"If i'm diferente from the rest, do I have to run and hide?"

Se eu posso, da forma mais humilde possível, dizer que me sinto como Fernando Pessoa quando escrevo, é porque lhes quero ser honesta.

Enquanto com meu nome de batismo e documento escrevo meus textos, meus devaneios, diários que serão leitura para meus filhos conhecerem quem fui no passado, abro meu coração.

Mas quando se trata de histórias, sou outra pessoa. Tenho diferentes personalidades e me transfiro para os personagens de uma forma que, às vezes até me questiono, não sei se é totalmente saudável. Apesar de temeroso, isso faz com que eu escreva cada coisa como se fosse minha realidade abstrata, o que me deixa mais próxima de monstros, romances inquestionáveis e ficções que me permito redirecionar.

A Lina é uma versão minha aventureira e descolada que eu diariamente tento alcançar. Enquanto não risco da lista todas as coisas que ela provavelmente já fez, escrevo por ela. E escrevo por mim, pois me liberto.

Cada história tem um pedaço meu. Mas tenho tantos, comumente entrelaçados a poemas, que temo que nem mesmo os melhores deles sejam suficientes.

De vez em quando as histórias nem são tão importantes. Mas normalmente elas são.

Decifra-me ou te devoro.