors May Open escrita por Strawberry Fields Forever


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Algumas prévias: convite para uma noite de meninas; o bichinho verde do ciúme; pegação em ambiente insalubre.

Enjoy!



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Capítulo 10

Que fique registrado que, por qualquer razão, Quinn Fabray não é metade de qualquer coisa. Os lábios de Rachel ainda formigavam um dia depois que ela mentiu para si mesma em sua cama enquanto olhava para o teto. Ela nunca tinha se apaixonado antes, mas ela tinha certeza que o que sentia por Quinn era incondicional e a consumia. O único problema era que ela não tinha certeza se Quinn se sentia da mesma forma. Mas ela tinha certeza que Quinn gostava dela de alguma forma porque tinha convidado Rachel para sua casa duas vezes, na primeira tentou beijá-la, e na outra, no dia anterior, quando elas definitivamente se beijaram. Quinn tinha dito que não sabia o que aquilo significava, mas também não disse que não significava nada. Por hora era o suficiente.

Rachel não podia sequer começar a imaginar onde Quinn aprendeu a beijar daquela maneira incrível. Não havia maneira do clube de celibato ter ensinado isso. E não havia nenhuma maneira de ter aprendido com Finn porque Quinn claramente sabia como trabalhar a língua de forma eficaz enquanto Finn apenas enfiou a língua na boca de Rachel, quase a asfixiando.

Talvez ela tivesse aprendido com Puck. Ele era realmente experiente e provavelmente beijava bem. Mas de acordo com Finn, que tinha ouvido falar de Puck, ele e Quinn só tinham se beijado duas vezes. Não era o suficiente para aprender a técnica que Quinn já tinha dominado. Talvez ela tivesse beijado outros meninos.

A porta do seu quarto se abriu e sua cabeça pendeu para o lado para ver Finn de pé na porta. Ela sorriu imediatamente.

Os olhos de Finn a miravam com desconfiança enquanto ele se aproximava lentamente da cama. "Seu pai me disse que você esteve aqui todo o dia... porque você está me olhando assim?"

"Quinn me beijou," ela sussurrou alegremente com Finn se sentando na cama. Falar em voz alta tinha sido surreal.

Finn olhou para ela com descrença. "Você está mentindo."

O sorriso dela cresceu. Ela se sentou para encará-lo. "Não estou. Ela me beijou ontem quando eu estava na casa dela."

"Puta merda. Isso é—" ele tentava encontrar as palavras certas, o cérebro arruinado. "Isso é um bocado quente. Como aconteceu? Ela agiu toda agressiva e totalmente por cima com você? Porque ela é tão quente quando faz isso."

Foi estranho—e não de um jeito bom—ver Finn falando sobre as técnicas de Quinn com tanto conhecimento, mas ela pensou de forma razoável que se ela vinha falando constantemente sobre o fato de ela e Quinn estarem tendo algo agora então ela podia ao menos tolerar o fato de Finn tinha antigas histórias.

"Mas ou menos. Nós estávamos apenas deitadas na cama e conversando um pouco, então ela perguntou o que eu responderia se ela dissesse que queria me beijar, e eu disse, por favor." Ela suspirou deliciosamente. "Finn, foi incrível. Surpreendente. Onde ela aprendeu a beijar assim? Ela beija muito bem. Pode acreditar que eu beijei Quinn Fabray? A Quinn Fabray. Digo, há dois meses eu sequer estava fora do armário e agora eu estou beijando Quinn. E ela disse que eu seria bonita se me vestisse melhor, o que eu não vou fazer porque não há nada de errado com as minhas roupas. De todo modo, eu tenho certeza que ela queria isso, porque—"

"Woah, espere, devagar," Finn disse com uma risada sem fôlego, como se tivesse sido o único a falar a mil por hora. "Então, vocês duas estão juntas ou algo assim?"

Rachel desinflou instantaneamente, lembrando que Quinn tinha estourado a bolha logo depois que elas se beijaram ontem. "Não," resmungou. "Quinn disse que não tem certeza do que ela quer."

"Ouch," ele respondeu se encolhendo. "Não soa muito bem."

"Eu sei disso," ela reclamou.

"E o que você vai fazer?"

Ela sentou de volta à sua cama, o olhar analisando as rachaduras do teto. "Eu acho que… eu e ela devemos conversar, não devemos?"

Finn zombou. "Sim, bem…é o que venho dizendo a você há algum tempo. Mas você está agindo com medo."

"Eu estou com medo," ela disse suavemente. "E se ela não gostar de mim?"

"Ela está passando por uma série de 'não gostar de você' pelo visto."

Rachel sorriu secamente enquanto inclinava a cabeça para olhar para Finn. "O que aconteceu com 'ela não é gay, Rach'?"

Ele revirou os olhos com uma risada. "Ela começou a beijar você, foi isso o que aconteceu."

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"É exatamente isso, ladies e gentlemen," Jacob gritou em seu microfone no meio do corredor, "Quinn Fabray recusou Noah Puckerman." Um suspiro coletivo pode ser ouvido vindo do grupo que começava a se formar em torno de Jacob. Rachel ficou em seu armário, longe da massa de pessoas, ouvindo atentamente, ainda que se sentisse culpada por ouvir o que deveria ser um assunto privado entre Quinn e Puck. Jacob estava obviamente contando a história apenas para aumentar sua própria popularidade por uma curta duração antes de voltar ao fundo do poço onde Rachel, também, residia.

"É isso mesmo! Vocês ouviram em primeira mão. Quinn Fabray é ainda uma sexy, mulher solteira e ladies, o 'Puckasaurus', como ele mesmo se chama, ainda está no mercado, para apalpar os seus grandes e firmes seios. Isso inclui você, Rachel Berry."

Ela endureceu, instintivamente abraçando os livros mais perto de seus seios quando pares de olhos viraram para ela. A atenção se dispersou na mesma velocidade que se iniciou e o grupo saiu depois de ouvir as fofocas de Jacob.

O telefone começou a tocar e ela se atrapalhou para agarrá-lo de sua bolsa. O identificador constava o nome de Kurt e Rachel rapidamente o abriu com um guincho. "Você ouviu?"

"Girl, sim. É melhor você se movimentar agora."

"Será que eu deveria?" ela perguntou, olhando em volta com medo de que alguém pudesse ouvir a conversa.

Kurt soprou na outra extremidade do telefone. "Não é como se ela fosse propriedade de alguém. Rachel, a garota é solteira e de acordo com as suas palavras, ela beijou você em um colchão há três dias. O que mais você precisa?"

"Ok, ok," ela cedeu. Um jogador de futebol corpulento estava prestes a caminhar para a direita através dela e ela deu um pulo de volta para os armários antes que ele passasse por cima. Ela inclinou a cabeça para trás, voltando-se para o lado para ver Quinn caminhar em direção ao seu armário. "Ela está no armário dela agora."

"Então pare de soar como uma perseguidora no telefone comigo e vá dizer oi."

"Tchau." Ela encerrou a ligação, olhando para Quinn quando ela abriu o armário. Era isso, agora ou nunca. Não havia como dizer o que sairia daquela conversa, mas se Rachel não tentasse alguma coisa ela perderia a oportunidade para sempre.

Ela mordeu o lábio nervosamente, empurrando-se de seu armário em uma onda de confiança que ela realmente não tinha e caminhou pelo corredor. Ela se viu sendo verificada por algumas pessoas que ela não fazia ideia de quem eram, mas ela simplesmente fez uma careta em suas direções e continuou seguindo até Quinn.

Ela estava a dois armários de distância quando de repente Santana apareceu. Ela se posicionou ao lado de Quinn com uma facilidade que Rachel não tinha e fechou o armário. Rachel a ouviu xingar em aborrecimento e conteve um sorriso quando Quinn se virou totalmente para Santana. "O que você quer?"

A sobrancelha de Santana se franziu em aborrecimento rápido. "Olá para você também, bitch."

Quinn suspirou. "Desculpe. Não quis soar rude."

Santana acenou. "Não se preocupe com isso. Eu estaria extremamente irritada também, se eu tivesse um corredor lotado em torno de Jewfro querendo descobrir para quem eu estou abrindo as minhas pernas."

Rachel endureceu com o tom bruto de Santana, notando que Quinn também se sentiu assim quando imediatamente falou, "Eu não estou abrindo nada para ninguém."

Um sorriso torto puxava o canto da boca de Santana. "Claro, Q." Seus olhos deslizaram para focar atrás do ombro de Quinn e Rachel ficou tensa quando Santana olhou diretamente para ela. "Está ouvindo há muito tempo?"

Os ombros de Quinn ficaram rígidos enquanto ela se virava para enfrentar Rachel. A expressão irritada do seu rosto diminuiu suavemente. Rachel ficou imóvel, sentindo-se como um cervo que estanca frente aos faróis que eram os olhos de Quinn até que eles mudaram de foco e se arregalaram diante do conhecido sorriso na face de Santana. "Isso é tão bom."

Rachel corou e Quinn se virou para enfrentar Santana. Ela falou em voz baixa, murmurando algo que Rachel não conseguiu ouvir. Mas se a forma como os lábios se Santana se inclinaram para baixo em sinal de irritação era qualquer indicação, não tinha sido algo bom. "Ugh, você tira a diversão de tudo," queixou-se, chicoteando seu rabo de cavalo exageradamente quando se virou e caminhou pelo corredor, balançando os quadris para capturar a atenção de quase todos os garotos.

O som estridente de um armário se fechando chamou a atenção de Rachel e ela se concentrou novamente em Quinn que reabriu seu armário por algum motivo desconhecido. Rachel deu um passo cauteloso para perto. "Oi," ela murmurou.

"Hey," Quinn devolveu, mas sem retirar a cabeça de dentro do armário.

Rachel pigarreou nervosamente, sentindo como se ela estivesse tendo uma conversa com ela mesma porque Quinn nem estava olhando para ela. "Como você está hoje?" tentou novamente.

Quinn fez uma pausa. Lentamente ela se retirou do armário e olhou para Rachel. Quinn agarrava os livros contra o peito de uma forma que Rachel poderia reconhecer já que ela mesma fazia isso quando se sentia insegura ou não tinha certeza de alguma coisa. "Estou bem," Quinn disse calmamente.

"Ok, isso é bom." Ela arriscou dar um passo para mais perto, assistindo a maneira ansiosa como Quinn mordeu os lábios enquanto seu olhar se desviou até voltar a fazer contato visual. "Podemos conversar?"

"Sobre o quê?"

"Você sabe sobre o quê, Quinn," Rachel disse suavemente. "Olha, eu não estou tentando fazer você se sentir desconfortável ou algo do tipo, mas você não pode simplesmente me beijar e depois agir como se nada tivesse acontecido."

Quinn voltou novamente para o seu armário. Ela não se moveu, apenas olhou para ele e sua estrutura comprida. Rachel não tinha certeza se ela estava com raiva ou com medo, mas ela ficava cada vez mais nervosa quanto menos Quinn falava.

"Podemos—"

"Eu vou pensar sobre isso," Quinn cortou com um tom de voz que claramente dizia que ela tinha a palavra final sobre o assunto.

Rachel mordeu os lábios nervosamente enquanto dava um passo para mais perto. Ela queria tanto alcançar e tocar Quinn. Descansar uma mão reconfortante em seu ombro e dizer que ambas estavam no mesmo barco, confusas e com medo, correr seus dedos por trás do braço de Quinn na esperança de que arrepios de antecipação saíssem da pele macia e leitosa. Em vez disso, seus cinco dedos se fecharam ainda mais em torno de seu caderno até que os anéis de metais fizeram recortes na palma da sua mão. "Se não significou nada, apenas me diga," ela implorou quietamente, querendo colocar logo sua miséria para fora.

"Eu não posso dizer isso," Quinn disse, sua voz soando calma e tensa, nada parecida com o tom de sexo liquido que ecoou três dias atrás quando ela tinha Rachel presa à sua cama, enquanto se beijavam desesperadamente. Seus olhos percorreram o corredor como se ela estivesse a cerca de dois segundos de correr desesperadamente.

"Posso entender que significou alguma coisa?" Rachel perguntou esperançosamente.

Quinn inclinou a cabeça para olhar para ela sem entender. Seus lábios se torceram por um breve momento antes de dizer, "Eu não disse que significou alguma coisa."

O cérebro de Rachel levou alguns segundos para trabalhar na negativa dupla da frase e ela se perguntou se todas as meninas eram tão complicadas e confusas como Quinn. Se sim, ela estava preparada para escrever uma longa carta de desculpas para Finn por seu próprio comportamento, enquanto os dois estavam namorando, porque isso era simplesmente incompreensível.

"Ok," ela respirou suavemente. "Isso-isso é bom. Eu acho. Então talvez possamos conversar mais tarde?"

"Agora eu estou indo para a aula," Quinn respondeu sucintamente. "Eu não posso lidar com isso agora."

Rachel não tinha outra escolha além de assistir Quinn bater seu armário o fechando e caminhar pelo corredor. A Quinn com quem ela tivera aquela conversa estava longe daquela com quem tinha passado quase uma hora e meia beijando na sexta-feira passada. Ela respirou com autocompaixão e o pensamento de possivelmente ter seu coração partido se ela continuasse a flertar com a garota mais popular da escola. Mas Quinn exercia essa atração sobre ela e ela não tinha nenhuma coragem de resistir. Nem um pouco.

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Uma notícia positiva a acolheu e tudo porque ela estava muito melhor em geometria. Embora ela tenha sentido uma pontada de tristeza juntamente com orgulho quando ela viu a letra 'A' em sua prova. Ela realmente não precisava mais da ajuda de Quinn para estudar, o que significava que ia ser muito mais difícil voltar para a casa dela agora.

"Quanto você tirou?" Uma garota ao seu lado se inclinou para sussurrar. Seu nome era Molly, uma companheira da sala de aula que Rachel tinha conseguido. Ela era loira, vivia plenamente o estereótipo cabeça no ar, mas era adorável com suas covinhas bonitas.

Rachel sorriu calorosamente. "Noventa e oito por cento. E você?"

Ela revirou os olhos murmurando, "Sessenta e dois."

"Talvez se você consultar seu livro mais vezes pode ajudar," ela disse, tentando soar encorajadora ao invés de condescendente. Quando Molly sorriu, Rachel assumiu que tinha conseguindo.

Ela deu um sorriso ainda mais brilhante, ante de se inclinar para trás de sua própria mesa. Ela olhou para a sua prova, feliz.

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Rachel nunca imaginaria que iria olhar para pessoas como Santana e Brittany. Mas ela fazia. Ela tinha quase certeza de que elas estavam juntas de algum jeito, contorno ou forma e admirava o quão afetuosas ela eram uma com a outra MESMO em público. Apesar de suas reputações provavelmente estarem em cheque, elas pareciam não se importar. Elas ainda davam as mãos ou se ligavam através dos mindinhos, abraçavam-se sempre que o humor de uma era atingido, ficando impossivelmente perto enquanto elas conversavam com os outros. Embora ela nunca as tenha visto se beijar e este pensamento só a fez perceber que talvez elas se preocupassem mais com as suas reputações do que ela tinha pensado. Talvez as meninas estivessem autorizadas a serem carinhosas até certo ponto. E enquanto ela olhava para o lado do corredor onde Brittany ousadamente pisava muito próxima de Santana que deu um passo hesitante para trás, ela percebeu mais do que nunca que, embora elas estivessem obviamente juntas a ponto de uma pessoa como ela poder ver claramente todos os sinais, elas tinham muito cuidado em esconder isso. Era uma dança precária que tinha se aperfeiçoado de tal forma que a fez se perguntar por quanto tempo elas estavam juntas.

Do outro lado do corredor, Brittany se virou para olhar para ela. A espinha de Rachel se endireitou quando ela a olhou em silêncio, muito dura e com medo porque ela havia sido apanhada as olhando demais. Ela observou Brittany virar, inclinando-se para Santana e sussurrando algo com um sorriso no rosto. Santana se virou para ela lentamente e o coração de Rachel acelerou bombeando alto contra seu peito quando as duas começaram a andar em direção a ela. Elas pararam a sua frente. Brittany sorriu brilhantemente.

"O que diabos você estava olhando?" Santana perguntou.

"N-nada," ela gaguejou nervosamente. Abaixou a cabeça colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. "Eu não quero entrar em confronto com você."

"O que é confronto?" Brittany sussurrou a Santana.

Rachel olhou para cima a tempo de ver as características de Santana se suavizarem quando ela calmamente se dirigia a Brittany.

"Oh," Brittany murmurou pensativa. Seus olhos brilharam para Rachel e, em seguida, de volta para Santana. "Ela totalmente sabe sobre nós."

Santana suspirou e cruzou os braços. "Eu sei. Só estou tentando descobrir como lidar com isso."

"Você não precisa se preocupar," Rachel assegurou, com medo de começar a ter sua bunda chutada. "Eu não vou contar a ninguém; eu sequer tenho alguém para contar."

"Verdade," Santana admitiu. "Você só tem um amigo."

Brittany riu. "Sim, e ele é como um G maiúsculo de gay."

Rachel assentiu com uma inclinação torta da cabeça. "Como você vê, eu não tenho ninguém para contar. Seu segredo está seguro comigo."

"Você é gay?" Santana perguntou abruptamente.

Ela quase engoliu a língua de surpresa com a pergunta. "Umm, bem, eu realmente não sei dizer—"

"Então, isso é um sim," Santana disse quando ela se virou para Brittany.

"Eu totalmente queria fazer você se vestir melhor e ser popular," Brittany contou a ela com um sorriso que parecia estranhamente inocente considerando o que acabou de sair de sua boca.

"Obrigada, Brittany, mas vou ter que declinar. Eu ainda não estou pronta para o sexo."

"E quanto ao discurso 'garotas querem tanto sexo quanto os garotos' que você deu no clube de celibato?" Santana perguntou ironicamente.

"Elas querem," ela admitiu. "Quer dizer, nós queremos. Eu sou uma garota apesar de tudo. Mas eu não queria desenvolver algo tão intimo com uma pessoa a não ser que eu sinta uma forte ligação com ela."

Santana sorriu cruelmente. "Então, a sua ligação é Quinn?"

Sua garganta secou com a pergunta. "Eu—uh, bem—"

"Não tenha um aneurisma, Berry; é apenas uma pergunta."

Ela se obrigou a respirar fundo, lembrando-se que Santana e Brittany já sabiam sobre o que aconteceu entre ela e Quinn, então não havia nada a esconder. "Só porque Quinn e eu estamos… tentando algo novo agora, não significa que esteja pronta para um passo tão importante e eu duvido que ela esteja. Ela é presidente do clube de celibato, além de tudo."

"Esse clube é uma piada," Santana disse com um bufo indignado.

"Então porque você está nele?"

"Porque Quinn nos obrigou a entrar," Brittany disse. Ao seu lado, Santana parecia ligeiramente embaraçada. "Ela disse que seria mais saudável para as líderes de torcida e então nos juntamos ao clube."

Rachel revirou os olhos. Difícil. Claro que Quinn tentaria perpetuar para o ensino médio a imagem de líderes de torcida inocentes pulando em suas saias curtas provocativamente nos jogos de futebol. Tudo naquela menina irritante era uma provocação gigante.

"Nah, B. Ela vem segurando sua pérola virgem desde que se tornou popular e os caras passaram a dar em cima dela." Santana zombou baixinho. "Se eu estivesse na posição dela estragaria tantos caras quanto fosse possível."

Rachel piscou confusa. "Eu pensei que você fosse gay," ela sussurrou.

Santana deu de ombros.

Os olhos castanhos deslizaram até Brittany. "Você é gay, também?" Rachel perguntou.

"Eu sou bilíngue."

"Bissexual," Santana corrigiu gentilmente.

Brittany sorriu. "Isso mesmo."

Rachel assentiu. "E… Quinn?" ela perguntou timidamente.

Por alguma razão, essa pergunta fez Santana dobrar de rir. Ela se agarrou ao seu estômago e uivava enquanto Brittany revirava os olhos para o teto em exasperação embora tenha rido um pouco também.

"O que é tão engraçado?" ela perguntou curiosa.

"É… complicado," Brittany disse.

"Não tão complicado," Santana pontuou.

"Então vocês podem me oferecer uma resposta?" Rachel perguntou com o que ela esperava ser um entusiasmo sutil quando ela olhou de Santana para Brittany.

"Não realmente," Brittany disse.

"Por que não?"

"Você deveria vir à minha casa," Santana deixou escapar, ignorando a pergunta.

Rachel tentou dar um passo para trás em surpresa, mas acabou batendo a cabeça no armário atrás dela. Brittany sorriu divertidamente enquanto Santana gargalhava. Ela franziu o cenho corando de vergonha quando murmurou, "Para quê?"

"Estou dando uma festa do pijama esse fim de semana. Já que você é gay, você pode ir."

Rachel realmente não queria ou não sabia se podia confiar no convite. Mas aquelas eram as amigas de Quinn que sabiam mais sobre a garota confusa por quem ela estava apaixonada e poderiam contar. E ela queria saber. Ela queria saber sobre Quinn, queria aproveitar mais da exibição do carinho sáfico entre Santana e Brittany, quando elas estavam sozinhas.

"Será que Quinn estará lá?" ela perguntou.

Santana encolheu os ombros. "Claro."

Ela sabia que diria sim antes mesmo de o dizer, porque elas eram populares e lésbicas e algo que ela nunca aspirara ser, mas era.

Santana sorriu. "Ótimo. Venha no Sábado à noite."

###

O dia se arrastou lentamente e ela estava grata quando terminou. O sino que indicava sua liberdade ressoou e Rachel escorregou de sua mesa, agarrando os livros e caminhando para fora da sala. Ela não tinha recebido nenhuma raspadinha há semanas e se sentia maravilhosa. Ela não queria se iludir a pensar que Quinn se importava tanto com ela a ponto de pedir aos atletas que não o fizesse, mas essa era uma possibilidade, considerando que Quinn a tinha salvo de Noah Puckerman uma vez.

Ela abriu seu armário e colocou seus livros dentro, cantarolando uma musiquinha em seu entusiasmo para a reunião do Glee.

"Rachel?"

Ela se virou para a esquerda para ver Molly se aproximar dela. Um sorriso amigável preencheu seus lábios. "Boa tarde, Molly. Como foi o seu dia?"

Molly parou no armário ao lado do dela com um sorriso de covinhas fofas nas bochechas. "Foi bom, obrigada. Então, escute, estava pensando sobre sua nota impressionante no teste e estava pensando se você não poderia me dar algumas aulas de geometria."

Um sorriso divertido escapou diante do pedido. Ela era apenas boa em geometria e sentia que como tutora daquela menina seria como um cego guiando outro. "Eu adoraria," ela disse com um sorriso de desculpa. "Mas, veja bem, eu recebi ajuda em geometria—eu não sou boa nisso mesmo. Tutorar você provavelmente estaria te preparando para o fracasso e—"

"Quem é essa?" uma voz familiar perguntou quando a sombra da garota com as mãos nos quadris apareceu no armário entre Rachel e Molly.

Os lábios de Rachel estalaram se fechando, levantou os olhos para encontrar Quinn olhando para ela, lábios pressionados firmemente juntos e testa franzida. Mas tão lindamente zangada.

Ela limpou a garganta, sentindo-se em uma situação embaraçosa a rodear ela apontou para Molly com a palma da mão para cima "Esta é uma colega da aula de geometria—Molly. Molly, esta é—"

"Quinn Fabray," a garota disse boquiaberta. Rachel assistia a ela praticamente se vendo, sabendo que ela mesma provavelmente a olhava daquela forma, mas era uma forma estúpida de olhar qualquer pessoa. "Você é totalmente a garota mais legal dessa escola. É bom conhecê-la, Quinn."

Quinn olhou para Molly por um longo momento. Seus olhos a fitaram criticamente, olhando da face para o seu corpo. "Oi," ela disse finalmente, a voz entrecortada e abrupta. Então se virou totalmente para Rachel, quase bloqueando a outra pessoa à sua esquerda colocando-a fora da conversa. "Eu preciso falar com você. Sozinha," disse incisivamente.

Rachel abriu a boca para responder, mas Quinn fechou a mão firmemente em seu pulso a puxando. "E-eu te vejo mais tarde, Molly!" ela gritou por cima do ombro enquanto era puxada. Ela assistiu todos os transeuntes no corredor vendo-a sendo puxada sozinha, provavelmente pensando que Quinn estava prestes a bater nela. Era inquietante que ninguém estivesse incomodado em detê-la.

Elas chegaram ao banheiro e Quinn rapidamente empurrou a porta abrindo-a e puxando Rachel para dentro. Rachel tombou na entrada. A próxima coisa que sentiu foi uma mão firmemente pressionando seu esterno, apoiando-a até que ela entrasse em uma cabine. Ela recuou quando Quinn se virou para fechar a porta e então se voltando para encará-la. "Você gosta dela?" ela perguntou bruscamente.

"O quê?" Rachel perguntou confusa. "Quem?"

"Molly."

"Não?" ela disse, ainda não entendendo. Garotas eram tão confusas.

Os ombros de Quinn caíram no momento da admissão. Ela deu um passo se aproximando. "Tem certeza?" ela perguntou hesitante.

Rachel entendeu finalmente e lhe deu um sorriso tranquilizador, balançando a cabeça. "Tenho certeza, Quinn. Eu não—"

Sua sentença foi completamente engolida pela boca de Quinn, uma vez que ela se apropriou da de Rachel. Seus lábios eram mais macios do que Rachel lembrava, leves como pluma, porém firmes, de forma que assegurava a Rachel que ela não a estava beijando apenas pelas circunstâncias.

Ela era mais suave dessa vez, melhor do que isso era que ela repousava as mãos levemente sobre os quadris de Quinn. Quinn inclinou a cabeça para a direita, deslizando seus lábios ao longo dos de Rachel com facilidade. O bater de duas mãos sendo colocadas contra a parede fez Rachel gemer inesperadamente e Quinn aproveitou a oportunidade para deslizar a língua para dentro.

Isso não era uma invasão. Era mais como um intruso bem vindo, Rachel conseguiu pensar enquanto seus lábios se fecharam em torno da língua de Quinn a chupando suavemente. Era incrivelmente insalubre um amasso em um banheiro publico de um colegial para não mencionar um pouco impetuoso, mas nenhuma dessas excentricidades importava quando Quinn Fabray estava gemendo baixinho e aproximando para pressionar seus corpos ainda mais juntos.

Rachel lançou seu domínio sobre a língua de Quinn e esta recuou depressa demais para seu gosto. Ela segurou gentilmente o rosto de Quinn. Estava quente; Rachel imaginava que sua face devia estar pintada de vermelho agora, olhando-a animada e bonita. Cautelosamente, ela abriu a boca para capturar o lábio inferior de Quinn entre os dentes. Mordeu experimentalmente e foi recompensada com um gemido ofegante que soprou contra seu lábio superior e fez seu estômago apertar. Ela fez isso de novo com Quinn colocando as mãos em volta do seu pescoço para mantê-la no lugar. Suas unhas passearam por sua nuca, um pouco acima do suéter, e ela se contorcia, gemendo contra os lábios que suavemente chupava, os arrepios percorrendo a espinha.

Tão abruptamente quanto da última vez, Quinn se afastou. Rachel assistiu ela se afastar devagar com a face rubra, lábios entreabertos em busca de mais ar para seus pulmões. Ela estava atordoada demais para dizer alguma coisa enquanto Quinn se atrapalhava com a fechadura saindo um pouco depois da cabine. Foi possível ouvir a porta do banheiro se fechando um pouco mais tarde e Rachel se sentou na tampa do vaso sanitário antes que as pernas trêmulas a derrubassem, perguntando-se o que diabos Quinn estava fazendo.


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Notas finais do capítulo

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