Viajantes Dos Ventos escrita por Taline Bonazzi


Capítulo 3
As estrelas me abandonam.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês YUPIII !! Gente, leiam os outros capítulos caso não entendam a história u_u . Boa leitura jovens !



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O anoitecer caiu. E eu esperei e esperei, mas as estrelas me abandonaram. Pela primeira vez em minha vida elas não apareceram lá para mim. Um sinal de que agora, eu deveria sentir meu coração, e buscar meu destino sozinha. Mas e se eu fizesse algo errado ?

Desapontada, entrei na barraca e dormi.

Assim que amanheceu, aumentei o fogo (que, logicamente tinha diminuído com o passar da noite) e fiz algo para comer.

Fiquei observando Aulus comer as 2 maças que eu havia lhe dado e fiquei pensando sobre o que faria a seguir.

“A Floresta” pensei “ É um bom lugar para descobrir as verdades” e logo então havia desmontado a barraca, arrumado as coisas em Aulus, que agora trotava em direção á floresta.

Aulus era um cavalo especial. Ele tinha uma ótima resistência, podia assim, andar até mesmo dias sem descansar. Como disse, achar um cavalo bom havia sido difícil. E levou alguns meses, afinal havia sido Erak que me trouxera ele de algum outro lugar. Que novamente não me contou qual tinha sido. Por que as pessoas nunca me contam os lugares de onde vêem, vão ou foram?

Tinha chegado a beira da Floresta.

Tive que desmontar Aulus pois o caminho para dentro da floresta era estreito. Eu sempre carregava minha faca e um machadinho que estava encaixado na sela de Aulus,. Porque o machadinho estava na sela e não na minha mão? Oras, vivi muito tempo com os escandinavos mas era péssima para manuseá-lo, trouxera ele comigo apenas para que meu tio não ficasse chatiado. E bem, minha faca era meio estranha, de um jeito que só eu a entendia e conseguia manusear. A usei para cortar os galhos das árvores . A floresta ia ficando cada vez mais escura, para saber como estava o tempo era preciso olhar de volta pelo caminho pelo qual havia passado.

Chegou um certo momento que tive de deixar Aulus sozinho pois ele não passava mais pelo caminho aberto pela minha faca. Ele era treinado então apenas larguei suas rédeas e disse para ele “Fique” e ele ficou.

E havia um lago logo a frente. Um lago super calmo. Eu não havia tido problemas no caminho, nenhum barulho de animal, nenhuma “luz para me atormentar”, havia ouvido somente alguns passos mas provavelmente havia ficado muito quieta com meus pensamentos e deveria ter ouvido meus próprios passos.

Olhei para os dois lados. Parar ou prosseguir? Eu conseguiria voltar? Esquerda ou direita?

Eu continuei, para direita,esquerda e novamente direta e depois eu entrava onde conseguia colocar o pé.

Consegui chegar a uma clareira. E para falar a verdade me impressionei quando um bando de zumbis –era o que me pareciam- bricavam e conversavam alegremente pela grama. Havia uma casinha na outra ponta da clareira. E nela havia uma varandinha , havia uma mesa e nela algo que parecia ser um tipo de arco,e também havia uma pessoa, ela estava encoberta por uma capa cinza esverdeada e uma outra, um velho, de barba branca e eles estavam rindo abertamente como se não houvesse amanhã.

Achei estranho mais ao mesmo tempo normal. Então conclui que para saber o que, ou melhor, quem eram essas pessoas , mas assim que comecei a andar e assim que o sol bateu no meu rosto os que eu havia chamado de zumbis pararam e eu consegui observá-los. Eram pessoas, pessoas deformadas, mas eram pessoas. E o velho e seu companheiro também pararam de rir. O encapuzado se virou para mim e o velho ficou ao seu lado.

– Quem é você e o que quer aqui? – Disse o encapuzado.

– Quem é você e que lugar é este? – Afinal de contas, uma clareira no meio de uma floresta escura cheia de gente? Bem, deveria haver algo errado.

– Então é assim garotinha? – Sua voz era grave e um tanto encantador e um pouco reconhecida por mim. Mas rapidamente ele tirou uma flecha da aljava que estava atrás da mesa e pegou o arco em cima da mesma. – Vou repetir, Quem é você e o que quer aqui?

Ele soava assustador mas um tanto preocupado. Já o velho ao seu lado soava um tanto surpreso.

Percebi que estava demorando para responder e só então me toquei que o homem encapuzado – sim era um homem,deu para perceber no tom de sua voz – poderia ser um Arqueiro e quem sabe poderia me ajudar?

– Sou uma Viajante dos Ventos. E o senhor quem seria? – Esta bem, eu não conseguia ser educada. Ainda mais com quem acabara de conhecer.

– Quem sou eu? – Ele pareceu não ligar para o fato de eu ser o que sou então eu assenti – Sou um Arqueiro de Rei Duncan ,feudo Norgate. Isso está de bom tamanho?

– Na verdade – Comecei e estava me animando - Se você abaixasse esse arco, e me explicasse que lugar é esse e bem , o que fazem Arqueiros do Rei aí sim eu diria que está de bom tamanho.

Ele pareceu puxar a corda do arco. Mas o velho interveio.

– Vamos Arqueiro – ele disse estimando ele a baixar o arco – Não é sempre que alguém atravessa a floresta. Ainda mais uma Viajante dos Ventos! Qual é o seu nome mocinha?

– Analisme Senhor. – Eu deveria chamar ele assim? Quem ele era? Eu deveria ter mentido meu nome?

– Pois bem – o Arqueiro disse – Prove que posso confiar em você.

Confiar em mim? Eu teria chance contra um homem? ... É, teria.

– Abaixe o arco e verás que podes confiar em mim.

Relutante ele abaixou o arco.

E o velho novamente se manifestou:

– Ora ora , que falta de educação a minha, meu nome é Malcom. E este jovem aqui? – Ele olhou para o arqueiro com uma expressão indecisa- Bem, não sei se ele quer se nomear agora portanto venha cara Analisme, vamos entrar.

Eu estava subindo os degraus e quase passando pelo arqueiro para acompanhar Malcom quando ele disse seu nome:

– Gilan, meu nome é Gilan. –

Eu fiquei parada observando ele entrar na casa.

“Gilan,o nome dele é Gilan”


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Notas finais do capítulo

Gilan? hmmm . Iria escrever mais no final mas quis acabar de um jeito mais misterioso, consegui?não?tudo bem :c . Comentem suas criticas, sugestões, ideias e o que mais quiserem! Ah, e "Aulus" ? Bem,eu estava sem ideia para o nome do cavalo já que quis matar Spencer MUAHAHAHAHAH , aí coloquei Aulus que é nome de um amigo(agradecimentos a ele por não me bater). Adios!



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