Quanto Tudo Começou A Mudar. escrita por Lina Pond


Capítulo 13
Eu sou louco... Por você.




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- Sim, Vó. Nós estamos tomando cuidado na estrada. Sim, eu me despedi do Dylan. Não, não esquecemos nada ai, tenho certeza. Não eu não estou falando com a senhora no telefone enquanto dirijo. Ok, eu também te amo.

Desliguei o telefone e acelerei o carro.

- Mentindo para a vovó, que coisa feia.

- Acho que alguém nesse carro tem mentiras bem maiores que as minhas.

- Ok, vamos mudar de assunto.

Lizzie esticou as pernas e deitou seu banco. Nós saímos bem cedo da casa da nossa avó, não antes de eu correr até o curral para dar tchau para o Dylan. Era estranho como se eu não tivesse encontrado o Aaron, ele provavelmente seria meu amor de verão.

- Você está doidinha para chegar e correr para os braços do seu amado.

- Ele não é meu amado.

- Você está com saudade – Lizzie disse, dando risada.

- É claro que eu estou.

O resto do caminho foi com a Lizzie que eu conhecia e amava. As vezes ela tinha alguns surtos e mudava de humor, mas logo voltava a ser a garotinha que eu considerava minha melhor amiga. Só então eu notei porque ela tinha mudado tanto. Era difícil guardar tantos segredos.

Abri o portão e coloquei o carro na garagem. Lizzie pulou do carro e entrou correndo para dentro de casa.

- Ótimo, a escrava aqui carrega todas as suas malas.

Desci do carro e abri o porta-malas. Minha mente continuava trabalhando loucamente sobre o que eu devia falar para a Mariana. Minha vontade era dar uma surra nela e provavelmente era o que eu faria.

- Então – uma voz fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem – Alguém voltou e nem lembrou de me avisar.

Quando me virei, encontrei Aaron, com seus cabelos encaracolados e aqueles olhos mais verdes que tudo.

E foi mais forte que nós dois. Não sei quando ou como aconteceu, mas quando me dei conta, já estava com os braços em volta de seu pescoço, sentindo seu perfume, do qual eu senti tanta falta.

- Era uma surpresa – sussurrei.

- Eu odeio surpresas – ele disse, sorrindo.

- Eu sei. É bom saber que você odeia algo. Te faz mais parecido... comigo.

Aaron me puxou para perto e me beijou. Minha mão estava bagunçando seu cabelo e em qualquer outro momento eu ia me achar desesperada, mas naquele instante, com Aaron grudado em mim, eu não queria saber de mais nada.

Quando ele me soltou e nós dois conseguimos encontrar um ao outro, começamos a rir.

- Parecemos dois loucos – eu disse, rindo.

- Eu sou louco... Por você.

- Ok – eu disse mordendo os lábios – Agora você pode me explicar o que você está fazendo na minha garagem?

- Bom, essa é a minha surpresa.

- Eu odeio surpresas – respondi.

-Eu trabalho com seu pai agora.

- O que? – eu estava tão chocada que não sei se minha reação parecia ruim demais.

- Você não gostou? – a mão dele estava encostada no carro, e seus dedos bagunçavam levemente uns fios do meu cabelo.

- Eu não sabia que você tinha talento para carpintaria.

- Nem eu. Mas acho que eu sou bom. Quer ver o que eu fiz?

- Claro – eu disse, mas segurei sua camisa – Mas eu acho que ainda não matei a saudade o suficiente.

Ele sorriu e me beijou novamente. Eu podia ficar ali para sempre, mas eu estava dentro da minha casa e eu não queria correr o risco de ser pega.

Aaron me trouxe uma das suas primeiras peças, uma rosa feita de madeira.

- É... lindo! – eu estava chocada. Eu nunca conseguiria fazer algo do tipo – Você fez isso sozinho?

- Seu pai me ajudou um pouco. É tudo sobre sentir a peça. Feche os olhos.

- É seguro? – eu disse, rindo.

- Totalmente –  ele disse enquanto me encostava em uma mesa que tínhamos em um canto da garagem. Fechei meus olhos e senti Aaron atrás de mim, com seu corpo na minha cintura e era embaraçoso como eu não estava incomodada com aquilo. Ele segurou meus braços e deslizou meus dedos na rosa de madeira. Ela era perfeitamente desenhada, cada detalhe, como se ele tivesse feito aquilo... com amor.

Me virei rápido demais e quase batemos nossa testa.

- Isso está ficando um pouco sexy demais – eu disse rindo e puxei a rosa para frente – É perfeita Aaron. Parabéns.

- É pra você.

- Jura? – Meu coração estava quase parando. Ou talvez estivesse correndo rápido demais e eu podia morrer a qualquer momento – Obrigado. É perfeito.

Aaron me beijou novamente e entrelaçou seus dedos aos meus.

E só então eu notei que estava onde deveria estar.


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Notas finais do capítulo

Ah, Aaron ♥ Juro que estou pensando se diminuo a fic e não estrago o Aaron ou se dou uma bagunçada nas coisas para tudo durar mais. Me digam o que preferem ok? Beijos!