Viajantes Dos Ventos escrita por Taline Bonazzi


Capítulo 2
A viagem


Notas iniciais do capítulo

Eis um novo capítulo. E queria agradecer ao Guilherme e a Dríada por terem me ajudado em devidas partes. Boa leitura jovens !



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Convenhamos, se não fosse pelo tio( me referia a ele assim depois de tanto tempo que passei recebendo aulas particulares com ele) , estaria contando isso de cima de um cavalo.

Quando contei à ele que a pequena parte de meu destino ali estava cumprida, e que as estrelas desejavam que eu fosse adiante, ele se virou e disse para mim :

– Quando partirá?

Respondi que iria assim que o sol nascesse no dia seguinte.

– Ótimo – ele me disse- Darei ordens a uma tripulação para eles prepararem o navio para uma longa viagem até Araluen.

Para minha surpresa no amanhecer do dia seguinte estavamos a bordo do Wolfwind. Eu sabia que o tio estava querendo uma desculpa para voltar a navegar. Mas sabia tambem que ele estava com saudades de seus velhos amigos. E novamente para minha surpresa :

– Deixaremos você no primeiro ponto de terra de Araluen, você sabe, apesar do Tratado, os araluenses sempre ficam assustados quando veêm um de nossos navios chegando.- Um leve ar de desapontamento foi deixado escapar então lhe falei que..

– De que adiantaria ser treinada pelo melhor Oberjarl já conhecido se não me deixassem andar sozinha por terras desconhecidas para mim ?

Ele não disse nada, apenas colocou sua mão em minha cabeça,bagunçou meus cabelos(que eram pretos escorridos) e saiu .

Estava pensando para onde iria quando chegasse em Araluen e me ocorreu que não sabia quase nada sobre lá. Não sabia quem era seu rei, quais eram seus barões e quais os nomes de seus feudos. Era claro que como uma Viajante dos Ventos, as estrelas e os ventos me guiariam para o lugar certo. Mas e se eles me levassem aos Barões e Rei e Rainha?

Ocorreu-me que tinha sido estúpida ao não ter perguntado isso ao meu tio.

– Olhe, Araluen é um reino de certo grande. Seu rei atualmente é Duncan , um cara legal de certo , mas agressivo se necessário. Há vários feudos por lá . Não me lembro mais de certo todos. De certo é melhor ser educada com todos.

Esse foi a grande ajuda que Erak me dera. Ao menos agora sabia qual era o nome do rei. Isso já era um começo.



Estávamos a bordo do Wolfwind , mas como ele tivera sido melhorado como WolfWill , chegamos à Araluen em pouco tempo.

Ou melhor, eu havia chegado à Araluen.

De acordo com um mapa (totalmente desnecessário que meu tio me dera) eu provavelmente estava em algum lugar de Norgate.

O lugar era calmo por si só. Mas como você pode imaginar , eu teria que esperar anoitecer e ver para onde as estrelas me guiariam.

Caminhei até encontrar um lugar, uma espécie de pousada.

Bem, como teria que ver as estrelas, entrei na pousada para tomar um café ou o que ela poderia me oferecer.

Acabei ficando com um quarto durante o resto do dia para descansar e dormi.

Eu havia chegado em Norgate muito cedo , então quando cheguei na pousada, tomei um chá (o café deles tinha acabado) e fui deitar. Acordei de tarde morrendo de fome. Vamos combinar, a cama de uma pousada é bem melhor do que a de um navio em movimento.

Quando desci para almoçar percebi que havia poucas pessoas pelo salão, sentei na primeira mesa vazia que vi e pedi ao garçon o melhor da casa. Eu não era do tipo de garota enjoada que não gosta da maioria das comidas, por que afinal de contas, escandinavos não são lá muito bons cozinheiros.

O garçon voltou e me trazia um ensopado de carne. Por sinal estava muito bom devo dizer.

Enquanto comia ouvia pequeno e poucos boatos de um tal feiticeiro “ como pode aqueles arqueiros não terem dado um fim a ele? “ “ as luzes continuam me atormentando.” “a floresta está cada vez mais escura”

Achei aquele papo todo muito estranho, afinal um escandinavo, caso não esteja enganada Slagor , já tinha vindo para cá e nunca ouvi boatos de nenhum feiticeiro quando eles voltaram.

Resolvi deixar esse assunto para lá e ir caminhar pela cidade, já que ainda estava cedo para montar minha barraca.

Treinar com meu cavalo em Escandinávia havia sido difícil,afinal todos escandinavos preferem andar do que montar. Talvez por esse fato um escandinavo marginal havia matado Spencer. E achar um cavalo bom devo dizer não foi nada fácil, mas aqui estou eu, andando pelas ruas da pequena cidade com meu cavalo chamado Áulus.

As pessoas estavam começando a olhar para mim e desviar o olhar. Percebi no mesmo momento que elas já sabiam que eu era uma Viajante dos Ventos, e como já havia dito, as pessoas sentem medo de mim.

E como elas sabiam quem eu era? Oras, Viajantes dos Ventos sempre usam sua capa Azul Roxeado.

Agora, nunca soube que um Viajante havia passado por ali, e que trouxera com si boatos que se tornaram lendas com os anos que se passaram. Mas certamente teria passado algum por ali, de que outra forma as pessoas saberiam que eu era?

Elas sabiam, e por isso não me deram trabalho de ser educada e ter que dar bom-dias a todos eles.

No final das contas não estava tão longe do centro de Norgate pois havia passado por um castelo, provavelmente do barão , mas preferi não entrar, afinal, eu não sabia qual era seu nome e também teria que voltar a pousada. “A pousada”, lembrei. Mas havia algum tempo para continuar o passeio e voltar a tempo de montar minha barraca.

E eis que cheguei a uma floresta escura, a tal dos boatos.

Não daria tempo de entrar e ver o que havia na floresta e voltar para a pousada. Então, parti de volta à pousada.

O caminho todo fiquei sentindo algo como“ há algo naquela floresta, algo intrigante e importante, preciso descobrir o que é” e de fato não tirara aquela floresta da cabeça o caminho de volta e quando percebi, já havia pagado à recepcionista pelo quarto e a comida, e estava parada em frente à uma fogueira recém acendida esperando pelo anoitecer.


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Notas finais do capítulo

Como boa pessoa, aceito criticas, comentários,sugestões e ideias. Espero que tenham gostado do capítulo (ainda sem nenhuma ação, mas vou melhorar,juro). Até o próximo !



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