Fight For This Love escrita por Succubus


Capítulo 9
Capítulo 8 - I Love Rock N' Roll.


Notas iniciais do capítulo

Hoje completamos um mês de fic, e para comemorar, mais um cap! haha, parabéns para nós. Continuem nos acompanhando. ♥

Trilha Sonora:
Parte I: http://www.youtube.com/watch?v=hqLXTKUbhCY
Parte II: http://www.youtube.com/watch?v=yFHg0uRAyVs
Parte III: http://www.youtube.com/watch?v=f1tVk-QlBKs
Parte IV: http://www.youtube.com/watch?v=Eyr92e7_KLk

Succubus



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Parte I:

Despertei-me assustada quando Agatha pulou em cima de mim e começou a gritar em meus ouvidos eufórica, enquanto Renata batia levemente em minha cabeça com o travesseiro rindo empolgada.

— Você sabe que dia é hoje? — berrava Agatha em meus ouvidos, rindo animada. — Me diz que você sabe!

Levei alguns instantes para conseguir abrir os olhos normalmente e me recuperar do susto de ser agredida em plena manhã por minhas duas melhores amigas malucas. Depois de alguns minutos, finalmente me recuperei de toda aquela gritaria, risadas e animação logo nas primeiras horas do dia e Agatha saiu de cima de mim, sentando-se na ponta de minha cama e Renata cessou com as batidas em minha cabeça e sentou-se em sua cama segurando o travesseiro em seu colo. Sentei-me em minha cama com a mão em minha testa ainda me senti meio tonta, mas enfim, comecei a raciocinar e pensar sobre a pergunta que Agatha havia me feito sobre eu saber que dia era hoje.

— Hm, deixa eu ver... O dia que você transa com o Dudu a noite toda? — perguntei ainda sentindo-me tonta.

— É isso também. — respondeu ela após pensar alguns instantes. — Mas não era bem disso que eu estava falando! — continuou encarando-me com um sorriso malicioso nos lábios.

— Beep! Resposta errada Ash, a resposta certa pode ser encontrada naquele dia quando você se tornou parceira de um certo anjinho gostosão. Pense no que nós dissemos a você assim que saímos da sala! — tentou lembrar-me com um sorriso animado no rosto.

Tentei pensar naquele dia, após ter saído da aula e encontrado com as garotas, mas involuntariamente, a lembrança de Patch no primeiro dia de aula surgiu em minha cabeça. Lembrei-me também do dia em que ele iria me beijar na aula de física mas fomos surpreendidos pelo Sr. Baker e em seguida, de ontem quando quase nos beijamos duas vezes no vestiário. Esta noite, eu havia sonhado com ele mais uma vez, mas sonhei com nós dois no vestiário, a água morna caindo sobre nossos corpos colados um ao outro, seu corpo quente naturalmente e o meu pelo calor de ter os braços de Patch ao redor de mim, das sensações que aquilo me causavam, e de seu corpo totalmente junto ao meu. Sonhei com o momento em que afaguei a franja molhada de seu rosto e de seu rosto começando a se aproximar do meu lentamente e seus lábios tão perfeitos quanto seus olhos vindo em direção aos meus e eu estava pronta para tomar-los para mim, mas fui despertada de meu sonho pelas garotas, por alguma razão, animadas até demais para uma manhã de...

— Hoje é sábado! — percebi com a expressão surpresa.

— Bingo! Dois pontos para Ashley Claflin pessoal! Agora a pergunta de um milhão de dólares... — começou ela mantendo o sorriso e a empolgação anteriores.

— Festa! — interrompeu Agatha erguendo os braços e a cabeça para cima com um sorriso largo e animado. — Dia de dançar, beber e beijar muito na boca, entre outras coisas, mas vocês não fazem!

Agatha depois de assustar eu e Renata ao mesmo tempo, me olhou com um olhar em chamas e um sorriso condescendente nos lábios.

— Bem, talvez hoje a Ash, faça! — sugeriu sordidamente ela, lançando um olhar cúmplice para Renata, que também a observava do mesmo jeito.

— Ah... A festa... — lembrei-me com uma expressão ainda desnorteada.

Sinceramente, eu não estava muito animada e nem com clima para festas, dançar, beber ou beijar na boca, como sugeriu claramente Agatha. Eu realmente não queria ir a essa festa, eu não queria sair de baixo das cobertas hoje, eu, na verdade, queria ter continuado dormindo, continuado em meu sonho com Patch. Mas minhas queridas amigas me acordaram cedo apenas para tentar me obrigar a ir em uma festa na qual eu não tenho a mínima vontade de pensar em ir. No final das festas eu sempre acabo ficando sozinha de qualquer jeito mesmo. Agatha some com o Dudu para fazerem as putarias deles, Renata acaba encontrando um garoto e passa a noite toda, dançando, ficando bêbada e ficando com o tal menino, e eu, sempre me sobra ficar sentada em um cadeira atirada em uma mesa no canto do salão, completamente sozinha e isolada. É isso, festas são uma merda.

— Ashley, você por um acaso escutou o que eu falei? — perguntou-me Agatha novamente, ajoelhando-se e apoiando as mãos na cama enquanto aproximava o rosto de mim, ela mantinha aquele sorriso faceiro e largo no rosto, seus olhos brilhavam.

— É, escutei. — respondi balançando a cabeça para a esquerda e para a direita com uma expressão desanimada — A festa na casa do Dudu. O que que têm?

— Como assim, o que que têm? — perguntou Agatha entredentes, agora, com a expressão fechada.

— É, o que que tem? Ah, que saco. — perguntei revirando os olhos. — Como se já não tivessem acontecido outras festas na casa do Dudu antes!

Agatha ficou em silêncio por um momento, então, sentou-se na cama e me encarou com a expressão assassina. Continuei com a expressão desanimadora, eu não iria nessa droga de festa, por que eu tinha sempre de ir para no fim, acabar sozinha?

— Renata, eu vou bater nela! — anunciou Agatha ainda de cara feia para mim.

— É Ashley, para de caralhar! Você tem que ir, festas lembra? É a nossa tradição dos finais de semana! — lembrou Renata com um beicinho nos lábios.

— Sim, e a minha tradição é acabar sozinha, atirada em algum canto por aí, em todas elas!

— Ah não quer ir? Nossa, que pena! — disse Agatha fazendo um beicinho e um olhar triste para mim.

Agatha levantou-se de minha cama e andou pelo quarto até parar em frente ao espelho e arrumar seu boné admirando seu reflexo em frente ao mesmo.

— Porque o Patch vai ir! — anunciou ela.

— O quê? — perguntei com um movimento rápido, minha expressão tornou-se a de surpresa e de descrença diante aquele comentário. — Como assim, o Patch vai ir?

— Ah que agora você se interessou não é? Puta! — disse ela continuando a admirar-se em frente ao espelho. — Sim, foi isso mesmo o que você escutou, ele vai!

— Grande coisa... — disse dando de ombros.

Patch? O que ele iria fazer em uma festa na casa do Dudu? Então, eles já haviam se tornado realmente íntimos o suficiente para que Dudu o convidasse para uma de suas espetaculares festas de fim de semana em sua casa? Ao que parecia, sim, essa era uma hipótese certeira. Mas se Agatha realmente tinha esperanças de que isso fosse alterar a minha opinião sobre comparecer a essa festa, ela estava enganada!

— Bom, mas, você não quer ir para não ficar sozinha, certo? Então, quer melhor companhia do que a do anjinho safado? — perguntou Renata observando-me com um sorriso malicioso.

— Ah sim, e por falar nisso... — começou Agatha deixando o espelho de lado e caminhando em direção a escrivaninha branca. — Convide ele, Ash! — disse ela trazendo meu celular em sua mão até mim e oferecendo-me ele.

— O quê? — perguntei incrédula — Você realmente acha que eu vou convidar ele?

— Tenho certeza! — rebateu ela com um sorriso vitorioso nos lábios.

— Então você se enganou! — devolvi com um sorriso sarcástico em meu rosto.

— Hm, eu acho que não... — disse ela segurando meu celular e tocando com os dedos na tela, automaticamente, escutamos o som de discagem saindo do aparelho. — Se você não ligar, ligo eu.

Agatha caminhou pelo quarto segurando o celular no ouvido e em seguida, virou-se para mim com um sorriso enorme nos lábios.

— Está chamando! — anunciou ela, ligando o viva-voz e atirando o aparelho para mim depressa.

O aparelho caiu em minhas mãos e eu o segurei depressa antes que caísse no chão. Observei o som de chamada enquanto sentia meu coração acelerar na medida em que o som ia saindo.

Fala. — disse a voz de Patch saindo do aparelho. Quase tive um ataque.

Automaticamente, senti um frio percorrer minha espinha e estacionar em minha barriga, fazendo-me suar frio e ficar sem reação. Respirei fundo e lancei um olhar assassino a Agatha enquanto murmurei: Odeio você! Tentei manter a naturalidade e concentrar-me no aparelho, afinal, eu estaria falando com Patch.

— A-ah... O-oi Patch... Sou eu, Ashley... — gaguejei tentando parecer o menos idiota possível. Sem sucesso.

Percebi que Agatha bateu com a mão em sua testa e fechou os olhos incrédula com minha reação e com minhas palavras.

— Não acredito que ela disse isso! — reclamou ela baixinho.

É, eu percebi quando apareceu seu nome na tela. —respondeu ele. Eu pude sentir que ele devia estar com um de seus sorrisos vadios estampados no rosto agora.

Renata enfiou a cabeça no travesseiro como se tivesse presenciado a asneira do ano e nem quisesse mais ver. Agatha deu tapinhas na testa enquanto balançava a cabeça em negativa enquanto murmurava: Mas que porra. Senti-me a pessoa mais burra e idiota de toda a face da terra, é óbvio que ele sabia que era eu, como sou monga!

— É... Então... — comecei devagar, tentando esquecer minha monguice do ano e parecer firme novamente. — Hoje vai ter uma festa na casa do Dudu e a Agatha e a Renata querem saber se você vai ir. Você vai? — perguntei alternando meu olhar entre cada uma delas com a expressão sarcástica.

Está me convidando? — perguntou ele. Pude sentir outro de seus sorrisos.

— Não, elas estão, eu só fiz a pergunta. — corrigi.

Isso é um encontro? Está me paquerando, anjo? — perguntou novamente.

— Ora, por favor... — ironizei.

E fiquei grata por estar atrás de uma tela de celular, afinal, eu havia corado no momento em que escutei aquela frase.

— Não, é só uma festa! Você vai ou não? — desviei-me daquele assunto.

Que horas?

— Começa as onze. — informei, não tendo certeza se essa era a resposta.

Tive a confirmação de que esse era o horário certo, quando levantei o olhar e presenciei Agatha dançando enlouquecidamente como se comemorasse um prêmio. Não pude evitar de sorrir com a cena e balançar a cabeça em negativa ao mesmo tempo.

Tudo bem, vou ver se passo por lá. — respondeu ele.

Agatha parou com a sua Dança da vitória e voltou sua atenção para o celular fitando-o com o cabelo totalmente despenteado e uma expressão incrédula.

— Como assim vou ver? Me passa esse celular! — resmungou ela entre sussurros.

Para!, murmurei em resposta gesticulando para que ela ficasse calada, eu precisava de concentração para não acabar dizendo besteiras, mais uma vez.

— Certo, se quiser aparecer, está convidado. Beijo. — disse e desliguei o celular no mesmo instante.

Após já ter dito a palavra, ela me pareceu estranha. Beijo repeti a mim mesma lembrando-me do que disse a Patch antes de desligar. Não sei se para ele também, embora eu tivesse a certeza de que ele faria piadinhas comigo depois, mas para mim, aquela palavra pareceu ser tão desconfortavelmente familiar. Beijo me lembrava quando ele aproximou-se de mim e provocou-me enquanto eu estava sentada sobre a mesa de sinuca no A.M.A na noite em que entrevistei ele, também me lembrava quando ele quase me beijou na aula do Sr. Baker, lembrava ontem no vestiário quando quase nos beijamos duas vezes seguidas e quando eu realmente, senti que aquilo era tudo o que eu queria e vinha querendo desde que conheci Patch. Talvez fosse apenas para mim, mas a palavra beijo, nunca deveria ter sido pronunciada naquele momento, muito menos vinda de mim. Senti-me totalmente sem chão ao pensar em como eu havia sido ridícula dizendo aquilo.

— Se ele perguntou a hora, pode ter certeza de que ele vai! — anunciou Agatha observando suas unhas enquanto sorria condescendentemente. — Muito já fiz isso com o Dudu e ele muito fez isso comigo também. É uma coisa tipo: Vou, mas não quero parecer ansioso por esse momento! — explicou direcionando o olhar para mim.

— É claro, ele quer pegar ela! — anunciou Renata olhando para a Agatha com uma expressão maliciosa. — Você vai transar com ele? — perguntou direcionando aquele mesmo olhar para mim, enquanto mordia o canto do lábio inferior.

Precisei de um momento para recuperar-me daquela pergunta. Meu queixo caiu e eu tomei um choque, encarei-a incrédula. Como ela podia pensar que eu iria transar com Patch na primeira vez em que sairíamos juntos de verdade.

— Cala a boca, Renata! Claro que não! — afirmei indignada por sua pergunta.

— Ué, só fiz uma pergunta, qual é o problema? — disse erguendo as mãos em um gesto de dúvida.

— Ah foda-se, calem a boca as duas! — ordenou Agatha com a expressão pensativa, como se atrapalhássemos o raciocínio dela.

Renata e eu nos olhamos em dúvida como se perguntássemos o que se passava pela mente de Agatha. Conhecendo-a como a conheço, não deveria ser nada de bom.

— Precisamos ir ao Shopping! — declarou ela observando-nos com um sorriso largo nos lábios.

— FFTL —

Parte II:

Passamos a tarde toda no shopping mais badalado da cidade, comprando roupas novas em quase todas as lojas, também compramos sapatos e todos tipos de acessórios imagináveis e claro, Agatha comprou um collant diferente em cada loja ainda sentida pelo comentário de Dudu na aula do Sr. Baker. Rimos bastante e nos divertimos muito a cada entrada em lojas. Também fomos na lancheria do mesmo e tomamos sorvete, além de passearmos por mais algumas vitrines apenas por curiosidade.

No final do dia, fomos para casa da Agatha, quando chegamos lá já eram oito e meia e havíamos comprado vários vestidos e sapatos diferentes cada uma, para decidir qual iriamos usar hoje a noite na festa. O quarto da Agatha era bastante espaçoso e tinha uma decoração estilosa, o que é claro, combinava muito com ela, havia um colchão de ótima qualidade embaixo da cama, para quando fôssemos dormir em sua casa, sua cama era de casal por isso, duas sempre dormiam nela. Claro que, poderíamos dormir nos quartos de hospedes, mas seria menos divertido. Experimentamos alguns vestidos e pedimos as opiniões uma das outras para decidir qual seriam os escolhidos para esta noite.

Por fim, todas nós escolhemos nossos vestidos e sapatos ideias para usarmos e após passarmos por esta etapa, concluímos as outras. Tomamos outro banho, começamos a arrumar o cabelo, a maquiagem e escolhermos os acessórios ideais. Ao fim da arrumação, já eram onze horas e enquanto nos admirávamos e pedíamos as opiniões umas das outras o Iphone de Agatha começou a tocar, e quando ouvimos a musica Don't Wake Me Up do cantor Chris Brown, ao qual Agatha é fã e tem alguns pôsteres pelo quarto junto com os outros, fizemos uns movimentos rápidos encenando uma dança e comentando sobre a festa, todas rimos.

— My boy! — atendeu Agatha contente e um tanto mais depressa.

Minha gata! E aí, você e as garotas não vão dar as caras para embelezar essa festa? — ouvimos a voz de Dudu, quando Agatha ativou o viva voz.

— Não sei, sabe, nós somos muito ocupadas, talvez a gente vá em outra primeiro e talvez depois a gente, sabe... Apareça por ai. — brincou ela fazendo uma careta e rindo para nós. Todas rimos. Essa Agatha não existe!

Tá, maneiro! Mas não reclamem se não sobrar Heineken pra nenhuma depois, valeu? — anunciou ele parecendo sarcástico também.

— Ah, não! Assim não vale Dudu, isso aí é golpe baixo! — disse ela já adotando uma expressão carrancuda.

Ah, venham agora e garantam a de vocês, amor.

— Você sabe que é brincadeira, idiota! — disse ela soltando uma risadinha sedutora. — Estamos indo para aí. — afirmou ela olhando para nós e fazendo uma expressão interrogativa como se nos perguntasse: Não é?

Eu e Renata nos olhamos e confirmamos balançando a cabeça em afirmativa.

Beleza. Estamos esperando! — respondeu ele e de repente escutamos o barulho da música alta começar e de conversas e risadas masculinas. — Amor... Vou desligar, até, te amo!

E após concluir essa frase, ele desligou. Agatha encarou o celular com a expressão nada gostosa, mas não parecia ser sério a ponto de ela dizer o que nos disse neste momento.

— Querem ver uma coisa? — disse ela com um sorriso condescendente, levantando a saia do vestido e revelando-nos um collant preto por baixo do mesmo. — É agora que eu quero ver!

Renata e eu trocamos olhares e começamos a rir junto com Agatha. Ela era doida. Então nos admiramos mais algumas vezes em frente ao espelho e concluímos que estávamos prontas para ir. Saímos do quarto de Agatha e descemos as escadas para a sala de entrada o mais depressa que conseguíamos, considerando os saltos que utilizávamos. Passamos pela sala rapidamente e Agatha trancou a porta e guardou a chave em sua bolsa, afinal, seus pais estavam viajando, a casa era nossa.

Após estarmos no Fusca 2013 preto de Agatha, escutando em um volume um tanto quanto exagerado a música International Love de Pitbull e Chris Brown. Movimentávamos-nos no carro em tentativa de uma dança enquanto cantávamos a música enlouquecidamente. Não demoramos tanto para chegar lá e pela contagem de carros estacionados pela rua, notei que devíamos estar entre os primeiros a chegar lá.

Agatha estacionou e descemos depressa, ajeitando nossos vestidos e tomando cuidado com nossos saltos. Ao chegarmos em frente a casa, vimos que a porta já estava encostada. Agatha entrou primeiro e Renata e eu seguimos atrás dela, afinal, a casa de Dudu era um dos lugares que com certeza Agatha conhecia muito bem, ela nos guiou ao salão de festas que ficava embaixo da casa, com paredes e o teto aprova de som. Quando adentramos o lugar, já percebemos a música alta e as luzes coloridas que faziam parte da belíssima decoração, já haviam alguns garotos que se encontravam na volta de Dudu que estava em um dos sofás, segurando uma bola de futebol americano em uma das mãos e um troféu na outra, logo percebemos o tema central do assunto deles: futebol.

Agatha foi a primeira a ir até lá e nós a seguimos novamente, desfilando pelo salão e parando na rodinha deles. Ela passou pelos meninos e sentou-se no colo de Dudu de uma maneira sedutora, dando um beijo quente e longo no namorado. Ao presenciar a cena, imaginei como seria se tivesse acontecido o beijo entre mim e Patch, será que seria desse mesmo jeito? Não. Conhecendo Patch como já o conhecia, com certeza, seria mais quente do que isso.

— Ash! Aí está você, sumida. — cumprimentou-me Jasy chegando atrás de mim sorrindo, com duas Heinekens nas mãos e oferecendo-me uma. — O que aconteceu com o nosso encontro, hein?

Caralho! Eu havia marcado um suposto encontro com Jasy ontem, mas acabei esquecendo devido aos acontecimentos com Patch no vestiário. Tudo bem, me odiei por isso, afinal, Jasy é um cara legal, é meu amigo e sempre me tratou super bem, além de ser lindo, mas finalmente, sabia que não me arrependia de ter ficado no vestiário com Patch ontem ao invés de lembrar-me deste nosso encontro. Então, apenas sorri pedindo desculpas com uma expressão delicada.

— Ah sim, o nosso encontro... Desculpe. Mas após todas aquelas voltas ontem, tudo o que eu queria era terminar logo as tarefas, um banho e minha cama. — desculpei-me, aceitando a cerveja a qual ele havia me oferecido antes.

— Certo, não tem problema, eu percebi que...

— Tomou um toco daqueles? — interrompeu-lhe Renata parando ao meu lado, com um sorriso largo nos lábios.

— Claro, a educação em pessoa veio também. — observou Jasy revirando os olhos, antes de voltar-se novamente para mim. — Você devia fazer mais alguma coisa além de estudar tanto, Ash. Não é crime se divertir de vez em quando.

E ao dizer isso, ele piscou para mim com um sorriso simpático nos lábios. Havia esquecido o quanto seu sorriso era encantador até este momento em que deparei-me com ele mais uma vez. Sorri com seu comentário, mas quando me preparei para responder, Agatha apareceu ao lado de Jasy com um sorriso animado e já parecendo agitada. Ela estava com duas Heinekens nas mãos, uma já estava pela metade.

— E aí, Jasy! — cumprimentou-o ela, dando lhe dois beijos, um em cada bochecha, ele retribuiu o gesto. — E então garotas, isso aqui já está enchendo! Quem está afim de dançar?

Perguntou Agatha voltando-se para nós e oferecendo a Heineken ainda cheia em sua mão para Renata. Rê a pegou e logo tomou um gole um tanto demorado, em seguida olhou para mim e abriu um sorriso sugestivo.

— Vamos, Ash?

— É, claro! — respondi, tomando um gole de minha cerveja e esboçando um sorriso a Jasy. — Te vejo depois?

— Vou estar no mesmo lugar de sempre: com o Dudu. — brincou ele sorrindo.

Sorri em retribuição e desfilei para a pista com as garotas. Ao chegarmos lá, notei que de repente o salão já começava a encher depressa e haviam algumas pessoas na pista, assim que chegamos, começou a música I Love Rock N' Roll de Joan jett e The Blackhearts.

Só em escutarmos a música nós três já nos olhamos animadas, essa era a nossa música. Assim que a música começou nós três começamos a dançar em sincronia, já animadas.

Algum tempo passou e as músicas foram se alternando, Agatha, Renata e eu dançamos todas as músicas que vinham aparecendo empolgadas o bastante para não pararmos para descansar nos intervalos em que acabava uma música antes de outra começar. Dançamos umas sete músicas seguidas antes de finalmente nos cansarmos e quando isso aconteceu a decisão foi unânime: mais Heineken.

Quando paramos de dançar e nos dirigimos ao bar para pegar as cervejas, percebemos que a festa já estava praticamente lotada, haviam muitas pessoas de ambos os sexos, alguns eram meus colegas de sala ou do colégio, outros deveriam ser amigos de Dudu de fora de lá. Chegamos ao bar e Agatha foi quem fez as honras e pediu ao barman nossas cervejas. Sentamos as três uma em cada banqueta. Demos uma olhada em volta do salão, e em seguida os comentários surgiram.

— Será que ele vai demorar para chegar? — perguntou Renata com uma expressão tediosa.

— Ele não pode demorar para chegar, tem que pegar a Ashley! — reforçou Agatha mandando-me um olhar malicioso e um sorriso largo.

— Ele não tem que me pegar, Agatha! — afirmei incrédula.

— Ué, não é essa a intenção? — perguntou Renata lançando-me um sorriso sarcástico.

— Claro que é, a Ash só sabe ficar se fazendo. — reclamou Agatha olhando-me com uma expressão incriminadora.

— Espero que na hora do vamos ver, você não arregue! — disse Renata.

— Se ninguém atrapalhar, eu iria agradecer. — confessei, lembrando-me de todas ás vezes em que Patch e eu não pudemos concluir o beijo, graças a interrupção de alguém.

Enfim, o barman retornou soltando as três Heinekens sobre o balcão em nossa frente. Cada uma de nós pegou a sua respectiva garrafa e começamos a tomar enquanto analisávamos o movimento. Mas não demorou muito, para que Dudu nos roubasse a Agatha para dançar uma cumbia que havia acabado de começar. Pensei que iria ficar sozinha com Renata no balcão, mas como sempre um garoto apareceu e tirou-a para dançar e obviamente, ela foi com ele.

Peguei a Heineken e saltei da banqueta indo em direção aos sofás, no canto esquerdo do salão. Cheguei lá e atirei-me no sofá maior, embora o lugar estando vazio. Cruzei as pernas e comecei a tomar minha cerveja lentamente. Corri o olhar pelo lugar e notei que cada vez havia aumentado a quantidade de pessoas que havia lá, e foi nesse momento que percebi que Patch ainda não havia chegado e que já era meia noite.

Fiquei mais um pouco no sofá antes de decidir-me a subir para casa e verificar se Patch não havia se perdido. Ao chegar na porta da frente abri-a e fiquei encostada nela cuidando, entre a quantidade de carros e motos que já haviam lá, a moto de Patch. Não a avistei.

Percebi que aquilo era ridículo, o papel ao qual eu estava me prestando. Sair da festa para ficar parada em frente a porta procurando por Patch. E se ele por um acaso acabasse mesmo chegando enquanto eu estivesse ali se sentiria o máximo, convencido do jeito que já era e ainda mais ao pegar-me ali esperando por ele.

Entrei, fechei a porta e retornei ao salão sem nenhuma pressa, confesso. Voltei ao bar e pedi mais uma Heineken ao barman e disse a mim mesma que essa seria a última, não queria estar bêbada quando Patch chegasse, afinal, eu já não confiava em mim perto dele quando estava sóbria, não confiaria nada se estivesse bêbada. Assim que peguei minha bebida retornei a minha posição nos sofás isolados e tomava minha Heineken observando a entrada do salão e perguntando-me quanto tempo Patch ainda demoraria para chegar.

Algum tempo depois Agatha e Renata retornaram a mim e convidaram-me para mais algumas dançar, vi que elas já estavam descalças mas não quis deixar meus sapatos na mesa junto ao delas, afinal, não queria estar com nada fora do lugar quando Patch finalmente chegasse.

Dançamos mais algumas três músicas e deixei-as na pista, dirigindo-me a entrada do salão e dando mais uma olhada se Patch não se aproximava. Voltei para os sofás quase terminando aquela garrafa de Heineken e ele ainda não havia chegado. Por fim, decidi aceitar o inevitável: Patch não viria. Senti uma ponta de raiva consumir meu corpo, mas enfim percebi que não podia culpa-lo, afinal, Patch não me prometeu vir. Tudo bem, vou ver se passo por lá, foi o que ele havia me dito, mas mesmo assim não pude deixar de sentir-me irritada.

Droga, eu nunca havia convidado um garoto para sair e a primeira vez em que faço isso, tomei um toco logo de cara. Agora sabia como Jasy havia se sentido, talvez eu merecesse aquilo, talvez esse fosse o castigo pelo o que fiz com o Jasy, o deixei plantado, esperando enquanto estava com outro garoto por aí, mesmo não tendo sido escolha minha, foi o que havia feito. Imaginei se Patch fazia a mesma coisa agora, havia deixado-me plantada o esperando, enquanto ele estava com uma outra garota. Senti ainda mais raiva com esse pensamento. No fim, minhas esperanças haviam sido em vão. Vim a essa festa com as garotas, pensando que essa seria uma primeira vez em que eu não ficaria sozinha, e cá estou. Sozinha.

Balancei a cabeça em negativa e levantei-me do sofá. Não podia odiar Patch mais do que já odiava, mas podia, pelo menos, tentar me divertir já que já estava aqui, nessa merda de festa. Terminei minha Heineken e soltei-a sobre a mesinha de centro já me preparando para ir a pista e dançar, sim, sozinha.

Foi então que de repente, alguém segurou meu braço e prendeu-me ali. Virei para encarar a pessoa e deparei-me com Patch parado em minha frente lindo como sempre.

— Te fiz esperar demais, anjo? — perguntou-me ele com um sorriso sedutor.

Senti a surpresa de finalmente encontrá-lo ali, parado em minha frente, uma das coisas as quais eu não esperava mais que acontecessem nesta festa. Porém, mesmo sentindo uma alegria imensa começar a me dominar assim que o vi, eu também sentia a raiva que ainda mantinha por ele ter me feito acreditar que não viria.

— Não na verdade, nem havia notado que você não tinha chegado! — disparei mantendo a expressão firme.

— Desculpe, acabei ficando enrolado com uns assuntos. Então, notei que sua bebida acabou. — disse ele inclinando o rosto na direção da Heineken vazia sobre a mesinha. — Vamos pegar outra.

Acompanhei Patch ao bar, ainda não acreditava que ele realmente estava ali, ao meu lado, após passar-se quase duas horas de que havíamos combinado. Ele estaria mesmo ali, ou eu já estava bêbada? Não, aquilo era real, tinha a certeza de que era, porque se fosse minha imaginação eu não iria querer acordar desse transe tão cedo. Assim que chegamos ao bar, sentei-me em uma das banquetas e pedi ao barman:

— Uma Heineken e um Red Hot, certo? — pedi direcionando meu olhar a Patch.

— Boa observação, fico feliz em saber que você tem reparado em minhas preferências, anjo. — um sorriso canalha brotou em seu rosto imediatamente.

O barman foi buscar as bebidas, eu aproveitei sua deixa para voltar minha atenção a Patch.

— Se você pode pedir por mim, creio que tenho o mesmo direito! — afirmei com um sorriso irônico. — E pode tirar esse sorriso cafajeste de seu rosto.

— Qual o problema? Pelo que percebi, você gosta dele. — rebateu ele, mantendo-o.

— Você está errado! Deixe de ser convencido. — retruquei fazendo uma careta.

Neste momento, fomos surpreendidos por Renata que parou ao lado de Patch com um de seus famosos sorrisos sedutores estampados no rosto.

— Patch, tudo bem? Eu nem vi que você já tinha chegado!

— Ashley me disse a mesma coisa. E obrigado pelo convite, Ashley me disse que você e Agatha quem mandaram me convidar. — agradeceu ele direcionando o sorriso de antes a ela.

— Ah, é. Não seria uma festa completa sem você não é, aliás... — começou ela em tom de flerte. — Eu não vejo você no colégio a tarde e nem a noite, o que você tem feito Patch?

No mesmo instante, o barman trouxe nossas bebidas e soltou-as sobre o balcão, peguei minha Heineken e tomei um longo gole, tentando engolir principalmente, a chegada de Renata no momento em que eu conversava com Patch.

— Eu ia justamente perguntar a Ashley, onde têm uma mesa de sinuca por aqui? — perguntou-me ele desviando sua atenção para mim, o que me deixou novamente de bom humor, só pelo fato de perceber que Patch havia ignorado Renata e prestado a atenção em mim.

— Do outro lado do salão. Eu levo você até lá. — ofereci saltando da banqueta com um sorriso simpático, segurando o energético de Patch e o oferecendo a ele.

Patch pegou o energético de minha mão e me seguiu até o outro lado do salão, deixamos Renata para trás naquele instante. Ao chegarmos lá, Patch soltou o Red Hot após já ter tomado alguns goles, sobre o corrimão da mesa e pegou um taco. Observei-o tomando minha Heineken lentamente.

— Não tive tempo de dizer o quanto está linda neste vestido, anjo. — elogiou-me Patch.

— Obrigada. — agradeci com um sorriso. — Devo admitir que você também está bastante apresentável.

— Especialmente pra você, anjo. — disse ele posicionando-se para uma tacada.

— Hm e eu mereço tudo isso? Sou sortuda. — disparei, sentindo-me sob o efeito da Heineken. Em seguida, quis morrer e rezei para não ficar vermelha.

Patch concluiu a tacada encaçapando duas bolas. Então, direcionou sua atenção para mim novamente. Segurou o taco com a mão esquerda e caminhou até mim, parando em minha frente com um sorriso vadio e segurando a Heineken em minha mão.

— Acho que você já bebeu suquinho demais. — disse ele retirando a garrafa de minhas mãos e soltando-a sobre o corrimão da mesa.

— Êi! Não estou bêbada! — garanti observando o ato de Patch com a expressão carrancuda.

— Então é melhor não ficar, embora eu não tenha nada contra ver você rebolar naquela pista, principalmente com este vestido. — disse ele baixando o olhar para analisá-lo, baixando um pouco demais. — Aliás, belo vestido, ele favorece as suas pernas de matar.

— Engraçadinho como sempre. — disparei apoiando as mãos na mesa. — Mas, obrigada mesmo assim.

Patch lançou-me um sorriso cafajeste e retornou ao seu jogo, posicionando-se sobre a mesa e encaçapando mais uma bola. Sesta. Talvez eu realmente estivesse sob o efeito da Heineken, talvez eu estivesse bêbada e talvez eu fosse me arrepender do que faria, mas sinceramente, eu não havia esperando tanto pela chegada de Patch para apenas assisti-lo vencer um jogo de sinuca. Agatha e Renata tinham razão em um aspecto, eu realmente ficava perdendo tempo demais com minhas frescuras e tentando negar a mim mesma de que desejo Patch tanto quanto ele me deseja, então, por que toda essa enrolação? Não sabia dizer, apenas não me importava agora, pois eu sinceramente, não iria dar atenção a parte racional de meu cérebro, não esta noite pelo menos.

Sentei-me sobre o corrimão da mesa de sinuca e propositalmente, deixei que minha mão acabasse encontrando com duas bolas próximas ao corrimão, mexendo-as e retirando-as do lugar onde estavam posicionadas anteriormente. Cruzei as pernas, deixando que o vestido subisse um pouco mais. Observei Patch pelo canto dos olhos e notei que ele lançava seu olhar para mim.

— Está atrapalhando meu jogo. — anunciou ele, observando-me.

Subi meu olhar preguiçosamente da mesa até os olhos de Patch com uma expressão inocente.

— Estou? — perguntei. — Sinto muito.

Patch andou até mim com o taco ainda em mãos, parando em minha frente, continuei a encará-lo ao mesmo tempo em que ele me observava.

— Está tentando me seduzir? Porque se sim, está funcionando. — disse-me ele.

— E o que você tem a me dizer sobre isso? — perguntei, já começando a me sentir quente.

— Sempre consegue me seduzir, anjo. A pergunta é: por que está fazendo isso de propósito. Pensei ter ouvido você dizer que não gostava de mim, entre outras coisas. — lembrou-me ele soltando o taco ao meu lado, apoiando-o na mesa.

Em seguida que livrou-se do objeto, Patch apoiou as mãos no corrimão da mesa de sinuca em torno de mim, chegando mais perto e observando-me olhos nos olhos.

— E não gosto. — afirmei mordendo o canto de meu lábio inferior.

— Que pena que eu não acredito em você. Posso ver em seus olhos, anjo. Está caídinha por mim. — rebateu ele com um sorriso sedutor.

Parte III:

E logo, aproximou seu rosto do meu devagar olhando fixamente em meus olhos, que já transbordavam de desejo. Eu queria aquele beijo mais do que qualquer coisa, mas infelizmente, ele acabava não acontecendo nunca, pelo menos não, até agora, era o que eu esperava.

O espaço que separava nossos rostos ameaçava diminuir cada vez mais em questão de segundos. Meus olhos já estavam sedentos de sede para se afogarem no mar que habitava nos olhos de Patch. Sentia meus lábios secos e ressecados sem os dele para finalmente, suprir aquela vontade incontrolável que eu sentia de ter sua boca junto a minha, seus lábios úmidos, que eu apostava que tinham sabor de hortelã, invadirem os meus e os dominarem por completo. Passei a língua nos lábios em um movimento de umedecê-los de tão seco que os sentia e de tanto desejo que me consumia. Observar a distância entre os meus lábios e os de Patch estar praticamente inexistente deixava-me excitada e eu já não podia mais esperar.

Patch trouxe aquela boca perfeitamente desenhada até a minha e quando finalmente nossos lábios se encontrariam, minha mão escorregou pela mesa, fazendo com que a garrafa de Heineken sobre ela, despencasse ao chão, fazendo um estrondo do vidro batendo contra o concreto, mas ela não se quebrou. Porém, devido ao barulho, tomei um susto e estremeci, sentindo meu coração disparar automaticamente. Pisquei e abri os olhos novamente e tive a visão de Patch baixar o rosto e soltar uma risada, com certeza, devido ao meu choque.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa para pelo menos, tentar parecer menos idiota, o que já parecia impossível, vi um pequeno grupo chegar na mesa parando ao lado meu e de Patch. Agatha, Dudu, Renata, Jasy, Raphael e Manuela aproximaram-se de nós com sorrisos largos nos lábios. Que ótimo, mais pessoas teriam presenciado minha burrice? Se sim, Agatha iria me xingar até a morte assim que chegássemos em sua casa após a festa.

— E então vocês dois, hein! Nem nos chamaram pro joguinho. — cumprimentou-nos Dudu, antes de dirigir sua atenção a Patch e cumprimentar-lhe com um aperto de mãos. — Grande garoto prodígio! Olha meninas, ninguém esperava que ele fosse tão bom jogador, marcou nosso Down da vitória no jogo de treinamento.

— É, devo dizer o mesmo, vocês não são tão ruins quanto eu pensava. — brincou Patch com um sorriso.

— E por falar nisso, por quê você demorou tanto a chegar, cara? Perdeu as garotas dançando bem doidinhas lá na pista! — disse Jasy lançando um olhar malicioso em direção a mim, Agatha e Renata.

— Espera aí, o quê? Como vocês sabiam que ele viria? — intrometi-me com uma expressão incrédula no rosto. Patch teria dito aos rapazes que eu o convidei?

— Advinha, gatinha! A gente convidou ele! — disse Raphael já soltando uma risada.

— Ah convidaram viu, Agatha? — soltei a irritação em minha voz e um olhar furioso direcionado para Agatha.

— Eita! Ai Dudu, me protege! — disse ela puxando o namorado pelo braço e escondendo-se com uma expressão amedrontada atrás dele.

— O quê gente? Espera aí, não entendendo mais nada agora! — Dudu parecia confuso.

— Sua namorada é uma vaca! — cuspi as palavras ainda fuzilando ela com um olhar.

— Ah... Não é pra tanto! — quis defender-se Agatha revirando os olhos.

Velho não entendendo mais porra nenhuma do que essas mulher tão falando! — declarou Raphael coçando atrás da cabeça com a mão.

— Ah, amor. Não tenta entender nada que você vai queimar os poucos neurônios que ainda te restam! — brincou Manuela com um sorriso, acariciando o cabelo do namorado.

— É, o papo tá legal, mas gente... Cadê o Patch? — perguntou Renata observando em volta, como se o procurasse.

Na mesma hora, todos começaram a se perguntar o mesmo, mas eu automaticamente, me desliguei da conversa, passando os olhos pelo salão a procura de Patch. Não o avistei. Ele parecia ter evaporado, desaparecido, tão depressa quanto como havia chegado e eu devia esse desaparecimento aos meus lindos amigos idiotas, por quê me fizeram colocar meu orgulho de lado para chamar Patch até aqui, se no fim, sumiriam com ele de qualquer jeito? Que beleza, e eu ainda encerrei a noite com Patch, derrubando uma garrafa de Heineken no chão no momento em que nos beijaríamos. Eu queria sumir como ele fez.

P.O.V Succubus ON

Parte IV:

Após a interrupção dos amigos de Ashley no momento em que estavam sozinhos, Patch saiu do salão deixando-a acompanhada deles e indo em direção a sua moto que estava estacionada em algum dos quarteirões perto da casa de Dudu. Ele andava pela calçada perto dos diversos carros que estavam estacionados na rua da casa de Dudu, indo em direção do lugar onde a havia deixado, quando de repente escutou passos de salto alto, um tanto rápidos, atrás de si. Parou e virou-se na direção contrária e teve uma surpresa.

— Sabia que fugir de um lugar sem se despedir é falta de educação? — perguntou a voz de uma garota que ele já conhecia, assim como Ashley. Era Renata, a amiga dela.

— Sabia que andar na rua sozinha a essa hora é perigoso? — rebateu ele.

— Mas eu não estou sozinha. — corrigiu ela andando em sua direção e parando em sua frente com um sorriso sedutor. Sua voz adquiriu um tom de flerte quando ela retornou a falar — Você está aqui.

— Não me diga. — brincou ele com um sorriso. — Acho melhor você voltar antes que pensem que eu raptei você.

E concluindo essa frase, Patch virou-se novamente e continuou a caminhar. Renata o observou por um momento com um sorriso divertido nos lábios, em seguida, apressou o passo mais uma vez e o seguiu. Segurou seu braço com a mão esquerda e parou em sua frente com o mesmo sorriso sedutor de antes, deixando um tom mais suave na voz.

— Vai me deixar aqui sozinha? Não foi você quem disse que pode ser perigoso? — disse colocando a outra mão sobre o ombro de Patch. — Aliás, eu vim até aqui procurar você, acho que eu mereço um prêmio por isso!

A mão que estava em seu braço, deslizou lentamente por seu ombro, até alcançar o pescoço de Patch. Ela aproximou-se dele lentamente observando com um olhar em chamas, seus lábios e alternando aquele olhar também, entre os belos olhos azuis de Patch.

— Não devia estar aqui. Sabe que eu estou interessado na sua amiga e ela em mim. Você é uma garota bonita, devia procurar outra pessoa para você. — evitou Patch segurando seus braços e preparando-se para afastá-los de si.

— Acontece que a Ashley não está interessada em você, ela só está tentando provar a mim e a Agatha que não se faz tão difícil quando dissemos, sabia que ela está ficando com o Jasy? Só você não percebeu o clima entre eles aquele dia mesmo na educação física.

Patch mostrou um sorriso descrente e balançou a cabeça em negativa, em seguida, retirou os braços de Renata de seu redor e preparou-se para voltar a seguir em frente.

— Boa noite, Renata. E sinceramente acho que é melhor mesmo você voltar agora, não é bom andar bêbada pela rua na madrugada e sozinha.

Assim que Patch passou ao seu lado, Renata negou-se a acreditar que iria tomar um fora de um garoto pela primeira vez em sua vida, e ela não aceitaria isso numa boa. Correu com o salto para a frente de Patch mais uma vez e apoiou as mãos em seu peito, empurrando-o para um encontro contra um carro que havia ao lado da calçada por onde eles passavam. As costas de Patch encontram com a porta do carro e ele se viu encurralado nele com Renata prendendo-o ali ainda com as mãos em seu peito. Ela aproximou seu rosto do de Patch e voltou a passar os olhos entre os de Patch e sua boca, com um sorriso malicioso.

— Quer saber o que me diferencia das garotas? Eu não gosto de ficar esperando. Eu sei tomar uma atitude quando eu quero alguma coisa, Patch. E você já deve ter percebido que o que eu quero, é você.

E completando a frase, ela levantou uma das mãos pelo peito de Patch, passando por seu pescoço e indo descansar em sua nuca, puxando-o para um beijo tórrido e longo.

Patch sentiu a pressão de seus lábios contra os dele, provocando-o e desafiando-o a parar. Patch não era o tipo de pessoa que se irritava tão facilmente, mas quando isso acontecia, ele tinha apenas um sentimento: vingança. Ela queria aquele beijo? Ela o desejava ao ponto de ignorar os sentimentos de sua amiga? Ela o queria? Ótimo, ele daria a ela o que ela queria, mas seria sua própria responsabilidade arcar com as consequências e Patch não sentiria nenhuma culpa a respeito de quais seriam elas.

E com este pensamento, Patch ergueu as mãos e voltou-as para a cintura de Renata, deslizando-as pelas suas pernas e as segurando firmemente. Ele a ergueu para seu colo e trocou a posição dos dois, encostando-a com um tanto de força, contra o carro. Ela esboçou um sorriso vitorioso enquanto o beijava, descendo as mãos para a gola da camisa de Patch, puxando-a para trás, com um intuito de deixá-lo apenas com a blusa preta que usava por baixo. Patch a prendeu contra o carro com o quadril, deslizando as mãos pelas suas pernas para baixo de seu vestido, com a ponta dos dedos, encontrou a tira de sua calcinha e começou a puxá-la.

De repente, uma sombra surgiu na calçada atrás dele. Com uma blusa branca de mangas curtas simples e um jeans claro, o cabelo castanho escuro esvoaçava com o vento. Seus olhos azuis encaravam Patch com reprovação, o rastro de barba mal feita ainda pendia em seu rosto e cruzando os braços enquanto os encarava, ele então se pronunciou.

— Gabriel! — gritou ele, ainda com os olhos fixos nos dois.

Patch teve uma surpresa e tomou um susto assim que escutou e identificou a voz que vinha de não muito longe. Em um ato involuntário, ele soltou Renata, deixando que ela despencasse ao chão de repente. Então virou-se e se deparou com aquele garoto atrás de si encarando-o revoltosamente. Patch o observou, ainda confuso.

— O que está fazendo aqui? — perguntou incrédulo.

— Ah, eu? Desculpa atrapalhar pessoal, é que eu estou procurando o meu amigo Gabriel, — começou ele encarando Patch e fuzilando-o com um olhar assassino. — mas ele é um babaca e anda sempre fazendo merda por aí! Mas era só isso, viu? Foi mal!

Renata, ainda caída no chão, começou a levantar-se observando a cena, confusa, ela nem havia percebido a presença daquele cara, quando ele apareceu? Patch o encarou com a expressão fechada, virando-se para a calçada em frente e seguindo depressa na direção em que se direcionava antes de Renata aparecer.

O rapaz que havia aparecido de repente, parou em sua frente e ofereceu-lhe uma mão para ajudá-la a levantar-se com mais facilidade. Renata estranhou seu ato, mas mesmo assim, aceitou a mão desconhecida e ele a ajudou a pôr-se de pé de uma vez por todas. Depois de já estar em pé novamente, Renata recompôs-se, endireitando a saia do vestido justo no lugar novamente.

— Obrigada! — agradeceu ainda confusa. Em seguida, direcionou o olhar por onde Patch havia seguido e percebeu que não o enxergava mais devido a escuridão daquela rua.

— Volte logo para a sua casa garota, é perigoso andar por aí assim, principalmente com um garoto como aquele! — avisou o desconhecido, virando-se na direção contrária a qual Patch havia passado e seguiu caminhando com passos rápidos em frente.

Renata sentiu-se ainda mais confusa ao presenciar aquela cena e de alguma forma, tentar entendê-la. Sem sucesso. Voltou seu olhar na direção ao qual Patch havia desaparecido, mais uma vez e fez uma expressão indignada. Em seguida, se admirou em frente ao vidro do carro mais uma vez, antes de retornar para a casa de Dudu e a festa.

P.O.V Succubus OFF


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Notas finais do capítulo

Com uma amiga dessas não precisa de inimiga ein Ash! Patchley ou Retch? ♥

Succubus



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