“Com licença, Senhor Hugo Rizolli?” falou Beckett ao entrar na lojinha “Sim senhora, como poderia ajuda-la?” respondeu o homem “NYPD, gostaria de fazer umas perguntas ao senhor.” Falou Beckett mostrando o distintivo “Hm, claro, como quiser...” “Bom, o senhor vende facas desse tipo?” perguntou ela botando a foto de uma faca do mesmo modelo que foi usada nos crimes em cima do balcão “Sim senhora, essas facas foram feitas a mão e são extremamente raras” “Hm, alguém comprou ela nas últimas semanas?” “Ah sim, algumas pessoas vieram interessadas, se a senhora quiser poderia lhe dar a lista de quem comprou.” “Seria ótimo, obrigada senhor Rizolli.”

                Beckett e Castle voltaram para delegacia por volta das 16h, três dias de investigação e tudo que eles tinham era uma lista de pessoas e uma ligação “Yo, achei algo interessante” disse Espo dando a Beckett alguns arquivos “A ligação que Ryan rastreou veio desse endereço. West Side.” “Não... Não é possível!” falou Beckett “O que, o endereço é familiar?” perguntou Castle estudando o rosto dela “Esse endereço... É o endereço de meu tio, irmão da minha mãe.” Castle olhou para Espo com um olhar preocupado, Beckett pegou o celular assim que discou pôs a ligação no viva-voz “Alô?" disse uma voz masculina “Tio? Sou eu Kate!” ”Katie, quanto tempo garota, como vão as coisas? Seu pai está bem?” “Tá tudo bem, meu pai tá ótimo... Hm, tio você ainda mora no mesmo endereço?” “Moro sim criança porque pergunta?” não havia nenhuma alteração na sua voz, Castle não acreditava que ele pudesse fazer algo assim, não pelo jeito como falava com Beckett, com tanto carinho pela única sobrinha “Só curiosidade, hm, acho que um dia desses passo ai para te ver, sinto sua falta” Espo percebeu que lágrimas se formavam nos cantos dos olhos de Beckett, não podia culpa-la, ele achava que ter ido pra guerra tinha sido uma situação difícil, mas agora, vendo o quanto Beckett, uma das mulheres mais fortes que ele conheceu em toda sua vida, parecia vulnerável e assustada, como se fosse uma criancinha querendo que alguém acabasse com os monstros que tinham debaixo da sua cama, percebeu o quanto a vida pode ser traiçoeira e que comparado a ir pra guerra e perder a mãe, Beckett com toda certeza era a mais guerreira entre eles. “Kate, também sinto sua falta e sinta-se a vontade para vir pra cá o quanto quiser, está bem?” “Obrigada, Tio.” “Hey, Kate?” “Fala...” “Eu sei que a gente se distanciou, mas eu quero que saiba que eu te amo está bem? Te amo assim como amava sua mãe, e isso não vai mudar, você pode sempre contar comigo, sabe disso não sabe?” As lágrimas que estavam acumuladas nos olhos de Beckett agora caiam livres pela sua bochecha, até Castle sentiu as lágrimas se aproximarem, droga, ele odiava ver ela sofrer, se ele pudesse fazer qualquer coisa pra acabar com esse sofrimento, mas sabia que não podia, porque a única coisa que poderia acabar com isso era trazer Johanna de volta, o que era impossível “Eu sei... E eu te amo também.” Sussurrou Beckett no telefone “Até mais criança.” “Tchau” Beckett guardou o telefone no bolso enquanto secava as lágrimas, nem Castle, nem Espo disseram uma palavra até que Ryan entrasse na sala “Ei, achei algo na lista de clientes do Sr. Rizolli.”

“Aqui, sobre o endereço rastreado, a propriedade está com nome de Chris H., e na lista de clientes do sr. Rizolli...” Ryan virou a lista, havia um nome grifado, Chris H. Castle e Espo olharam para Beckett “Chris Houghton” sussurrou Beckett, Ryan olhou para eles confuso “Hm, Ryan, chega aqui...” falou Espo. “Beckett, deve ter uma explicação pra isso...” começou Castle “Castle, por favor... eu só preciso de um tempo, tá?” Disse Beckett pegando seu casaco e desaparecendo do campo de visão do Castle antes que ele pudesse dizer algo.